O crescimento da produção agrícola no Brasil é uma realidade impulsionada pela tecnologia. O que começou com a mecanização para produzir em larga escala, hoje evoluiu para um conjunto de inovações que otimizam cada etapa do processo produtivo. A tecnologia no campo deixou de ser um diferencial e se tornou uma ferramenta essencial para aumentar a produtividade e a rentabilidade da fazenda.
Neste artigo, vamos explorar as principais tecnologias que estão transformando o agronegócio. Você vai entender como cada uma funciona na prática e de que forma pode aplicá-las para melhorar os resultados da sua propriedade.
1. Agricultura de Precisão: Decisões Baseadas em Dados
A agricultura de precisão (AP) é uma das tecnologias que mais trazem retorno ao produtor, pois permite um gerenciamento detalhado de cada talhão da lavoura. Utilizando sensores, é possível mapear e monitorar suas áreas, otimizando o uso de insumos e o manejo das culturas para alcançar maior rentabilidade.
Na prática, a AP ajuda você a tomar decisões mais seguras e eficientes, maximizando os lucros e reduzindo desperdícios e impactos ambientais.
Como os Sensores Atuam no Campo:
- Sensores de Localização (GPS): Permitem delimitar a área exata da fazenda, identificar áreas úmidas, estradas e talhões. Essas informações são a base para todo o planejamento agrícola.
- Sensores Ópticos: São fundamentais para analisar as características do solo, como teor de matéria orgânica, de forma rápida e sem a necessidade de coletar amostras físicas em todos os pontos.
- Sensores Eletroquímicos: Fornecem dados precisos sobre os níveis de nutrientes e o pH do solo: uma medida que indica a acidez ou alcalinidade do solo. Com essas informações, você planeja a adubação de forma muito mais eficiente, aplicando a quantidade certa de fertilizante em cada parte do talhão.
Com um mapa detalhado dos seus solos, a aplicação de fertilizantes a taxa variável se torna uma tarefa muito mais simples e econômica.
Exemplo de mapa para aplicação de fertilizantes a taxa variável.
(Fonte: Lavoura10)
Outra aplicação importante é o uso de sensores em pulverizadores, que reduzem drasticamente os custos com defensivos agrícolas. Em uma aplicação de herbicida, por exemplo, o sistema identifica a presença de plantas daninhas e aciona os bicos de pulverização apenas sobre elas, evitando a aplicação em área total e gerando uma grande economia de produto.
(Fonte: Jacto)
Além disso, os sensores de produtividade, que já vêm instalados na maioria das colhedoras modernas, geram mapas que mostram quais áreas da fazenda são mais ou menos produtivas. Essa informação é valiosa para investigar as causas dessa variação e corrigir os problemas para as próximas safras.
2. Equipamentos Autônomos: Eficiência 24 Horas por Dia
A automação das operações agrícolas é uma tendência forte e representa o próximo passo da tecnologia no agronegócio. Empresas do setor estão desenvolvendo equipamentos autônomos para oferecer mais praticidade, economia e otimização de tempo ao produtor rural.
Um excelente exemplo são os tratores autônomos, que já são uma realidade em feiras agrícolas pelo país. Guiados por GPS de alta precisão, esses maquinários podem ser operados remotamente por meio de smartphones, computadores ou tablets. Isso permite aumentar a janela de trabalho das operações, reduzir custos com operadores e executar tarefas com uma precisão que minimiza erros.
O trator Autonomus, da Case IH, é um dos equipamentos que prometem revolucionar o setor. Desenvolvido para operar 24 horas por dia na lavoura, ele é capaz de tomar decisões em tempo real para evitar obstáculos e otimizar a rota, garantindo máxima eficiência.
Trator Autonomus, da Case IH, um exemplo de tecnologia de ponta a favor da agricultura.
(Fonte: G1)
Esses equipamentos são totalmente interativos. O gestor pode monitorar as operações em tempo real, programar tarefas de acordo com o planejamento da safra e receber alertas sobre qualquer imprevisto, tudo isso sem precisar estar fisicamente no campo.
3. Melhoramento Genético e Biotecnologia: Plantas Mais Fortes e Produtivas
O desenvolvimento de novas cultivares é uma das áreas mais revolucionárias da tecnologia agrícola. O objetivo é oferecer ao produtor plantas com maior potencial produtivo, mais adaptadas a diferentes ambientes e com características que facilitam o manejo.
Para isso, o melhoramento genético clássico e a biotecnologia moderna trabalham juntos. Já conhecemos inovações consolidadas como:
- Semente Bt: significa que a planta produz uma proteína que a protege contra o ataque de certas espécies de lagartas, reduzindo a necessidade de aplicar inseticidas.
- Roundup Ready® (RR): significa que a cultura possui resistência ao herbicida glifosato, permitindo o controle de plantas daninhas sem afetar a lavoura.
Para os próximos anos, o mercado de sementes de soja promete lançar tecnologias ainda mais avançadas. Fique de olho nestas novidades:
- Soja Conkesta™ Enlist E3™: Oferece tolerância a três herbicidas (2,4-D, glifosato e glufosinato) e, ao mesmo tempo, possui a biotecnologia Bt com um espectro ainda maior de controle de lagartas.
- Soja Intacta 2 Xtend®: Apresenta tolerância aos herbicidas glifosato e dicamba, combinada com um controle ampliado sobre as principais lagartas que atacam a cultura.
- Soja com a característica HB4®: Traz uma inovação fundamental para regiões com risco de estiagem, pois confere tolerância à seca. Espera-se que seja lançada tanto de forma isolada quanto combinada com a tolerância ao herbicida glifosato.
Essas novas tecnologias buscam alcançar tetos produtivos cada vez mais altos com estabilidade e segurança. Por isso, é fundamental estar atento aos lançamentos do setor sementeiro para escolher a genética que melhor se encaixa na realidade da sua fazenda.
4. Big Data: O Poder da Informação para Gerenciar a Fazenda
O uso de Big Data, que é a coleta e análise de um grande volume de dados, está revolucionando a gestão agrícola em propriedades de todos os tamanhos. A ideia é transformar os dados gerados no dia a dia da fazenda em informações estratégicas.
Esses dados podem ser armazenados e processados em diversos softwares, com custos que variam conforme a complexidade. O uso do Big Data facilita as operações de campo, dá mais segurança para a tomada de decisão e traz uma série de benefícios práticos:
- Melhorar a gestão da propriedade;
- Reduzir o desperdício de insumos;
- Otimizar o custo de produção agrícola;
- Controlar as operações da fazenda diretamente do escritório;
- Aumentar a produtividade por hectare;
- Melhorar a sustentabilidade do seu negócio.
Essa é a base da agricultura inteligente, ou agricultura digital, que usa a tecnologia para garantir a precisão e a veracidade das informações da sua lavoura, permitindo um controle muito mais eficaz.
(Fonte: Agrishow Digital)
5. Softwares de Gestão: A Fazenda na Palma da Mão
As inovações em tecnologia da informação e Big Data resultaram no desenvolvimento de softwares de gestão que vieram para ficar. A cada dia, surgem novas ferramentas fáceis de usar, seja no computador ou no celular, para agilizar a vida no campo e permitir um controle eficaz de toda a fazenda.
O Aegro é um exemplo de software de gestão agrícola que auxilia o produtor em todas as etapas, da semeadura até a colheita. Ele centraliza as informações da propriedade e oferece recursos para:
- Gestão de Patrimônio e de máquinas;
- Planejamento e registro de operações agrícolas;
- Gestão financeira e comercialização da safra;
- Monitoramento integrado de pragas e doenças;
- Cotação de seguros agrícolas;
- Integração com o Climatempo, para previsões meteorológicas precisas;
- Imagens de satélite e análise de NDVI para acompanhar a saúde da lavoura;
- Geração do Livro Caixa Digital do Produtor Rural (LCDPR).
](http://conhecimento.aegro.com.br/contato)
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Conclusão
A tecnologia está cada vez mais integrada ao dia a dia do agronegócio. Empresas e startups brasileiras desenvolvem constantemente inovações para otimizar os sistemas de produção, minimizar custos e perdas no campo e, o mais importante, aumentar a rentabilidade do produtor.
Neste artigo, apresentamos algumas das principais tecnologias que estão movimentando o setor agrícola e a economia brasileira. No entanto, novas soluções surgem a todo momento. Cabe a você, produtor rural, avaliar e escolher as ferramentas que melhor se encaixam na realidade e nos objetivos da sua propriedade.
Glossário
Agricultura de Precisão (AP): Estratégia de gerenciamento agrícola que utiliza tecnologia (GPS, sensores) para coletar e analisar dados de áreas específicas da lavoura. Permite a aplicação otimizada de insumos, como fertilizantes e defensivos, apenas onde e na quantidade necessária.
Big Data: Refere-se à coleta e análise de um grande volume de dados gerados na fazenda (por máquinas, sensores, drones, etc.). O objetivo é transformar esses dados em informações estratégicas para uma tomada de decisão mais precisa e eficiente.
Glifosato: Princípio ativo de um dos herbicidas mais utilizados no mundo para o controle de plantas daninhas. Tecnologias como a Roundup Ready® (RR) permitem que a cultura principal seja resistente à sua aplicação.
LCDPR (Livro Caixa Digital do Produtor Rural): Um documento eletrônico obrigatório onde o produtor rural deve registrar toda a movimentação financeira de sua atividade. Softwares de gestão agrícola frequentemente auxiliam na sua geração.
NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada): Indicador gerado a partir de imagens de satélite ou drones que mede a saúde e o vigor da vegetação. Em um mapa, cores diferentes indicam áreas da lavoura com maior ou menor desenvolvimento.
pH do solo: Medida que indica o nível de acidez ou alcalinidade do solo, numa escala de 0 a 14. A correção do pH, geralmente através da calagem, é fundamental para que as plantas consigam absorver os nutrientes disponíveis.
Semente Bt: Semente geneticamente modificada que faz a planta produzir uma proteína tóxica para certas espécies de lagartas. Essa tecnologia reduz a necessidade de aplicar inseticidas para o controle dessas pragas.
Taxa Variável: Técnica da agricultura de precisão que permite aplicar insumos (fertilizantes, sementes, etc.) em quantidades diferentes ao longo do mesmo talhão. A aplicação é guiada por um mapa que mostra a necessidade específica de cada micro-região da lavoura.
Veja como o Aegro pode unificar a tecnologia da sua fazenda
Adotar inovações como agricultura de precisão, maquinário autônomo e Big Data é fundamental, mas o verdadeiro desafio é transformar o enorme volume de dados gerados no campo em lucro. Sem uma ferramenta que centralize essas informações, fica difícil controlar os custos de produção e garantir que cada investimento em tecnologia traga o retorno esperado.
É aqui que um software de gestão agrícola como o Aegro faz a diferença. Ele conecta as operações do campo à gestão financeira, permitindo que você acompanhe o custo de cada talhão em tempo real e analise o desempenho da lavoura com base em dados concretos. Assim, você transforma as informações dos seus sensores e máquinas em decisões mais seguras e rentáveis.
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Perguntas Frequentes
Como posso começar a aplicar a agricultura de precisão em uma pequena propriedade sem um grande investimento inicial?
Você pode começar de forma gradual, focando em tecnologias de menor custo que resolvem problemas específicos. Inicie com o mapeamento da propriedade usando GPS, utilize sensores de solo para análises pontuais e adote um software de gestão, como o Aegro, para centralizar os dados. A chave é começar com o básico para otimizar o uso de insumos e expandir o investimento conforme o retorno financeiro for sendo percebido.
Qual a diferença prática entre Big Data e Agricultura de Precisão?
A Agricultura de Precisão (AP) é a estratégia de usar tecnologias como sensores e GPS para coletar dados e gerenciar a lavoura em nível de talhão. O Big Data é a análise de todo esse grande volume de dados (coletados pela AP, clima, máquinas, etc.) para extrair insights e apoiar decisões estratégicas em toda a fazenda. Em resumo, a AP coleta os dados e o Big Data os transforma em inteligência para o negócio.
O que um mapa de NDVI realmente indica sobre a minha lavoura?
O mapa de NDVI funciona como um ‘raio-x’ da saúde da vegetação. As áreas com cores mais fortes (geralmente verdes) indicam plantas mais sadias e com maior atividade fotossintética. Manchas com cores diferentes (amarelo ou vermelho) são alertas que podem sinalizar problemas como estresse hídrico, deficiência de nutrientes ou ataque de pragas, permitindo que você investigue e atue de forma direcionada.
Os tratores autônomos já são uma realidade acessível para o produtor brasileiro?
Os tratores autônomos já são uma realidade tecnológica, frequentemente apresentados em grandes feiras agrícolas, e representam o futuro da mecanização. No entanto, sua adoção em larga escala ainda está em fase inicial e o custo pode ser um fator limitante para a maioria dos produtores. A tendência é que, com o avanço da tecnologia, eles se tornem mais acessíveis nos próximos anos.
Por que as novas sementes de soja, como Conkesta™ e Intacta 2 Xtend®, são importantes para o manejo?
Essas novas tecnologias são importantes porque ’empilham’ múltiplos benefícios em uma única semente. Elas combinam tolerância a diferentes tipos de herbicidas, o que facilita o controle de plantas daninhas resistentes, com uma proteção Bt mais robusta contra um espectro maior de lagartas. Isso resulta em um manejo mais flexível, seguro e com maior potencial de proteger a produtividade da lavoura.
Qual a principal vantagem de usar um software de gestão agrícola em vez de planilhas tradicionais?
A principal vantagem é a integração. Enquanto planilhas são ferramentas isoladas, um software de gestão como o Aegro conecta todas as áreas da fazenda: as operações de campo (registros, monitoramento de pragas, mapas) são automaticamente vinculadas ao financeiro. Isso permite calcular o custo real de produção por talhão, tomar decisões baseadas em dados consolidados e automatizar processos, como a geração do LCDPR.
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