Controlar todos os processos operacionais e administrativos da fazenda é um grande desafio, não é mesmo? Com as margens de lucro cada vez mais justas e o tempo sempre curto, a eficiência se tornou a palavra de ordem no campo.
Para alcançar essa eficiência, o caminho é ter uma gestão de primeira. É através dela que você identifica onde pode melhorar e, consequentemente, aumenta os resultados da sua empresa rural.
Neste artigo, vamos analisar os 7 erros mais comuns cometidos na gestão do agronegócio e mostrar como você pode começar a resolvê-los hoje mesmo.
O que é Gestão do Agronegócio, na Prática?
De forma direta, a gestão do agronegócio é a arte de usar os recursos da sua fazenda da melhor maneira possível para ter mais resultado. Isso inclui tanto os recursos financeiros (o dinheiro) quanto os operacionais (máquinas, pessoas, insumos).
Uma boa gestão envolve criar estratégias e usar soluções, muitas vezes tecnológicas, para otimizar cada etapa da produção, desde o plantio até a venda da colheita.
O gestor precisa ter o controle de tudo, desde o planejamento da safra até a comercialização. Além disso, ele deve estar sempre buscando maneiras de aprimorar os processos em toda a cadeia produtiva. Sabemos que não é uma tarefa simples, por isso vamos detalhar os pontos que mais exigem atenção.
7 Erros Mais Comuns na Gestão do Agronegócio
1. Falta de um Controle Financeiro Profissional
A gestão financeira é a base de toda a operação agrícola. Muitas fazendas ainda gerenciam o dinheiro olhando apenas o saldo na conta bancária, misturando os gastos pessoais dos donos com as despesas da empresa rural.
Esse hábito causa confusão nas contas e pode levar a decisões erradas. Além disso, impostos pagos por fazendas registradas apenas como pessoa física podem ser maiores do que os pagos por uma pessoa jurídica.
O controle do fluxo de caixa é essencial. Ele mostra a verdadeira saúde financeira do negócio, detalhando o balanço entre tudo que entra e tudo que sai de dinheiro.
Sua propriedade rural é um negócio e precisa ser tratada como tal. Isso exige uma administração financeira séria, com o apoio de ferramentas adequadas, como softwares de gestão. Ao registrar todos os gastos da fazenda ao longo da safra, o fluxo de caixa se torna uma ferramenta poderosa para planejar investimentos e novas aquisições com segurança.
2. Ausência de Controle Sobre os Custos do Maquinário
A gestão do maquinário é outro ponto crítico que merece sua atenção. Custos com reparos e manutenções precisam ser registrados toda vez que acontecem.
Muitas fazendas ainda não usam planilhas ou softwares para esse controle. Como resultado, decisões importantes sobre a otimização ou a compra de novos equipamentos são tomadas com base em “achismo” ou experiências passadas, sem dados concretos.
Registrar o custo por hora de cada trator, colhedora ou implemento ajuda a avaliar onde é possível reduzir despesas. Esses dados podem, por exemplo, mostrar que terceirizar parte de uma operação compensa mais do que comprar uma máquina nova.
Uma boa gestão de maquinário deve incluir:
- O registro do uso de cada máquina no campo.
- O monitoramento do histórico de atividades.
- O controle de abastecimentos e manutenções.
- A criação de alertas para revisões periódicas.
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3. Deixar a Gestão Operacional em Segundo Plano
A gestão das frotas em campo, o calendário de pulverizações, os dias disponíveis para plantio e colheita e a regulagem das semeadoras e colhedoras são detalhes operacionais que fazem toda a diferença.
Bons gestores monitoram as atividades no campo, listam as tarefas diárias e, o mais importante, verificam se elas foram cumpridas no prazo e com a máxima eficiência.
Anotações em cadernetas de papel ou informações que ficam apenas na cabeça dos operadores estão sujeitas a erros. Pior ainda, esses dados dificilmente podem ser analisados no futuro para identificar pontos de melhoria. Um operador pode não conseguir verificar todos os talhões e presumir que está tudo bem, enquanto um foco de pragas ou plantas daninhas começa a se espalhar sem ser visto.
Ferramentas como mapas de altimetria, de biomassa da vegetação ou até mesmo um registro do percurso da equipe no campo já ajudam os gestores a realizar manejos mais precisos e eficientes. Melhorar a gestão operacional impacta diretamente na otimização de todos os processos da fazenda.
4. Negligenciar a Gestão de Pessoas
O sucesso no campo depende diretamente das pessoas. Por isso, a gestão de pessoas é um pilar fundamental para o agronegócio.
Os gestores precisam saber como a equipe está executando as tarefas e cobrar resultados e comprometimento de todos. É crucial que os dados sobre as operações sejam coletados e analisados para evitar retrabalho, como a repetição desnecessária de um monitoramento ou de uma pulverização.
Os funcionários devem registrar seu trabalho diário para que os gestores possam avaliar e supervisionar o que já foi feito. Hoje, com softwares e telemetria, coletar esses dados é muito mais simples e confiável do que usar anotações em papel.
Quando toda a equipe, desde os funcionários de campo até a gestão, tem acesso aos dados, todos podem analisar o que está sendo feito e buscar melhorias para as próximas atividades.
5. Realizar Monitoramentos Pouco Eficientes
Não basta saber que você tem pragas ou perdas de produtividade na lavoura. É preciso quantificar exatamente o tamanho do prejuízo e definir a melhor forma de combatê-lo.
A Agricultura de Precisão e as ferramentas digitais permitem levantar dados detalhados sobre o que acontece em cada metro quadrado da sua área.
Com a tecnologia, é possível gerar monitoramentos e mapas de:
- Produtividade;
- Índices de biomassa (NDVI, NDRE, SAVI, etc.);
- Altimetria do terreno;
- Trajetos de máquinas e equipes;
- Incidência de pragas e doenças;
- Condutividade elétrica do solo;
- Fertilidade dos solos.
O monitoramento de pragas e doenças, por exemplo, já pode ser feito com imagens de satélite (biomassa) e aplicativos de celular que permitem georreferenciar as manchas de infestação na lavoura.
Com uma ferramenta como o Aegro, você pode criar relatórios de incidência, descobrir o momento ideal para pulverizar e, assim, reduzir custos com defensivos agrícolas.
O monitoramento do clima também é vital. Aplicativos como o Climatempo oferecem acesso à previsão do tempo e a dados como velocidade do vento, umidade e volume de chuva, informações essenciais para programar pulverizações e outras operações de campo com segurança e eficácia. Estações meteorológicas na própria fazenda, que hoje têm custos acessíveis, fornecem dados ainda mais precisos para a sua tomada de decisão.
6. Não Automatizar os Processos da Fazenda
Ter acesso rápido e seguro aos dados é fundamental. Os gestores e proprietários precisam consultar as informações da fazenda a qualquer hora e de qualquer lugar. Quando os dados estão espalhados em vários sistemas ou em papéis de forma desorganizada, a tomada de decisão fica lenta e arriscada.
A automação de rotinas e processos no campo é essencial para permitir análises futuras e otimizações. Anotações em papel devem ser evitadas, pois a informação pode se perder, ou o tempo de passá-la a limpo pode atrasar uma ação importante, como uma pulverização urgente.
Softwares de gestão como o Aegro permitem a coleta de dados diretamente no campo, mesmo sem internet (offline), facilitando o registro das atividades no dia a dia.
7. Deixar a Análise dos Resultados para Depois
O mercado já oferece ferramentas tecnológicas que centralizam todos os dados da fazenda, organizando-os em um único lugar. A partir daí, a análise se torna o passo mais importante.
- Relatórios financeiros mostram com clareza se é viável ou não fazer novos investimentos no próximo ano, ajudando a planejar as atividades futuras de forma mais assertiva.
- Relatórios de máquinas e custos operacionais apontam oportunidades de redução de custo e ajudam a escolher os equipamentos mais eficientes para cada operação.
- Mapas de produtividade, fertilidade, pragas e doenças indicam como manejar os insumos de forma localizada em cada talhão, aplicando apenas o necessário onde é necessário.
A análise dos resultados é tão importante quanto a coleta correta dos dados. É a partir dessa análise que as suas futuras decisões terão mais chances de sucesso.
Conclusão
Realizar uma boa gestão do agronegócio é um fator decisivo para o sucesso de todo o processo produtivo da fazenda.
Para que os gestores possam fazer seu trabalho da melhor maneira, é fundamental que todos os processos sejam documentados e organizados. Essa organização facilita a análise dos dados e a tomada de decisão estratégica.
Neste artigo, você viu como evitar os principais erros de gestão ao definir processos claros e contar com o apoio da tecnologia.
Lembre-se sempre: com uma coleta de dados bem-feita, as decisões tendem a ser muito mais eficientes e lucrativas!
Glossário
Agricultura de Precisão: Estratégia de gestão que utiliza tecnologias como GPS, sensores e drones para coletar e analisar dados da lavoura. Permite aplicar insumos (fertilizantes, defensivos) de forma localizada, otimizando recursos e aumentando a eficiência.
Custo operacional de maquinário: Cálculo que determina o valor gasto para operar uma máquina agrícola por um período, geralmente por hora. Este custo inclui despesas com combustível, manutenção, depreciação e mão de obra, sendo essencial para a gestão de frotas.
Fluxo de caixa: Ferramenta de gestão que registra todas as entradas e saídas de dinheiro da fazenda. É fundamental para avaliar a saúde financeira do negócio, permitindo um planejamento seguro de investimentos e despesas.
Georreferenciar: Associar coordenadas geográficas (latitude e longitude) a uma informação ou ponto específico no campo. Na prática, significa “colocar no mapa” a localização exata de uma praga, uma amostra de solo ou uma falha no plantio para manejo localizado.
Índices de biomassa (NDVI): Indicadores gerados a partir de imagens de satélite ou drones que medem a saúde e o vigor da vegetação. O NDVI, um dos mais comuns, ajuda a identificar rapidamente áreas da lavoura com problemas de desenvolvimento ou estresse.
Talhão: Subdivisão de uma área agrícola em lotes menores para facilitar o gerenciamento. Cada talhão é tratado como uma unidade de manejo individual, considerando suas características de solo, relevo e histórico de cultivo.
Telemetria: Tecnologia que coleta e transmite dados de máquinas em tempo real para um sistema central. Permite monitorar remotamente informações como velocidade, consumo de combustível e rota percorrida, otimizando a gestão das operações em campo.
Como superar esses erros de gestão com a ferramenta certa
A falta de um controle financeiro profissional e a dificuldade em organizar as operações de campo são, de fato, dois dos maiores desafios na gestão do agronegócio. Lidar com o fluxo de caixa, custos de maquinário e o planejamento das atividades em planilhas separadas ou cadernos de papel é uma receita para o retrabalho e decisões baseadas em “achismo”. A boa notícia é que a tecnologia pode unificar tudo isso.
Um software de gestão agrícola como o Aegro ataca esses problemas de frente. Ele centraliza as informações financeiras e operacionais em um só lugar, permitindo que você controle os custos de produção em tempo real e saiba exatamente a rentabilidade de cada talhão. Com o aplicativo de celular, sua equipe registra as atividades direto do campo — mesmo sem internet —, eliminando a papelada e garantindo que o planejamento seja seguido à risca.
Que tal deixar os erros de gestão no passado e começar a tomar decisões baseadas em dados concretos?
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Perguntas Frequentes
Qual é o primeiro passo prático para profissionalizar a gestão financeira de uma fazenda?
O primeiro e mais crucial passo é separar completamente as finanças pessoais das finanças da empresa rural. Crie contas bancárias distintas e comece a registrar todas as entradas e saídas de dinheiro em um fluxo de caixa dedicado à fazenda. Essa organização inicial é a base para qualquer análise de lucratividade e planejamento futuro.
Qual a principal vantagem de usar um software de gestão agrícola em vez de planilhas?
A principal vantagem é a integração e a automação. Enquanto planilhas exigem atualização manual e podem gerar erros, um software centraliza dados financeiros, operacionais e de maquinário em um único lugar. Isso permite análises em tempo real, acesso offline no campo e relatórios automáticos, tornando a tomada de decisão mais rápida e segura.
É possível fazer uma gestão de maquinário eficiente sem investir em telemetria cara?
Sim, é totalmente possível. O essencial é criar o hábito de registrar os dados básicos para cada máquina: horas trabalhadas, abastecimentos e manutenções realizadas. Isso pode ser feito em um software de gestão com aplicativo de celular, que tem um custo muito menor que a telemetria e já fornece informações valiosas para calcular o custo operacional e programar revisões.
Como o monitoramento por imagens de satélite (NDVI) ajuda a reduzir custos na prática?
O monitoramento com índices de biomassa, como o NDVI, permite identificar zonas com problemas de desenvolvimento na lavoura antes mesmo de serem visíveis a olho nu. Com essa informação, é possível direcionar a equipe de campo para investigar apenas os pontos críticos e aplicar defensivos ou fertilizantes de forma localizada, economizando insumos e tempo.
De que forma uma boa gestão de pessoas evita o retrabalho no campo?
Uma boa gestão de pessoas, apoiada por ferramentas digitais, garante que todas as tarefas sejam registradas e compartilhadas com a equipe. Quando um operador registra um monitoramento de pragas em um talhão, por exemplo, o gestor e os outros colegas veem essa informação em tempo real. Isso evita que outra pessoa seja enviada para fazer a mesma tarefa, otimizando o tempo e os recursos.
Por que é importante analisar os resultados da safra assim que ela termina?
Analisar os resultados imediatamente após a colheita transforma dados em inteligência para a próxima safra. Isso permite identificar quais talhões foram mais ou menos lucrativos, entender o custo de produção real e avaliar o desempenho de cada máquina. Deixar essa análise para depois significa começar o novo planejamento com base em “achismo” e não em informações concretas, repetindo possíveis erros.
Qual a diferença entre a gestão operacional e a gestão financeira no agronegócio?
A gestão operacional foca nas atividades do dia a dia no campo, como plantio, pulverização e colheita, buscando máxima eficiência. Já a gestão financeira cuida do dinheiro, controlando custos, receitas e fluxo de caixa. Elas são interdependentes: uma operação bem executada reduz custos, impactando positivamente o financeiro, enquanto um bom controle financeiro permite investir em melhores operações.
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