Área de Refúgio para Milho Bt: Proteja sua Lavoura e Tecnologia

Engenheiro Agrônomo, Mestre e Doutorando em Produção Vegetal pela (ESALQ/USP). Especialista em Manejo e Produção de Culturas no Brasil.
Área de Refúgio para Milho Bt: Proteja sua Lavoura e Tecnologia

Se você utiliza a tecnologia Bt em sua lavoura, a implementação de áreas de refúgio é uma prática fundamental e obrigatória.

Essa exigência não é por acaso: ela é uma medida fitossanitária, prevista em lei, essencial para o manejo da resistência de insetos, garantindo que a tecnologia continue funcionando por muito mais tempo.

Mas, afinal, o que é a tecnologia Bt? Como as pragas se tornam resistentes a ela? E, o mais importante, por que você precisa implantar uma área de refúgio e como fazer isso corretamente na sua fazenda?

Vamos detalhar todas essas informações a seguir.

O que é a Tecnologia Bt: Entendendo as Plantas Transgênicas

A tecnologia Bt confere às plantas a capacidade de se defenderem de alguns insetos-praga específicos. Isso é possível através da biotecnologia, que insere na planta genes da bactéria Bacillus thuringiensis. Essa bactéria produz uma proteína que é tóxica para certos insetos, mas inofensiva para outros animais e para os seres humanos.

O uso de plantas transgênicas em culturas como milho, soja e algodão tem crescido rapidamente, principalmente pela praticidade que oferece no manejo de pragas.

Segundo dados da Céleres, a área plantada com organismos geneticamente modificados no Brasil saltou de 9,2 milhões de hectares na safra 2005/06 para impressionantes 53,1 milhões de hectares na safra 2019/20.

gráfico combinado de barras empilhadas e linha, que ilustra a evolução da área plantada (provavelmente em m Adoção da biotecnologia agrícola no Brasil por cultura/milhões de hectares (Fonte: Céleres)

Para a cultura do milho, por exemplo, a projeção de uso de sementes transgênicas é de 88,9%, sendo a maioria com resistência a insetos.

Essa alta adesão se deve aos benefícios claros: maior eficiência no controle de pragas, facilidade de manejo e otimização das operações no campo.

No Brasil, já temos sementes com tecnologia Bt para milho, soja e algodão, com a cultura do milho Bt sendo a mais difundida em comparação com outros países.

Tecnologias futuras, como a Xtend® e a Enlist®, prometem trazer novas proteínas de resistência, ampliando o controle sobre uma variedade ainda maior de pragas e lagartas, tanto no milho quanto na soja.

Para que serve a tecnologia Bt? Entenda o “evento de transformação”

O termo “evento”, no contexto da transgenia, refere-se a um evento de transformação genética. É o processo que cria uma planta transgênica.

Cada planta modificada com sucesso é chamada de “evento de transformação”. Ela se origina de uma única célula vegetal onde o gene de interesse foi inserido com sucesso.

Esse gene introduzido faz com que a planta produza a proteína com ação inseticida. Assim, quando os insetos-alvo se alimentam das plantas Bt, eles ingerem essa proteína e morrem.

A partir de um evento bem-sucedido, as plantas são multiplicadas, e suas sementes transgênicas são então comercializadas.

Principais Pragas Controladas pela Tecnologia Bt

As plantas Bt são eficazes contra várias das principais pragas agrícolas que afetam as culturas de soja, milho e algodão. As principais são:

  • Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis);
  • Falsa-medideira (Chrysodeixis includens, Rachiplusia nu, Trichaplusia ni);
  • Vaquinha (Diabrotica speciosa);
  • Broca-das-axilas (Crocidosema aporema);
  • Lagarta-das-maçãs (Heliothis virescens);
  • Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus);
  • Helicoverpa (Helicoverpa spp., incluindo a lagarta-da-espiga H. zea);
  • Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon);
  • Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda);
  • Lagarta curuquerê (Alabama argilacea);
  • Lagarta-rosada (Pectinophara gossypiella);
  • Spodoptera (Spodoptera eridania e Spodoptera cosmioides);
  • Broca-do-colmo (Diatrea saccharalis).

O Risco da Resistência de Insetos à Tecnologia Bt

O uso contínuo e, muitas vezes, sem os devidos cuidados da tecnologia Bt, cria uma forte pressão de seleção sobre as populações de pragas. Este é o principal risco para a durabilidade da tecnologia.

O melhoramento genético já trabalha para combater isso, desenvolvendo plantas que expressam altas doses das proteínas inseticidas ou que combinam múltiplos genes de resistência (estratégia de “pirâmide de genes”).

Contudo, essas estratégias da indústria só funcionam com a sua ajuda no campo, através da implementação correta das áreas de refúgio.

No Brasil, as condições são ainda mais desafiadoras. Por sermos um país tropical, é possível plantar o ano todo, o que significa alimento disponível para os insetos constantemente. Além disso, as altas temperaturas aceleram o ciclo de vida das pragas, permitindo várias gerações por ano e, consequentemente, acelerando o surgimento de insetos resistentes.

A lagarta-do-cartucho (S. frugiperda), por exemplo, tem um alto potencial para desenvolver resistência às toxinas Cry1Ab e Cry1F (em milho Bt) e Cry1Ac, Cry2Ab2 e Cry1F (em algodão Bt), devido à sua alta taxa de reprodução.

Pesquisas já confirmam esse risco. Um estudo da Universidade Federal de Lavras mostrou que a transmissão da resistência à proteína Bt pode ocorrer já nos ovos dos insetos. Pesquisadores da Esalq/USP e UFV também comprovaram o potencial de evolução da resistência da lagarta-do-cartucho ao milho Yieldgard VT PRO.

Portanto, se nenhuma estratégia de manejo for adotada, a seleção de insetos resistentes é inevitável, e a tecnologia perderá sua eficácia.

Se você usa tecnologia Bt, é essencial incluir as áreas de refúgio em seu planejamento agrícola. E mais: converse com seus vizinhos para que eles também adotem a prática. De nada adianta você fazer tudo certo se uma praga resistente vier da propriedade ao lado.

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O que é Exatamente uma Área de Refúgio?

De forma simples, a área de refúgio é uma porção da sua lavoura plantada com uma variedade da mesma cultura, mas sem a tecnologia Bt. Ou seja, você divide o talhão em uma parte com a planta transgênica e outra com a planta convencional.

O ponto-chave é que os dois híbridos ou variedades (com e sem Bt) devem ter porte e ciclo vegetativo semelhantes.

O objetivo desta área é permitir a sobrevivência e reprodução de insetos que são suscetíveis (não resistentes) à tecnologia Bt. Esses insetos “sensíveis” irão cruzar com os poucos insetos resistentes que possam sobreviver na área Bt, gerando descendentes que, em sua maioria, ainda serão suscetíveis à tecnologia. Isso “dilui” a resistência na população da praga.

Como Implementar a Área de Refúgio Corretamente

A implementação da área de refúgio não é apenas uma boa prática, é uma obrigação legal, regulamentada pela Instrução Normativa nº 59, de 19 de dezembro de 2018. O descumprimento pode gerar penalidades.

Para fazer corretamente, siga estes pontos:

  1. Escolha do Híbrido: Selecione um híbrido não-Bt com porte e ciclo parecidos com o híbrido Bt que você vai plantar. Isso garante que ambos floresçam na mesma época, facilitando o cruzamento dos insetos.
  2. Distância Máxima: A área de refúgio não pode estar a mais de 800 metros de distância da área com plantas Bt. Essa é a distância máxima que garante que os insetos adultos de ambas as áreas se encontrem e cruzem.

Você pode organizar o plantio de duas maneiras principais, conforme a imagem abaixo:

infográfico técnico que ilustra diferentes estratégias para o plantio de áreas de refúgio em lavouras de milho. Como implementar o refúgio: A) Plantio em faixas ou no perímetro da lavoura; B) Em áreas com pivô central, pode ser plantado em faixas ou em uma parte da área total. (Fonte: adaptado de Embrapa Milho e Sorgo)

Qual deve ser o tamanho da área de refúgio?

O tamanho da área de refúgio depende da cultura e da tecnologia Bt utilizada. A empresa detentora da tecnologia deve indicar a porcentagem correta, seguindo a legislação.

As recomendações gerais são:

  • Soja, cana-de-açúcar e algodão: em média, 20% da área total.
  • Milho: entre 5% e 10% da área total.

Sempre confirme essa informação ao comprar suas sementes.

Foco no Milho: A Importância do Refúgio para Evitar a Resistência

No milho, a correta utilização de áreas de refúgio é crítica para a manutenção da eficácia da tecnologia Bt. Diversos estudos comprovam a eficiência desta prática.

Apesar disso, já existem casos de quebra de resistência, como o da lagarta-do-cartucho à proteína Cry1F.

Essa perda de eficácia pode ser resultado direto de lavouras que não implementaram o refúgio corretamente, seja por não o fazerem ou por negligência na sua instalação.

Para evitar que novos casos de resistência apareçam no milho, pesquisadores reforçam três pilares:

  1. Adotar o MIP (Manejo Integrado de Pragas).
  2. Instalar a área de refúgio de forma correta e nas proporções recomendadas.
  3. Realizar o monitoramento constante da lavoura para identificar qualquer sinal de falha de controle.

Dicas Práticas para o Manejo da Área de Refúgio

A área de refúgio deve ser tratada como uma lavoura convencional. Isso significa que ela precisa receber os mesmos cuidados com fertilizantes, herbicidas e fungicidas. O manejo de pragas, no entanto, tem uma regra de ouro.

O controle de pragas na área de refúgio pode ser feito com inseticidas químicos, exceto com a utilização de bioinseticidas à base de Bacillus thuringiensis (Bt). Usar esses produtos no refúgio anularia seu propósito.

Aqui estão algumas dicas para um bom manejo:

  • Elimine plantas daninhas: elas podem servir de hospedeiras para pragas, inclusive as resistentes.
  • Monitore as pragas constantemente: o monitoramento de pragas permite tomar decisões de controle no momento certo, apenas quando necessário.
  • Use inseticidas com critério: evite aplicações constantes do mesmo produto. Quanto maior a frequência, maior a chance de selecionar insetos resistentes ao próprio inseticida.
  • Faça rotação de culturas: essa prática ajuda a quebrar o ciclo de vida das pragas.
  • Adote o Manejo Integrado de Pragas (MIP): combine diferentes métodos de controle (cultural, biológico, químico) para um manejo mais sustentável e eficaz.

Conclusão

A utilização da área de refúgio é uma ferramenta indispensável para proteger a tecnologia Bt e evitar o desenvolvimento de resistência de pragas em sua fazenda.

Neste artigo, vimos o que é a tecnologia Bt, as pragas que ela controla e, principalmente, a importância e o passo a passo para implantar a área de refúgio.

Lembre-se: embora a seleção de insetos resistentes aconteça dentro de cada propriedade, as pragas não respeitam cercas e se dispersam por toda a região. Isso significa que o prejuízo de uma má prática afeta a todos.

Mesmo que você faça tudo certo, se seus vizinhos não adotarem o refúgio, sua lavoura também estará em risco. Por isso, a ação precisa ser conjunta e a conscientização, de todos.

retrato em close-up de uma jovem mulher sorrindo calorosamente para a câmera. Ela possui cabelos longos e escur Atualizado em 07 de outubro de 2020 por Rayssa Fernanda dos Santos Agrônoma pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), mestra em fitotecnia pela Esalq/USP, doutoranda em agronomia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), ênfase em produção vegetal, e com MBA em Marketing.


Glossário

  • Áreas de refúgio: Porção da lavoura cultivada com uma variedade da mesma cultura sem a tecnologia Bt. O objetivo é permitir a reprodução de insetos suscetíveis, que cruzarão com os resistentes, retardando a evolução da resistência na população da praga.

  • Biotecnologia: Conjunto de técnicas que utilizam organismos vivos ou seus componentes para criar ou modificar produtos. Na agricultura, é a base para o desenvolvimento de plantas transgênicas, como as que possuem a tecnologia Bt.

  • Evento de transformação genética: Refere-se ao processo de inserção bem-sucedida de um gene de interesse (como o gene Bt) no genoma de uma planta. Cada planta transgênica original e suas descendentes diretas são consideradas um “evento”.

  • Manejo da resistência de insetos: Conjunto de estratégias e práticas agrícolas para retardar o desenvolvimento de populações de pragas resistentes a um método de controle. A implementação de áreas de refúgio é a principal tática para o manejo da resistência à tecnologia Bt.

  • MIP (Manejo Integrado de Pragas): Sistema que combina diferentes métodos de controle (cultural, biológico e químico) de forma integrada e sustentável. O objetivo é manter as pragas abaixo do nível de dano econômico, em vez de buscar sua erradicação.

  • Pressão de seleção: Processo evolutivo que ocorre quando o uso contínuo de uma tecnologia, como as plantas Bt, elimina os insetos suscetíveis e favorece a sobrevivência e reprodução dos indivíduos naturalmente resistentes. Com o tempo, isso torna a população da praga resistente à tecnologia.

  • Tecnologia Bt: Refere-se a plantas geneticamente modificadas que contêm genes da bactéria Bacillus thuringiensis. Esses genes fazem com que a planta produza proteínas com ação inseticida, que matam pragas específicas (como lagartas) ao se alimentarem dela.

Veja como o Aegro pode ajudar a superar esses desafios

Planejar a safra, definindo corretamente o tamanho e a localização da área de refúgio, e ao mesmo tempo manter um monitoramento de pragas rigoroso são tarefas que exigem muita organização. Um software de gestão agrícola como o Aegro centraliza essas informações, permitindo que você planeje o plantio dos talhões Bt e de refúgio diretamente no mapa da fazenda. Além disso, o registro de monitoramentos de pragas pelo aplicativo de celular facilita a identificação de focos de resistência e ajuda a tomar decisões mais rápidas sobre o controle, garantindo a eficácia do Manejo Integrado de Pragas (MIP).

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Perguntas Frequentes

O que acontece se eu não implementar a área de refúgio na minha lavoura com tecnologia Bt?

A ausência do refúgio acelera drasticamente a seleção de insetos-praga resistentes. Com o tempo, a tecnologia Bt perderá sua eficácia, resultando em falhas de controle, perdas de produtividade e aumento nos custos com inseticidas. Além disso, a não implementação é uma infração à legislação, sujeita a penalidades.

A tecnologia Bt controla todos os tipos de pragas na lavoura?

Não. A tecnologia Bt é altamente específica e eficaz apenas contra certas pragas-alvo, principalmente lagartas. Pragas como percevejos, ácaros e pulgões não são afetadas e precisam ser controladas com outras táticas do Manejo Integrado de Pragas (MIP), como o monitoramento constante e o uso de inseticidas seletivos.

Posso usar qualquer variedade de milho ou soja não-Bt na área de refúgio?

Não é o ideal. Para garantir a eficácia da estratégia, você deve escolher um híbrido ou variedade não-Bt com porte e ciclo de desenvolvimento muito semelhantes aos da cultura Bt. Isso assegura que ambas floresçam ao mesmo tempo, permitindo o acasalamento entre os insetos suscetíveis do refúgio e os resistentes da área Bt.

Como devo fazer o controle de pragas na área de refúgio?

A área de refúgio deve ser monitorada como uma lavoura convencional. Caso a infestação de pragas atinja o nível de dano econômico, você pode aplicar inseticidas químicos, mas com uma regra crucial: nunca utilize bioinseticidas à base da própria bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), pois isso anularia o propósito do refúgio.

O tamanho da área de refúgio é sempre o mesmo para todas as culturas?

Não, a porcentagem recomendada varia conforme a cultura. Para soja e algodão, a média é de 20% da área total. Já para o milho, a exigência é menor, geralmente entre 5% e 10%. É fundamental sempre confirmar a porcentagem correta indicada pela empresa detentora da tecnologia no momento da compra das sementes.

Plantar uma área sem proteção Bt não aumenta o risco de um ataque severo de pragas?

Embora a área de refúgio seja naturalmente mais suscetível, o risco é totalmente gerenciável com boas práticas. A chave é realizar o monitoramento constante e aplicar defensivos (exceto os à base de Bt) apenas quando necessário. Esse manejo criterioso previne danos econômicos e é a base para garantir a longevidade da tecnologia Bt.

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