Atualmente, um impressionante percentual de 96,5% das lavouras de soja no Brasil utiliza sementes transgênicas. A grande maioria dessas lavouras incorpora tecnologias de resistência a herbicidas, sendo a Roundup Ready (RR), que confere resistência ao glifosato, a mais adotada pelos produtores.
Apesar de ser uma tecnologia amplamente difundida, é natural que surjam dúvidas sobre seu funcionamento, sua história e, principalmente, sobre as melhores práticas para extrair o máximo de seu potencial no campo.
Neste artigo, vamos detalhar as informações essenciais sobre a soja RR: como ela surgiu, seu mecanismo de ação e as estratégias de manejo mais eficientes para garantir a longevidade e os benefícios dessa ferramenta em sua propriedade.
(Fonte: CIB)
A História da Soja RR (Roundup Ready)
O melhoramento de plantas é uma prática que acompanha a agricultura há mais de 10.000 anos, desde a domesticação das primeiras espécies. Inicialmente, esse processo consistia na simples seleção manual das melhores plantas de uma área, seja para consumo humano ou animal.
Com a evolução da ciência, o melhoramento genético avançou para a transformação genética. Essa tecnologia nos permite hoje desenvolver plantas com características específicas, como a resistência a insetos (tecnologia Bt) e a herbicidas (tecnologia RR). Graças a isso, conseguimos ganhos expressivos na produtividade de soja, além de culturas mais tolerantes à seca, entre outras vantagens.
A soja transgênica foi aprovada no Brasil há mais de 20 anos, mas sua história começou um pouco antes.
- 1995: A primeira semente de soja transgênica, tolerante ao glifosato (Roundup Ready ou RR), foi desenvolvida e aprovada nos Estados Unidos.
- 1997: A Argentina aprova o cultivo da soja RR.
- 1998: O Brasil concede a primeira aprovação para a tecnologia.
- 2005: Após um período de debates e regulamentação, o cultivo da soja RR é finalmente legalizado em escala comercial no Brasil.
Desde então, o manejo de plantas daninhas na cultura da soja tornou-se significativamente mais simples e econômico. A facilidade e a eficácia do sistema RR resultaram em uma adoção massiva por parte dos produtores brasileiros, como apontado em um estudo de Duarte (2009) sobre os motivos da adesão à tecnologia.
O que São Transgênicos? Entenda o Conceito
Transgênicos, também conhecidos como Organismos Geneticamente Modificados (OGM), são seres vivos que receberam um gene de outra espécie por meio de técnicas de biotecnologia. O objetivo é inserir uma característica nova e desejável que não existia originalmente naquele organismo.
Embora a soja seja o exemplo mais famoso, diversas outras culturas possuem eventos transgênicos aprovados para cultivo no Brasil, incluindo algodão, milho, feijão, eucalipto e cana-de-açúcar.
A Presença dos Transgênicos Além da Agricultura
É importante notar que a transgenia não se limita ao campo. No Brasil, existem 144 aprovações de eventos transgênicos que englobam:
- Plantas
- Vacinas de uso humano e veterinário
- Insetos (como o Aedes aegypti geneticamente modificado)
- Microrganismos para produção industrial
- Medicamentos
Ainda assim, a agricultura representa a maior e mais importante aplicação dessa tecnologia no país. O Brasil é o segundo maior produtor de transgênicos do mundo, com uma área de 50,2 milhões de hectares. Essa área se distribui da seguinte forma:
- Soja: 67%
- Milho: 31%
- Algodão: 2%
Apesar de ser um tema que gera discussões, a tecnologia na agricultura, especialmente a transgenia, oferece benefícios claros e mensuráveis para o produtor.
Como a Soja Roundup Ready (RR) Funciona na Prática?
Como vimos, a soja geneticamente modificada é aquela que teve seu DNA alterado para expressar uma nova característica. No caso da soja RR, essa característica é a tolerância ao herbicida glifosato.
Mas por que usar a transgenia em vez do melhoramento genético convencional? A resposta está no tempo. O melhoramento tradicional poderia, teoricamente, alcançar um resultado similar, mas levaria muitos anos de seleção e cruzamentos. A engenharia genética acelera esse processo drasticamente.
O glifosato é um herbicida com as seguintes características:
- Pós-emergente: age sobre plantas que já germinaram.
- Não seletivo: mata a maioria das plantas, sem distinção.
- Amplo espectro: controla uma grande variedade de plantas daninhas.
- Ação sistêmica: ao ser absorvido pelas folhas, o produto circula por toda a planta através do floema (sistema de vasos que distribui nutrientes), chegando até as raízes.
Seu modo de ação consiste em impedir que a planta produza três aminoácidos essenciais para sua sobrevivência: fenilalanina, tirosina e triptofano. Sem eles, a planta morre.
A grande inovação da soja RR está no gene cp4-epsps, que foi isolado de uma bactéria do solo chamada Agrobacterium spp. Esse gene é inserido no DNA da soja, permitindo que a planta produza uma enzima que não é afetada pelo glifosato. Assim, enquanto as plantas daninhas morrem, a soja RR continua seu desenvolvimento normalmente.
Consequências da Adoção Massiva da Soja RR
A rápida e extensa adoção da soja RR pelo produtor brasileiro é compreensível. A tecnologia simplificou o manejo, reduziu custos e aumentou a eficiência no controle de plantas daninhas.
No entanto, a facilidade proporcionada pelo sistema, que combina um herbicida eficaz e de baixo custo, levou a uma dependência e ao uso repetitivo do glifosato como única ferramenta de manejo. Essa prática contínua cria uma forte pressão de seleção sobre as plantas daninhas.
Com o tempo, as poucas plantas que sobrevivem naturalmente às aplicações se multiplicam, resultando em lavouras infestadas por espécies que desenvolveram resistência ao glifosato. Esse é um dos maiores desafios do manejo agrícola atual.
Para aprofundar no assunto, leia nosso artigo: “9 Fatos primordiais para o manejo de plantas daninhas resistentes ao glifosato”
Principais Eventos Transgênicos Aprovados para Soja no Brasil
As empresas de biotecnologia desenvolveram um vasto portfólio de cultivares de soja com diferentes tecnologias. Abaixo estão os principais tipos de eventos transgênicos aprovados para a cultura no Brasil, agrupados por funcionalidade:
Tolerância a Herbicidas
- Tolerância ao glifosato.
- Tolerância a herbicidas do grupo das imidazolinonas.
- Tolerância ao glufosinato de amônio.
- Tolerância ao 2,4-D e ao glufosinato de amônio.
- Tolerância ao glifosato e isoxaflutole.
- Tolerância ao dicamba.
- Tolerância combinada a dicamba e glifosato.
Resistência a Insetos (Tecnologia Bt)
- Resistência a insetos da ordem Lepidoptera (lagartas).
Tecnologias Combinadas (Stacked Genes)
- Resistência a lagartas e tolerância ao glifosato.
- Resistência a lagartas e tolerância ao glufosinato.
- Resistência a insetos e tolerância a 2,4-D, glifosato e glufosinato.
- Resistência a insetos e tolerância a glifosato e dicamba.
- Resistência a insetos e tolerância a glifosato, glufosinato e isoxaflutole.
Qualidade do Grão
- Soja com perfil de ácidos graxos modificado.
- Soja com perfil de ácidos graxos modificado e tolerância a glifosato.
Para consultar o portfólio de cultivares da Embrapa, clique aqui. Para escolher a variedade ideal para sua região, confira nosso guia: “Como escolher as melhores cultivares de soja para sua lavoura”.
Soja Bt: A Tecnologia de Resistência a Insetos
A soja resistente a insetos é popularmente conhecida como soja Bt. A sigla vem do nome da bactéria da qual o gene de resistência foi extraído: Bacillus thuringiensis.
Essa tecnologia é eficaz no controle de importantes insetos-praga que atacam a cultura, como:
- Lagartas desfolhadoras: lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) e falsa-medideira (Chrysodeixis includens).
- Lagartas das vagens: lagarta-das-maçãs (Heliothis virescens) e lagartas do gênero Helicoverpa.
- Broca-das-axilas ou dos-ponteiros (Epinotia aporema).
- Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus).
Contudo, assim como no caso dos herbicidas, já existem relatos de perda de eficácia da tecnologia Bt devido ao surgimento de insetos resistentes. Isso ocorre principalmente pelo manejo inadequado, em especial a não implementação das áreas de refúgio.
10 Dicas Essenciais para o Manejo de Soja Transgênica
Para preservar a eficácia das tecnologias e garantir a sustentabilidade do seu sistema de produção, siga estas recomendações:
- Priorize o Manejo Integrado: O Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD) deve ser a base da sua estratégia, combinando métodos culturais, químicos e mecânicos.
- Preserve a Tecnologia: Um manejo correto ajuda a manter o valor da semente de soja tolerante e previne o surgimento de plantas daninhas resistentes.
- Rotacione Mecanismos de Ação: Limite o número de aplicações de um mesmo herbicida ou de produtos com o mesmo modo de ação dentro de uma única safra.
- Use Diferentes Ferramentas: Mesmo cultivando soja RR, utilize herbicidas com outros ingredientes ativos e mecanismos de ação (pré-emergentes, por exemplo) para diversificar o controle.
- Siga a Bula: Aplique apenas produtos registrados para a cultura, na dose recomendada e no estágio de desenvolvimento correto tanto da planta daninha quanto da soja.
- Capriche na Aplicação: Observe na bula as recomendações de tecnologia de aplicação: pressão, vazão, condições climáticas (temperatura, umidade, vento), volume de calda e tipo de ponta de pulverização.
- Faça Rotação de Culturas: Alternar a soja com outras culturas (como milho ou algodão) é fundamental para quebrar o ciclo de pragas, doenças e plantas daninhas.
- Pratique o Manejo Preventivo: Realize a limpeza completa de máquinas e implementos agrícolas para evitar a disseminação de sementes de plantas daninhas entre talhões.
- Monitore a Lavoura Constantemente: Inspecione a área para identificar escapes de plantas daninhas ou novas infestações, permitindo um controle rápido e localizado.
- Maneje a Entressafra: Não deixe sua área em pousio. Utilize plantas de cobertura ou adubação verde para manter o solo protegido e suprimir o crescimento de plantas daninhas.
Conclusão
Os transgênicos, especialmente a soja RR, foram amplamente adotados no Brasil e se tornaram ferramentas indispensáveis para a agricultura moderna. As principais tecnologias focam na tolerância a herbicidas e na resistência a insetos, proporcionando um manejo mais eficiente e produtivo.
Como vimos neste guia, apesar dos inúmeros benefícios, o uso dessas tecnologias exige responsabilidade e planejamento. A adoção de boas práticas, como a rotação de culturas, o manejo integrado e o respeito às recomendações técnicas, é crucial para prevenir a resistência e garantir que essas ferramentas continuem sendo eficazes por muitas safras.
Ao compreender o funcionamento e aplicar as estratégias corretas, você poderá extrair o máximo proveito de sua lavoura, seja ela transgênica ou convencional.
Glossário
Ação sistêmica: Característica de um defensivo agrícola (como o glifosato) que, ao ser absorvido pela planta, circula internamente através de seus vasos condutores. Isso permite que o produto atinja todas as partes da planta, incluindo as raízes, garantindo um controle mais eficaz.
Bt (Bacillus thuringiensis): Sigla para uma bactéria de solo cujos genes são inseridos em plantas como soja e milho para que elas produzam proteínas tóxicas para certas lagartas. Quando a praga se alimenta da planta, ela ingere a proteína e morre, reduzindo a necessidade de pulverizações de inseticidas.
Floema: Sistema de vasos de uma planta responsável por distribuir a energia (açúcares) produzida nas folhas para as outras partes, como caule e raízes. Herbicidas de ação sistêmica utilizam o floema como “rodovia” para se espalhar e matar a planta por completo.
Glifosato: Princípio ativo de um herbicida de amplo espectro e não seletivo, o que significa que ele é capaz de matar a maioria das espécies de plantas. É o herbicida para o qual a soja RR possui tolerância.
OGM (Organismo Geneticamente Modificado): Termo geral para um ser vivo cujo material genético foi alterado em laboratório para expressar uma nova característica. Um transgênico (como a soja RR) é um tipo de OGM que recebeu um gene de uma espécie diferente.
Pós-emergente: Refere-se ao momento de aplicação de um herbicida, que ocorre após a germinação e o surgimento das plantas daninhas no campo. O glifosato é um exemplo clássico de herbicida pós-emergente.
Pressão de seleção: Processo que ocorre quando o uso repetido de um mesmo método de controle (ex: o herbicida glifosato) elimina os indivíduos suscetíveis, permitindo que os poucos naturalmente resistentes sobrevivam e se multipliquem. Com o tempo, isso pode levar ao domínio de plantas daninhas resistentes na lavoura.
RR (Roundup Ready): Nome comercial da tecnologia que confere à soja tolerância ao herbicida glifosato. Essa modificação genética permite que o agricultor aplique o herbicida para controlar o mato sem afetar o desenvolvimento da cultura da soja.
Veja como o Aegro pode ajudar a superar esses desafios
Gerenciar a rotação de herbicidas e o Manejo Integrado de Pragas (MIP) para evitar a resistência, como discutido neste artigo, é um desafio constante. Manter o controle de quais produtos foram aplicados em cada talhão, as doses utilizadas e as datas corretas pode ser complexo, especialmente quando se busca otimizar os custos de produção e garantir a longevidade das tecnologias.
Um software de gestão agrícola como o Aegro centraliza todas essas informações, permitindo planejar a safra e registrar cada atividade diretamente do campo, com o aplicativo de celular. Isso não apenas facilita a rotação de ingredientes ativos para preservar a eficácia da tecnologia, mas também gera relatórios automáticos sobre os custos com insumos por hectare, ajudando você a tomar decisões mais inteligentes e lucrativas.
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Perguntas Frequentes
O que significa exatamente o termo ‘Soja RR’ ou ‘Roundup Ready’?
A sigla RR significa ‘Roundup Ready’ e se refere a uma soja geneticamente modificada para ser tolerante ao herbicida glifosato. Essa tecnologia permite que o agricultor aplique o herbicida para controlar uma ampla gama de plantas daninhas na lavoura sem prejudicar o desenvolvimento da cultura da soja.
Qual a principal diferença entre a tecnologia da Soja RR e a da Soja Bt?
A Soja RR foca no manejo de plantas daninhas, conferindo tolerância a herbicidas. Já a Soja Bt (Bacillus thuringiensis) possui genes que a tornam resistente ao ataque de certas lagartas, reduzindo a necessidade de inseticidas. Muitas cultivares modernas combinam ambas as tecnologias, oferecendo proteção tanto contra plantas daninhas quanto contra pragas.
Se eu plantar soja RR, posso usar qualquer herbicida para controlar o mato?
Não. A tecnologia RR confere tolerância especificamente ao glifosato. O uso de outros herbicidas não seletivos pode danificar ou matar a lavoura. Para um manejo sustentável, o ideal é rotacionar o glifosato com outros herbicidas de mecanismos de ação diferentes, como os pré-emergentes, para prevenir o surgimento de plantas daninhas resistentes.
Por que o uso contínuo apenas de glifosato na soja RR se tornou um problema?
O uso repetitivo e exclusivo do glifosato cria uma forte pressão de seleção, eliminando as plantas daninhas suscetíveis e permitindo que as poucas naturalmente resistentes sobrevivam e se multipliquem. Ao longo do tempo, isso resulta na perda de eficácia da tecnologia e na infestação de plantas daninhas de difícil controle, aumentando os custos de produção.
É possível cultivar soja transgênica em pequenas propriedades?
Sim, a tecnologia transgênica é perfeitamente aplicável a propriedades de qualquer tamanho. O benefício de simplificar o manejo de plantas daninhas e pragas é relevante tanto para pequenos quanto para grandes produtores. O importante é escolher a cultivar mais adaptada à sua região e seguir as boas práticas de manejo para garantir a longevidade da tecnologia.
Além da soja RR e Bt, existem outras tecnologias transgênicas para a cultura?
Sim, o avanço da biotecnologia resultou em um portfólio vasto. Existem sojas com tolerância a múltiplos herbicidas (como 2,4-D, dicamba e glufosinato de amônio), tecnologias com genes combinados (‘stacked genes’) que oferecem resistência a insetos e tolerância a herbicidas simultaneamente, e até sojas com perfil de óleo modificado para fins industriais.
Artigos Relevantes
- 9 plantas daninhas resistentes a herbicidas (+3 livros e guias): Este artigo complementa perfeitamente o artigo principal ao abordar diretamente sua maior consequência: a resistência. Enquanto o guia de Soja RR alerta para o problema, este artigo nomeia os ‘inimigos’, detalhando as principais daninhas resistentes ao glifosato (Buva, Capim-amargoso), tornando a ameaça abstrata em um desafio concreto e identificável para o produtor.
- Como funciona e o que fazer sobre a resistência de plantas daninhas a herbicidas: Enquanto o artigo principal explica ‘o que’ é a resistência, este aprofunda ‘o porquê’ e ‘como’ ela ocorre no nível biológico. Ele detalha os mecanismos de resistência (sítio de ação, metabolização), oferecendo um conhecimento técnico valioso que justifica a necessidade das boas práticas de manejo, como a rotação de ativos, mencionadas no guia da Soja RR.
- Como a tecnologia Enlist na soja pode tornar sua lavoura mais produtiva: Este artigo apresenta uma das soluções diretas para o problema da resistência ao glifosato criado pela massificação da Soja RR. Ele detalha uma tecnologia de nova geração (tolerância a 2,4-D e glufosinato) que foi brevemente mencionada no artigo principal, servindo como um passo lógico para o produtor que busca alternativas e um manejo mais robusto de daninhas.
- Como funciona o novo Intacta 2 Xtend para a cultura da soja: Similar ao artigo sobre Enlist, este conteúdo detalha a outra principal plataforma tecnológica que evoluiu a partir da Soja RR, a Intacta 2 Xtend (tolerância ao dicamba). Apresentá-lo junto ao Enlist oferece uma visão completa e imparcial das principais soluções do mercado, permitindo ao leitor comparar as ferramentas mais modernas para superar as limitações da tecnologia RR original.
- Como escolher as melhores cultivares de soja para sua lavoura: Este artigo fornece o contexto estratégico essencial que falta no guia principal. Enquanto o artigo sobre Soja RR foca em uma característica tecnológica, este ensina o produtor a fazer a escolha fundamental da cultivar, considerando fatores agronômicos como grupos de maturação e ZARC. Ele eleva a discussão, mostrando como integrar a decisão por uma tecnologia como a RR dentro de um planejamento de safra completo e adaptado à realidade da fazenda.