Nematoides no Algodão: Guia Completo de Identificação e Manejo

Sou engenheira-agrônoma e mestra em agronomia, com ênfase em produção vegetal, pela Universidade Federal de Goiás.
Nematoides no Algodão: Guia Completo de Identificação e Manejo

Os nematoides são vermes microscópicos que vivem no solo e podem causar perdas significativas na sua lavoura de algodão. Além de atacarem diretamente as raízes, eles abrem feridas que facilitam a entrada de fungos, piorando ainda mais o cenário.

Para o produtor, saber identificar os tipos de nematoides e medir o nível da sua população no solo é o primeiro passo para um manejo eficiente. Com o diagnóstico correto em mãos, você pode traçar um plano de controle eficaz para proteger a produtividade da sua safra.

Neste artigo, você encontrará um guia prático sobre os principais nematoides que afetam a cultura do algodão, como realizar uma amostragem de solo precisa para análise e quais estratégias de manejo realmente funcionam.

Principais Nematoides na Cultura do Algodão

No Brasil, três espécies de nematoides se destacam por causar os maiores prejuízos econômicos nas lavouras de algodão. É fundamental conhecê-las para direcionar o controle.

As espécies de maior importância são:

  • Nematoide-das-galhas (Meloidogyne incognita)
  • Nematoide-reniforme (Rotylenchulus reniformis)
  • Nematoide-das-lesões-radiculares (Pratylenchus brachyurus)

Esses parasitas estão amplamente distribuídos pelas regiões produtoras e não atacam apenas o algodão. Eles também causam danos severos em culturas como soja, feijão, milho e cana-de-açúcar, o que exige atenção redobrada na rotação de culturas.

Um dos maiores desafios é que os sintomas iniciais do ataque de nematoides são facilmente confundidos com outros problemas, como compactação do solo, deficiências nutricionais ou estresse hídrico (falta de água). Por isso, a identificação correta é crucial.

1. Nematoide-das-Galhas (Meloidogyne incognita)

O nematoide-das-galhas é um dos mais conhecidos e economicamente importantes, afetando uma vasta gama de plantas. Ele se desenvolve melhor em condições de clima quente e em solos de textura arenosa ou média-argilosa.

Sintomas Visíveis:

  • Na parte aérea: As folhas apresentam um amarelecimento com manchas, conhecido como sintoma de “carijó”. As plantas atacadas mostram um desenvolvimento geral prejudicado, ficando menores e menos vigorosas.
  • Nas raízes: O sistema radicular fica menos desenvolvido, com poucas raízes secundárias. O principal sintoma, que facilita a identificação no campo, é a formação de galhas – uma espécie de caroço ou inchaço nas raízes, resultado da infecção pelo nematoide.

close-up detalhado do sistema radicular de uma planta severamente afetado por nematoides-das-galhas. As raíGalhas nas raízes da planta de algodão provocadas por M. incognita (Fonte: LSU College of Agriculture)

2. Nematoide-Reniforme (Rotylenchulus reniformis)

O nematoide-reniforme é um inimigo persistente. Ele ataca um grande número de culturas e possui uma alta capacidade de sobreviver em condições adversas, permanecendo na área mesmo durante a entressafra ou na ausência de uma cultura hospedeira. Pode ser encontrado em diversos tipos de solo.

Sintomas Visíveis:

  • Na parte aérea: Assim como o nematoide-das-galhas, pode causar o sintoma de “carijó” nas folhas, onde surgem áreas amareladas que depois morrem (necrosam). As plantas apresentam tamanho reduzido.
  • Nas raízes: O sistema radicular tem seu volume diminuído, comprometendo a absorção de água e nutrientes.

primeiro plano uma folha de algodoeiro com sintomas visíveis de doença ou deficiência nutricional. A folhaSintoma de “carijó” em folha de algodão causado pelo nematoide reniforme (Fonte: Galbieri etal., 2015)

3. Nematoide-das-Lesões-Radiculares (Pratylenchus brachyurus)

Conhecido como nematoide-das-lesões-radiculares, a espécie Pratylenchus brachyurus possui uma ampla gama de hospedeiros, incluindo muitas plantas daninhas, o que torna seu controle mais complexo. É mais comum em solos de textura média.

Sintomas Visíveis:

  • Na parte aérea: As plantas afetadas podem apresentar clorose (amarelecimento generalizado) e murchamento, mesmo com o solo úmido.
  • Nas raízes: O ataque deste nematoide destrói o sistema radicular, causando sintomas de podridão e necrose (escurecimento e morte dos tecidos). Isso resulta em uma drástica redução no número de radicelas (raízes finas), essenciais para a absorção.

comparativo visual entre dois sistemas radiculares de plantas, provavelmente de soja, contra um fundo branc À esquerda, raízes necrosadas pelo parasitismo do nematoide das lesões radiculares. À direita, galhas provocadas por Meloidogyne incognita (plantas com 80 dias após a inoculação) (Fonte: Boletim P&D – IMAmt)

A Relação Perigosa: Nematoides como Porta de Entrada para Fungos

A interação entre nematoides e fungos de solo é uma associação bastante comum e prejudicial. Ao se alimentarem, os nematoides criam ferimentos nos tecidos das raízes. Essas lesões funcionam como portas de entrada perfeitas para fungos fitopatogênicos: significa fungos que causam doenças nas plantas.

Além de abrir caminho, o estresse causado pelo ataque do nematoide deixa a planta fisiologicamente mais fraca e suscetível à ação dos fungos.

As três espécies de nematoides citadas – galhas, reniforme e lesões radiculares – estão frequentemente associadas a fungos dos gêneros Fusarium e Verticillium. A presença desses nematoides agrava severamente doenças como a fusariose e a verticilose no algodoeiro.

Análise Nematológica: O Diagnóstico Preciso da Sua Lavoura

A análise nematológica é um exame de laboratório que serve para dois objetivos principais: identificar as espécies de nematoides presentes na sua área e quantificar a população de cada uma.

Um manejo eficiente é impossível sem esse diagnóstico. Conhecer o inimigo, saber onde ele está e em que quantidade é fundamental para escolher as melhores estratégias de controle. O histórico da área também é uma informação valiosa nesse processo.

Quando Fazer a Amostragem

O momento ideal para realizar a amostragem de solo e raízes é durante o florescimento da cultura.

Nesta fase, as plantas estão em pleno desenvolvimento vegetativo e reprodutivo, o que favorece a multiplicação dos nematoides. Consequentemente, eles são encontrados em níveis populacionais mais altos nas raízes e no solo, facilitando sua detecção no laboratório. Coletas no final do ciclo, quando as raízes estão envelhecendo (senescência), podem subestimar a população.

Material Necessário para Amostragem

Para realizar a coleta de forma correta, você vai precisar de:

  • Balde limpo
  • Enxada ou pá de corte
  • Tesoura de poda
  • Sacos plásticos resistentes e identificados
  • Caixa térmica para transporte

Como Coletar as Amostras: Passo a Passo

Siga este procedimento para garantir uma amostra representativa da sua área:

  1. Defina a Área: Divida a propriedade em glebas ou talhões homogêneos de, no máximo, 10 hectares cada.
  2. Caminhamento: Percorra a área em zigue-zague, coletando de 20 a 25 subamostras por gleba para formar uma única amostra composta.
  3. Local da Coleta: Colete sempre na linha de plantio, próximo ao sistema radicular das plantas.
  4. Profundidade: A profundidade padrão é de 0 a 25 cm. No entanto, para áreas com suspeita do nematoide-reniforme, a coleta deve ser mais profunda, na faixa de 20 a 40 cm.
  5. Composição da Amostra: Cada subamostra deve conter solo e raízes finas da cultura.
  6. Homogeneização: Junte todas as subamostras (os 20-25 pontos) em um balde limpo e misture bem. Desta mistura, retire sua amostra composta final.
  7. Quantidade Final: A amostra composta a ser enviada ao laboratório deve ter aproximadamente 500 g de solo e 50 g de raízes.
  8. Armazenamento e Identificação:
    • Coloque o solo e as raízes no mesmo saco plástico.
    • Identifique o saco com uma ficha de coleta contendo: número da amostra, cultivar, sintomas observados, tipo de solo, sistema de plantio, data de semeadura, local e data da coleta.
  9. Transporte: Leve as amostras ao laboratório de nematologia o mais rápido possível. Durante o transporte, armazene os sacos em uma caixa térmica para preservar o material. Se não for possível o envio imediato, guarde na geladeira (não no congelador) por no máximo 4 dias.

infográfico detalhado que ilustra o processo completo de amostragem e análise de nematoides em uma lavoura. O fEsquema de amostragem, homogeneização, acondicionamento, identificação, transporte de amostras de solo e raiz da cultura do algodoeiro para quantificação de fitonematoides (Fonte: Galbieri et al., 2015)

Cuidados Essenciais na Amostragem

Para não comprometer o resultado da sua análise, siga estas recomendações:

  • Umidade do solo: Não colete amostras com o solo muito seco ou encharcado. A umidade ideal é aquela que permite o trabalho com máquinas. Não molhe o solo para facilitar a coleta.
  • Reboleiras: Se houver reboleiras (manchas de plantas muito danificadas), não colete amostras no centro delas, pois a população de nematoides pode estar baixa devido à falta de alimento. Colete na periferia da área afetada, onde as plantas apresentam sintomas, mas ainda estão vivas.
  • Qualidade das raízes: Colete apenas raízes vivas e ativas.
  • Higiene: Use sacos plásticos limpos e resistentes. É fundamental limpar bem os equipamentos (enxada, pá) ao mudar de um talhão para outro para não haver contaminação cruzada.
  • Temperatura: Jamais deixe as amostras expostas ao sol ou em locais quentes, como dentro de um veículo fechado. A alta temperatura mata os nematoides e invalida a análise.

Manejo de Nematoides no Algodão: Estratégias Integradas

O controle de nematoides exige um conjunto de ações, conhecido como manejo integrado. Não existe uma solução única.

1. Prevenção: A Primeira Linha de Defesa

A medida mais importante é evitar a entrada de nematoides em áreas ainda não contaminadas. Para isso, limpe rigorosamente todos os implementos agrícolas (tratores, plantadeiras, grades) ao movê-los de um talhão para outro. Torrões de terra aderidos às máquinas são a principal forma de disseminação.

2. Manejo Cultural

  • Rotação de Culturas: Utilize a rotação de culturas com espécies que não são hospedeiras (ou são más hospedeiras) dos nematoides identificados na sua área. Culturas como crotalária e braquiária são excelentes opções para reduzir a população.
  • Controle de Plantas Daninhas: Muitas plantas daninhas servem como hospedeiras para nematoides na entressafra, mantendo a população alta. Mantenha a área limpa.
  • Nutrição Equilibrada: Plantas bem nutridas são mais tolerantes ao ataque de nematoides. Um sistema radicular forte e saudável consegue suportar melhor os danos.
  • Uso de Cultivares Tolerantes: Dê preferência a genótipos de algodão que apresentam algum nível de tolerância ou resistência aos nematoides predominantes na sua região.

3. Controle Biológico

O uso de bactérias e fungos nematófagos (que se alimentam de nematoides) é uma estratégia em crescimento. Já existem no mercado nematicidas biológicos registrados que podem ser aplicados via tratamento de sementes ou no sulco de plantio.

4. Controle Químico

O controle químico, com o uso de nematicidas, é outra ferramenta disponível. A aplicação pode ser feita no sulco de plantio ou em tratamento de sementes, protegendo a fase inicial da cultura.

Consulte sempre um engenheiro agrônomo para a recomendação do produto e dose corretos. Abaixo estão alguns produtos registrados no MAPA para o controle de nematoides no algodão.

uma tabela técnica detalhada sobre defensivos agrícolas, com foco principal em nematicidas. A tabela é organizNematicidas registrados para a cultura do algodão no Brasil, segundo o Mapa (Fonte: adaptado de Boletim P&D – IMAmt)

planilha de produtividade do algodão Aegro

Conclusão

O manejo eficaz de nematoides no algodão começa com o conhecimento. Lembre-se dos pontos-chave:

  • Principais Ameaças: As três espécies mais importantes no Brasil são o nematoide-das-galhas, o reniforme e o das lesões radiculares.
  • Danos Indiretos: A presença desses parasitas agrava doenças fúngicas causadas por Fusarium e Verticillium.
  • Diagnóstico é Essencial: Se suspeitar de problemas, realize a análise nematológica. Ela dirá exatamente com o que você está lidando.
  • Manejo Integrado: A melhor abordagem combina várias práticas. Prevenção, rotação de culturas, uso de cultivares tolerantes, controle biológico e químico são as ferramentas para proteger sua lavoura.

Com um diagnóstico correto e um plano de manejo bem executado, é possível minimizar os danos causados por esses parasitas e garantir a saúde e a produtividade do seu algodoeiro.


Glossário

  • Análise Nematológica: Exame laboratorial de amostras de solo e raízes para identificar as espécies de nematoides presentes e quantificar suas populações. É um diagnóstico essencial para definir a estratégia de manejo mais adequada.

  • Clorose: Amarelecimento das folhas da planta devido à falta de clorofila. É um sintoma comum do ataque de nematoides, pois as raízes danificadas não conseguem absorver os nutrientes necessários para a planta.

  • Fungos fitopatogênicos: Micro-organismos que causam doenças em plantas. Os ferimentos provocados pelos nematoides nas raízes funcionam como porta de entrada para esses fungos, agravando os danos na lavoura.

  • Galhas: Inchaços ou caroços que se formam nas raízes das plantas, sendo o principal sintoma do ataque do nematoide-das-galhas (Meloidogyne incognita). Essas estruturas prejudicam a absorção de água e nutrientes.

  • Manejo Integrado: Combinação de diferentes táticas de controle (preventivo, cultural, biológico e químico) para manter a população de nematoides abaixo do nível que causa prejuízo econômico, de forma sustentável.

  • Necrose: Morte de tecidos vegetais, que se manifesta como manchas escuras, secas ou apodrecidas nas raízes ou folhas. O ataque de nematoides e fungos associados causa necrose no sistema radicular.

  • Nematoides: Vermes microscópicos que vivem no solo. As espécies mencionadas no artigo são parasitas que se alimentam das raízes das plantas, causando danos diretos e indiretos que reduzem a produtividade.

  • Reboleiras: Áreas localizadas na lavoura onde as plantas estão visivelmente menos desenvolvidas, amareladas ou murchas, formando “manchas” irregulares. São um forte indicativo visual de alta infestação por nematoides.

Veja como o Aegro pode ajudar a superar esses desafios

Implementar um manejo integrado de nematoides, com todas as suas etapas – da amostragem à rotação de culturas e aplicação de defensivos –, é uma tarefa complexa que exige organização. Um software de gestão agrícola como o Aegro ajuda a centralizar o planejamento e o registro de todas as atividades no campo, criando um histórico detalhado por talhão. Isso facilita não apenas o acompanhamento do plano, mas também a tomada de decisão para safras futuras com base em dados concretos.

Além da organização operacional, controlar o impacto financeiro é crucial. Ao registrar os custos de nematicidas, mão de obra e outras operações, o produtor consegue analisar a rentabilidade de cada área e entender o retorno sobre o investimento das estratégias de manejo, garantindo que a proteção da lavoura também seja lucrativa.

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Perguntas Frequentes

Como posso diferenciar os sintomas de ataque de nematoides de uma simples deficiência nutricional na lavoura de algodão?

Embora os sintomas na parte aérea, como o amarelecimento das folhas (clorose), sejam semelhantes, a principal diferença está nas raízes. O ataque de nematoides causa sinais específicos como galhas (caroços), lesões escuras ou um sistema radicular pouco desenvolvido. Para um diagnóstico definitivo e descartar outras causas, a análise nematológica do solo e das raízes é indispensável.

Qual é a medida mais importante para evitar a infestação por nematoides em uma área de algodão ainda não contaminada?

A prevenção é a estratégia mais eficaz e econômica. A medida mais crucial é a limpeza rigorosa de máquinas e implementos agrícolas antes de movê-los de uma área para outra. Torrões de solo aderidos a tratores, plantadeiras e grades são a principal forma de disseminação de nematoides para talhões limpos.

Por que a profundidade de amostragem de solo para o nematoide-reniforme é diferente das outras espécies?

O nematoide-reniforme (Rotylenchulus reniformis) tem o hábito de se concentrar em camadas mais profundas do solo. Por isso, a coleta deve ser feita na faixa de 20 a 40 cm de profundidade para garantir sua correta detecção. Uma amostragem mais superficial, como a de 0 a 25 cm usada para outras espécies, poderia subestimar ou não detectar a presença dele, levando a um diagnóstico incorreto.

Quais culturas de rotação são mais eficazes para reduzir a população de nematoides no algodão?

Culturas que não são hospedeiras (ou são más hospedeiras) são as mais indicadas. Espécies como a crotalária (Crotalaria spectabilis) e algumas braquiárias são excelentes opções, pois atuam na redução da população de nematoides no solo. É fundamental evitar a sucessão com culturas suscetíveis, como a soja, que podem manter ou aumentar a infestação para a safra seguinte de algodão.

O uso de nematicidas químicos ou biológicos é suficiente para controlar totalmente os nematoides?

Não, o uso isolado de nematicidas não é uma solução completa e sustentável. Eles são uma ferramenta importante dentro do Manejo Integrado de Pragas (MIP), que combina diversas estratégias. O controle mais eficiente é alcançado ao aliar o uso de nematicidas com práticas como rotação de culturas, uso de cultivares tolerantes e controle de plantas daninhas.

Por que não devo coletar amostras no centro de uma reboleira muito afetada?

No centro de uma reboleira, onde as plantas estão severamente danificadas ou morrendo, a fonte de alimento para os nematoides (raízes vivas) é escassa. Consequentemente, a população de nematoides nesse ponto pode estar em declínio. Coletar na borda da reboleira, onde as plantas apresentam sintomas mas ainda estão vivas, garante uma amostra mais representativa da população ativa que está causando o dano.

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