A plantação de feijão é uma das atividades mais importantes para o agronegócio brasileiro, já que o grão é um pilar na alimentação da nossa gente. Nos últimos dez anos, segundo dados da Conab, o Brasil produziu uma média de 3.133,8 milhões de toneladas de feijão, somando as três safras anuais.
Para alcançar uma alta produtividade, diversos fatores precisam ser manejados com atenção. Neste artigo, vamos detalhar como fazer o melhor plantio de feijão, abordando os manejos essenciais para que você tenha sucesso e lucro com a sua produção. Continue a leitura e confira!
Qual é a Época Certa para Plantar Feijão?
As épocas recomendadas para a semeadura do feijão se dividem em três períodos principais:
- Safra das Águas: ocorre entre os meses de setembro e novembro.
- Safra da Seca: acontece de janeiro a março.
- Safra de Outono-Inverno (ou Terceira Safra): vai de maio a julho.
A melhor época para plantar feijão, no entanto, pode variar bastante, pois é uma cultura de ciclo curto. As recomendações específicas também mudam de acordo com cada estado e região do país.
Épocas de semeadura para a cultura do feijão nos estados da região Central brasileira
(Fonte: adaptado de ProEdu)
Para um guia detalhado sobre o calendário de plantio em cada região, confira nosso artigo completo sobre qual a melhor época para plantar feijão.
Como Iniciar uma Plantação de Feijão: O Pré-Plantio
Antes de colocar a semente no chão, você precisa analisar as condições edafoclimáticas — ou seja, as características de clima e solo da sua área. Fatores como temperatura, chuva e tipo de solo são decisivos para a produtividade do feijão e para evitar uma quebra de safra.
Vamos analisar cada um desses pontos.
Temperatura
A temperatura ideal para a produção de feijão gira em torno de 21 °C. Uma faixa entre 18 °C e 24 °C é considerada ótima para o bom desenvolvimento das plantas, vagens e grãos.
Temperaturas extremas são prejudiciais. Locais onde a média fica abaixo de 12 °C ou acima de 30 °C podem causar problemas sérios, como:
- Atraso na germinação;
- Redução na porcentagem de sementes germinadas;
- Desenvolvimento lento da planta;
- Abortamento de flores, grãos e vagens.
Luz Solar (Radiação)
A luz solar é o combustível da planta. Se a lavoura recebe pouca luz, o índice de área foliar (a quantidade de folhas) diminui. Isso significa menos energia captada, o que afeta o metabolismo da planta e reduz a produção final.
Por outro lado, luz solar intensa demais durante todo o ciclo pode levar a uma produção excessiva de folhas. Isso causa o auto-sombreamento, onde as folhas de cima fazem sombra nas de baixo, provocando abortamento de flores e diminuindo a quantidade de vagens e grãos.
O ideal é que as plantas de feijão interceptem o máximo de radiação solar possível durante o período vegetativo. No manejo, busque oferecer maior intensidade de luz até o florescimento, ajustando o espaçamento e a população de plantas.
Chuvas
A quantidade ideal de chuvas para o ciclo do feijoeiro é de 300 mm a 400 mm, bem distribuídos até um pouco antes da colheita.
- Excesso de chuvas: Em áreas com acúmulo de água, o excesso reduz o tamanho das plantas e favorece o aparecimento de doenças no feijão. Em casos extremos, as plantas podem morrer por encharcamento. Na época da colheita, a chuva dificulta a operação, causa acamamento e diminui a qualidade dos grãos.
- Falta de chuvas: A seca durante o desenvolvimento também é muito prejudicial. Se ocorrer na germinação, causa falhas no estande. Durante o crescimento, as plantas ficam pequenas e produzem menos vagens. Na floração, a falta de água leva ao abortamento das flores, resultando em menos vagens e grãos.
Solo
O feijoeiro se desenvolve melhor em solos soltos, fofos, bem arejados, com bom teor de matéria orgânica e que não acumulam água.
Apesar disso, é possível cultivar feijão em áreas de várzea ou solos que encharcam, mas com cuidados redobrados. O plantio deve ser feito em épocas de seca, com pouca chuva, para que o solo forneça a umidade necessária sem ficar alagado. Mesmo assim, esse tipo de cultivo deve ser evitado, pois chuvas intensas e inesperadas podem destruir o sistema radicular das plantas.
Como Fazer o Preparo do Solo para a Plantação de Feijão
Para atingir altas produtividades, o feijão tem algumas exigências importantes. Um bom preparo do solo é o primeiro passo.
As duas operações mais importantes são a calagem (aplicação de calcário para corrigir a acidez) e a adubação. O ideal é que o pH do solo esteja entre 6 e 7, e a saturação por bases (indicador de fertilidade) fique acima de 70%. Para alcançar esses níveis, é fundamental fazer uma análise química do solo a cada 2 ou 3 anos.
O sistema de plantio também influencia o preparo do solo:
- Plantio Convencional: Utiliza implementos como arados e grades pesadas para revolver o solo. É importante variar a profundidade de trabalho desses equipamentos e operar com a umidade ideal para evitar a compactação do solo, que prejudica o crescimento das raízes.
- Plantio Direto: Este sistema não revolve o solo e o mantém sempre coberto com palhada (resíduos vegetais). Além de reduzir a erosão, o plantio direto aumenta a disponibilidade de água e diminui a compactação do solo. Para que funcione bem, é recomendado usar diferentes plantas de cobertura na entressafra, como o nabo forrageiro, que possui raízes agressivas e ajuda a descompactar as camadas superficiais.
Espaçamento, Densidade e Profundidade Ideais de Plantio
O planejamento cuidadoso antes da semeadura é crucial para o sucesso da lavoura. Fique atento a estes três aspectos:
Profundidade
A profundidade da semeadura depende do tipo de solo:
- Em solos arenosos: a profundidade ideal é de 5 a 6 centímetros.
- Em solos argilosos: a profundidade recomendada é de 3 a 4 centímetros.
Densidade
A densidade ideal é aquela que permite que as plantas cubram toda a área durante o florescimento, sem competir demais entre si. A recomendação geral é de 10 a 15 sementes por metro linear, o que resulta em uma população de 250 mil a 300 mil plantas por hectare. Ao definir a densidade, leve em conta também o histórico de doenças da sua área.
Espaçamento
O espaçamento entre as linhas de plantio varia conforme o hábito de crescimento da cultivar:
- Feijões do tipo 1 e 2 (porte mais ereto): o espaçamento ideal fica entre 40 cm e 50 cm.
- Feijões do tipo 3 (porte mais prostrado): o espaçamento varia de 50 cm a 60 cm.
Pesquisas da Embrapa mostram que os melhores rendimentos são obtidos com espaçamentos de 40 cm a 60 cm entre linhas e uma população de 10 a 15 plantas por metro.
Adubo para Plantação de Feijão
Os nutrientes mais exigidos pelo feijoeiro são o trio Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K). A planta absorve cada um deles em fases diferentes do seu ciclo.
- Nitrogênio (N): Essencial durante todo o ciclo, mas a maior absorção ocorre entre 35 e 50 dias após a emergência, na época do florescimento.
- Fósforo (P): A maior demanda é entre 30 e 55 dias após a emergência, do início da formação dos botões florais até o começo da formação das vagens.
- Potássio (K): A absorção máxima acontece em dois picos: o primeiro entre 25 e 35 dias (diferenciação dos botões florais) e o segundo entre 45 e 55 dias (final do florescimento e início da formação das vagens).
Para suprir essas demandas, é fundamental usar um adubo para feijão adequado. A formulação deve ser rica em NPK para maximizar a produtividade e evitar deficiências nutricionais.
Para cada 1.000 kg de grãos produzidos, a planta de feijão extrai e exporta as seguintes quantidades de nutrientes:
- Nitrogênio: 35,5 kg
- Fósforo: 4 kg
- Potássio: 15,3 kg
- Cálcio: 3,1 kg
- Magnésio: 2,6 kg
- Enxofre: 5,4 kg
Conhecer esses números ajuda a planejar uma adubação mais precisa e eficiente para o seu feijoeiro.
Colheita do Feijão
A colheita do feijão pode ser feita de forma manual, semimecanizada ou totalmente mecanizada, dependendo do tamanho da área.
A época ideal para colher é logo após a maturidade fisiológica (estádio R9), o que geralmente ocorre entre 80 e 100 dias após a germinação. O principal indicador é quando as vagens mudam de cor, passando do verde para a “cor de palha”.
Colheita Manual
Comum em pequenas áreas, todo o processo é feito à mão: as plantas são arrancadas, deixadas para secar e depois trilhadas (separação dos grãos da vagem).
Colheita Semimecanizada
Neste método, o arranquio das plantas e o enleiramento (juntar as plantas em fileiras) são feitos manualmente. A trilha e as etapas seguintes são realizadas com máquinas.
Fluxograma de colheita semimecanizada de feijão
(Fonte: Unesp)
Colheita Mecanizada
É o método mais utilizado em grandes áreas por ser rápido e eficiente. Pode ser:
- Indireta: Uma máquina arranca e enleira as plantas, e outra realiza a trilha, abanação e ensacamento.
- Direta: Todas as operações são feitas por uma única colheitadeira automotriz, exigindo pouca mão de obra (uma ou duas pessoas).
Colhedora automotriz para colheita de feijão
(Fonte: Miac)
Armazenamento Correto do Feijão
Após a colheita, a umidade dos grãos deve estar abaixo de 13% para um armazenamento seguro.
O local ideal para guardar os grãos (seja para semente ou consumo) deve ser limpo, arejado, frio, seco e com pouca luz. As sacarias não devem ficar em contato direto com o chão para evitar umidade e manter a qualidade do produto.
Exemplo de armazenamento de feijão para consumo em sacaria
(Fonte: Embrapa)
Hábito de Crescimento e Ciclo do Feijoeiro
Antes de escolher a variedade, é fundamental conhecer os quatro tipos de hábito de crescimento do feijão, pois cada um exige um manejo diferente.
- Tipo 1: Planta de porte ereto e arbustivo, com ciclo rápido (60 a 80 dias). Por ser compacto, é muito sensível à falta de água e luz.
- Tipo 2: Planta de porte arbustivo e semi-ereto, com pouca ramificação. O crescimento continua após o início da floração, e o ciclo dura de 82 a 95 dias.
- Tipo 3: Planta com crescimento indeterminado e muita ramificação. Isso favorece o acamamento (plantas deitadas) e dificulta os tratos culturais.
- Tipo 4: Planta trepadora com crescimento indeterminado, que exige um sistema de suporte (tutoramento). Sem isso, os caules se emaranham, aumentando a incidência de doenças e pragas do feijão e dificultando a colheita.
Diferentes hábitos de crescimento das plantas de feijão
(Fonte: Embrapa)
Independentemente do hábito, todas as plantas de feijão passam pelas mesmas fases fenológicas: a vegetativa e a reprodutiva.
Estádios de desenvolvimento da planta de feijão
(Fonte: Embrapa)
Vamos resumir cada fase:
Fase Vegetativa (V0 a V4)
Estádios vegetativos da cultura do feijoeiro
(Fonte: Embrapa)
- V0 – Germinação: A radícula (primeira raiz) se desenvolve e os cotilédones rompem o solo.
- V1 – Emergência: Começa quando 50% das plântulas estão visíveis e termina com o surgimento das folhas primárias.
- V2 – Folhas Primárias: As duas primeiras folhas estão totalmente abertas.
- V3 – Primeira Folha Trifoliolada: A primeira folha composta (com três folíolos) está totalmente aberta.
- V4 – Terceira Folha Trifoliolada: Com a terceira folha composta aberta, os ramos secundários começam a se desenvolver. Esta fase termina com o surgimento dos primeiros botões florais.
Fase Reprodutiva (R5 a R9)
Estádios reprodutivos da cultura do feijoeiro
(Fonte: Embrapa)
- R5 – Pré-floração: Os primeiros botões florais já estão visíveis na planta.
- R6 – Floração: Inicia quando 50% das flores estão abertas e termina com 100% de florescimento.
- R7 – Formação das Vagens: Após a fecundação, as flores murcham e as primeiras vagens (no formato “canivete”) começam a se formar.
- R8 – Enchimento das Vagens: Os grãos começam a se desenvolver e encher as vagens. As folhas mais velhas começam a cair e os grãos adquirem a cor característica da cultivar.
- R9 – Maturação: As vagens secam e os grãos estão prontos, com a cor e o tamanho final. O monitoramento nesta fase é crucial para definir o momento exato da colheita.
Para um aprofundamento, leia nosso artigo completo: “Manejos essenciais em cada um dos estádios fenológicos do feijão”.
Tipos de Feijão: Escolhendo a Melhor Variedade
A escolha da variedade é uma etapa estratégica. Cada cultivar tem características próprias que afetam o manejo, a resistência a doenças e a produtividade.
- Grupo Preto BRS Esteio: Ciclo de 85 a 90 dias, porte ereto adaptado à colheita mecanizada. Resistente ao mosaico comum e a quatro raças de antracnose.
- BRS Esplendor: Adaptado à colheita mecanizada, resistente ao crestamento bacteriano comum e mosaico comum.
- BRSMG Madrepérola: Grãos tipo carioca, porte ereto e crescimento indeterminado. Semi-precoce e resistente ao mosaico comum e a várias raças de antracnose.
- Feijão-caupi: Conhecido como feijão-de-corda ou fradinho. Tolera temperaturas elevadas, mas é sensível ao calor excessivo durante a floração.
- Cultivar BRS Estilo (Carioca): Alto potencial produtivo, arquitetura ereta e adaptada à colheita mecânica. Suscetível à mancha angular e ao mosaico dourado.
- BRS FC104: Superprecoce, com ciclo abaixo de 65 dias. Ideal para escapar da seca na safra de verão e de doenças de solo.
- Feijão-vagem: Não tolera frio e geadas. A temperatura ótima para seu desenvolvimento fica entre 18 °C e 30 °C.
- BRS FC402: Grupo carioca, ciclo normal de 90 dias. Resistente à antracnose e à murcha de fusário. Seu porte semiereto favorece a colheita manual e semimecanizada.
Conclusão
Neste guia, você viu como os fatores de clima e solo influenciam diretamente a produtividade da sua plantação de feijão. Também detalhamos as recomendações de espaçamento, densidade e profundidade, que são fundamentais para construir uma lavoura de alto potencial.
Use este conhecimento para planejar e executar cada etapa com precisão, desde a escolha da área até a colheita. Com um manejo bem-feito, sua plantação de feijão tem tudo para ser um sucesso. Boa safra
Glossário
Acamamento: Tendência das plantas de se deitarem ou dobrarem sobre o solo, geralmente causado por chuvas fortes, ventos ou excesso de nitrogênio. Dificulta a colheita mecânica e pode favorecer o surgimento de doenças.
Calagem: Prática agrícola que consiste na aplicação de calcário para neutralizar a acidez (aumentar o pH) do solo. Melhora a disponibilidade de nutrientes essenciais para as plantas.
Condições edafoclimáticas: Termo técnico que se refere ao conjunto de características do solo (edáfico) e do clima (climático) de uma determinada região. Fatores como tipo de solo, temperatura e regime de chuvas são essenciais para o sucesso da lavoura.
Estádios fenológicos: As diferentes fases do ciclo de vida de uma planta, desde a germinação até a maturação. No artigo, são divididos em fase vegetativa (V) e reprodutiva (R), como o estádio R9, que indica a maturação fisiológica.
Hábito de crescimento: Refere-se à forma e à estrutura como uma planta se desenvolve. No feijoeiro, varia do Tipo 1 (porte ereto e determinado) ao Tipo 4 (porte trepador e indeterminado), influenciando o manejo da cultura.
Índice de Área Foliar (IAF): Medida que representa a área total de folhas de uma cultura por unidade de área de solo. Um IAF ideal permite que a planta capte o máximo de luz solar para a fotossíntese sem causar auto-sombreamento excessivo.
NPK: Sigla para Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), os três macronutrientes mais importantes para o desenvolvimento das plantas e componentes principais dos fertilizantes.
pH do solo: Escala que mede o nível de acidez ou alcalinidade do solo, variando de 0 a 14. O feijoeiro se desenvolve melhor em solos com pH entre 6 e 7, faixa considerada ideal para a absorção da maioria dos nutrientes.
Saturação por bases (V%): Indicador da fertilidade do solo que mostra a proporção de nutrientes essenciais (como Cálcio, Magnésio e Potássio) em relação à capacidade total de retenção do solo. O valor de 70% citado no artigo é considerado ideal para alta produtividade.
Como a tecnologia simplifica a gestão da sua plantação de feijão
Como vimos neste guia, o sucesso na plantação de feijão depende de um planejamento detalhado, desde a análise do solo e adubação até o momento certo da colheita. Controlar todas essas atividades, registrar a aplicação de insumos e ainda acompanhar os custos para garantir a lucratividade pode ser um desafio complexo, muitas vezes dependendo de planilhas e anotações manuais.
Ferramentas de gestão agrícola, como o Aegro, ajudam a simplificar esse processo. Com um software, é possível centralizar o planejamento da safra, registrar as operações de campo pelo celular e monitorar os custos de produção em tempo real. Isso garante que cada etapa, da adubação ao controle de pragas, seja executada com mais precisão, facilitando a tomada de decisões que aumentam a produtividade da lavoura.
Quer ter o controle completo da sua produção de feijão na palma da mão?
Experimente o Aegro gratuitamente e veja como é fácil tomar decisões mais seguras e rentáveis.
Perguntas Frequentes
Qual a principal diferença entre as três safras de feijão (Águas, Seca e Inverno)?
A principal diferença está no período do ano em que ocorrem e, consequentemente, nas condições climáticas. A Safra das Águas (set-nov) aproveita o período chuvoso, a Safra da Seca (jan-mar) utiliza a umidade residual do solo, e a Safra de Inverno (mai-jul) é frequentemente irrigada. A escolha depende da região, da disponibilidade de água e do planejamento agrícola.
Como o hábito de crescimento da cultivar de feijão impacta o manejo da lavoura?
O hábito de crescimento define a arquitetura da planta e influencia diretamente o manejo. Cultivares de porte ereto (Tipo 1 e 2) facilitam a colheita mecanizada e permitem espaçamentos menores. Já as de porte prostrado (Tipo 3 e 4) exigem espaçamentos maiores, podem dificultar os tratos culturais e têm maior tendência ao acamamento, o que pode aumentar a incidência de doenças.
Por que a profundidade da semeadura do feijão muda conforme o tipo de solo?
A profundidade é ajustada para garantir as melhores condições de umidade para a germinação. Em solos arenosos, que secam mais rápido na superfície, a semente é plantada mais fundo (5-6 cm) para alcançar a umidade. Em solos argilosos, que retêm mais água, a semeadura é mais rasa (3-4 cm) para evitar o encharcamento e facilitar a emergência da plântula.
Qual é o sinal visual que indica o momento ideal para iniciar a colheita do feijão?
O principal indicador visual para a colheita é a mudança de cor das vagens, que passam da coloração verde para a cor de palha (amarelada/seca). Este momento, conhecido como estádio R9 (maturação), geralmente ocorre entre 80 e 100 dias após a germinação e sinaliza que os grãos atingiram a maturidade fisiológica, ideal para evitar perdas.
É possível plantar feijão sem fazer análise de solo e calagem?
Embora seja possível, não é recomendado para quem busca alta produtividade. A análise de solo é fundamental para diagnosticar a acidez e a fertilidade. Sem a calagem para corrigir o pH (ideal entre 6 e 7) e a adubação adequada, a planta terá dificuldade em absorver os nutrientes, resultando em baixo desenvolvimento e produtividade muito inferior.
Quais os riscos do excesso de chuva para a plantação de feijão?
O excesso de chuva é muito prejudicial, especialmente em solos com má drenagem. Ele pode causar o encharcamento e apodrecimento das raízes, reduzir o crescimento das plantas, favorecer o surgimento de doenças fúngicas e bacterianas, e dificultar a operação de colheita, causando perdas e diminuindo a qualidade dos grãos.
Artigos Relevantes
- Manejos essenciais em cada um dos estádios fenológicos do feijão: Este artigo aprofunda de forma excepcional a seção sobre estádios fenológicos do guia principal. Enquanto o artigo principal apenas lista as fases, este detalha os manejos críticos, pragas, doenças e necessidades hídricas de cada etapa (V0 a R9), transformando um conceito teórico em um guia de ações práticas e sazonais para o produtor.
- Conheça as melhores práticas de adubo para feijão: Complementa perfeitamente a seção de adubação do guia, que é mais generalista. Este artigo oferece um passo a passo técnico, abordando desde a análise de solo, cálculo de calagem e gessagem, até as doses e épocas de aplicação de cada macro e micronutriente, fornecendo o conhecimento prático necessário para montar um plano de fertilização eficaz.
- 5 passos para acertar na semeadura do feijão: Este artigo foca na operação de plantio, agregando um valor prático que o guia principal não possui. Ele detalha aspectos como velocidade da semeadora e, crucialmente, fornece a fórmula para calcular a quantidade exata de sementes (kg/ha), uma ferramenta indispensável para o planejamento e otimização de custos da lavoura.
- 3 dicas para ter mais eficiência na colheita do feijão mecanizada: Enquanto o guia principal descreve os métodos de colheita, este artigo foca em como otimizar a colheita mecanizada, que é a mais relevante comercialmente. Ele conecta a teoria do ‘hábito de crescimento’ (do guia) à prática de escolher cultivares para a colheita direta, além de dar dicas para reduzir perdas, agregando uma visão de eficiência e rentabilidade.
- 6 dicas para alcançar alta produtividade do feijão: Este artigo preenche uma lacuna importante do guia principal ao introduzir e detalhar a prática da inoculação como forma de aumentar a produtividade e reduzir custos com adubação nitrogenada. Além de reforçar outros pontos-chave, ele apresenta uma técnica de alto impacto e baixo custo que não foi explorada no conteúdo principal, agregando um valor único e imediato para o leitor.