O ataque de pragas na lavoura é uma grande preocupação, mas o problema não acaba quando a colheitadeira desliga. As perdas continuam no silo.
Estima-se que até 10% de toda a produção de grãos pode ser perdida durante a armazenagem por causa desses insetos.
No Brasil, a situação é séria: indústrias de alimentos já recusam cargas que apresentam insetos, vivos ou mortos. Além disso, países que compram nossos grãos estão cada vez mais exigentes, pedindo certificados que garantam um produto livre de pragas.
Para quem guarda sementes, o prejuízo pode ser ainda maior. Se os insetos atacarem, as sementes podem perder o poder de germinação, comprometendo a safra seguinte.
Neste artigo, vamos detalhar as principais pragas de armazenamento e mostrar como controlá-las de forma eficiente, seguindo os princípios do MIP (Manejo Integrado de Pragas). Continue a leitura e proteja seu investimento!
Prevenção é a Chave: Como Preparar seu Armazém Contra Pragas
(Fonte: Unesp)
A cada nova safra, as unidades de armazenamento de grãos e sementes precisam estar prontas para receber o produto. Essa preparação é a primeira linha de defesa contra as pragas.
O preparo envolve alguns passos essenciais:
- Limpeza Rigorosa: O local onde os grãos ficarão deve estar completamente limpo, sem restos da safra anterior, poeira ou qualquer material que possa abrigar insetos, ácaros, fungos ou roedores.
- Fumigação Preventiva: Antes de receber a nova carga, pode ser realizada a fumigação do armazém vazio. Fumigação: significa aplicar um gás inseticida para eliminar pragas escondidas em frestas e equipamentos. Explicarei mais sobre isso adiante.
- Controle do Ambiente: É fundamental garantir que o local tenha boa ventilação e condições de temperatura e umidade adequadas para a conservação dos grãos.
- Capacitação da Equipe: Para que o MIP funcione, todos os funcionários devem entender os danos que as pragas causam e a importância de cada medida de controle. Treinar a equipe para identificar os principais insetos e manter a limpeza é crucial para o sucesso do manejo.
Como Identificar as 7 Principais Pragas de Armazenamento
Os insetos que atacam grãos armazenados pertencem principalmente a duas grandes ordens: Coleoptera (besouros, como carunchos e gorgulhos) e Lepidoptera (mariposas, como as traças).
Para facilitar o manejo, classificamos essas pragas pelo seu hábito alimentar:
- Pragas Primárias: São as que iniciam o problema. Elas atacam grãos inteiros e sadios.
- Primárias Internas: Perfurem o grão, se alimentam do seu interior e completam seu ciclo de vida lá dentro. São as mais difíceis de controlar.
- Primárias Externas: Se alimentam da parte de fora do grão.
- Pragas Secundárias: São as “oportunistas”. Elas não conseguem atacar grãos perfeitos e se aproveitam dos danos causados pelas pragas primárias para se alimentar.
A presença de pragas secundárias é um forte sinal de que já existe uma infestação de pragas primárias. Agora, vamos conhecer as características de cada um desses inimigos.
Gorgulho dos Cereais – Rhyzopertha dominica
Também conhecido como besourinho-dos-cereais, é considerada a praga mais importante do trigo armazenado.
- Tipo: Praga primária interna.
- Ataca Principalmente: Trigo, cevada, triticale, arroz e aveia.
- Danos: Tanto os adultos quanto as larvas perfuram os grãos, deixando um rastro de furos e um pó fino, semelhante a uma farinha, que contamina o lote.
Adulto de Rhyzopertha dominica atacando grãos de milho
(Fonte: Adaptado de Defesa Vegetal)
Gorgulhos do Arroz e do Milho – Sitophilus oryzae e S. zeamais
Estas duas espécies de gorgulho são muito parecidas e frequentemente encontradas juntas na massa de grãos.
- Tipo: Praga primária interna.
- Ataca Principalmente: Milho, trigo, arroz, cevada e triticale.
- Danos: Reduzem o peso e a qualidade dos grãos. Um detalhe importante é que a infestação pode começar ainda no campo, antes da colheita, e ser levada para dentro do armazém.
Adultos de Sitophilus oryzae e Sitophilus zeamais
(Fonte: Defesa vegetal)
Besouro Castanho – Tribolium castaneum
O besouro castanho é um sinal de alerta.
- Tipo: Praga secundária.
- Danos: Sua presença indica que os grãos já foram danificados por pragas primárias. Apesar de serem secundários, esses insetos podem acelerar a deterioração dos grãos, causando prejuízos ainda maiores que os das pragas primárias.
Larva (a, b), pupa (c) e adulto (d) de Tribolium castaneum
(Fotos: Adriana de Marques Freitas/Embrapa)
Besourinho-do-fumo – Lasioderma serricorne
Originalmente uma praga do fumo, este besouro tem se tornado cada vez mais comum em grãos e sementes de soja armazenados.
- Tipo: Praga primária.
- Ataca Principalmente: Soja, mas também outros grãos.
- Danos: Perfura as sementes e grãos, causando prejuízos diretos e afetando a qualidade final do produto. É uma ameaça séria para os armazenadores.
Besourinho-do-fumo
(Fonte: Agrolink)
Oryzaephilus surinamensis
Este pequeno besouro é outra praga secundária que se aproveita de grãos já danificados.
- Tipo: Praga secundária.
- Ataca Principalmente: Milho, trigo, arroz, soja, cevada e aveia.
- Danos: Além de atacar os grãos, infesta toda a estrutura de armazenamento, como moegas, elevadores, secadores e silos, dificultando sua erradicação.
(Foto: Irineu Lorini em Embrapa)
Sitotroga cerealella
Conhecida como traça-dos-cereais, é uma praga que ataca grãos inteiros.
- Tipo: Praga primária.
- Danos: Diferente de outros insetos que se aprofundam na massa de grãos, esta traça costuma atacar a camada superficial. Suas larvas destroem o interior do grão, alterando seu peso e qualidade. Também pode atacar farinhas, deteriorando o produto final.
Desenvolvimento de Sitotroga cerealella nos grãos
(Fonte: Agronegócios)
Traça-dos-cereais – Ephestia kuehniella
Outra traça comum em armazéns, mas com um comportamento de praga secundária.
- Tipo: Praga secundária.
- Ataca Principalmente: Soja, milho, sorgo, trigo, arroz, cevada e aveia.
- Danos: Além dos grãos, infesta produtos processados como biscoitos, barras de cereais e até chocolates, causando grandes prejuízos na indústria alimentícia.
Ephestia kuehniella larva (a) e adulto (b)
(Foto: Adriana de Marques Freitas em Embrapa)
Estratégias de Controle: Do Químico ao Alternativo
Entre todas as pragas listadas, o trio R. dominica, S. oryzae e S. zeamais geralmente causa a maior dor de cabeça. A maior parte das ações de controle em unidades de armazenamento é direcionada a elas.
Método Químico de Controle: A Fumigação (Expurgo)
O método químico mais utilizado para eliminar pragas em grãos armazenados é a fumigação (ou expurgo) com inseticidas à base de fosfeto de alumínio. Este produto libera um gás chamado fosfina.
A grande vantagem da fosfina é sua capacidade de penetrar na massa de grãos e em locais de difícil acesso, atingindo os insetos em todas as suas fases de desenvolvimento (ovo, larva, pupa e adulto).
Contudo, a fumigação deve ser um recurso utilizado com critério. Ela só deve ser empregada quando estritamente necessária, pois é um método caro, perigoso para quem aplica e não oferece proteção residual, ou seja, não impede novas infestações.
Como a Fosfina Funciona
A liberação do gás tóxico depende das condições do ambiente. O calor e a umidade aceleram o processo, enquanto o frio e o ar seco o retardam. Por isso, o tempo de exposição necessário para matar as pragas varia.
- Temperatura ideal:
25℃
é a temperatura perfeita para a fumigação. - Temperaturas mais baixas: Entre
15℃
e25℃
, o tempo de exposição recomendado deve ser aumentado em 20%. - Abaixo de 15℃: O expurgo se torna ineficaz e não é recomendado.
Tempo de Exposição do Defensivo Agrícola
O tempo que o gás precisa ficar em contato com os grãos varia conforme a forma de armazenamento:
- Sementes a granel: Exposição de 96 horas (4 dias).
- Sementes em sacarias: Exposição de 120 horas (5 dias).
- Silos graneleiros: Exposição média de 240 horas (10 dias).
Como Aplicar Corretamente
O produto vem em forma de pastilhas, comprimidos ou sachês. A dose é calculada com base no volume do silo (em m³) e na praga-alvo.
Etapas da fumigação em um silo vertical
(Fonte: Bequisa)
Para aplicações curativas (com o silo já cheio), siga estes passos:
- Nivele a superfície: Antes de aplicar as pastilhas, deixe a superfície da massa de grãos o mais plana possível.
- Vede com lona: O objetivo principal é evitar que o gás escape. Uma superfície nivelada facilita a vedação completa com a lona.
- Use “cobras de areia”: Coloque pesos, como sacos de areia, sobre as bordas da lona para garantir que ela fique bem justa contra a massa de grãos, sem frestas.
- Distribua corretamente: Deixe pontos de liberação para distribuir o produto de forma homogênea sobre os grãos.
Alerta de Segurança: A fosfina é um gás incolor e altamente tóxico para seres humanos. É obrigatório o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) completo e seguir rigorosamente todas as normas de segurança durante a aplicação.
Métodos Alternativos de Controle das Pragas de Armazenamento
A manipulação da temperatura e da umidade do ar para criar um ambiente desfavorável às pragas é um método de controle físico.
A ressalva é quando se trata de sementes. Temperaturas muito altas ou muito baixas podem controlar os insetos, mas também podem comprometer a germinação e o vigor da semente.
Efeito da temperatura sobre o desenvolvimento das pragas de grãos armazenados
(Fonte: Embrapa)
Outro método físico eficaz é o uso de pós inertes, como a terra de diatomáceas.
A terra de diatomácea é um pó de origem natural, derivado de algas fossilizadas. Ela age por contato, como alguns inseticidas, mas de forma mecânica:
- As partículas microscópicas e afiadas do pó removem a camada de cera que protege o corpo do inseto.
- Sem essa proteção, o inseto perde água rapidamente, desidrata e morre.
Vantagens:
- Controla pragas por um longo período.
- Não deixa resíduos químicos nos alimentos.
- É segura para a saúde humana.
Limitações:
- Deixa uma aparência esbranquiçada nos grãos.
- Pode reduzir um pouco a umidade dos grãos.
Outros métodos físicos possíveis incluem o uso de radiação, luz e som. Para mais detalhes técnicos, consulte a publicação Manejo Integrado de Pragas de Grãos e Sementes Armazenadas, da Embrapa.
Monitoramento é Fundamental
Para um controle eficaz, é preciso saber o que está acontecendo dentro do silo. Existem armadilhas adesivas com feromônio sexual sintético para monitorar especificamente o besourinho-do-fumo (Lasioderma serricorne).
Recomenda-se realizar amostragens sistemáticas na massa de grãos a cada 15 dias. Isso ajuda a verificar a população de pragas e decidir se e quando uma medida de controle é necessária.
Conclusão
As pragas de armazenamento são tão importantes quanto aquelas que atacam a lavoura durante o ciclo da cultura. Ignorá-las significa aceitar perdas significativas de um produto pelo qual você já trabalhou duro.
Para um manejo correto e eficiente, lembre-se destes pontos-chave:
- Métodos preventivos, como limpeza e preparação do armazém, são a base de tudo e devem ser sempre realizados.
- A fumigação é uma ferramenta poderosa, mas deve ser usada de forma racional, apenas quando outros métodos não são suficientes para controlar a infestação.
- A adoção do MIP (Manejo Integrado de Pragas), combinando monitoramento, controle físico e químico, é o caminho para um manejo mais sustentável e econômico na pós-colheita.
Com as informações deste guia, esperamos que você possa implementar o melhor controle em sua unidade, evitar prejuízos e garantir a qualidade do seu produto armazenado.
Glossário
Controle Físico: Métodos que utilizam condições ambientais, como temperatura e umidade, ou barreiras mecânicas para controlar pragas sem o uso de produtos químicos. Um exemplo é a aeração para resfriar os grãos ou o uso de pós inertes.
Fosfina (PH₃): Gás inseticida liberado pelo fosfeto de alumínio durante o processo de fumigação. É altamente eficaz por penetrar na massa de grãos e eliminar pragas em todas as suas fases de desenvolvimento (ovo, larva, pupa e adulto).
Fumigação (ou Expurgo): Tratamento químico que consiste em aplicar um gás tóxico em um ambiente vedado, como um silo, para erradicar infestações de pragas. É um método curativo, utilizado quando a infestação já está estabelecida.
MIP (Manejo Integrado de Pragas): Uma estratégia que combina diferentes táticas de controle (preventivas, físicas e químicas) de forma inteligente e sustentável. O objetivo é manter a população de pragas abaixo do nível de dano econômico, utilizando o controle químico apenas quando estritamente necessário.
Pragas Primárias: Insetos que conseguem atacar e perfurar grãos inteiros e sadios, dando início a uma infestação. Os gorgulhos (Sitophilus spp.) são um exemplo clássico, pois completam seu ciclo de vida dentro do grão.
Pragas Secundárias: Insetos “oportunistas” que se alimentam de grãos já quebrados, danificados por pragas primárias ou deteriorados por umidade. Sua presença geralmente indica que uma infestação de pragas primárias já está em andamento.
Terra de Diatomáceas: Pó inerte de origem natural, derivado de algas fossilizadas, que atua como um inseticida mecânico. Suas partículas microscópicas removem a camada de cera protetora do corpo dos insetos, causando sua morte por desidratação.
Como a tecnologia otimiza o controle de pragas de armazenamento?
O Manejo Integrado de Pragas (MIP), como vimos, exige um controle rigoroso, desde a limpeza preventiva até o monitoramento constante e a aplicação criteriosa de defensivos. Organizar todas essas etapas e registrar as informações em cadernos ou planilhas pode ser um desafio, especialmente quando é preciso tomar decisões rápidas para evitar perdas.
É aqui que um software de gestão agrícola pode fazer a diferença.
Ferramentas como o Aegro centralizam o registro das atividades de manejo, permitindo que você anote os resultados de cada amostragem de pragas diretamente no aplicativo. Com um histórico detalhado da infestação, fica mais fácil decidir o momento exato de intervir, planejando a fumigação ou outras medidas de controle com mais segurança e evitando gastos desnecessários.
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Perguntas Frequentes
Qual a diferença prática entre pragas primárias e secundárias no armazenamento de grãos?
A diferença é crucial para o manejo. Pragas primárias, como o gorgulho-do-milho, são as que iniciam a infestação, pois conseguem atacar grãos inteiros e sadios. Já as pragas secundárias, como o besouro-castanho, são ‘oportunistas’ que só se alimentam de grãos já danificados. A presença de pragas secundárias é um forte alerta de que uma infestação de pragas primárias já está em andamento.
Encontrei alguns insetos no meu silo. Devo realizar a fumigação imediatamente?
Não necessariamente. A decisão deve ser baseada no Manejo Integrado de Pragas (MIP), que envolve monitoramento constante, geralmente a cada 15 dias. A fumigação é um método curativo, de alto custo e risco, recomendado apenas quando a população de pragas atinge um nível que causará dano econômico e outras medidas preventivas não são suficientes.
Por que a temperatura do armazém é tão importante para o controle de pragas?
A temperatura tem um papel duplo. Primeiro, ela afeta diretamente o desenvolvimento dos insetos: temperaturas entre 25°C e 32°C aceleram sua multiplicação. Manter os grãos resfriados (abaixo de 15°C) retarda o ciclo de vida das pragas. Segundo, a temperatura influencia a eficácia da fumigação com fosfina, que não é recomendada abaixo de 15°C, pois a ação do gás se torna ineficaz.
É possível controlar as pragas de armazenamento sem usar produtos químicos como a fosfina?
Sim, é possível, principalmente através de métodos preventivos e físicos. A base de um controle não químico inclui a limpeza rigorosa do armazém antes da safra, o controle da temperatura e umidade dos grãos por meio da aeração e o uso de pós inertes, como a terra de diatomáceas. Essas práticas, combinadas com monitoramento, podem manter as pragas sob controle e reduzir a necessidade de fumigação.
A infestação de pragas pode começar antes mesmo de os grãos chegarem ao silo?
Sim, absolutamente. Pragas como os gorgulhos (Sitophilus oryzae e S. zeamais) podem infestar os grãos ainda no campo, antes da colheita. Por isso, o manejo integrado deve começar na lavoura, e é fundamental realizar uma limpeza rigorosa dos equipamentos de colheita e transporte para não levar a infestação para dentro da unidade armazenadora.
Qual a principal vantagem da fumigação em relação a métodos como a terra de diatomáceas?
A principal vantagem da fumigação com fosfina é sua eficácia como tratamento curativo em infestações já estabelecidas. O gás penetra em toda a massa de grãos, eliminando os insetos em todas as suas fases (ovo, larva, pupa e adulto). Em contrapartida, a terra de diatomáceas é um método preventivo e de controle a longo prazo, ideal para ser misturada aos grãos no momento do armazenamento para impedir o desenvolvimento de infestações.
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