Preço do Milho 2025: Cotações, Análises e Projeções para a Safra

Redatora parceira Aegro.
Preço do Milho 2025: Cotações, Análises e Projeções para a Safra

O milho é um dos grãos mais importantes do mundo, com uma produção global que já ultrapassa a marca de 1,2 bilhão de toneladas por safra. Os Estados Unidos lideram essa produção, respondendo por cerca de 30% do total, seguidos de perto pela China e pelo Brasil.

Para nós, aqui no Brasil, o milho tem uma importância estratégica fundamental. Somos o terceiro maior produtor mundial e o segundo principal produto da nossa safra nacional. Na safra 2019/2020, por exemplo, alcançamos a marca de 100 milhões de toneladas, consolidando nossa posição como um dos maiores exportadores do planeta.

Se você é produtor desta commodity agrícola, sabe que acompanhar as oscilações do mercado é essencial para o planejamento. E para a safra de 2025, as projeções indicam que é preciso ter atenção, pois o cenário aponta para uma possível queda na produção nacional. Vamos analisar os números e as expectativas.

Cotações Atuais: Como Está o Mercado Físico do Milho em 2025?

O preço do milho está apresentando comportamentos diferentes pelo país. Enquanto algumas praças mantêm os valores estáveis, outras já registraram uma leve alta nas últimas cotações.

Veja abaixo um panorama detalhado dos preços da saca de 60 kg por região.

Região Sul

  • Não-Me-Toque (RS) e Nonoai (RS): O preço da saca segue estável em R$ 66,00.
  • Ubiratã (PR) e Marechal Cândido Rondon (PR): A cotação subiu para R$ 64,00, registrando um aumento de 1,59%.
  • Pato Branco (PR): O valor atingiu R$ 68,00, com uma alta de 1,49%.

Região Centro-Oeste

  • Sorriso (MT): A cotação alcançou R$ 60,95, apresentando um crescimento de 1,58%.
  • Mato Grosso (outras praças): Os valores variam bastante, indo de R$ 63,00 em Campo Novo do Parecis até R$ 71,00 em Rondonópolis.
  • Rio Verde (GO) e Jataí (GO): O preço se mantém firme em R$ 66,00, sem alterações recentes.
  • Campo Grande (MS): A cotação teve uma alta de 1,52%, chegando a R$ 67,00.
  • Maracaju (MS): O valor subiu 1,49%, sendo negociado a R$ 68,00.

Negociações nos Portos

  • Porto de Paranaguá (PR): O preço do milho disponível se mantém em R$ 72,00 por saca.
  • Porto de Santos (SP): As negociações para entrega futura (agosto/setembro de 2025) já indicam um valor de R$ 74,00 por saca.

Resumo das Médias de Preço por Região

Para facilitar a visualização, aqui estão as médias de preço do milho nas principais macrorregiões do Brasil:

  • Sul (RS, PR, SC): Média de R$ 67,00 por saca, com algumas variações positivas.
  • Centro-Oeste (MT, MS, GO, DF): Média de R$ 65,00, com destaque para Rondonópolis (MT) que atinge R$ 71,00.
  • Sudeste (SP, MG): Média de R$ 70,00, puxada por Campinas (SP) que lidera com uma cotação de R$ 81,00.
  • Nordeste (BA, SE, TO): Média de R$ 60,00, com preços mais baixos devido à alta oferta local.

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Expectativas e Fatores de Influência para o Mercado do Milho

As projeções indicam que o preço do milho pode variar bastante nos próximos meses. Essa instabilidade depende diretamente da demanda interna para ração e etanol, bem como do volume das nossas exportações.

A safra atual já sofreu com impactos climáticos, o que pode afetar a produção final e, consequentemente, pressionar os preços ao longo do ano. Além disso, o mercado internacional, especialmente a demanda da China e o nível dos estoques globais, tem grande poder de influenciar a precificação da nossa commodity.

Principais Fatores que Influenciam o Preço

Fique de olho nestes pontos-chave que movimentam o mercado do milho:

  • Oferta e demanda: O equilíbrio entre a produção nacional e o consumo interno/externo.
  • Condições climáticas adversas: Secas ou excesso de chuvas podem quebrar a safra e elevar os preços.
  • Política externa: Acordos comerciais e a relação com grandes compradores, como a China.
  • Cotação na Bolsa de Chicago (CBOT): A referência mundial de preços para commodities agrícolas.
  • Custos de produção: O valor dos insumos, como fertilizantes e defensivos, impacta diretamente a rentabilidade e o preço final.

Cenário da Safra de Milho 2025: O que Esperar da Produção?

Em 2025, o desenvolvimento das lavouras de milho no Brasil apresenta um cenário geral positivo, com estimativas de crescimento na produção.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) projeta uma safra de 122 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 5,5% em relação ao ano anterior. Esse crescimento é resultado de uma expansão de 2,1% na área cultivada e de uma recuperação na produtividade, que deve atingir uma média de 5.613 kg/ha.

Situação por Região Produtora

  • No Sul: As chuvas favoreceram o plantio do milho, que já atingiu 37% da área projetada. A produtividade na região está estimada em ótimos 7.116 kg/ha.
  • Em Goiás: A primeira safra foi concluída antes do previsto, com 27,5% das lavouras já na fase de enchimento de grãos até janeiro.
  • No Cerrado e Centro-Oeste: Houve atrasos no plantio da soja e do milho safrinha, o que exigiu dos produtores a adoção de estratégias para mitigar perdas. Apesar dos desafios, a boa oferta geral do grão tende a ajudar na estabilização dos preços internos.

De forma geral, o panorama para as lavouras de milho no Brasil é promissor para 2025. Se as projeções se confirmarem, o país continuará consolidando sua posição como um dos líderes globais na produção e exportação do cereal.


Glossário

  • CBOT (Bolsa de Chicago): Sigla para Chicago Board of Trade. É a principal bolsa de valores do mundo para a negociação de contratos futuros de commodities agrícolas, como o milho. Suas cotações servem como referência para a precificação em mercados globais, incluindo o brasileiro.

  • Commodity Agrícola: Produto agrícola em estado bruto, produzido em larga escala e com características padronizadas, como milho, soja e café. Seu preço é determinado pela oferta e demanda no mercado global, não pela marca ou produtor específico.

  • Conab: Sigla para Companhia Nacional de Abastecimento. É uma empresa pública ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), responsável por fornecer dados oficiais, análises e projeções sobre a safra e o mercado agrícola brasileiro.

  • Estoques globais: A quantidade total de um determinado grão, como o milho, que está armazenada em todo o mundo. O nível desses estoques impacta diretamente os preços: estoques altos tendem a baixar os preços, enquanto estoques baixos os elevam.

  • kg/ha (Quilogramas por Hectare): Unidade de medida usada para expressar a produtividade de uma lavoura. Indica quantos quilos de um produto foram colhidos em uma área de um hectare (equivalente a 10.000 metros quadrados).

  • Mercado Físico: Ambiente de negociação onde o produto real (o grão de milho, neste caso) é comprado e vendido para entrega imediata ou em curto prazo. Diferencia-se do mercado futuro, onde se negociam contratos para entrega posterior.

  • Praças: Termo usado no agronegócio para se referir a cidades ou regiões específicas que são importantes polos de comercialização e formação de preços de produtos agrícolas. Por exemplo, Sorriso (MT) e Rondonópolis (MT) são praças de referência para a cotação do milho.

  • Safrinha: Refere-se à segunda safra, geralmente de milho, plantada logo após a colheita da safra principal de verão (normalmente soja). Aproveita a umidade residual do solo e representa uma parcela significativa da produção total de milho no Brasil.

Como a gestão transforma incerteza em lucro?

Diante de um mercado de milho tão volátil, acompanhar o preço da saca é apenas metade do trabalho. O verdadeiro desafio é garantir a rentabilidade quando os custos de produção também flutuam.

Sem um controle preciso dos gastos com insumos, defensivos e operações, fica difícil saber o momento certo para vender e qual é a sua margem de lucro real.

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Perguntas Frequentes

Por que o preço da saca de milho varia tanto entre as diferentes regiões do Brasil?

A variação de preços entre as regiões, ou ‘praças’, ocorre devido a diversos fatores. Os principais são os custos de logística (frete até os portos ou centros consumidores), a dinâmica de oferta e demanda local, e a proximidade de indústrias de ração ou usinas de etanol, que podem aumentar a procura e valorizar o grão em uma área específica.

Quais os principais indicadores que devo acompanhar para prever o preço do milho em 2025?

Para antecipar as tendências, o produtor deve monitorar quatro pontos-chave: a demanda interna para ração e etanol, o volume das exportações (especialmente para a China), as condições climáticas que afetam a produtividade da safra e a cotação na Bolsa de Chicago (CBOT), que serve como referência mundial para a commodity.

A previsão de aumento na safra de 2025 significa que os preços do milho vão necessariamente cair?

Não necessariamente. Embora um aumento na oferta possa pressionar os preços para baixo, uma demanda forte e aquecida, tanto no mercado interno quanto para exportação, pode absorver essa produção extra e manter as cotações estáveis ou até elevadas. O preço final é sempre um balanço entre a oferta total e a demanda.

O que é o milho safrinha e por que ele é tão importante para o mercado nacional?

O milho safrinha, ou segunda safra, é plantado logo após a colheita da safra de verão, geralmente a soja. Sua importância é imensa, pois hoje representa a maior parte da produção total de milho do Brasil, sendo fundamental para garantir o abastecimento interno e consolidar o país como um dos maiores exportadores mundiais do grão.

Como a cotação da Bolsa de Chicago (CBOT) afeta o preço que recebo na minha fazenda?

A Bolsa de Chicago (CBOT) é a principal referência global para os preços de commodities agrícolas. Grandes compradores e exportadores baseiam suas ofertas nos valores negociados lá. Portanto, uma alta na CBOT tende a elevar os preços pagos aos produtores no Brasil, enquanto uma queda tem o efeito contrário, impactando diretamente a rentabilidade da sua lavoura.

Qual a diferença entre o preço do milho na ‘praça’ local e o preço negociado no porto?

O preço na ‘praça’ refere-se ao valor pago ao produtor na sua região de origem. Já o preço no porto (como Paranaguá ou Santos) é geralmente mais alto porque já embute os custos de frete, armazenagem e taxas portuárias, refletindo o valor do produto pronto para ser exportado.

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  • O que esperar do milho safrinha em 2021?: Este artigo aprofunda a compreensão sobre os riscos da safrinha, um ponto vital mencionado no texto principal. Ele detalha como fenômenos climáticos específicos, como o La Niña, e o atraso no plantio da soja afetam a janela ideal e a produtividade, fornecendo o conhecimento necessário para que o leitor entenda a origem das projeções de oferta e as variações de preço para a segunda safra.