Ferrugem Asiática na Soja: Guia Completo de Identificação e Manejo

Engenheira agrônoma, mestre e doutora em Fitopatologia.
Ferrugem Asiática na Soja: Guia Completo de Identificação e Manejo

A ferrugem asiática é uma das doenças da soja mais devastadoras no Brasil. Sem o manejo correto, ela pode derrubar a produtividade da sua lavoura em uma faixa que vai de 10% a preocupantes 90%.

Os custos para controlar a doença podem ser altos, principalmente quando o produtor não utiliza estratégias integradas e um monitoramento constante. Para proteger sua safra e seu investimento, é fundamental entender o comportamento do fungo e aplicar as táticas de manejo mais eficazes.

Neste guia, vamos detalhar como você pode monitorar sua área, identificar as condições que favorecem a doença e aplicar as melhores estratégias para reduzir os danos na sua lavoura de soja.

O que Causa a Ferrugem Asiática da Soja?

A ferrugem-asiática da soja é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Uma característica importante deste fungo é que ele só sobrevive e se multiplica em plantas vivas. A doença pode aparecer em qualquer estádio de desenvolvimento da cultura, começando geralmente pelas folhas mais baixas da planta, conhecidas como “baixeiro”.

Onde o Fungo se Esconde: Plantas Hospedeiras

O Phakopsora pachyrhizi não ataca apenas a soja. Ele tem uma grande variedade de hospedeiros, o que dificulta seu controle. São cerca de 150 espécies de leguminosas da família Fabaceae que podem abrigar o fungo, incluindo culturas comuns como o feijão e a soja-perene.

Além disso, algumas plantas daninhas também servem como hospedeiras alternativas durante a entressafra, mantendo o fungo vivo no campo. Por isso, o monitoramento e controle dessas plantas é crucial para evitar que o fungo sobreviva para a próxima safra.

As principais plantas daninhas que servem de “ponte verde” para a ferrugem são:

  • Corda-de-viola (Ipomoea spp.)
  • Leiteira (Euphorbia heterophylla)
  • Kudzu (Pueraria montana), especialmente na região Sul.
  • Beiço-de-boi (Desmodium purpureum), importante no Centro-Oeste e Sul.

montagem composta por oito fotografias que ilustram diferentes espécies e características da planta conhecida Algumas espécies de Ipomea spp. encontradas nas regiões de cultivo de soja no Brasil (Fonte: Bandeira e colaboradores, 2019)

Esta imagem é uma composição de três fotografias que ilustram a planta Kudzu (Pueraria montana), uma espécie de trepadeira le Kudzu é uma espécie de trepadeira perene que pode alcançar 30 metros de altura (à esquerda). Aspecto visual das folhas e flores de Desmodium purpureum (à direita) (Fonte: Webster e colaboradores; Agrolink, 2021)

A ferrugem asiática chegou à América do Sul em 2001, no Paraguai. Poucos meses depois, foi detectada pela primeira vez no Brasil, no estado do Paraná, e hoje está presente em todas as regiões produtoras do país.

Como Identificar a Ferrugem Asiática: Sintomas e Sinais de Alerta

A identificação precoce da ferrugem é um desafio. Os sintomas começam nas folhas inferiores e, diferente de ferrugens em outras culturas, o esporo inicial da ferrugem na soja tem uma cor mais clara, o que dificulta a visualização no início.

O desenvolvimento dos sintomas segue estas etapas:

  1. Início Discreto: Pequenos pontos escuros surgem na folha, com pequenas elevações (saliências) na parte de baixo (face inferior).
  2. Evolução Visível: Com o passar dos dias, esses pontos ficam castanhos e formam pequenas estruturas parecidas com poros (urédias), que liberam novos esporos no ambiente, espalhados principalmente pelo vento.
  3. Confirmação Tátil: Finalmente, os esporos ganham uma cor bege ou alaranjada. Neste estágio, é possível senti-los ao passar o dedo na folha e vê-los com mais clareza usando uma lupa de bolso.

As folhas infectadas tendem a ficar mais escuras que as sadias, com uma coloração que varia de verde-acinzentado no início para castanho-escuro com o avanço da doença.

uma folha de soja em close-up, severamente afetada pela ferrugem asiática, uma das doenças mais prejudiciais p (Fonte: Diário de Agrônomo)

Atenção: Se você notar que as folhas estão ficando amareladas com pontos castanho-claros, a ferrugem provavelmente já está instalada na lavoura há mais de 30 dias. Esse tempo avançado dificulta a eficácia do controle químico e aumenta significativamente os prejuízos.

Quando a doença atinge uma alta densidade de lesões, as folhas amarelam e caem prematuramente (desfolha). Essa perda de folhas prejudica diretamente a formação e o enchimento das vagens, afetando a qualidade e o peso dos grãos. O resultado final é uma queda drástica na sua produtividade.

Por isso, o monitoramento constante da lavoura, o acompanhamento dos focos na sua região e a atenção às condições climáticas são essenciais para decidir o momento certo da aplicação de defensivos.

Lembre-se que a ferrugem asiática é causada por uma população de patógenos que pode gerar várias novas populações no mesmo ciclo da cultura, acelerando os danos. A aplicação de fungicidas deve ser feita no momento ideal, quando a população do fungo ainda não é muito alta, para evitar “escapes” que favorecem a seleção de fungos resistentes aos produtos.

O Ciclo da Doença: Condições Ideais para a Ferrugem se Espalhar

Os esporos da ferrugem são transportados de um lugar para outro principalmente pelo vento, podendo percorrer longas distâncias: até 3 metros por dia e impressionantes 96 quilômetros por semana.

Plantas voluntárias de soja (tiguera) e outras plantas hospedeiras são a principal fonte de inóculo – ou seja, a fonte do fungo que inicia a doença – para os novos plantios de soja.

infográfico detalhado que ilustra o ciclo de vida da ferrugem asiática da soja, uma importante doença que afeta (Fonte: Reis e Carmona)

Para que o fungo consiga infectar a planta, algumas condições climáticas são necessárias:

  • Água na folha: É preciso ter água livre sobre a superfície da folha por um período mínimo de seis horas.
  • Temperatura ideal: A faixa de temperatura mais favorável para a infecção fica entre 15°C e 25°C.
  • Chuvas: Períodos chuvosos favorecem a doença, pois mantêm as folhas úmidas por mais tempo.

Em temperaturas mais amenas (abaixo de 10°C) ou mais quentes (acima de 27°C), o fungo precisa de um período maior de molhamento foliar, cerca de oito horas, para conseguir infectar.

Embora os sintomas possam aparecer em qualquer fase da soja, a maior incidência ocorre a partir do fechamento das entrelinhas. Isso acontece porque, quando as plantas crescem e suas folhas se tocam, criam um microclima com mais umidade e sombra, protegendo os esporos da radiação solar e favorecendo o desenvolvimento da doença.

Além disso, o estresse hídrico (falta de água para a planta) pode intensificar os danos causados pela ferrugem na lavoura.

6 Dicas para Combater a Ferrugem Asiática da Soja

Agora que você já conhece melhor a doença, veja as principais estratégias para reduzir seus danos na lavoura.

1. Vazio Sanitário

O vazio sanitário é a prática mais importante para quebrar o ciclo da ferrugem. Consiste em um período mínimo de 90 dias sem plantas de soja vivas no campo, sejam elas cultivadas ou voluntárias (tiguera).

Como o fungo só sobrevive em plantas hospedeiras vivas, o vazio sanitário reduz drasticamente a quantidade de esporos no ambiente. O resultado é um atraso na chegada da doença na safra seguinte, o que pode diminuir a necessidade de aplicações de fungicidas e, consequentemente, reduzir a pressão de seleção de fungos resistentes.

Confira o calendário do vazio sanitário para o seu estado:

infográfico em formato de tabela que detalha os períodos de vazio sanitário para a cultura da soja em diver infográfico em formato de tabela que detalha os períodos de semeadura de soja em diferentes estados bra (Fonte: Godoy e colaboradores)

2. Cultivares Precoces e Calendarização da Semeadura

Plantar a soja logo no início da época recomendada é uma estratégia eficaz para “fugir” do pico de pressão da doença. Essa prática, conhecida como calendarização da semeadura, estabelece uma data limite para o plantio na safra.

Ao evitar a semeadura tardia, você impede que a sua lavoura receba uma alta carga de inóculo nos estágios iniciais, o que forçaria o desenvolvimento precoce da doença e a necessidade de mais aplicações de fungicidas. O objetivo é reduzir o número de pulverizações e a seleção de fungos resistentes.

uma tabela detalhada intitulada ‘PERÍODO DE SEMEADURA’, que funciona como um calendário agrícola para diversos recorte de uma tabela informativa que lista os períodos de uma janela agrícola para diferentes estados bras (Fonte: Mapa)

Novidade para o RS: Para a safra 21/22, o Rio Grande do Sul passou a ter um calendário de semeadura, que vai de 13 de setembro a 31 de janeiro de 2022. Após a colheita, o estado deve cumprir o vazio sanitário até 13 de setembro de 2022.

3. Monitoramento de Focos na Região de Cultivo

Monitorar sua lavoura de perto é fundamental para definir o momento certo de agir. Siga estes passos:

  1. Inspecione o Baixeiro: Comece a observação pelas folhas da parte inferior da planta.
  2. Procure Pontos Escuros: Verifique a parte de cima (face superior) das folhas em busca de pequenas manchas escuras.
  3. Use uma Lupa: Com uma lupa, observe a parte de baixo (face inferior) da folha. Procure por pequenas saliências, com aspecto de “vulcãozinho”.

Esta imagem é uma composição de cinco fotografias em close-up que ilustram diferentes estágios e severidades de uma doença fú Urédias da ferrugem asiática da soja em diferentes fases. Quanto mais clara a lesão, maior a presença de esporos de ferrugem. (Fonte: Koga e colaboradores)

Se tiver dúvidas, procure uma clínica fitopatológica ou um engenheiro-agrônomo para ajudar no diagnóstico.

Uma ferramenta poderosa é o Consórcio Antiferrugem, que monitora em tempo real os focos da doença em todo o Brasil. Você pode acessar o mapa para ver onde a doença já foi reportada e registrar ocorrências em sua propriedade, ajudando outros produtores a ficarem em alerta.

mapa digital do Brasil, parte de uma plataforma de monitoramento agrícola, possivelmente para o controle de Registros de presença de esporos já foram relatados no Brasil (representados pelos círculos cinzas), correspondendo ao estado do Paraná (Fonte: Consórcio antiferrugem)

4. Controle Químico

O controle com fungicidas, como os do grupo da morfolina, pode ser feito de forma preventiva (antes do aparecimento dos sintomas) ou curativa (após a identificação). A escolha depende do seu monitoramento. Você pode consultar os fungicidas registrados para a ferrugem asiática no sistema Agrofit.

A Embrapa realiza anualmente um estudo sobre a eficiência de fungicidas para o controle da ferrugem. Esses ensaios cooperativos, realizados nas principais regiões produtoras, podem te ajudar a escolher o melhor produto. Ao analisar a tabela, observe quais tratamentos apresentam a menor severidade da doença (valores mais baixos no final da tabela) e a maior produtividade.

uma tabela detalhada com os resultados de um ensaio de campo, comparando a eficácia de 14 diferentes tratament (Fonte: Embrapa, 2021.) Para ver os nomes comerciais dos fungicidas, acesse o trabalho completo.

Atenção à Resistência de Fungicidas

Já foi confirmada a redução da eficiência de alguns grupos de fungicidas contra a ferrugem, incluindo:

  • Carboxamidas
  • Triazóis
  • Estrobilurina (quando usada isoladamente)

Para evitar a seleção de fungos resistentes, siga as recomendações do FRAC (Comitê de Ação à Resistência a Fungicidas do Brasil):

  • Estrobilurinas: Aplique sempre em mistura com fungicidas dos grupos dos triazóis, triazolintione e/ou carboxamidas. O controle deve ser preventivo.
  • Triazóis e Triazolintione: A associação com estrobilurinas é recomendada.
  • Carboxamidas: Devem ser sempre aplicadas em mistura com fungicidas do grupo das estrobilurinas.

calculo-de-pulverizacao

5. Cultivares Resistentes ou Mais Tolerantes

O mercado já oferece variedades de soja com tolerância ou resistência à ferrugem asiática. A Embrapa, em parceria com a Fundação Meridional, lançou cultivares como a BRS 511 e a BRS 539 (esta última também resistente a percevejos).

Essas variedades ajudam a retardar o avanço da doença, mas a oferta ainda é limitada e a adaptação varia conforme a região. Consulte um técnico para saber quais materiais são recomendados para a sua área.

6. Integração de Vários Métodos para o Manejo

O controle químico é uma ferramenta importante, mas não deve ser a única. Para um manejo eficaz e sustentável, você deve integrar diferentes estratégias.

Utilizar várias formas de controle ao mesmo tempo – como vazio sanitário, calendarização, cultivares resistentes e monitoramento – previne a perda de eficiência dos fungicidas e o surgimento de raças de fungos resistentes.

Fique de olho em novas tecnologias, como a “vacina” contra a ferrugem desenvolvida pela Plant Health Care. O produto, que usa proteínas Harpin para estimular as defesas da planta, já foi aprovado no Brasil e deve estar disponível para tratamento de sementes nas próximas safras, prometendo incrementos de 3 a 5 sacas por hectare.

Checklist para Manejo da Ferrugem Asiática da Soja

  • Planeje a safra: Elabore um planejamento agrícola bem feito, definindo época de semeadura, cronograma de monitoramento e a rotação de fungicidas com diferentes mecanismos de ação.
  • **Monitore

Glossário

  • Baixeiro: Refere-se às folhas mais baixas e mais velhas da planta de soja, localizadas perto do solo. É a primeira área a ser inspecionada para a detecção precoce da ferrugem asiática, pois os sintomas costumam aparecer ali primeiro.

  • Desfolha: Perda prematura e acentuada das folhas de uma planta, causada pelo avanço severo de uma doença. No caso da ferrugem asiática, a desfolha impede o enchimento correto das vagens, resultando em perdas significativas de produtividade.

  • FRAC (Comitê de Ação à Resistência a Fungicidas): Uma organização internacional que desenvolve diretrizes para evitar ou retardar o desenvolvimento de resistência de fungos a fungicidas. Suas recomendações orientam a rotação e a mistura de produtos para manter sua eficácia.

  • Inóculo: Refere-se ao material do patógeno (neste caso, os esporos do fungo) que é capaz de iniciar uma nova infecção em uma planta. Plantas de soja voluntárias (tiguera) e outras hospedeiras são a principal fonte de inóculo da ferrugem para a safra seguinte.

  • Phakopsora pachyrhizi: Nome científico do fungo que causa a ferrugem asiática da soja. É um patógeno biotrófico, o que significa que precisa de tecidos de plantas vivas para sobreviver e se multiplicar.

  • Ponte Verde: Termo que descreve a sequência de plantas hospedeiras (cultivadas, voluntárias ou daninhas) que permitem a sobrevivência de um patógeno, como o fungo da ferrugem, durante o período da entressafra, conectando um ciclo de cultivo ao outro.

  • Urédias: Pequenas estruturas em forma de pústula ou “vulcãozinho” que se formam na superfície da folha infectada pela ferrugem. São essas estruturas que produzem e liberam os esporos responsáveis por espalhar a doença na lavoura.

  • Vazio Sanitário: Período contínuo e obrigatório, definido por lei, em que é proibido manter plantas vivas de soja no campo. A prática visa quebrar o ciclo de vida do fungo da ferrugem, reduzindo a quantidade de inóculo disponível para a safra seguinte.

Veja como o Aegro pode ajudar a superar esses desafios

O manejo eficaz da ferrugem asiática, como vimos, depende de um monitoramento constante e de um planejamento preciso das aplicações, o que impacta diretamente os custos de produção. Ferramentas de gestão agrícola, como o Aegro, simplificam esse processo. Com ele, é possível registrar todas as atividades de monitoramento e pulverização no campo, garantindo que o cronograma seja seguido à risca. Além disso, o sistema centraliza os custos de cada aplicação, oferecendo relatórios claros para você entender exatamente onde seu dinheiro está sendo investido e tomar decisões mais seguras para proteger sua lavoura e sua margem de lucro.

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Perguntas Frequentes

Qual o momento ideal para a primeira aplicação de fungicida contra a ferrugem asiática?

O momento ideal depende do monitoramento e do risco regional. Em áreas de alta pressão, a aplicação preventiva, antes do fechamento das entrelinhas, é a mais segura. Caso contrário, a decisão deve ser tomada ao identificar os primeiros sintomas nas folhas do baixeiro ou com base nos alertas do Consórcio Antiferrugem, garantindo que a população do fungo ainda seja baixa para maximizar a eficácia do controle.

Por que o vazio sanitário é considerado a estratégia mais importante no manejo da ferrugem da soja?

O vazio sanitário é fundamental porque o fungo causador da ferrugem, Phakopsora pachyrhizi, só sobrevive em plantas vivas. Ao eliminar todas as plantas de soja (cultivadas e voluntárias) do campo por no mínimo 90 dias, quebramos o ciclo de vida do fungo, reduzindo drasticamente a quantidade de esporos (inóculo) para a safra seguinte. Isso atrasa o aparecimento da doença e diminui a necessidade de pulverizações.

Usar uma cultivar de soja resistente à ferrugem elimina a necessidade de aplicar fungicidas?

Não, o uso de cultivares resistentes é uma ferramenta importante, mas não substitui o controle químico. Essas variedades ajudam a retardar o avanço da doença, mas não são imunes. Em anos de alta pressão da ferrugem, a aplicação de fungicidas continua sendo essencial dentro de um manejo integrado para proteger o potencial produtivo da lavoura.

O que é a ‘ponte verde’ e por que o controle de plantas daninhas é crucial contra a ferrugem?

A ‘ponte verde’ refere-se à sequência de plantas hospedeiras (soja voluntária, feijão, corda-de-viola, etc.) que permitem ao fungo da ferrugem sobreviver durante a entressafra. O controle rigoroso dessas plantas daninhas e voluntárias é crucial para quebrar essa ponte, impedindo que o fungo se multiplique e sirva como fonte de infecção para a nova safra de soja.

Quais condições climáticas favorecem um surto de ferrugem asiática na lavoura?

A ferrugem asiática é favorecida por um conjunto específico de condições. A principal é a presença de água livre na superfície da folha por pelo menos seis horas contínuas, combinada com temperaturas amenas, entre 15°C e 25°C. Períodos chuvosos e de alta umidade, especialmente após o fechamento das entrelinhas da soja, criam um microclima ideal para a infecção e rápida disseminação da doença.

É possível reduzir os custos com fungicidas no controle da ferrugem sem arriscar a produtividade?

Sim, através de um manejo integrado inteligente. A combinação de estratégias como o respeito ao vazio sanitário, a semeadura na janela correta, o monitoramento constante da lavoura e o uso de alertas regionais permite aplicar fungicidas apenas nos momentos de real necessidade. Isso evita pulverizações desnecessárias, reduz custos operacionais e diminui a pressão de seleção de fungos resistentes, otimizando o investimento.

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