Para garantir uma alta produtividade no seu canavial, você sabe que a adubação correta é fundamental. Entre os nutrientes essenciais, o fósforo (P) se destaca como um dos mais importantes para a cana-de-açúcar, mas também um dos mais desafiadores de manejar nos solos brasileiros.
O uso correto de fertilizantes fosfatados pode aumentar significativamente a produção de colmos e o rendimento de açúcar da sua lavoura. No entanto, muitas dúvidas surgem na hora de planejar essa adubação.
Para te ajudar, reunimos neste guia as informações mais importantes sobre o manejo do fósforo. Com este conhecimento, você poderá realizar a fosfatagem de forma mais econômica, eficiente e aumentar a produtividade do seu canavial. Vamos lá!
A Importância do Fósforo para as Plantas
O fósforo é um macronutriente, o que significa que as plantas precisam dele em grandes quantidades para se desenvolverem de forma saudável. Ele é um dos pilares da nutrição vegetal.
Veja algumas das principais funções do fósforo nas plantas:
- Energia: Essencial para os processos de fotossíntese e respiração, que geram energia para a planta.
- Estrutura: Participa da formação de proteínas e atua diretamente na divisão celular, permitindo o crescimento da planta.
- Enraizamento: Estimula o crescimento e a formação de um sistema radicular forte e profundo, principalmente no início do desenvolvimento.
- Desenvolvimento Geral: Atua no crescimento das células e nos processos de transferência e armazenamento de energia.
Entendendo essas funções, fica mais fácil prever o que acontece quando falta fósforo no canavial.
Sintomas da Deficiência de Fósforo na Cana-de-Açúcar
Quando há falta de fósforo, o primeiro sintoma visível é um crescimento retardado da lavoura.
Uma característica importante é que o fósforo é móvel dentro da planta, ao contrário do que acontece no solo. Isso significa que, quando falta o nutriente, a planta o transfere das folhas mais velhas para as áreas de crescimento mais novas.
Por isso, os sintomas de deficiência aparecem primeiro nas folhas mais velhas. Fique atento a estes sinais:
- Escurecimento ou coloração roxa/avermelhada nas folhas mais velhas.
- Colmos mais finos e curtos.
- Folhas mais estreitas e curtas.
- Baixo perfilhamento: significa a formação de poucos brotos novos na base da planta.
(Fonte: Foto de J. Orlando Filho em Encarte do Informações Agronômicas)
Agora, vamos entender como o fósforo se comporta no solo para planejar o manejo.
Como o Fósforo se Comporta no Solo: Conceitos Essenciais
No solo, o fósforo existe em duas formas principais:
- Orgânico: Originado de restos de plantas, palhada e microrganismos.
- Inorgânico: Presente nos minerais do solo. Pode estar “fixado” (preso e indisponível) ou na solução do solo (disponível para as raízes absorverem).
O fósforo é um nutriente pouco móvel no solo, e os solos brasileiros, em sua maioria, são naturalmente deficientes em P.
A baixa mobilidade ocorre porque ele reage fortemente com partículas de ferro, alumínio e argila, formando compostos que a planta não consegue absorver. Chamamos isso de fixação do fósforo no solo. Por causa desse fenômeno, o aproveitamento do fósforo aplicado via adubação é baixo, ficando entre 10% a 25%.
É por isso que, mesmo que a planta precise de menos fósforo do que nitrogênio (N) e potássio (K), as fórmulas de adubo NPK muitas vezes contêm uma alta concentração de P.
Exemplo de fórmula NPK: 5-30-15 Este adubo contém 5% de nitrogênio (N), 30% de pentóxido de fósforo (P₂O₅) e 15% de óxido de potássio (K₂O). A alta quantidade de fósforo serve para compensar a baixa disponibilidade natural e a forte fixação que ocorre no nosso solo.
Uma boa notícia é que o fósforo que já está fixado no solo pode ser liberado com práticas de correção do solo, como a calagem, que ajusta o pH e melhora a disponibilidade de nutrientes.
Fosfatagem em Cana-de-Açúcar: O Papel Central do Fósforo
A fosfatagem (prática de aplicar fósforo para corrigir a deficiência no solo) tem um papel crucial no desenvolvimento do canavial. O fósforo é absorvido pelas raízes na forma de íon ortofosfato (H₂PO₄⁻), sendo vital para a brotação da planta.
A falta desse nutriente limita o crescimento e afeta a produtividade. Estudos mostram que a adubação com fósforo aumenta a produção de toneladas de cana por hectare (TCH), embora não cause um aumento direto no teor de Açúcar Total Recuperável (ATR). Ou seja, o ganho em açúcar vem do maior volume de colmos colhidos.
Além disso, bons níveis de fósforo na cana melhoram a qualidade para a indústria, pois reduzem a necessidade de adicionar ácido fosfórico no processo de clarificação do caldo.
O estudo abaixo demonstra como a aplicação de doses crescentes de P₂O₅ aumentou a produção de colmos e o rendimento de açúcar.
Produção de colmos de cana-planta, cultivar IAC 95-5000, em função da aplicação de doses de P₂O₅ utilizando fertilizante organomineral
(Fonte: Teixeira et al., 2014)
O gráfico a seguir mostra a extração acumulada dos principais macronutrientes pela cana-planta.
(Fonte: Yara adaptado de Oliveira, 2011)
Para entender melhor:
- Cana-planta: É como chamamos a cana do plantio até o primeiro corte.
- Cana-soca: Como a cana fica no campo por 4 a 6 anos, do segundo corte em diante ela é chamada de cana-soca.
Para fornecer a quantidade certa de fósforo, o primeiro passo é a análise de solo.
Interpretando os Níveis de Fósforo na sua Análise de Solo
Os solos tropicais do Brasil geralmente apresentam deficiência de fósforo devido à alta fixação. Por isso, a análise de solo é uma ferramenta indispensável para conhecer os níveis de P na sua área. Lembre-se de enviar as amostras para laboratórios credenciados.
A tabela abaixo serve como referência para interpretar os níveis de macro e micronutrientes para a cultura da cana.
(Fonte: Tabela adaptada do livro Adubação da cana-de-açúcar: 30 anos de experiência, Penatti, 2013)
Com a análise em mãos, o próximo passo é definir a recomendação de adubação.
Recomendações de Fósforo em Cana-de-Açúcar para Aumentar a Produção
Uma estratégia comum é aplicar de uma só vez, no plantio da cana-planta, toda a quantidade de fósforo que será necessária para os próximos 5 cortes. Essa aplicação é feita a lanço, antes do plantio, buscando criar uma reserva do nutriente no solo para todo o ciclo.
Contudo, essa abordagem eleva bastante os custos de implantação do canavial. É fundamental incluir esse investimento no seu planejamento agrícola para avaliar a viabilidade financeira.
Outras opções incluem:
- Adubação no sulco: Aplicar uma dose superior de fósforo no sulco de plantio. Isso pode funcionar como uma forma de fosfatagem, mas não promove a exploração de um volume maior de solo pelas raízes.
- Adubação parcelada: Diluir a dose de fosfatagem ao longo dos anos, aplicando também na cana-soca. Isso reduz o custo inicial, mas deve ser bem planejado.
Avalie qual manejo é mais compatível com seus objetivos e seu capital disponível.
Adubação Fosfatada para Cana-Planta
A tabela a seguir, do Boletim 100 do IAC, apresenta as recomendações de adubação para a cana-planta.
Recomendação de adubação fosfatada para cana-planta
(Fonte: Boletim 100 IAC)
Adubação Fosfatada para Cana-Soca
Para a cana-soca, a estratégia depende muito da análise de solo da soqueira. Muitas vezes, se o nível de fósforo está próximo do adequado, a aplicação de calcário já ajuda a liberar o fósforo fixado no solo, suprindo a necessidade da planta.
Aplicar fósforo na cana-soca pode ser uma forma de diluir os custos de implantação do canavial. No entanto, existe uma tendência de maior fixação do nutriente nessas aplicações. Por isso, conhecer bem o seu solo e ter um planejamento detalhado é a chave para decidir o que mais compensa.
Adubação Fosfatada para Cana-Soca
Veja a tabela de recomendação para a cana-soca, também do Boletim 100 do IAC.
Recomendação de adubação fosfatada para cana-soca
(Fonte: Boletim 100 IAC)
Lembre-se sempre de consultar um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) para te auxiliar na recomendação e na execução dessa prática.
O que é Fosfatagem e Como Utilizá-la a seu Favor
Fosfatagem: é a prática agrícola de aplicar fósforo para elevar os níveis desse nutriente no solo, corrigindo deficiências e criando uma reserva para as plantas.
Para a cana-de-açúcar, a regra geral é: se na análise de solo o teor de P (analisado em resina) estiver abaixo de 10-15 mg/dm³, a fosfatagem é recomendada.
Fosfatagem no Plantio da Cana
A recomendação é realizar a fosfatagem a lanço e incorporar o adubo próximo ao plantio. Mesmo que você já aplique um fertilizante NPK no sulco, a fosfatagem corretiva é necessária se o solo estiver com níveis baixos de P.
A escolha do fertilizante é crucial. Dois dos mais utilizados são:
- Superfosfato Simples (SSP): Além de fósforo, fornece enxofre e cálcio. Tem liberação de curto prazo, com durabilidade de cerca de 2 anos.
- Fosfato Natural Reativo (FNR): Possui cerca de 29% de P e sua principal vantagem é a liberação gradual, tanto a curto quanto a longo prazo. Isso é ideal para culturas semi-perenes como a cana, pois o nutriente continua sendo liberado no terceiro ou quarto ano após a aplicação.
Existem muitos outros fertilizantes fosfatados disponíveis. O fluxograma abaixo ilustra a cadeia de produção desses insumos.
(Fonte: Dias e Fernandes (2006) em BNDES)
Vamos conhecer melhor os principais tipos de fertilizantes fosfatados.
Principais Fertilizantes Fosfatados
Fosfato de Amônio
Produzido a partir da reação de amônia com ácido fosfórico, é muito utilizado nas indústrias para formular misturas NPK.
- Fosfato Diamônio (DAP): Contém 16% de N e 38% a 40% de P₂O₅.
- Fosfato Monoamônico (MAP): Contém 10% de N e 46% a 50% de P₂O₅.
Superfosfato Simples (SSP)
Concentração de 16% a 18% de P₂O₅, 10% a 12% de enxofre e 18% a 20% de cálcio.
Superfosfato Triplo (TSP)
Tem concentração de 41% a 46% de P₂O₅ e 7% a 12% de cálcio. É mais concentrado em fósforo que o SSP.
Termofosfato
Possui cerca de 8% de P₂O₅, 9% de magnésio (Mg), 20% de cálcio (Ca) e 25% de silicato (SiO₄).
(Fonte: Agronomia com Gismonti)
A escolha do fertilizante é apenas um dos fatores que determinam o sucesso da adubação.
Fatores que Afetam a Eficiência dos Fertilizantes e Corretivos
Segundo a ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos), diversos fatores influenciam o aproveitamento dos fertilizantes na sua lavoura.
Fatores Diretos
- Qualidade dos produtos: Fertilizantes e corretivos de boa qualidade garantem as concentrações corretas de nutrientes.
- Características do solo: Textura, teor de matéria orgânica e pH influenciam diretamente a disponibilidade dos nutrientes.
- Época e forma de aplicação: Aplicar no momento certo e da maneira correta (a lanço, no sulco) maximiza o aproveitamento.
- Uniformidade da distribuição: Uma aplicação bem distribuída garante que todas as plantas recebam a dose correta.
- pH do solo: A faixa de pH ideal (geralmente entre 6,0 e 6,5) é crucial para que os nutrientes fiquem disponíveis para as plantas.
(Fonte: Malavolta, 1979 em Agronomia com Gismonti)
- Equilíbrio nutricional (Lei do Mínimo de Liebig): De nada adianta fornecer muito de um nutriente se outro estiver em falta. A produtividade é limitada pelo nutriente que está em menor quantidade, como mostra a imagem do barril abaixo.
(Fonte: IB USP adaptado de Lepch, 1976)
Fatores Indiretos
- Umidade do solo
- Espécie e cultivar da planta
- Práticas de conservação do solo
Além dos fertilizantes comerciais, resíduos da indústria sucroenergética também podem ser grandes aliados.
Aproveitando a Torta de Filtro para a Adubação Fosfatada
A torta de filtro é um resíduo rico em matéria orgânica e nutrientes, gerado na filtração do caldo de cana. Ela contém cerca de 1,2% a 1,8% de fósforo e pode substituir ou complementar a adubação fosfatada mineral.
Estudos comprovam que a aplicação de torta de filtro aumenta a produtividade de colmos. O gráfico abaixo mostra esse efeito positivo.
(Fonte: FRAVET et al., 2010)
Além do ganho de produtividade, a torta de filtro aumenta os teores de Cálcio (Ca) e Fósforo (P) no solo, com melhorias observadas até nas camadas mais profundas (20-40 cm).
O Uso da Vinhaça e sua Relação com o Fósforo
A vinhaça é o resíduo que sobra da destilação do caldo para a produção de etanol. Ela é extremamente rica em matéria orgânica e potássio, mas também contém quantidades importantes de nitrogênio, fósforo, cálcio e magnésio. Por isso, é amplamente utilizada na fertirrigação dos canaviais.
A fórmula abaixo pode ser usada para calcular a dose correta de vinhaça a ser aplicada na sua lavoura.
(Fonte: Única – Estado da arte da Vinhaça)
Conclusão
Neste guia, vimos a importância do fósforo para a produtividade da cana-de-açúcar, como identificar sua deficiência e, principalmente, como manejar a adubação fosfatada de forma eficiente.
Entendemos como o fósforo se comporta no solo e na planta, e exploramos estratégias para a fosfatagem em cana-planta e cana-soca. Também discutimos como resíduos valiosos, como a torta de filtro e a vinhaça, podem ser integrados ao seu manejo nutricional.
Lembre-se: o segredo para obter resultados comprovados é o planejamento. Comece com a análise de solo para conhecer sua área, escolha o fertilizante e o método de aplicação mais adequados para sua realidade e, assim, alcance produtividades cada vez maiores
Glossário
ATR (Açúcar Total Recuperável): Principal indicador da qualidade da cana-de-açúcar, medindo a quantidade de açúcar que pode ser extraída industrialmente. O fósforo aumenta o volume de cana (TCH), mas não eleva diretamente o teor de ATR.
Cana-planta e Cana-soca: Termos que definem o estágio do canavial. Cana-planta é o ciclo do plantio até o primeiro corte, enquanto cana-soca refere-se aos cortes seguintes da mesma planta, que rebrota por vários anos.
Fixação do Fósforo: Processo químico no qual o fósforo se liga a partículas do solo (como argila, ferro e alumínio), tornando-se indisponível para a absorção pelas plantas. É o principal motivo pelo qual a adubação fosfatada precisa ser bem planejada.
Fosfatagem: Prática de adubação corretiva que consiste na aplicação de fósforo para elevar seus níveis no solo. O objetivo é criar uma reserva do nutriente para as plantas, especialmente em solos com deficiência severa.
Perfilhamento: Capacidade da planta de emitir novos brotos a partir de sua base, formando a touceira. A deficiência de fósforo causa baixo perfilhamento, resultando em menos colmos por área e menor produtividade.
TCH (Toneladas de Cana por Hectare): Unidade de medida usada para expressar a produtividade agrícola do canavial. Indica quantas toneladas de colmos foram colhidas em uma área de um hectare (10.000 m²).
Torta de Filtro: Resíduo orgânico rico em nutrientes, gerado na filtração do caldo de cana na usina. É um excelente fertilizante, podendo substituir parte da adubação fosfatada mineral.
Vinhaça: Resíduo líquido resultante da destilação do caldo de cana para produção de etanol. É muito rica em potássio e matéria orgânica, sendo reaproveitada na lavoura através da fertirrigação.
Como a tecnologia ajuda a otimizar a adubação e os custos
Planejar a estratégia de fosfatagem, seja ela concentrada no plantio ou parcelada, exige um controle financeiro rigoroso para não comprometer a rentabilidade do canavial. Avaliar o alto custo de implantação e acompanhar cada gasto com insumos e operações é fundamental. Um software de gestão agrícola como o Aegro centraliza essas informações, permitindo que você compare o orçamento planejado com os custos reais e entenda a viabilidade de cada manejo. Com relatórios claros, fica mais fácil decidir a melhor abordagem para o seu capital disponível, garantindo uma adubação eficiente e lucrativa.
Quer ter mais segurança no seu planejamento agrícola e financeiro?
Experimente o Aegro gratuitamente e transforme os dados do seu canavial em decisões mais inteligentes.
Perguntas Frequentes
Por que as fórmulas de adubo NPK para cana-de-açúcar costumam ter tanto fósforo (P)?
Isso ocorre por causa da alta “fixação do fósforo” nos solos brasileiros, onde o nutriente se liga ao ferro e alumínio, ficando indisponível para as plantas. A alta concentração de P no adubo serve para compensar essa baixa eficiência de aproveitamento (geralmente de 10% a 25%), garantindo que uma quantidade suficiente chegue às raízes da cana.
A adubação com fósforo aumenta o teor de açúcar (ATR) da cana?
Não diretamente. O principal impacto do fósforo é no aumento da produtividade agrícola (TCH – Toneladas de Cana por Hectare), estimulando o enraizamento, o perfilhamento e o crescimento dos colmos. O ganho total de açúcar por área aumenta porque se colhe mais cana, mas o percentual de açúcar em cada colmo (ATR) não sofre alteração significativa.
Qual é o melhor momento para realizar a fosfatagem corretiva no canavial?
A estratégia mais comum é realizar a fosfatagem a lanço de uma só vez, antes do plantio da cana-planta. Essa aplicação visa criar uma reserva de fósforo no solo para todo o ciclo da cultura, que dura cerca de cinco anos. Outra opção é a adubação parcelada, aplicando também na cana-soca para diluir os custos iniciais.
Como a calagem ajuda na disponibilidade de fósforo no solo?
A calagem corrige a acidez do solo, elevando o pH para uma faixa ideal (entre 6,0 e 6,5). Nessa condição, a atividade do alumínio e do ferro, que são os principais responsáveis por prender o fósforo, é reduzida. Com isso, tanto o fósforo já presente no solo quanto o aplicado via adubação ficam mais disponíveis para a absorção pelas raízes.
Posso substituir totalmente a adubação mineral com fósforo pela torta de filtro?
A torta de filtro é uma excelente fonte orgânica de fósforo, podendo substituir uma parte significativa ou até toda a adubação mineral, dependendo do caso. Para isso, é essencial realizar uma análise da composição da torta e do solo para calcular a dose correta que atenda à demanda da cultura, garantindo um balanço nutricional adequado.
Quais são os primeiros sinais de deficiência de fósforo que posso observar na minha lavoura de cana?
Os primeiros sintomas aparecem nas folhas mais velhas, que podem apresentar uma coloração escura, roxa ou avermelhada. Isso ocorre porque o fósforo é móvel dentro da planta e é transferido para as partes mais novas. Outros sinais incluem crescimento lento da lavoura, colmos mais finos e curtos, e baixo perfilhamento (formação de poucos brotos).
Artigos Relevantes
- Adubo para cana: principais recomendações para alta produtividade: Este artigo é o complemento mais lógico, pois expande o foco do Fósforo (P) para o manejo nutricional completo da cana, incluindo Nitrogênio (N), Potássio (K) e micronutrientes. Ele situa a importância da fosfatagem, detalhada no artigo principal, dentro de um programa de adubação equilibrado (NPK), oferecendo ao leitor uma visão holística e prática para a nutrição do canavial.
- Como plantar cana-de-açúcar para altas produtividades: Enquanto o artigo principal foca no ‘o quê’ da fosfatagem, este artigo detalha o ‘quando’ e ‘como’ de toda a operação de plantio. Ele aborda a preparação do solo, incluindo calagem e gessagem (práticas que o artigo principal aponta como cruciais para a disponibilidade de P), fornecendo o contexto operacional indispensável para a aplicação correta das recomendações de adubação.
- Soqueira da cana-de-açúcar: 5 dicas para garantir mais rentabilidade: O artigo principal menciona brevemente a adubação da cana-soca, mas este candidato aprofunda-se no manejo completo da soqueira, que constitui a maior parte do ciclo de vida do canavial. Ele discute práticas como controle de daninhas e compactação, que impactam diretamente a eficiência da absorção de nutrientes (incluindo o fósforo residual) e a longevidade do investimento feito na fosfatagem inicial.
- Plantação de cana-de-açúcar: Maior produtividade e ponto ótimo da renovação: Este artigo aborda a dimensão econômica e estratégica que complementa a recomendação técnica do artigo principal sobre a aplicação de fósforo para todo o ciclo. Ele ensina como calcular o ‘ponto ótimo de renovação’, permitindo ao produtor avaliar financeiramente até quando o investimento inicial na adubação se sustenta, conectando o manejo agronômico a uma decisão de negócio crucial.
- Como fazer o melhor manejo da broca da cana-de-açúcar: Este artigo é essencial pois trata da proteção do investimento realizado na adubação. O objetivo da fosfatagem é aumentar o TCH e a qualidade da matéria-prima, e a broca-da-cana ataca diretamente esses ganhos. Apresentar o manejo da principal praga da cultura ensina o leitor a proteger o potencial produtivo que ele buscou ao seguir as recomendações de nutrição do artigo principal.