O controle de percevejos é um dos maiores desafios do produtor brasileiro, principalmente entre setembro e dezembro. Nesse período, as lavouras entram nas fases críticas de florescimento e enchimento de grãos, momentos em que o ataque dessas pragas causa mais prejuízos.
Para a safra de 2025, monitoramentos da Embrapa e de consultorias privadas já indicam um aumento significativo das populações de percevejos. O clima quente e úmido tem favorecido sua proliferação em lavouras de soja, milho, feijão e trigo.
Por isso, não basta apenas saber o que são e quais danos causam. É fundamental conhecer os métodos de prevenção e controle mais eficazes. Este guia aborda desde o manejo integrado de pragas até o uso de bioinsumos e tecnologias de monitoramento para proteger sua produtividade.
O que são percevejos?
De forma direta, percevejos são insetos fitófagos: que se alimentam de plantas. Eles pertencem à ordem Hemiptera e possuem um aparelho bucal especializado, parecido com um estilete, que usam para perfurar folhas, caules, frutos e grãos para sugar os nutrientes.
Essas pragas são extremamente comuns em culturas de grande importância econômica, como soja, arroz, milho, algodão e trigo.
Embora o foco na agricultura seja nos percevejos que comem plantas, é útil saber que existem outros tipos com hábitos diferentes:
- Predadores: Alimentam-se de outros insetos, ajudando no controle de pragas.
- Hematófagos: Alimentam-se do sangue de animais, como o barbeiro.
- Zoofitófagos: Têm uma dieta mista, comendo outros insetos mas também seiva ou pólen.
Na nossa realidade, os percevejos fitófagos são os que exigem maior atenção. As famílias de maior impacto econômico são:
- Família Pentatomidae: Conhecidos como “sugadores de grãos”, incluem as espécies mais problemáticas como o Nezara viridula (percevejo-verde), Piezodorus guildinii (percevejo-verde-pequeno), Euschistus heros (percevejo-marrom) e Dichelops spp. (percevejo barriga-verde).
- Família Cydnidae: Atacam principalmente as raízes das plantas, sendo um problema maior em lavouras que utilizam o sistema de plantio direto. As espécies mais comuns são Scaptocoris castanea e Scaptocoris carvalhoi.
- Família Alydidae: Também são sugadores de grãos. Um exemplo é o Neomegalotomus parvus, conhecido como percevejo-formigão.
Controlar esses grupos de forma adequada é essencial para evitar prejuízos graves na sua produção.
Quais são as principais características dos percevejos?
A família Pentatomidae, que inclui os percevejos mais danosos à soja, possui mais de 4.123 espécies. Suas características gerais ajudam na identificação a campo:
- Antenas: Possuem cinco segmentos.
- Tamanho: Medem em média
7 mm
de comprimento. - Formato: O corpo tem um formato triangular ou de escudo na parte superior. Algumas espécies possuem espinhos nas laterais do tórax.
- Coloração: A cor varia muito entre as espécies e também muda conforme a fase de vida do inseto (ovo, ninfa e adulto).
Um comportamento importante de observar é o das ninfas (fase jovem do percevejo). Nos primeiros estágios, elas costumam se alimentar em grupo. Isso acontece porque seu aparelho bucal ainda é pequeno, e a saliva de vários indivíduos juntos ajuda a dissolver os tecidos da planta, facilitando a sucção.
A partir do terceiro estágio de desenvolvimento (terceiro ínstar), como no caso do percevejo-verde (Nezara viridula), as ninfas se espalham pela lavoura, pois já conseguem se alimentar sozinhas. Na fase adulta, o aparelho bucal é mais longo, permitindo que alcancem as partes mais internas da planta para sugar a seiva. O ciclo de vida completo passa pelas fases de ovo, ninfa e adulto.
Adultos do percevejo barriga-verde. A cabeça deste inseto possui duas projeções pontiagudas e a parte anterior do tórax apresenta margens dentadas e as laterais possuem expansões espinhosas, conforme indicação na figura.
(Fonte: Panizzi, 2015)
Por que os percevejos são um problema tão grande na agricultura?
O grande desafio no controle de percevejos vem da sua alta capacidade de sobrevivência e adaptação. Vários fatores tornam essa praga tão persistente:
- Alta mobilidade: Eles se movem facilmente entre lavouras e, antes mesmo do final do ciclo de uma cultura, já migram para outras plantas hospedeiras.
- Sobrevivência na entressafra: Conseguem se alimentar e se reproduzir em hospedeiros alternativos, como leguminosas, plantas daninhas e restos culturais que ficam na área.
- Hibernação: Em condições de frio e umidade, eles entram em um estado de dormência (hibernação) e esperam o ambiente se tornar favorável novamente para retomar a atividade.
- Impacto na sucessão de culturas: Esse comportamento de sobrevivência causa problemas sérios em sistemas de sucessão trigo/soja e milho/soja. O percevejo que atacou a soja migra para o milho safrinha, continuando o ciclo de danos.
- Desafio na soja Bt: A soja transgênica Bt foca no controle de lagartas, não de percevejos. Com a redução da população de lagartas, os percevejos encontraram um ambiente com menos competição e se tornaram a principal praga da cultura.
Mesmo com o tratamento de sementes, uma população muito grande de percevejos pode atacar as plântulas logo após a emergência, causando perdas significativas no estande. Por isso, o manejo deve ser integrado, combinando monitoramento constante, controle cultural, rotação de culturas e uso de inseticidas.
Percevejo sobrevivendo na entressafra em plantas daninhas e restos vegetais na área de cultivo
(Fonte: André Shimohiro, 2018)
Danos causados por percevejos
Os prejuízos causados pelos percevejos vão além da simples sucção de seiva. Durante a alimentação, eles injetam uma saliva com enzimas que causa danos severos e pode transmitir doenças.
- Em grãos e sementes: O ataque afeta diretamente o enchimento, resultando em grãos chochos, enrugados e de menor peso. Isso diminui a qualidade do produto final e acelera sua deterioração durante o armazenamento.
- Nos tecidos da planta: A saliva tóxica provoca a necrose (morte) dos tecidos e a degeneração das células ao redor da picada.
Danos na Soja:
- Podem transmitir o fungo Nematospora coryli, que causa a mancha de levedura nos grãos.
- Induzem distúrbios fisiológicos, como a “soja louca”, que causa uma retenção anormal das folhas na maturação, atrapalhando a colheita mecânica.
Danos no Milho:
- O ataque inicial reduz o porte da planta e causa perfilhamento excessivo.
- Ataques em estágios vegetativos podem ser parcialmente compensados pela planta, mas quando ocorrem no período reprodutivo, os danos na produtividade e na qualidade dos grãos são diretos.
Por isso, o monitoramento e o controle precisam começar antes do florescimento. O objetivo é impedir que a população de percevejos atinja um nível que comprometa a safra.
Principais tipos de percevejos na agricultura
Um controle eficiente começa com a identificação correta do inimigo. Cada espécie de percevejo tem hábitos, danos e estratégias de manejo específicas. Conhecer quem está na sua lavoura é o primeiro passo para reduzir perdas.
1. Percevejo-marrom (Euschistus heros)
O percevejo-marrom é uma das pragas mais importantes da soja. Ele ataca as hastes e, principalmente, as vagens em formação. Após o ciclo da soja, costuma migrar para o milho safrinha.
- Principais Plantas Hospedeiras: Leguminosas (soja, feijão), solanáceas, brassicáceas e plantas daninhas como o leiteiro (Euphorbia heterophylla) e o carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum).
- Características para Identificação: Tem coloração marrom-escura e espinhos nas laterais do tórax, que ficam mais longos e escuros no verão. Seus ovos são amarelos, depositados em folhas e vagens. As ninfas variam de cinza a marrom. Em temperatura ideal (25ºC), o ciclo de ovo a adulto dura cerca de
28,4 dias
.
Percevejo-marrom (Euschistus heros). Na figura (a) pode-se observar as características dos adultos, (b) massa de ovos, (c) ovos e ninfas recém eclodidas, e (d) ninfa de 5º instar
(Fonte: Panizzi, 2012)
2. Percevejo-verde-pequeno (Piezodorus guildinii)
Apesar do nome, o percevejo-verde-pequeno causa lesões mais profundas na soja do que outras espécies, devido à sua picada mais agressiva.
- Principais Plantas Hospedeiras: Feijão, alfafa, ervilha, algodão, ervilhaca, nabo forrageiro e crotalária.
- Características para Identificação: O adulto mede cerca de
9 mm
e tem cor verde-clara, que pode se tornar amarelada no fim do ciclo. O que o distingue é uma lista transversal marrom-avermelhada próxima à cabeça. Os ovos são pretos, em formato de barril, e depositados em fileiras duplas nas vagens. O ciclo de ovo a adulto leva em média24,4 dias
.
Percevejo-verde-pequeno-da-soja adulto, com sua lista transversal de coloração marrom-avermelhada (próxima a cabeça)
(Fonte: Agro Bayer Brasil)
3. Percevejo-verde (Nezara viridula)
Esta espécie ataca principalmente as partes reprodutivas da soja, causando o chochamento dos grãos e injetando toxinas que prejudicam a planta.
- Principais Plantas Hospedeiras: Feijão, arroz, algodão, macadâmia, nogueira-pecã e plantas daninhas como nabo-bravo e mostarda.
- Características para Identificação: É maior que as outras espécies, medindo entre
10 mm
e17 mm
. A coloração é verde, com antenas avermelhadas. Os ovos são amarelados e depositados na parte de baixo das folhas, ficando rosados perto da eclosão. As ninfas mais jovens são alaranjadas, depois se tornam pretas com manchas brancas. O dano começa a partir do terceiro ínstar das ninfas.
Adulto (a), ovos (b) e ninfas de primeiro (c) e quinto (d) ínstar do percevejo-verde (Nezara viridula)
(Fonte: Panizzi, 2012)
4. Percevejo-barriga-verde (Dichelops furcatus e Dichelops melacanthus)
O percevejo-barriga-verde é um grande problema na sucessão soja-milho. Ele causa o amarelecimento das plantas de milho e lesões pontiagudas nas folhas.
- Principais Plantas Hospedeiras: Milho, trigo, aveia-preta, triticale, trapoeraba, crotalária e braquiária.
- Características para Identificação: Mede entre
9 mm
e11 mm
. A cor do corpo varia de castanho-amarelado a acinzentado, mas o abdômen é sempre verde, daí o nome. Possui espinhos nas laterais do tórax.
Adulto de percevejo-barriga-verde
(Fonte: Agro Bayer)
5. Percevejo-asa-preta-da-soja (Edessa meditabunda)
Esta espécie tem se tornado cada vez mais comum na soja. Curiosamente, ataca mais as hastes do que as vagens.
- Principais Plantas Hospedeiras: Soja, solanáceas, leguminosas, algodão, tabaco, girassol e uva.
- Características para Identificação: Mede cerca de
13 mm
e tem formato oval. O corpo é verde com asas marrom-escuras. Os ovos são verde-claros, depositados em duas fileiras. Durante a alimentação, ele fica com a cabeça baixa, provavelmente por ter um aparelho bucal mais curto. Mesmo não atacando as vagens diretamente, desvia nutrientes da planta e reduz a produtividade.
6. Percevejo-castanho (Scaptocoris spp.)
O percevejo-castanho é uma praga subterrânea, o que torna seu controle muito mais difícil. Ataca principalmente pastagens, mas também diversas outras culturas.
- Principais Plantas Hospedeiras: Algodão, arroz, cana-de-açúcar, café, feijão, milheto, sorgo e pastagens.
- Características para Identificação: São polífagos (comem de tudo) e vivem no subsolo. A presença de uma alta população pode ser identificada pelo odor forte e característico, similar ao da “maria-fedida”. Os danos aparecem em reboleiras, com plantas murchas que depois amarelecem e morrem. O adulto mede de
5 mm
a10 mm
e é de cor castanha. As ninfas são brancas. Eles podem ser encontrados a até1,8 metros
de profundidade, mas os danos mais severos ocorrem em épocas chuvosas (novembro a março), quando sobem para se alimentar das raízes mais superficiais.
Quais culturas podem ter ataque de percevejos?
Os percevejos são versáteis e atacam diversas culturas agrícolas no Brasil, exigindo estratégias de manejo específicas para cada uma.
1. Soja
A soja é a cultura mais vulnerável. O ataque é mais intenso do enchimento de grãos até a maturação, causando chochamento e queda de peso. Espécies como o percevejo-marrom (Euschistus heros), verde (Nezara viridula) e verde-pequeno (Piezodorus guildinii) são as principais ameaças. Além dos danos diretos, pode ocorrer a retenção foliar (“soja louca”), que complica a colheita.
2. Milho
O milho safrinha é o principal alvo, especialmente pelo percevejo barriga-verde (Dichelops spp.) que migra da soja colhida. O período mais crítico vai da emergência até o estádio V6. Os danos incluem folhas perfuradas, perfilhamento excessivo e atraso no crescimento, o que pode comprometer o estande inicial. O tratamento de sementes e aplicações de inseticidas sistêmicos no início do ciclo são fundamentais.
3. Feijão
No feijão, espécies como Piezodorus guildinii e Nezara viridula atacam durante a floração e formação das vagens. Isso compromete o enchimento e causa deformações, enrugamento e perda de brilho nos grãos, além de aumentar a chance de doenças pós-colheita. Ajustar a época de plantio pode ajudar a escapar dos picos populacionais da praga.
4. Trigo
O **[trigo](https://blog.aegro.com.
Glossário
Embrapa: Sigla para Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. É a principal instituição pública de pesquisa do Brasil, gerando conhecimento e tecnologias para o agronegócio, incluindo o monitoramento de pragas como os percevejos.
Entressafra: Período entre o final da colheita de uma safra e o início do plantio da seguinte. É uma fase crítica, pois os percevejos sobrevivem em plantas daninhas e restos culturais, mantendo a população alta para a próxima lavoura.
Fitófago: Termo que descreve um organismo que se alimenta de plantas. Os percevejos são insetos fitófagos, pois utilizam seu aparelho bucal para perfurar tecidos vegetais e sugar a seiva ou os nutrientes dos grãos.
Ínstar: Cada uma das fases de desenvolvimento de um inseto entre duas trocas de pele (mudas), especialmente durante a fase de ninfa. Por exemplo, uma ninfa de “terceiro ínstar” já passou por duas mudas e está em seu terceiro estágio de crescimento antes de se tornar adulta.
Necrose: Morte localizada de tecidos vegetais, que aparecem como manchas escuras ou secas na planta. A saliva tóxica que os percevejos injetam durante a alimentação causa necrose ao redor do local da picada.
Perfilhamento excessivo: Emissão anormal de brotos laterais (perfilhos) na base da planta, especialmente no milho. É um dano característico do ataque do percevejo-barriga-verde, que afeta o crescimento da haste principal e reduz o potencial produtivo.
Polífago: Descreve um organismo que se alimenta de uma grande variedade de fontes. O percevejo-castanho, por exemplo, é polífago, pois ataca as raízes de diversas culturas como milho, soja, algodão e pastagens.
Reboleiras: Áreas localizadas na lavoura onde as plantas apresentam danos severos, formando “manchas” ou “clareiras”. Esse padrão de ataque é típico do percevejo-castanho, que se concentra em pontos específicos do subsolo.
Soja Bt: Soja geneticamente modificada que produz proteínas da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), tóxicas para lagartas. Essa tecnologia não afeta os percevejos, o que contribuiu para que eles se tornassem a principal praga da cultura.
“Soja Louca”: Distúrbio fisiológico em que a planta de soja retém suas folhas verdes na maturação, mesmo com as vagens já secas. Este problema, associado ao ataque de percevejos, prejudica a qualidade dos grãos e dificulta a colheita mecânica.
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Perguntas Frequentes
Qual é a época mais crítica para o controle de percevejos na lavoura?
O período mais crítico para o controle de percevejos ocorre entre setembro e dezembro, durante as fases de florescimento e enchimento de grãos. Nesses estágios, o ataque da praga causa danos diretos à produtividade, como grãos chochos e perda de peso, tornando o monitoramento e o controle preventivo essenciais.
Por que a tecnologia da soja Bt fez os percevejos se tornarem a praga principal?
A soja Bt foi desenvolvida para controlar lagartas, não percevejos. Com a redução da população de lagartas, os percevejos encontraram um ambiente com menos competição por alimento e menor necessidade de aplicações de inseticidas de largo espectro. Isso favoreceu sua proliferação, elevando-os ao status de principal praga da cultura.
O tratamento de sementes sozinho consegue proteger a lavoura contra percevejos?
Embora seja uma ferramenta importante para a proteção inicial das plântulas, o tratamento de sementes não é suficiente para controlar os percevejos em cenários de alta pressão. Uma população muito grande pode superar a proteção inicial e causar danos significativos no estande. Portanto, o manejo deve integrar o tratamento com monitoramento constante e aplicações complementares.
Como o ataque do percevejo-barriga-verde no milho difere do ataque de outras espécies na soja?
O percevejo-barriga-verde ataca o milho principalmente nos estágios iniciais (até V6), causando perfilhamento excessivo e folhas perfuradas. Já espécies como o percevejo-marrom e o verde atacam a soja na fase reprodutiva, focando nas vagens e grãos, o que resulta em chochamento e perda de qualidade. Os danos ocorrem em fases e partes diferentes das plantas.
É possível identificar um ataque do percevejo-castanho, já que ele vive no subsolo?
Sim. Apesar de ser uma praga subterrânea, a presença do percevejo-castanho pode ser identificada de duas formas principais: pelo forte odor característico que ele exala, semelhante ao da “maria-fedida”, e pela observação de danos em “reboleiras”, onde as plantas aparecem murchas e amareladas em áreas localizadas da lavoura.
O que é a ‘soja louca’ e qual a sua relação com o ataque de percevejos?
A ‘soja louca’ é um distúrbio fisiológico em que a planta retém suas folhas verdes mesmo após a maturação das vagens. Esse problema é causado pelas toxinas injetadas pelos percevejos durante a alimentação, que desregulam os hormônios da planta. A retenção foliar dificulta e encarece a operação de colheita mecânica.
Todos os percevejos encontrados na lavoura são pragas que precisam ser controladas?
Não, nem todos são pragas. O artigo menciona que existem percevejos predadores, que se alimentam de outros insetos e podem atuar como agentes de controle biológico, ajudando a combater as próprias pragas. Por isso, a identificação correta da espécie é fundamental antes de qualquer medida de controle.
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