Toda empresa familiar rural, em algum momento, precisará enfrentar o processo de sucessão familiar. Eu mesma sou da quarta geração de uma família de produtores rurais e conheço de perto os desafios que esse tema traz.
Morando na zona rural de um município no interior de São Paulo, observo uma realidade preocupante: o número de jovens no campo está diminuindo. Mais do que isso, noto um claro desestímulo em continuar as atividades agrícolas que foram construídas pela família.
Isso nos leva a uma pergunta fundamental na hora de pensar no futuro: quem vai dar continuidade ao trabalho na fazenda?
A sucessão familiar se tornou uma questão central e, por vezes, complicada para muitas famílias do agronegócio. Mas por que isso está acontecendo com tanta frequência? E quais são os desafios que precisam ser superados para garantir uma transição tranquila na gestão da empresa rural?
Neste artigo, vamos explorar essas questões e mostrar como um processo de sucessão bem estruturado pode ser mais simples e eficaz. Continue a leitura para entender como preparar o futuro do seu negócio.
O Que É Sucessão Familiar e Por Que Ela É Crucial para o Agronegócio?
No dicionário, “sucessão” significa continuidade, sequência e substituição. No contexto do campo, a sucessão é o processo de transferir a gestão e o controle da empresa rural de quem está no comando atualmente para a próxima geração, o sucessor.
A continuidade do negócio é fundamental para preservar o patrimônio da família e dar sequência à atividade que sustenta gerações. No entanto, a importância desse processo vai muito além da sua porteira.
A sucessão familiar é um tema estratégico para todo o agronegócio brasileiro. O setor representa mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Se a produção agrícola começar a cair por falta de continuidade nas fazendas, o impacto econômico será sentido em todo o país.
Portanto, garantir uma sucessão familiar bem-sucedida na área rural é vital para manter a força da produção agrícola nacional. Mas, para isso, precisamos entender por que as novas gerações estão se afastando do campo.
(Fonte: arquivo pessoal da autora)
Por Que os Jovens Estão Deixando o Campo? Principais Desafios
Como mencionei no início, muitos jovens não se sentem estimulados a permanecer nas atividades da fazenda. Diversos fatores contribuem para essa realidade. Veja alguns dos principais:
- Falta de diálogo entre pais e filhos;
- Objetivos diferentes entre o gestor atual e o potencial sucessor;
- Busca por outras oportunidades de trabalho e renda na cidade;
- Distância entre a fazenda e centros urbanos em algumas regiões;
- Acesso limitado a recursos para continuar a atividade rural;
- Crescimento da família do sucessor, gerando novas necessidades;
- Dificuldade em encontrar mão de obra qualificada no campo;
- Desconhecimento profundo do negócio, ou seja, da gestão da propriedade;
- Falta de acesso ou resistência à implementação de novas tecnologias.
Essas dificuldades criam um ambiente que pode desinteressar a nova geração. Para ilustrar isso, uma pesquisa realizada com estudantes de Agronomia da UFFS (Universidade Federal da Fronteira Sul) mostrou de forma clara quais são os maiores gargalos.
(Fonte: Paula, 2015)
Como os gráficos mostram, a gestão da mão de obra e a falta de comunicação são apontadas como dificuldades críticas. Agora, vamos entender como esses e outros desafios impactam diretamente o processo de sucessão.
A Sucessão da Empresa Rural na Dinâmica da Família
Uma sucessão bem-feita garante a sobrevivência, a expansão e a continuidade da empresa rural. Este processo é um marco no ciclo de vida do negócio, mas, muitas vezes, é um assunto delicado e evitado dentro das famílias.
Diandra Leziér e sua irmã sempre estiveram na lida da fazenda com a família no interior de São Paulo (Fonte: arquivo pessoal de Diandra Leziér)
Com o receio de gerar conflitos, muitas famílias não se preparam para essa transição, o que acaba criando dificuldades ainda maiores no futuro. Por isso, é comum encontrar os mesmos obstáculos em diferentes propriedades rurais.
Principais Obstáculos na Sucessão da Empresa Familiar Rural
- Resistência do patriarca em deixar o comando da propriedade;
- Medo de que o sucessor não valorize o patrimônio construído;
- Rivalidade entre os filhos (sucessores) pela posse ou gestão da propriedade;
- Despreparo técnico e gerencial do futuro sucessor;
- Pouco ou nenhum interesse do sucessor em assumir a empresa rural;
- Pouca experiência do sucessor no exercício da liderança e autoridade;
- Falta de preparo em gestão e administração por parte do sucessor;
- Visões de negócio muito diferentes entre o patriarca e o sucessor.
Para superar esses desafios, a sucessão deve ser discutida, planejada e executada de forma competente, visando sempre preservar o patrimônio e garantir a continuidade da atividade.
O primeiro passo para isso é uma mudança de mentalidade. Os pais (atuais administradores) devem começar a enxergar os filhos ou sucessores como os futuros gestores do negócio. A administração rural profissional é um pilar essencial nesse processo.
O segundo passo, e talvez o mais importante, é a comunicação. Conversar abertamente, alinhar expectativas, explicar o funcionamento da fazenda na prática e incluir o sucessor nas decisões do dia a dia são atitudes que simplificam a transição. É preciso criar um ambiente de diálogo para resolver os conflitos que já existem e antecipar os que podem surgir.
Com a comunicação estabelecida, o próximo passo é transformar a conversa em ação através do planejamento estratégico.
O Planejamento do Processo Sucessório na Empresa Familiar Rural
A família Cavassim Alves (Paraná) passa seu amor ao campo de geração para geração (Fonte: Arquivo pessoal de Maria Izabel Cavassim Alves)
A sucessão familiar raramente é um processo rápido; pelo contrário, é uma jornada de longo prazo. Como pode levar anos até ser concluída, o planejamento é essencial.
O processo sucessório pode ser estruturado nas seguintes etapas:
1. Registros da Área da Sua Fazenda e das Atividades
Para que a sucessão seja um processo mais dinâmico, o sucessor precisa ter acesso a todas as informações da fazenda de forma organizada. Isso inclui:
- Custos de produção;
- Rentabilidade por safra e por talhão;
- Mapas da fazenda (área total, área plantada, reserva legal, etc.);
- Inventário de benfeitorias;
- Lista e condição do maquinário agrícola;
- Históricos de safras (produtividade, insumos, ocorrências);
- Documentos legais e fiscais.
O sucessor precisa conhecer o negócio “dentro da porteira”. Ter um histórico completo e organizado é a melhor forma de garantir isso. Boas práticas de registro não só facilitam a sucessão, mas também melhoram os resultados do seu sistema de produção agrícola. Com essas informações em mãos, o sucessor pode iniciar sua gestão com segurança.
Sabemos que organizar tudo isso no dia a dia é um desafio, mas a tecnologia pode ser uma grande aliada. Com o uso de softwares agrícolas, você pode centralizar esses registros de forma rápida e automatizada.
2. Quando Começar o Processo de Planejamento?
Essa resposta varia para cada propriedade, dependendo do gestor atual e dos potenciais sucessores. Não existe uma idade certa para iniciar o processo. A decisão deve fazer parte da sua estratégia de negócio a longo prazo.
3. Identificar o Sucessor
O potencial sucessor deve ser identificado e comunicado sobre a possibilidade de assumir o negócio. Essa conversa permite que ele reflita sobre a oportunidade e decida se realmente deseja continuar com a empresa da família. Como já reforçamos, o diálogo aberto é fundamental em todas as fases do processo.
4. Treinamento do Sucessor
O sucessor precisa ser treinado. Todas as informações da propriedade, como as listadas no primeiro passo, devem ser compartilhadas e discutidas. O processo de sucessão é de longo prazo e deve incluir o desenvolvimento de habilidades de liderança. Veja mais sobre liderança no meio agrícola neste artigo.
5. Transferência da Empresa Rural
Após todo o planejamento e treinamento, a gestão do negócio é finalmente transferida para o sucessor. Contudo, o trabalho não termina aqui. O fato de a sucessão ter sido concluída não significa que o planejamento e o registro das atividades devem parar. Continue com seu planejamento agrícola de forma contínua.
Tecnologia Pode Ser uma Aliada no Processo de Sucessão Familiar
A tecnologia está cada vez mais presente na agricultura e precisa ser usada a nosso favor. A imagem abaixo, que viralizou no Brasil, retrata perfeitamente a mudança de mentalidade sobre a sucessão e a tecnologia no campo.
A figura mostra o contraste entre o passado e o presente. Anos atrás, a mensagem era: “se não quiser ficar na roça, estude para ter outra profissão na cidade”. Isso acontecia porque o trabalho no campo exigia muito esforço físico e poucos recursos tecnológicos.
Hoje, essa lógica se inverteu.
Hoje é Necessário Muito Estudo para se Manter no Campo
Não basta mais entender apenas a tecnologia embarcada das máquinas. É preciso compreender todas as atividades da fazenda e, principalmente, como a tecnologia pode otimizar cada uma delas.
Assim como em qualquer outra área, a agricultura hoje exige capacitação contínua, seja através de cursos técnicos, graduação ou especializações. A experiência prática do produtor é valiosa, mas precisa ser combinada com o conhecimento sobre as novas tecnologias, como agricultura de precisão, agricultura digital e o uso de sensores na agricultura, para alcançar maior produtividade.
A necessidade de qualificação varia para cada caso, dependendo da realidade da empresa rural e do interesse do sucessor. O importante é estar preparado para as tendências futuras do agronegócio. Um software agrícola é uma ferramenta essencial para manter tudo sob controle e se preparar para o futuro.
Softwares Ajudam no Processo de Sucessão e na Administração da Sua Propriedade
É muito comum que a gestão da fazenda esteja espalhada em planilhas de Excel ou, pior, apenas na cabeça do dono. Se você está na agricultura há algum tempo, sabe que isso significa um volume enorme de dados difíceis de gerenciar, o que pode gerar confusão no momento de passar o bastão.
Com tudo organizado e registrado, a sucessão se torna muito mais fácil. Imagine ter todas essas informações a apenas alguns cliques de distância. O uso de um software para fazenda veio para simplificar a sua vida.
Muitos desses programas funcionam no celular, permitindo que você acesse informações que antes eram quase impossíveis de obter de forma rápida. Por isso, busque uma ferramenta que traga benefícios reais para a sua gestão.
O Aegro, por exemplo, é um software seguro onde suas informações podem ser acessadas a qualquer hora e em qualquer lugar. Temos casos de clientes que ganharam tranquilidade na sucessão familiar com o uso da plataforma. Isso é especialmente útil quando há mais de um sucessor e a fazenda precisa ser dividida. Com tudo registrado e baseado em dados, a divisão se torna transparente e justa para todos.
Conclusão
Neste artigo, entendemos o que é a sucessão familiar e sua importância para o agronegócio brasileiro. Discutimos os principais desafios enfrentados nesse processo, tanto pelos gestores atuais quanto pelos futuros sucessores.
Não existe uma receita de bolo para a sucessão familiar, mas o planejamento é o ingrediente principal para que esse processo seja bem-sucedido.
Não deixe para depois. Comece a planejar a sucessão da sua empresa rural agora. Assim como qualquer outra atividade da sua fazenda, a sucessão precisa ser bem planejada para que o seu negócio continue a gerar bons frutos por muitas gerações.
Glossário
Administração Rural: Refere-se à gestão da propriedade agrícola como um negócio. Envolve o planejamento financeiro, controle de custos, gestão de pessoas e tomada de decisões estratégicas para garantir a rentabilidade e a sustentabilidade da fazenda.
Agricultura de Precisão: Um sistema de gerenciamento agrícola que utiliza tecnologia, como GPS e sensores, para observar, medir e responder às variações dentro de uma mesma área de cultivo. O objetivo é otimizar o uso de insumos (fertilizantes, água, sementes) e aumentar a produtividade.
Empresa Rural: Conceito que trata a propriedade agrícola não apenas como um local de moradia e produção, mas como uma organização com fins lucrativos. Envolve planejamento, gestão e busca por eficiência, assim como qualquer outra empresa.
Patrimônio Familiar: Conjunto de bens, direitos e obrigações de uma família, que no contexto rural inclui terras, máquinas, rebanhos e a própria marca ou nome da fazenda. A sucessão visa proteger e dar continuidade a esse patrimônio construído ao longo de gerações.
PIB (Produto Interno Bruto): Sigla para Produto Interno Bruto, que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos em um país. No artigo, é usado para dimensionar a importância econômica do agronegócio para o Brasil.
Processo Sucessório: Etapa planejada de transferência da gestão, do controle e da propriedade de uma empresa familiar para a próxima geração. Envolve desde o treinamento do sucessor até a transição legal e administrativa do negócio.
Software Agrícola: Ferramenta digital, como um aplicativo ou programa de computador, projetada para auxiliar na gestão da fazenda. Centraliza informações sobre custos, estoque, atividades de campo e safras, facilitando a tomada de decisões baseada em dados.
Como a tecnologia simplifica a transição e prepara o futuro
Um dos maiores obstáculos no processo de sucessão, como vimos, é a falta de informações organizadas. Quando os dados sobre custos, produtividade e histórico das safras estão espalhados em planilhas ou apenas na memória do gestor, a transição se torna arriscada e cheia de incertezas para o sucessor. Essa desorganização pode gerar desconfiança e dificultar o alinhamento de visões entre as gerações.
É aqui que a gestão digital se torna uma ponte entre o legado e o futuro. Ferramentas como o Aegro foram desenhadas para centralizar todas as operações da fazenda em um único lugar, de forma simples e visual. Imagine ter o histórico de cada talhão, os custos de produção detalhados e o desempenho do maquinário a um clique de distância. Isso não só oferece ao sucessor a segurança para tomar decisões baseadas em fatos, mas também dá ao gestor atual a tranquilidade de que seu patrimônio está sendo administrado com precisão e profissionalismo.
Preparar a sua fazenda para o futuro começa com uma gestão organizada hoje. Que tal dar o primeiro passo para uma sucessão mais tranquila e segura?
Experimente o Aegro gratuitamente e veja como é fácil transformar dados em decisões que garantem a continuidade do seu negócio.
Perguntas Frequentes
O que é exatamente a sucessão familiar no agronegócio e por que ela é tão importante?
A sucessão familiar é o processo de transferir a gestão, o controle e o patrimônio de uma empresa rural para a próxima geração. Sua importância é crucial não apenas para garantir a continuidade do legado e do sustento da família, mas também para a estabilidade do agronegócio brasileiro, que depende da produtividade contínua dessas propriedades.
Qual é o momento ideal para começar a planejar a sucessão na fazenda?
Não existe uma idade certa, mas o ideal é começar o quanto antes. O planejamento sucessório deve ser visto como uma estratégia de longo prazo e não como uma medida de emergência. Iniciar as conversas e a organização do negócio anos antes da transição efetiva evita conflitos e garante que o sucessor esteja totalmente preparado para assumir.
Quais são os erros mais comuns que as famílias cometem no processo de sucessão rural?
Os erros mais comuns incluem a falta de diálogo aberto sobre o futuro do negócio, a resistência do gestor atual em delegar responsabilidades, a falta de preparo técnico e gerencial do sucessor e a ausência de um planejamento formal. Deixar para discutir o assunto apenas em momentos de crise ou necessidade costuma gerar conflitos e colocar o patrimônio em risco.
Como a tecnologia e um software agrícola podem, na prática, facilitar a sucessão familiar?
A tecnologia centraliza todas as informações da fazenda, como custos, produtividade por talhão e histórico de safras. Um software agrícola transforma o conhecimento que muitas vezes está apenas na cabeça do dono em dados organizados e acessíveis. Isso dá segurança ao sucessor para tomar decisões, profissionaliza a gestão e torna a transição mais transparente e menos dependente de uma única pessoa.
E se o herdeiro não tiver interesse em assumir a gestão da propriedade rural?
Este é um desafio real e que precisa ser tratado com diálogo honesto. É fundamental entender as motivações do herdeiro e não forçar uma decisão, pois isso poderia prejudicar tanto a pessoa quanto o negócio. Nesses casos, o planejamento pode explorar outras alternativas, como a contratação de um gestor profissional, o arrendamento da terra ou até mesmo a venda do ativo, sempre visando preservar o patrimônio da família.
Qual o primeiro passo prático para iniciar um plano de sucessão familiar?
O primeiro passo é promover uma reunião familiar para comunicar a intenção de iniciar o planejamento, estabelecendo um ambiente de diálogo aberto e transparente. Em seguida, é crucial começar a organizar e documentar todas as informações da propriedade – financeiras, operacionais e legais. Ter um diagnóstico completo do negócio é a base para todas as etapas futuras do processo sucessório.
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