Resistência a Defensivos Agrícolas: O Que É e Como Evitar na Lavoura

Engenheira agrônoma, mestre e doutora na linha de pesquisa de plantas daninhas. Atualmente professora da UEL (Universidade Estadual de Londrina).
Resistência a Defensivos Agrícolas: O Que É e Como Evitar na Lavoura

Você já passou pela situação de aplicar um defensivo agrícola que sempre funcionou bem, mas, de repente, ele parece não fazer mais efeito? Se a resposta é sim, você pode estar lidando com um caso de resistência na sua lavoura. Este é um desafio crescente na agricultura moderna, afetando o controle de insetos, plantas daninhas e doenças.

Neste artigo, vamos explicar de forma clara e direta o que é a resistência a defensivos, por que ela acontece e, o mais importante, quais estratégias você pode adotar para evitar que esse problema prejudique a sua produtividade. Entender esse processo é o primeiro passo para um manejo mais eficiente e sustentável.

O que é resistência a defensivos agrícolas?

De forma simples, a resistência ocorre quando uma praga, planta daninha ou fungo que antes era controlado por um determinado produto fitossanitário passa a sobreviver à sua aplicação. Mesmo utilizando a dose correta recomendada, o organismo alvo não é mais eliminado, tornando o controle ineficaz.

Como a resistência acontece? É um processo de seleção natural

Para entender a resistência, imagine a população de uma praga em sua lavoura. Dentro dessa população, sempre existirão indivíduos naturalmente diferentes. A maioria será sensível ao defensivo, mas uma pequena parte pode já nascer com alguma característica que a torna tolerante ou resistente àquele produto.

Quando você aplica o mesmo defensivo repetidamente, acontece um processo chamado pressão de seleção. Funciona assim:

  1. A aplicação elimina a maioria dos indivíduos, que são sensíveis.
  2. Os poucos indivíduos que já eram resistentes sobrevivem.
  3. Sem a concorrência dos outros, esses sobreviventes se reproduzem e passam essa característica de resistência para seus descendentes.
  4. A cada nova aplicação do mesmo produto, você repete esse ciclo, “selecionando” apenas os mais fortes. Com o tempo, a população inteira na sua área se torna resistente, e o defensivo perde o seu efeito.

Agora, vamos ver como isso acontece na prática com insetos, plantas daninhas e doenças no Brasil.

Resistência de insetos a inseticidas: como funciona?

tirinha em preto e branco de quatro quadros que narra, de forma humorística, a história de uma família de bara (Fonte: Fernando Gonsales em Science Blogs)

A tirinha brinca com a ideia, mas o processo real é exatamente o que descrevemos. A imagem abaixo ilustra o ciclo de seleção de forma mais técnica:

infográfico esquemático que ilustra o processo de seleção natural e o desenvolvimento de resistência em uma pop (Fonte: Bernardi et al.,2016)

Como o infográfico mostra, o uso contínuo de inseticidas com o mesmo mecanismo de ação seleciona os insetos resistentes, que sobrevivem e se multiplicam.

Mecanismo de Ação: é a forma específica como o produto químico ataca e controla a praga. Por exemplo, alguns atacam o sistema nervoso, outros afetam o crescimento ou a digestão do inseto.

Na cultura do milho, por exemplo, a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) e a lagarta-das-maçãs (Helicoverpa armigera) já têm casos confirmados de resistência a diversos inseticidas.

Para evitar isso, é fundamental rotacionar os mecanismos de ação. Conhecer como cada produto funciona permite que você alterne as aplicações, atacando as pragas de formas diferentes e dificultando o desenvolvimento da resistência.

infográfico técnico e educacional que detalha a classificação de inseticidas para o controle de Lepidoptera (la (Fonte: Irac)

Consultar materiais como este folder do IRAC-BR ajuda a planejar a rotação correta de produtos em sua fazenda.

E as culturas Bt? Elas também enfrentam resistência?

Sim. A tecnologia Bt – presente em soja, milho e algodão – é uma ferramenta poderosa. Trata-se de plantas geneticamente modificadas que produzem uma proteína tóxica para certas lagartas.

No entanto, o uso contínuo dessa tecnologia também cria uma forte pressão de seleção. Já existem relatos de resistência à tecnologia Bt no mundo, inclusive no Brasil, com a lagarta Spodoptera frugiperda.

Para preservar a eficácia das culturas Bt, a adoção das áreas de refúgio é obrigatória e essencial.

Área de Refúgio: é uma porção da lavoura, plantada com a mesma cultura sem a tecnologia Bt, próxima ao talhão Bt.

O refúgio funciona da seguinte forma:

infográfico didático que explica o conceito de área de refúgio na cultura do milho, especificamente para o mane (Fonte: BioGene)

Os poucos insetos resistentes que sobrevivem na área Bt acasalam com os muitos insetos sensíveis (não resistentes) que vêm da área de refúgio. Esse cruzamento gera descendentes que, em sua maioria, ainda são sensíveis à tecnologia Bt, “quebrando” e atrasando o avanço da resistência.

De acordo com o Ministério da Agricultura, a recomendação é:

  • Milho e Soja: A área de refúgio deve ser de 20% da área total plantada com a cultura Bt.
  • Algodão: A área de refúgio deve ser de 10%.

Existem várias formas de implantar o refúgio na sua propriedade, como mostra a imagem abaixo:

infográfico educativo que ilustra cinco métodos diferentes para a implementação de áreas de refúgio em lavouras (Fonte: Abrasem em Pioneer)

Para mais informações sobre manejo de resistência de insetos, visite o site do IRAC-BR.

Um exemplo preocupante é a Helicoverpa armigera, uma praga polífaga que ataca soja, milho, algodão e outras culturas. Ela já demonstra seleção de indivíduos resistentes a inseticidas comuns (piretroides, organofosforados e carbamatos) e há indícios de resistência também às plantas Bt no Brasil.

montagem composta por cinco fotografias que ilustram os danos causados por diferentes espécies de lagartas em Helicoverpa armigera é uma praga polífaga, capaz de atacar muitas culturas (Fonte: Embrapa)

Plantas daninhas com resistência a herbicidas

O problema não se limita aos insetos. Hoje, existem 253 espécies de plantas daninhas resistentes a herbicidas no mundo. No Brasil, já temos 48 casos de resistência confirmados.

Entre as espécies mais problemáticas estão:

O processo de seleção é o mesmo: o uso repetido de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação elimina as plantas sensíveis, deixando apenas as resistentes para se multiplicarem.

Este infográfico educacional ilustra o processo de seleção de biótipos de plantas daninhas resistentes a um determinado herbi (Fonte: Christoffoleti e López-Ovejero, 2008)

Com o tempo, a população de plantas resistentes domina a área, tornando o controle químico muito mais difícil e caro.

O Amaranthus palmeri é um caso grave. Logo após sua identificação no Brasil, já foram confirmados biótipos com resistência a múltiplos mecanismos de ação (inibidores da ALS e da EPSPs), resistindo a herbicidas como chlorimuron, cloransulam, glifosato e imazethapyr.

Esta imagem é uma composição visual informativa, projetada para auxiliar na identificação da planta daninha *Amaranthus palme (Fonte: Embrapa)

Outros casos importantes de resistência no Brasil

  • Buva (Conyza sumatrensis): Já possui casos de resistência a chlorimuron, glifosato, paraquat e saflufenacil.

close-up da planta daninha conhecida como buva (Conyza bonariensis), uma das principais infestantes em lavo (Fonte: Weeds Brisbane)

  • Picão-preto (Bidens pilosa e Bidens subalternans): Espécies com casos de resistência a herbicidas inibidores da ALS.

close-up detalhado da planta daninha conhecida como picão-preto (Bidens pilosa), destacando duas fases dist (Fonte: IDAO CIRAD)

  • Leiteiro ou Amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla): Comum na soja, tem resistência relatada a uma longa lista de herbicidas, incluindo inibidores de ALS e PPO.

close-up detalhado da planta daninha conhecida como amendoim-bravo ou leiteiro, cujo nome científico é *Eup (Fonte: Agro Link)

  • Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica): Recentemente, foi relatado um caso de resistência ao glifosato.

close-up detalhado da inflorescência do capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), uma planta daninha comum em (Fonte: FNA Nature Search)

  • Azevém (Lolium multiflorum): Muito comum no Sul do Brasil, já tem registros de resistência a glifosato, iodosulfuron, pyroxsulam e clethodim.

close-up detalhado de uma inflorescência de azevém (Lolium multiflorum), uma gramínea comum. O foco está na (Fonte: Go Botany)

A principal estratégia para manejar essas plantas daninhas é, novamente, a rotação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação, combinada a outras práticas de manejo.

E no caso dos fungos resistentes a fungicidas?

A resistência também é uma realidade no manejo de doenças. Muitas espécies de fungos já foram relatadas como resistentes, incluindo agentes causadores de doenças em citros, hortaliças e frutas.

No entanto, a grande preocupação para os produtores de soja é a ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Este fungo se disseminou rapidamente pelo Brasil devido às condições climáticas favoráveis.

Atualmente, já se observa que o fungo causador da ferrugem está menos sensível aos fungicidas do grupo químico dos triazóis, um dos principais utilizados para seu controle. Isso significa que a eficiência desses produtos está diminuindo, exigindo um manejo cada vez mais cuidadoso.

composição de quatro painéis que ilustram os sintomas de uma doença fúngica em folhas de soja, muito provavelm (Fonte: Embrapa)

Para prevenir a resistência da ferrugem asiática, algumas estratégias são fundamentais:

  1. Respeitar o vazio sanitário: Período obrigatório sem plantas vivas de soja no campo para quebrar o ciclo do fungo. Verifique o calendário para a sua região aqui.
  2. Fazer o manejo integrado: Utilizar cultivares mais resistentes e outras práticas culturais, além do controle químico.
  3. Usar fungicidas de modo preventivo: Aplicar os produtos antes da doença se estabelecer e se proliferar, quando a população do fungo ainda é baixa.
  4. Adotar misturas comerciais: Usar produtos que já contenham ingredientes ativos de diferentes mecanismos de ação, atacando o fungo de múltiplas formas simultaneamente.
  5. Rotacionar os mecanismos de ação: Evitar o uso repetido do mesmo grupo químico de fungicidas durante a safra.

Você pode acompanhar a situação da ferrugem durante a safra no site do Consórcio Antiferrugem, que fornece dados atualizados por estado.

gráfico de barras verticais dentro de uma interface de software, provavelmente um painel de controle ou rel (Fonte: Consórcio antiferrugem)

A Solução Unificadora: Manejo Integrado de Pragas (MIP)

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é a filosofia que une todas as estratégias que vimos até aqui. Seja para manejar insetos, fungos ou plantas daninhas, o MIP é a chave para um controle sustentável e para a prevenção da resistência.

A ideia é não depender de uma única ferramenta (como o controle químico), mas integrar diversas táticas de manejo de forma harmônica.

infográfico que ilustra o conceito de ‘Manejo Integrado’ no contexto agrícola. No centro, um círculo laranja de (Fonte: Amici)

Ao combinar controle cultural, biológico, genético e químico, você reduz a pressão de seleção e preserva a eficácia dos defensivos por muito mais tempo.

Conclusão

A resistência a defensivos agrícolas não é um problema do produto, mas sim do manejo. Ela é um processo natural de seleção que é acelerado pelo uso incorreto e repetitivo das mesmas ferramentas.

Ficou claro que um bom planejamento agrícola, focado na diversificação de estratégias, é essencial para tomar as melhores decisões e proteger sua lavoura. A regra de ouro é sempre rotacionar os mecanismos de ação dos defensivos, seja para insetos, doenças ou plantas daninhas.

Lembre-se: prevenir a resistência é mais inteligente e mais barato do que tentar controlar um problema já estabelecido. Vamos juntos adotar essas boas práticas e garantir a sustentabilidade da produção agrícola


Glossário

  • Área de Refúgio: Porção da lavoura plantada com a mesma cultura, mas sem a tecnologia Bt. Serve para manter uma população de insetos sensíveis (não resistentes) que se acasalam com os resistentes, retardando a evolução da resistência na área total.

  • Biótipos: Subpopulações de uma mesma espécie de planta daninha que possuem características genéticas distintas. No contexto do artigo, refere-se a grupos de plantas que desenvolveram resistência a um ou mais herbicidas.

  • Manejo Integrado de Pragas (MIP): Estratégia que combina diferentes métodos de controle (cultural, biológico, químico e genético) de forma harmônica. O objetivo é reduzir a dependência exclusiva de defensivos químicos e prevenir a resistência.

  • Mecanismo de Ação: A forma específica como um defensivo agrícola ataca e controla a praga, doença ou planta daninha. Por exemplo, um inseticida pode atacar o sistema nervoso do inseto, enquanto outro afeta seu crescimento.

  • Polífaga: Termo usado para descrever uma praga que se alimenta de diversas espécies de plantas. A lagarta Helicoverpa armigera, que ataca soja, milho e algodão, é um exemplo de praga polífaga.

  • Pressão de Seleção: Processo que ocorre com a aplicação repetida de um mesmo defensivo. A aplicação elimina os indivíduos sensíveis, permitindo que os poucos naturalmente resistentes sobrevivam, se reproduzam e dominem a população ao longo do tempo.

  • Tecnologia Bt: Refere-se a plantas (como milho, soja e algodão) geneticamente modificadas para produzir proteínas da bactéria Bacillus thuringiensis. Essas proteínas são tóxicas para certas espécies de lagartas, funcionando como um inseticida produzido pela própria planta.

  • Vazio Sanitário: Período determinado por lei em que é proibido o cultivo de uma cultura específica (como a soja) em uma região. Essa prática visa quebrar o ciclo de vida de doenças, como a ferrugem asiática, ao eliminar seu hospedeiro.

Como a tecnologia simplifica o manejo da resistência

A rotação de mecanismos de ação e o Manejo Integrado de Pragas (MIP) são estratégias poderosas, mas sua implementação exige um controle rigoroso das atividades da fazenda. Manter um histórico detalhado de aplicações, monitorar pragas e planejar as próximas pulverizações pode ser um grande desafio, especialmente quando tudo é feito em planilhas ou cadernos.

É nesse ponto que a tecnologia se torna uma aliada indispensável. Um software de gestão agrícola como o Aegro centraliza todas essas informações em um só lugar. Com ele, você pode registrar cada aplicação de defensivo, consultar o histórico de safras passadas e planejar as atividades futuras com mais segurança. Isso garante que a rotação de produtos seja feita corretamente, evitando a pressão de seleção e preservando a eficácia dos insumos. O planejamento e o registro de monitoramentos de pragas também ficam mais fáceis, ajudando a tomar decisões baseadas em dados reais do campo.

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Perguntas Frequentes

Qual a diferença entre resistência a um defensivo e a tolerância natural de uma praga?

A tolerância é uma habilidade natural e preexistente de uma espécie para sobreviver a um defensivo, mesmo sem nunca ter sido exposta a ele. Já a resistência é uma característica genética adquirida por uma população de pragas, que antes era sensível, como resultado da pressão de seleção causada pelo uso repetido do mesmo produto.

Por que rotacionar o ‘mecanismo de ação’ é mais importante do que apenas alternar produtos com nomes comerciais diferentes?

Porque produtos com nomes comerciais diferentes podem conter ingredientes ativos do mesmo grupo químico e, portanto, ter o mesmo mecanismo de ação. A rotação eficaz exige o uso de defensivos que ataquem a praga de formas distintas (ex: um ataca o sistema nervoso, outro afeta o crescimento), dificultando que uma única característica de sobrevivência se espalhe pela população.

O que acontece se eu não implementar a área de refúgio para minhas culturas Bt?

A ausência da área de refúgio acelera drasticamente o desenvolvimento de resistência. Sem uma população de insetos suscetíveis vinda do refúgio para acasalar com os poucos resistentes da área Bt, estes últimos se reproduzem entre si, e em poucas safras, toda a população local de pragas pode se tornar resistente, tornando a tecnologia Bt ineficaz na sua propriedade.

Aumentar a dose do defensivo pode resolver um problema de resistência já instalado?

Não, pelo contrário. Aumentar a dose é uma prática ineficaz e perigosa que intensifica a pressão de seleção, eliminando os indivíduos menos resistentes e favorecendo apenas os mais fortes. Isso acelera o processo, além de aumentar os custos de produção e o risco de impacto ambiental, sem resolver o problema de controle a longo prazo.

Além da rotação de produtos, que outras práticas do MIP ajudam a prevenir a resistência?

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) inclui diversas táticas que diminuem a dependência do controle químico. Práticas como o controle biológico (uso de inimigos naturais), a rotação de culturas para quebrar o ciclo de pragas, o uso de cultivares resistentes e o monitoramento constante para aplicar defensivos apenas quando necessário são fundamentais para reduzir a pressão de seleção.

A resistência de uma praga, planta daninha ou fungo a um defensivo é permanente?

Não necessariamente. Em alguns casos, se o defensivo em questão for retirado de uso por um longo período, a população de indivíduos suscetíveis pode voltar a crescer e se tornar dominante, pois a característica de resistência pode ter um ‘custo biológico’ (ex: menor capacidade reprodutiva). No entanto, este processo é lento e não é uma estratégia de manejo garantida.

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