Entenda os hábitos dos percevejos, os danos que causam e como manejar esses insetos de forma mais eficiente em sua propriedade.
Os percevejos são insetos fitófagos, o que significa que se alimentam de plantas, atacando partes como raízes, caules, folhas, grãos e frutos. Eles pertencem à ordem Hemiptera, um grupo com mais de 40 mil espécies conhecidas.
Essas pragas agrícolas causam danos diretos ao sugar os nutrientes dos tecidos da planta, principalmente nos grãos em desenvolvimento. Além disso, provocam danos indiretos ao transmitirem doenças de uma planta para outra.
Neste artigo completo, você vai aprender o que são percevejos, suas principais características para identificação visual e as melhores estratégias de manejo para proteger sua lavoura. Boa leitura!
O que são percevejos?
Percevejos são pequenos insetos sugadores. Eles possuem um aparelho bucal especializado, em formato de estilete, que funciona como um canudo. Isso permite que perfurem a planta para sugar seus nutrientes internos.
Existem muitas famílias e espécies de percevejos, com hábitos alimentares variados. Podemos classificá-los em quatro grupos principais:
- Fitófagos: Alimentam-se exclusivamente de plantas e são os que causam danos nas lavouras.
- Predadores: Ajudam no controle biológico, pois se alimentam de outros insetos.
- Hematófagos: Alimentam-se de sangue de animais.
- Zoofitófagos: São carnívoros, mas usam produtos de plantas como pólen, néctar e seiva para complementar sua nutrição.
Os percevejos fitófagos mais importantes para a agricultura brasileira incluem:
- Família Pentatomidae (Sugadores de Grãos):
- Nezara viridula (percevejo-verde)
- Piezodorus guildinii (percevejo-verde-pequeno)
- Euschistus heros (percevejo-marrom)
- Dichelops spp. (percevejo-barriga-verde)
- Edessa meditabunda (percevejo-asa-preta)
- Família Cydnidae (Sugadores de Raízes):
- Scaptocoris castanea e Scaptocoris carvalhoi (percevejo-castanho), muito comuns em áreas de plantio direto.
- Família Alydidae (Sugadores de Grãos):
- Neomegalotomus parvus (percevejo-formigão)
Principais características dos percevejos
A família Pentatomidae é a que mais causa danos em diversas culturas, especialmente na soja, com mais de 4.123 espécies catalogadas.
Os insetos dessa família geralmente medem cerca de 7 mm, possuem antenas com cinco segmentos e um corpo com formato triangular na parte superior. Algumas espécies podem ter espinhos nas laterais do tórax (a parte logo atrás da cabeça).
Adultos do percevejo barriga-verde. Observe as duas projeções pontiagudas na cabeça e as laterais do tórax com margens serrilhadas e espinhos.
(Fonte: Panizzi, 2015)
A cor dos percevejos varia bastante e muda conforme o estágio de vida (ovo, ninfa e adulto). Em algumas espécies, as ninfas recém-nascidas se alimentam em grupo.
Isso acontece porque seus aparelhos bucais são muito pequenos. A saliva de vários indivíduos juntos facilita a digestão dos tecidos da planta, tornando a alimentação mais eficaz.
Ninfas de primeiro ínstar (c) e ninfa de quinto ínstar do percevejo-marrom (Euschistus heros) se alimentando em grupo na soja.
(Fonte: Panizzi)
A partir do terceiro estágio de ninfa (chamado de ínstar), como no caso do Nezara viridula (percevejo-verde), o inseto já se dispersa pela lavoura. Nesse ponto, seu aparelho bucal é grande o suficiente para se alimentar sozinho.
Nos adultos, o “rosto” (aparelho bucal) é bem alongado, o que facilita alcançar o conteúdo mais profundo da planta. A profundidade da picada varia de acordo com a espécie.
O ciclo de vida completo desses insetos passa por três fases: ovo, ninfa e adulto.
Ciclo de desenvolvimento do percevejo-verde (Nezara viridula) na soja. A duração de cada etapa (ovo, ínstares de ninfa e adulto) varia conforme a espécie do percevejo, a planta hospedeira, a temperatura e a umidade.
(Fonte: Panizzi, 2012)
Por que os percevejos são um problema na agricultura?
Os percevejos são pragas difíceis de controlar por várias razões. Eles se adaptam facilmente e conseguem invadir culturas onde antes não eram um problema significativo.
Suas principais características de sobrevivência são:
- Alimentação variada: Eles atacam um grande número de espécies de plantas. Isso permite que suas populações cresçam e se espalhem rapidamente.
- Alta mobilidade: Antes mesmo do fim do ciclo de uma cultura, eles se dispersam para outras lavouras ou plantas hospedeiras alternativas para continuar sua reprodução ou apenas sobreviver.
- Resistência em condições difíceis: Na falta de sua cultura preferida, conseguem sobreviver em hospedeiros alternativos, como plantas daninhas e restos culturais da entressafra.
- Hibernação: Eles podem entrar em um estado de dormência (hibernar) por um tempo, até que as condições climáticas voltem a ser ideais para seu desenvolvimento.
Percevejo sobrevivendo na entressafra, abrigado em plantas daninhas e restos vegetais na área de cultivo.
(Fonte: André Shimohiro, 2018)
A capacidade de se alimentar de diversas plantas gera problemas na sucessão de culturas, principalmente nos sistemas trigo/soja e milho/soja.
Por exemplo, a preocupação com percevejos na sucessão soja-milho safrinha aumentou com a popularização da soja com tecnologia Bt. Essa tecnologia, focada no controle de lagartas, não afeta os percevejos. Com menos concorrência, eles se tornaram a praga principal na soja Bt.
Depois de atacarem a soja, esses insetos migram para o milho safrinha, onde também causam danos. Mesmo com o tratamento de sementes, as plantas jovens não suportam o ataque de uma grande população de percevejos.
Danos causados por percevejos
Além dos danos diretos pela sucção da seiva, os percevejos também podem disseminar doenças.
- Nos grãos e sementes: Prejudicam o enchimento e a formação, afetando a qualidade. Os grãos ficam chocos e enrugados, o que acelera sua deterioração durante o armazenamento.
- Ação da saliva: A saliva dos percevejos contém enzimas que alteram a química dos tecidos da planta ao redor da picada. Isso causa a morte dos tecidos (necrose), que ficam escurecidos. Essas substâncias dissolvem as células para que o inseto possa sugar os nutrientes.
- Disseminação de doenças: Na soja, podem transmitir o fungo causador da mancha de levedura (Nematospora coryli).
- Distúrbios fisiológicos: Podem causar a “soja louca”, um fenômeno que retarda o amadurecimento da planta. As folhas permanecem verdes e presas ao caule por mais tempo, dificultando a colheita.
- No milho: A presença de percevejos reduz a altura da planta e o perfilhamento (formação de novos colmos).
Em alguns casos, danos no estágio vegetativo podem ser compensados pela planta sem afetar a produtividade final. A soja, por exemplo, pode emitir novas vagens ou produzir grãos mais pesados para compensar.
No entanto, quando o ataque ocorre no período reprodutivo, os danos afetam diretamente a qualidade e a produtividade. Por isso, é fundamental monitorar e controlar os percevejos antes do início da fase reprodutiva para evitar altas populações.
Principais tipos de percevejos
Um bom controle começa pela identificação correta do percevejo na lavoura. Espécies diferentes podem exigir produtos químicos diferentes, tornando a identificação ainda mais crucial.
Percevejo-marrom (Euschistus heros)
O percevejo-marrom é uma das principais espécies que causam danos na soja.
Ele ataca as hastes e ramos, mas os maiores prejuízos ocorrem quando ataca as vagens em formação. Após a colheita da soja, pode migrar para o milho safrinha. No algodão, alimenta-se das cápsulas, reduzindo a qualidade da fibra e a produtividade.
- Principais hospedeiros: Leguminosas (soja, feijão), solanáceas (tomate), brassicáceas (couve) e plantas daninhas como o leiteiro (Euphorbia heterophylla) e o carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum).
- Identificação: Possui coloração marrom-escura e espinhos nas laterais do tórax. No verão, esses espinhos ficam mais longos e escuros.
- Ciclo de vida: Pode viver até 116 dias. Os ovos são amarelados e colocados nas folhas e vagens. As ninfas variam de cinza a marrom. A temperatura ideal para o desenvolvimento é de 25°C.
Percevejo-marrom (Euschistus heros): (a) adulto, (b) massa de ovos, (c) ovos e ninfas recém-eclodidas, e (d) ninfa de 5º instar.
(Fonte: Panizzi, 2012)
Percevejo-verde-pequeno (Piezodorus guildinii)
Este percevejo causa lesões mais profundas na soja em comparação com outras espécies, devido ao seu tipo de picada.
- Principais hospedeiros: Feijão, alfafa, ervilha e, em algumas situações, algodão. Pastagens na entressafra, como ervilhaca, nabo forrageiro e crotalária, também servem de abrigo.
- Identificação: O adulto mede cerca de 9 mm e tem coloração verde-clara a amarelada. O que o diferencia de outros percevejos verdes é uma listra transversal marrom-avermelhada perto da cabeça. Os ovos são pretos, em formato de “barril”, e colocados em fileiras duplas.
- Ciclo de vida: As ninfas são pequenas, inicialmente pretas e avermelhadas, e depois esverdeadas. O ciclo de ovo a adulto leva em torno de 24,4 dias.
Adulto do percevejo-verde-pequeno-da-soja, com sua característica lista transversal marrom-avermelhada próxima à cabeça.
(Fonte: Agro Bayer Brasil)
Percevejo-verde (Nezara viridula)
Ataca principalmente as partes reprodutivas da soja, causando o chochamento dos grãos e injetando toxinas que prejudicam a planta.
- Principais hospedeiros: Feijão, arroz, algodão, macadâmia, trigo, mamona e diversas plantas daninhas.
- Identificação: É maior que os outros, medindo entre 10 mm e 17 mm. A coloração é verde e a parte inferior do corpo é clara. Os ovos são amarelados, depositados na parte inferior das folhas, e ficam rosados antes de eclodir.
- Ciclo de vida: As ninfas mais jovens são alaranjadas. Depois, ficam pretas com manchas brancas. Começam a causar danos a partir do terceiro instar.
Ciclo do percevejo-verde (Nezara viridula): Adulto (a), ovos (b) e ninfas de primeiro (c) e quinto (d) ínstar.
(Fonte: Panizzi, 2012)
Percevejo-barriga-verde (Dichelops furcatus e Dichelops melacanthus)
O percevejo-barriga-verde é um grande problema na sucessão soja-milho. Causa amarelecimento das plantas e lesões pontiagudas nas folhas.
- Principais hospedeiros: Milho, trigo, aveia-preta, triticale, braquiária, feijão e algumas plantas daninhas.
- Identificação: Os adultos medem de 9 mm a 11 mm. A cor do corpo varia de castanho-amarelado a acinzentado, mas o abdômen (barriga) é sempre verde. Possui espinhos nas laterais do tórax.
Adulto de percevejo-barriga-verde, facilmente identificado pela cor do abdômen.
(Fonte: Agro Bayer)
No milho safrinha, o principal problema é a migração desses insetos da palhada da soja para a cultura recém-plantada. Fique atento, pois os danos podem ser severos.
Danos severos de percevejo-barriga-verde em plântula de milho.
(Fonte: Pioneer Sementes)
Percevejo-asa-preta-da-soja (Edessa meditabunda)
Esta espécie tem se tornado cada vez mais comum e problemática na soja.
- Principais hospedeiros: Leguminosas, solanáceas, algodão, tabaco, girassol e uva.
- Identificação: Mede aproximadamente 13 mm, tem corpo oval e verde, com as asas marrom-escuras. Os ovos são verde-claros e postos em duas fileiras.
- Comportamento: Uma característica interessante é que ele se alimenta principalmente nas hastes, com a cabeça baixa, provavelmente por ter um aparelho bucal mais curto. Embora não ataque diretamente as vagens, seu dano é significativo, pois desvia nutrientes que iriam para o enchimento dos grãos, reduzindo a produtividade.
Percevejo-castanho (Scaptocoris spp.)
No Brasil, existem três espécies principais de percevejo-castanho. Eles são pragas subterrâneas, atacando as raízes das plantas, o que dificulta muito o controle.
- Principais hospedeiros: É polífago (ataca muitas culturas), incluindo pastagens, algodão, arroz, cana-de-açúcar, café, feijão, milho, sorgo e eucalipto.
- Identificação: Os danos aparecem em reboleiras. Um sinal de alta infestação é o odor forte que exalam, parecido com o da “maria-fedida”. Os adultos medem de 5 a 10 mm, são de cor castanha e corpo convexo. As ninfas são brancas.
- Comportamento: Podem ser encontrados a até 1,8 metros de profundidade no solo. Os danos mais severos ocorrem em épocas chuvosas (novembro a março), quando migram para a superfície para se alimentar das raízes.
Ovo, ninfas e adulto do percevejo-castanho, uma praga subterrânea.
(Fonte: Torres 2020).
Como acabar com percevejos?
Após identificar a espécie correta, é hora de agir. O manejo eficaz dos percevejos vai além da simples aplicação de inseticidas. Adote uma abordagem integrada.
1. Monitoramento constante
Para que qualquer controle seja eficiente, você precisa fazer o monitoramento de pragas de forma sistemática.
- Na soja: Utilize o pano-de-batida semanalmente para avaliar a população.
- Nível de Ação: O momento de entrar com o controle é crucial. A recomendação é:
- 2 percevejos por metro linear para lavouras de grãos.
- 1 percevejo por metro linear para campos de produção de sementes.
2. Uso de armadilhas
As armadilhas servem tanto para monitorar a chegada dos percevejos quanto para auxiliar no controle.
- Cultivos-armadilha: Plante uma cultura mais atrativa para os percevejos (como crotalária ou milheto) em faixas ou bordaduras da lavoura principal. Os insetos se concentrarão ali, permitindo um controle localizado e mais barato.
- Outras armadilhas: Para o percevejo-marrom, armadilhas com urina bovina e armadilhas com feromônio sexual são eficientes para captura e monitoramento.
3. Rotação de culturas
Em uma área com alta infestação, planeje a rotação de culturas usando plantas que não sejam hospedeiras da espécie de percevejo predominante. Para isso, a correta identificação da praga é indispensável.
4. Manejo da época de semeadura
Evite semeaduras muito precoces ou muito tardias, pois são os períodos de maior ocorrência e danos de percevejos.
- Semeadura precoce: Os percevejos que estão em hospedeiros alternativos migram rapidamente para a cultura principal para se reproduzir.
- Semeadura tardia: As populações de percevejos já estão altas na área, aumentando a pressão sobre a lavoura.
5. Eliminar restos culturais e hospedeiros alternativos
Como os percevejos sobrevivem em restos culturais e plantas daninhas, faça uma boa limpeza da área antes de iniciar o próximo cultivo. Controle plantas como capim-carrapicho, capim-amargoso e trapoeraba.
6. Tratamento de sementes
Para proteger as plântulas no início do desenvolvimento, utilize inseticidas sistêmicos no tratamento de sementes. Os produtos do grupo químico dos neonicotinoides são os mais indicados para essa finalidade.
7. Controle biológico
O controle biológico é uma ferramenta importante para reduzir a população de percevejos. Os parasitoides de ovos Trissolcus basalis e Telenomus podisi são inimigos naturais eficientes e podem ser adquiridos em biofábricas.
8. Controle químico
O controle químico é a tática mais utilizada, mas deve ser combinado com os métodos anteriores.
- Seletividade: Escolha inseticidas seletivos aos inimigos naturais para não eliminar os predadores e parasitoides que ajudam no controle.
- Rotação de ativos: Faça a rotação de ingredientes ativos para evitar a resistência dos insetos e garantir a eficácia dos produtos a longo prazo.
- Exemplos de ingredientes ativos: Acetamiprido + Fenpropatrina, Imidacloprido + Beta-ciflutrina, Tiametoxam + Ciproconazol.
Atenção: Antes de utilizar qualquer produto químico, consulte sempre um engenheiro agrônomo.
[](https://conhecimento.aegro.com.br/planilha-mip
Glossário
Entressafra: Período entre o fim da colheita de uma safra e o início do plantio da seguinte. É uma fase crítica para o manejo, pois pragas como os percevejos sobrevivem em restos de culturas anteriores e em plantas daninhas presentes na área.
Fitófago: Termo que descreve um organismo que se alimenta exclusivamente de plantas. No artigo, refere-se aos percevejos que causam danos às lavouras ao sugar a seiva e os nutrientes de grãos, folhas e caules.
Ínstar: Cada uma das fases de desenvolvimento de um inseto entre duas trocas de pele (mudas), especialmente durante o estágio de ninfa. Por exemplo, uma “ninfa de terceiro ínstar” está em seu terceiro estágio de crescimento antes de se tornar um inseto adulto.
Pano-de-batida: Ferramenta usada no monitoramento de pragas, consistindo em um tecido branco esticado em uma armação. O pano é colocado entre as fileiras da cultura (como a soja), as plantas são sacudidas sobre ele e os insetos que caem são contados para avaliar o nível de infestação.
Perfilhamento: Processo de formação de novos brotos ou colmos (caules) a partir da base de uma planta, comum em gramíneas como o milho. O ataque de percevejos pode reduzir o perfilhamento, comprometendo o desenvolvimento e o potencial produtivo da lavoura.
Polífago: Característica de um organismo que se alimenta de uma grande variedade de espécies de plantas. Pragas polífagas, como o percevejo-castanho, são mais difíceis de controlar, pois podem sobreviver e se multiplicar em diferentes culturas e plantas hospedeiras.
Tecnologia Bt: Refere-se a plantas geneticamente modificadas que produzem proteínas da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), que são tóxicas para lagartas. Embora eficaz contra lagartas, essa tecnologia não afeta os percevejos, o que pode levar ao aumento de sua população devido à menor competição.
Simplifique o manejo de percevejos com a ajuda da tecnologia
Como vimos, o manejo eficaz de percevejos depende de um monitoramento rigoroso e da combinação de várias estratégias, desde o uso do pano-de-batida até a rotação de defensivos. Registrar todas essas informações em cadernos ou planilhas separadas pode gerar falhas e dificultar a análise do que realmente funciona para proteger a lavoura.
Um software de gestão agrícola como o Aegro resolve esse desafio ao centralizar o controle operacional e agronômico. Com ele, é possível registrar os dados do monitoramento de pragas direto do campo pelo celular, planejar as aplicações de inseticidas com mais precisão e criar um histórico completo de cada talhão. Isso não só facilita a tomada de decisões baseada em dados, como também ajuda a otimizar os custos com insumos e a garantir que o controle seja feito no momento certo.
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Perguntas Frequentes
É possível controlar percevejos na lavoura sem usar inseticidas químicos?
Sim, através do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Estratégias como o controle biológico com inimigos naturais (vespas parasitoides), a rotação de culturas com plantas não hospedeiras, a eliminação de plantas daninhas na entressafra e o uso de armadilhas são fundamentais para reduzir a população de percevejos de forma sustentável, diminuindo a dependência de químicos.
Por que a infestação de percevejos aumentou com o uso da soja com tecnologia Bt?
A tecnologia Bt é focada no controle de lagartas, que competem por alimento com os percevejos. Com a redução drástica das lagartas nas lavouras Bt, os percevejos encontram um ambiente com menos competição, o que favorece sua multiplicação e os transforma na praga principal em muitas áreas, exigindo um manejo mais atento e específico.
Qual é o momento mais crítico para controlar os percevejos na cultura da soja?
O período mais crítico vai do florescimento ao enchimento dos grãos (fase reprodutiva). Danos nessa fase impactam diretamente a produtividade e a qualidade das sementes. Por isso, o monitoramento deve ser intensificado antes do início dessa fase para que o controle seja aplicado assim que o nível de ação (1 a 2 percevejos por metro) for atingido.
Como posso diferenciar o percevejo-verde do percevejo-verde-pequeno no campo?
A principal diferença visual é uma marcação específica no percevejo-verde-pequeno (Piezodorus guildinii): uma listra transversal marrom-avermelhada próxima à cabeça. Além disso, o percevejo-verde (Nezara viridula) é consideravelmente maior, medindo entre 10 e 17 mm, enquanto o verde-pequeno tem cerca de 9 mm.
O que diferencia o dano do percevejo-castanho dos outros percevejos?
A principal diferença é a localização do ataque. Enquanto a maioria dos percevejos (marrom, verde, etc.) se alimenta da parte aérea da planta (folhas, hastes e vagens), o percevejo-castanho (Scaptocoris spp.) é uma praga subterrânea que ataca as raízes. Seus danos aparecem em reboleiras, causando amarelecimento e morte de plantas, e seu controle é mais complexo.
Qual a finalidade do monitoramento com pano-de-batida na lavoura?
O pano-de-batida é a principal ferramenta para quantificar a população de percevejos na soja e decidir o momento certo de aplicar o controle. Ao sacudir as plantas sobre o pano, é possível contar o número de insetos por metro linear. Essa informação permite ao produtor agir apenas quando o nível de dano econômico é atingido, otimizando o uso de inseticidas e reduzindo custos.
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