Doenças de Culturas de Inverno: Guia de Identificação e Manejo

Engenheiro Agrônomo, Mestre e Doutorando em Produção Vegetal pela (ESALQ/USP). Especialista em Manejo e Produção de Culturas no Brasil.
Doenças de Culturas de Inverno: Guia de Identificação e Manejo

As culturas de inverno estão ganhando cada vez mais espaço no Brasil, especialmente nas regiões Sul e Centro-Oeste. Segundo o IBGE, os estados do Rio Grande do Sul e Paraná já somam 86% de toda a safra nacional desses cultivos. Essa estratégia não só garante uma renda extra fora da safra principal, mas também protege o solo e mantém o sistema produtivo mais equilibrado e saudável.

No entanto, esse crescimento traz um desafio importante: as doenças de culturas de inverno. De acordo com dados da Embrapa, esses problemas podem causar perdas de até 40% na produtividade das lavouras. As doenças atacam folhas, espigas e grãos, o que resulta na diminuição do rendimento e da qualidade final do produto. Além disso, a falta de um manejo preventivo acaba elevando os custos com a aplicação de defensivos.

Quais são as principais doenças de culturas de inverno?

Culturas como trigo, cevada, aveia e centeio são vulneráveis a diversas doenças que ameaçam tanto a produtividade quanto a qualidade dos grãos. A maior preocupação é que muitas dessas doenças se desenvolvem de forma silenciosa, afetando o potencial produtivo da lavoura antes que os sintomas mais graves se tornem visíveis.

Embora cada cultura tenha suas particularidades, muitas doenças se aproveitam das mesmas condições climáticas, como alta umidade e temperaturas mais amenas. Por isso, entender quais são as doenças, como identificar seus sintomas e as melhores práticas de manejo é o primeiro passo para proteger seu investimento e garantir uma safra saudável.

Confira a seguir as doenças mais comuns e como lidar com elas.

1. Ferrugem das Folhas (Trigo e Aveia)

A ferrugem-da-folha está entre as doenças foliares que mais causam prejuízos em culturas de inverno. Ela exige monitoramento constante e um manejo cuidadoso para evitar perdas severas.

  • Na aveia, a doença é causada pelo fungo Puccinia coronata f. sp. avenae.
  • No trigo, o agente causador é o fungo Puccinia triticina.

A ferrugem pode aparecer em qualquer fase do ciclo das plantas. Os sintomas são muito parecidos em ambas as culturas: surgem pequenas pústulas arredondadas de cor laranja, localizadas principalmente na parte de cima das folhas.

As principais medidas de controle incluem:

  • Utilizar cultivares resistentes à doença.
  • Praticar a rotação de culturas para quebrar o ciclo do fungo.
  • Eliminar plantas voluntárias (tigueras), que podem hospedar o patógeno.
  • Realizar o controle químico com a aplicação de fungicidas quando necessário.

Esta imagem de close-up exibe uma folha de uma planta de cereal, provavelmente trigo ou cevada, severamente afetada por uma d (Fonte: Agrolink)

2. Helmintosporiose (Mancha-Marrom)

A helmintosporiose, popularmente conhecida como mancha-marrom, afeta as folhas do trigo e da aveia, prejudicando a saúde das plantas e o rendimento final da lavoura.

  • Na aveia, é causada pelo fungo Drechslera avenae. A doença se torna mais comum quando ocorrem chuvas constantes perto da colheita, fazendo com que os grãos escureçam e percam qualidade. Nas folhas, aparecem manchas largas de cor marrom ou roxa, que podem evoluir para necrose (morte do tecido), afetando também grãos e sementes.
  • No trigo, o responsável é o fungo Bipolaris sorokiniana, mais frequente nas regiões de cultivo mais quentes. Os sintomas variam com o clima: nas regiões quentes, surgem lesões elípticas de cor cinza; já nas regiões frias, as lesões são retangulares e escuras. O fungo pode infectar qualquer parte da planta, e seus principais focos de contaminação são os restos culturais e as sementes.

Medidas de manejo para helmintosporiose

O controle da helmintosporiose deve começar antes mesmo do plantio, com o uso de sementes sadias e tratadas com fungicidas específicos. A rotação de culturas também é fundamental para quebrar o ciclo do fungo no solo. O controle químico, com fungicidas à base de triazóis e estrobilurunas, ajuda a proteger o potencial produtivo da lavoura.

e-book culturas de inverno Aegro

3. Giberela

A giberela é uma das doenças que mais preocupam os produtores de trigo e cevada. Ela afeta diretamente a qualidade dos grãos e pode produzir micotoxinas, que são substâncias tóxicas.

Causada pelo fungo Fusarium graminearum, a giberela é o principal problema que afeta espigas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e na região centro-sul do Paraná. O fungo sobrevive em restos culturais e sementes, se desenvolvendo melhor em regiões quentes e úmidas.

O fungo ataca as flores, causando sua morte. Os grãos que conseguem se desenvolver ficam enrugados, chochos e com uma coloração rosada. Um sintoma visual característico é que as aristas (aqueles “fios” na ponta da espiga) das partes infectadas se desviam das sadias. Com o tempo, as espiguetas adquirem uma cor esbranquiçada ou de palha.

close-up detalhado de uma espiga de trigo contra um fundo azul uniforme. A espiga apresenta sintomas claros (Fonte: Maria Imaculada Lima em Embrapa)

4. Mancha Amarela

A mancha amarela é um problema frequente em lavouras de trigo e cevada, principalmente em áreas de plantio direto e monocultura. Essa doença pode causar perdas de até 50% na produtividade do trigo.

O agente causador é o fungo Drechslera tritici-repentis. Os sintomas iniciais são pequenas manchas cloróticas (amareladas) que se expandem e se tornam manchas de cor palha, sempre rodeadas por um halo amarelo bem visível.

Medidas de manejo para a Mancha Amarela

  • Realizar o tratamento de sementes com fungicidas para reduzir a contaminação inicial.
  • Adotar a rotação de culturas para dificultar a sobrevivência do fungo no solo.
  • Aplicar fungicidas foliares ao longo do ciclo da cultura, conforme monitoramento.
  • Eliminar plantas voluntárias, que servem como hospedeiras para o patógeno.

5. Septoriose

A septoriose, também conhecida como mancha-da-gluma, afeta as folhas e espiguetas do trigo, reduzindo o rendimento e a qualidade dos grãos se não for manejada corretamente.

Causada pelo fungo Stagonospora nodorum, que sobrevive em restos culturais e sementes, a doença se manifesta nas folhas com lesões elípticas de aspecto aquoso. Com o tempo, essas lesões secam e adquirem uma coloração parda.

As medidas de manejo para septoriose incluem:

  • Tratamento de sementes com fungicidas.
  • Rotação de culturas.
  • Controle químico com fungicidas aplicados na parte aérea da planta.

6. Brusone

Embora seja mais conhecida por atacar a cultura do arroz, a brusone também pode causar danos severos ao trigo, provocando o branqueamento das espigas e perdas expressivas de produção.

Causada pelo fungo Pyricularia grisea, a doença também é chamada de branqueamento da espiga. O principal sintoma é o aparecimento de espigas totalmente brancas. O fungo penetra na planta, geralmente no ráquis (o eixo da espiga), e causa a morte de toda a parte acima do ponto de infecção.

Assim como a giberela, a brusone é uma doença de difícil controle. Uma das medidas mais eficazes é realizar o plantio precoce do trigo para evitar que o período de espigamento coincida com as condições climáticas favoráveis ao fungo.

Banner de chamada para o kit de sucesso da lavoura campeã de produtividade

7. Oídio

O oídio é uma doença foliar comum no inverno, pois é favorecido por tempo seco e temperaturas amenas. Ele pode comprometer o enchimento dos grãos e reduzir o vigor geral das plantas.

Causada pelo fungo Blumeria graminis f. sp. tritici, essa doença pode gerar perdas de até 60% na cultura do trigo. O sintoma mais claro é uma cobertura branca com aspecto de pó sobre as folhas. Os tecidos atacados ficam amarelados e, com o tempo, morrem. Plantas infectadas perdem vigor, desenvolvem menos espigas e produzem grãos com menor peso.

close-up de uma planta jovem de cereal, provavelmente trigo ou cevada, em um estágio inicial de desenvolvim (Fonte: Leila Costamilan em Embrapa)

8. Mancha do Halo Amarelo

A mancha do halo amarelo ocorre em todas as regiões produtoras de aveia e é considerada a segunda doença mais importante da cultura devido ao seu alto potencial de dano. Ela é causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv. coronafaciens.

Os sintomas surgem nas folhas novas como manchas cloróticas (amareladas), cercadas por um halo que vai do verde-claro ao amarelo. Essas manchas podem se unir, tomar toda a folha e matar o tecido vegetal. A bactéria também pode atacar o colmo e a bainha, prejudicando ainda mais o desenvolvimento da planta.

O manejo eficiente da mancha do halo amarelo inclui:

  • Praticar a rotação de culturas.
  • Utilizar sementes sadias e certificadas.
  • Fazer uma boa gestão da umidade da lavoura, evitando excessos.
  • Eliminar restos de cultura e plantas voluntárias (tigueras).

9. Mofo-Branco (Girassol)

O mofo-branco, ou podridão-branca, é causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum e é considerado o problema mais grave na cultura do girassol.

Se o ataque ocorrer na fase de plântula, pode causar a morte e provocar falhas no estande. Os sintomas variam dependendo da parte da planta que é infectada:

  • Infecção na base (basal): Causa murcha da planta e uma lesão marrom, mole e de aspecto encharcado. Em alta umidade, a lesão é coberta por um micélio branco (aparência de algodão).
  • Infecção no meio da haste (mediana): Os sintomas são parecidos com os da infecção basal. É comum encontrar escleródios (estruturas de resistência do fungo, parecidas com pequenas pedras escuras) dentro e fora da haste.
  • Infecção no capítulo (cabeça do girassol): A partir da floração, surgem lesões pardas e encharcadas no capítulo, cobertas pelo micélio branco. Com o avanço da doença, o fungo destrói a estrutura floral e produz muitos escleródios em seu interior.

10. Mancha Reticular (Cevada)

A mancha reticular da cevada é causada pelo fungo Drechslera teres. Ela pode causar perdas de produtividade e comprometer a qualidade dos grãos para a indústria cervejeira.

Os sintomas aparecem nas folhas como manchas ou estrias alongadas de cor marrom, que se conectam e formam um padrão parecido com uma rede (reticulado). Essas lesões são frequentemente cercadas por um halo amarelo. Em infecções severas, a doença causa a morte do tecido foliar, reduzindo a capacidade da planta de fazer fotossíntese e levando à maturação precoce. O fungo sobrevive em restos culturais e é disseminado pelo vento e pela chuva.

Manejo recomendado

  • Utilizar cultivares resistentes.
  • Realizar o tratamento de sementes.
  • Praticar a rotação de culturas.
  • Eliminar restos culturais após a colheita.
  • Monitorar a lavoura e aplicar fungicidas quando os primeiros sintomas surgirem.

11. Nanismo Amarelo da Cevada

O nanismo amarelo da cevada é uma doença causada por um vírus (Barley Yellow Dwarf Virus - BYDV) que também afeta culturas como aveia e trigo.

A transmissão do vírus é feita por afídeos (pulgões), que atuam como vetores e espalham a doença rapidamente pela lavoura. Os sintomas geralmente aparecem nas folhas mais novas, que exibem manchas cloróticas com cores que variam do amarelo ao roxo. Em casos mais graves, as plantas não se desenvolvem, ficando menores que o normal (nanismo), o que causa uma redução drástica na produtividade.

Medidas de manejo recomendadas

  • Fazer o controle dos pulgões (vetores) com monitoramento constante da população de insetos e aplicação de inseticidas (químicos ou biológicos).
  • Realizar o tratamento de sementes com inseticidas para proteger as plantas durante as fases iniciais de desenvolvimento.

Para garantir a aplicação correta das medidas de manejo e proteger sua lavoura de forma eficiente, consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a).

close-up de uma folha de planta, provavelmente de uma cultura de gramínea como o arroz, que apresenta sinto (Fonte: Agrolink)

Como organizar o manejo da sua lavoura de inverno?

Saber identificar e controlar as doenças de culturas de inverno é um passo fundamental. No entanto, o sucesso da safra depende também de um planejamento eficiente, com registro e acompanhamento de todas as atividades no campo.

Com o Aegro, você centraliza a gestão da sua lavoura de forma simples e prática:

  • Registre todas as aplicações de defensivos, sabendo o que, quando e onde foi aplicado.
  • Acompanhe seus custos em tempo real para não ter surpresas no final da safra.
  • Calcule suas margens de lucro por talhão e por cultura.
  • Mantenha o controle de todas as operações da fazenda, do plantio à colheita.
  • Gere relatórios e históricos para avaliar a eficiência das suas estratégias.
  • Compare os resultados de uma safra para outra e tome decisões baseadas em dados.

Quer mais segurança nas decisões e tranquilidade na gestão da sua propriedade? Teste o Aegro grátis e veja na prática como o sistema pode facilitar o seu dia a dia no campo.

Banner convida para demonstração do software Aegro com notebook


Glossário

  • Cultivares resistentes: Variedades de plantas desenvolvidas para resistir ou tolerar melhor o ataque de patógenos específicos. Utilizá-las é uma das principais estratégias de manejo, pois reduz a severidade da doença e a necessidade de defensivos.

  • Escleródios: Estruturas de resistência formadas por alguns fungos, como o causador do mofo-branco. Parecem pequenas pedras escuras e permitem que o fungo sobreviva no solo por longos períodos, mesmo em condições desfavoráveis.

  • Micélio: Parte vegetativa de um fungo, composta por uma rede de filamentos. No campo, é frequentemente visível como uma massa de aspecto algodoado ou mofo sobre a parte infectada da planta, como no caso do mofo-branco.

  • Micotoxinas: Substâncias tóxicas produzidas por certos fungos, como o agente da giberela, que contaminam os grãos. Essas toxinas são prejudiciais à saúde humana e animal, podendo inviabilizar o uso da produção para alimentação.

  • Patógeno: Organismo microscópico (fungo, bactéria ou vírus) capaz de causar doenças em plantas. É o agente causador do problema que o produtor precisa combater na lavoura.

  • Plantas voluntárias (tigueras): Plantas que germinam a partir de grãos perdidos na colheita da safra anterior. Elas servem como hospedeiras para patógenos, permitindo que eles sobrevivam entre as safras e infectem a nova cultura.

  • Pústulas: Pequenas bolhas ou lesões salientes que surgem na superfície das folhas, características de doenças como a ferrugem. Elas contêm os esporos do fungo, que são responsáveis por disseminar a doença.

  • Rotação de culturas: Prática agrícola de alternar diferentes espécies vegetais em uma mesma área ao longo do tempo. Essa técnica ajuda a quebrar o ciclo de vida de doenças e pragas, que muitas vezes são específicas de uma única cultura.

  • Vetores: Organismos, como os pulgões, que transportam e transmitem um patógeno (neste caso, o vírus do nanismo amarelo) de uma planta doente para uma sadia. O controle do vetor é essencial para impedir a disseminação da doença.

Simplifique o manejo e proteja sua lucratividade

Lidar com a variedade de doenças de culturas de inverno, do oídio à brusone, é um desafio que impacta diretamente os custos de produção e a rentabilidade da safra. A falta de um registro preciso de monitoramentos e aplicações de defensivos pode levar a gastos desnecessários e, pior, a perdas de produtividade que comprometem todo o investimento.

É aqui que a tecnologia se torna uma aliada estratégica. Um software de gestão agrícola, como o Aegro, permite centralizar o planejamento e o registro de todas as atividades de manejo fitossanitário. Ao anotar cada aplicação no sistema, você cria um histórico detalhado por talhão, facilitando a análise da eficácia dos produtos e otimizando o uso de insumos. Essa organização transforma dados brutos em informações valiosas para tomar decisões mais seguras, safra após safra.

Quer ter mais controle sobre as operações e os custos da sua lavoura de inverno?

Comece a usar o Aegro gratuitamente e descubra como uma gestão organizada pode aumentar a sua lucratividade.

Perguntas Frequentes

Quais são as práticas de manejo mais importantes para prevenir a maioria das doenças em culturas de inverno?

O manejo preventivo integrado é a chave. As práticas mais eficazes incluem o uso de cultivares resistentes, que já possuem defesa genética contra patógenos específicos, a rotação de culturas para quebrar o ciclo de vida dos fungos no solo, o tratamento de sementes com fungicidas para proteger as plântulas e a eliminação de plantas voluntárias (tigueras), que podem hospedar doenças entre as safras.

Qual a diferença de impacto entre as doenças que atacam as folhas e as que afetam as espigas?

Doenças foliares, como ferrugens e manchas, reduzem a capacidade de fotossíntese da planta, o que diminui o vigor e o enchimento dos grãos, impactando a produtividade. Já doenças de espiga, como a Giberela e a Brusone, atacam diretamente os grãos, causando perdas drásticas de rendimento e comprometendo severamente a qualidade do produto final, podendo até produzir micotoxinas que inviabilizam o uso para consumo.

Por que a rotação de culturas é uma medida de controle tão recomendada?

A rotação de culturas é fundamental porque muitos fungos e bactérias sobrevivem nos restos culturais (palhada) de uma safra para outra. Ao alternar com uma planta não hospedeira, você interrompe o ciclo de vida do patógeno, pois ele fica sem sua fonte de alimento e abrigo. Isso reduz drasticamente a população do inimigo no solo, diminuindo a pressão de infecção na safra seguinte.

Como as condições climáticas influenciam a severidade das doenças de inverno?

O clima é um fator determinante. A maioria das doenças fúngicas, como ferrugem, giberela e mancha-marrom, é favorecida por alta umidade e temperaturas amenas a quentes. O oídio, por outro lado, se desenvolve melhor em tempo mais seco com temperaturas amenas. Monitorar a previsão do tempo ajuda a prever os períodos de maior risco e a definir o momento ideal para aplicar fungicidas.

No campo, como posso diferenciar os sintomas de Giberela e Brusone nas espigas de trigo?

Embora ambas ataquem as espigas, os sintomas são distintos. A Brusone causa o “branqueamento” total da espiga a partir do ponto de infecção, deixando-a com aspecto de palha seca. A Giberela causa um branqueamento parcial das espiguetas e, em condições de alta umidade, desenvolve uma coloração rosada ou salmão característica, além de deixar os grãos chochos e enrugados.

O tratamento de sementes protege a lavoura durante todo o ciclo?

Não, o tratamento de sementes oferece uma proteção crucial nas fases iniciais da cultura, combatendo fungos presentes nas sementes e no solo que causam tombamento de plântulas e doenças radiculares. No entanto, sua eficácia diminui com o tempo e ele não protege contra infecções que ocorrem na parte aérea da planta (folhas e espigas) mais tarde, que são disseminadas pelo vento e chuva e exigem o monitoramento e a aplicação de fungicidas foliares.

Artigos Relevantes

  • Como identificar e controlar a giberela no trigo: Este artigo complementa perfeitamente o conteúdo principal ao aprofundar o debate sobre a Giberela, uma das doenças mais preocupantes citadas. Ele oferece um valor único ao detalhar o perigo das micotoxinas e os limites da Anvisa, um aspecto crítico para a comercialização que o artigo principal apenas menciona, transformando um alerta em um guia de ação.
  • Brusone no trigo: o que é e como controlar: Enquanto o artigo principal apresenta a Brusone e a Giberela, este candidato resolve uma dúvida prática crucial levantada na seção de FAQ: como diferenciá-las. Ele oferece uma comparação direta dos sintomas e das condições climáticas ideais para cada doença, fornecendo um conhecimento prático indispensável para o diagnóstico correto no campo e a escolha do manejo adequado.
  • Mancha-amarela no trigo: como reconhecer e manejar a doença: O artigo principal identifica a Mancha Amarela como uma doença de alto impacto. Este artigo expande o tema ao abordar um desafio moderno e complexo: o manejo da resistência a fungicidas, especialmente do grupo das estrobilurinas. Ele eleva a discussão do simples controle para uma gestão estratégica de defensivos, agregando um valor técnico avançado.
  • Melhores práticas para fazer o tratamento de sementes de trigo na fazenda: O tratamento de sementes é uma recomendação recorrente no artigo principal para diversas doenças. Este artigo funciona como um guia prático que detalha essa recomendação, explicando as diferenças entre o tratamento industrial (TSI) e o ‘on-farm’, e como escolher o produto certo. Ele transforma uma orientação geral em um processo claro e acionável para o produtor.
  • Benefícios do trigo mourisco para o solo da lavoura: A rotação de culturas é a base do manejo preventivo sugerido no artigo principal. Este artigo sobre trigo mourisco oferece um exemplo concreto e estratégico de como implementar essa prática, utilizando uma cultura de cobertura não hospedeira para quebrar o ciclo de doenças. Ele adiciona uma perspectiva de manejo de solo e sustentabilidade que enriquece as recomendações fitossanitárias.