As doenças são um dos maiores desafios na lavoura e podem comprometer seriamente sua produção, levando a perdas significativas. Por isso, saber identificar os primeiros sinais e aplicar o manejo correto é fundamental para garantir a saúde da plantação e uma colheita rentável.
Neste artigo, preparamos um guia prático para ajudar você a reconhecer as principais doenças que afetam as culturas de inverno, como oídio, ferrugem e diversas manchas foliares. Vamos detalhar as características de cada uma e apresentar as formas de controle mais recomendadas para proteger sua lavoura de trigo, aveia, cevada e girassol.
A Importância e as Opções de Culturas de Inverno para sua Propriedade
As culturas de inverno representam uma excelente oportunidade para aumentar a renda da fazenda após a colheita da safra de verão. Além disso, elas permitem diversificar a produção agrícola e otimizar o uso da terra durante todo o ano.
Segundo a Conab, a safra de 2020 já mostrava uma tendência de crescimento, com uma estimativa de aumento de 11,8% na área plantada com culturas como aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale.
Para escolher a melhor cultura de inverno, é importante analisar as oportunidades em sua região. Considere não apenas o potencial econômico (preço de venda e liquidez), mas também as condições de clima e solo da sua propriedade.
Algumas das principais opções de culturas de inverno são:
- Trigo;
- Aveia;
- Cevada;
- Centeio;
- Canola;
- Triticale;
- Girassol;
- Culturas de cobertura (adubação verde).
A seguir, vamos detalhar as doenças mais comuns em algumas dessas culturas e as medidas de controle que você pode adotar.
Atenção: Milho, sorgo e feijão também podem ser cultivados como culturas de inverno em algumas regiões. Preparamos um material específico sobre as doenças desses cultivos, que você pode conferir aqui.
Doenças de Culturas de Inverno: Trigo
Ferrugem Comum das Folhas do Trigo
Causada pelo fungo Puccinia triticina, esta é a doença mais comum na cultura do trigo, presente na maioria das regiões produtoras do Brasil. Relatos de campo já indicaram perdas de até 50% na produtividade em lavouras nos estados do Sul, mostrando o grande potencial de dano.
A doença pode aparecer em qualquer fase do ciclo da planta. Os sintomas são facilmente identificáveis: pequenos pontos arredondados de cor laranja, chamados de pústulas: pequenas bolhas que liberam os esporos do fungo. Essas pústulas aparecem principalmente na parte de cima das folhas.
(Fonte: Agrolink)
Controle da ferrugem da folha do trigo:
- Controle genético: utilize cultivares resistentes à doença.
- Rotação de culturas: evite plantar trigo ou outras gramíneas suscetíveis na mesma área seguidamente.
- Eliminação de plantas voluntárias: remova plantas de trigo (tiguera) que nascem espontaneamente, pois elas podem abrigar o fungo.
- Controle químico: aplique fungicidas recomendados quando os primeiros sintomas aparecerem.
Helmintosporiose
Também conhecida como mancha marrom, a helmintosporiose é causada pelo fungo Bipolaris sorokiniana e é mais comum nas regiões mais quentes de cultivo do trigo.
Os sintomas variam com a temperatura. Em regiões quentes, aparecem lesões ovais de cor cinza nas folhas. Já em regiões mais frias, a doença causa lesões retangulares e escuras. O fungo pode infectar qualquer parte da planta, e suas principais fontes de inóculo (origem da infecção) são os restos culturais da safra anterior e as sementes contaminadas.
Medidas de manejo para helmintosporiose:
- Use sementes sadias e sempre realize o tratamento de sementes com fungicidas.
- Adote a rotação de culturas para quebrar o ciclo do fungo no solo.
- Realize o controle químico com fungicidas, especialmente misturas de triazóis e estrobilurinas, que têm se mostrado eficazes.
Giberela
A giberela, causada pelo fungo Fusarium graminearum, é mais frequente em regiões quentes e úmidas. O fungo consegue sobreviver em restos de culturas e em sementes, representando um risco constante.
Essa doença é o principal problema que afeta as espigas de trigo, cevada e triticale no Sul do Brasil. Além de reduzir o rendimento, a giberela pode produzir micotoxinas: substâncias tóxicas que contaminam os grãos e são perigosas para a saúde humana e animal.
O fungo ataca as flores, causando sua morte. Os grãos que conseguem se desenvolver ficam enrugados, chochos e com uma coloração rosada característica. Nas espigas, as aristas (as pontas finas) das partes infectadas se desviam, e logo depois as espiguetas ficam com uma cor esbranquiçada, como palha seca.
(Fonte: Maria Imaculada Lima em Embrapa)
A giberela é de difícil controle. Algumas medidas de manejo incluem:
- Aplicação de fungicidas logo após o início da floração, momento mais crítico da infecção.
- Semeio antecipado para tentar escapar do período de maior risco climático (calor e umidade na floração).
Mancha Amarela
Essa doença é mais comum em áreas de plantio direto onde se pratica a monocultura do trigo. É uma das manchas foliares mais importantes, com potencial para causar perdas de até 50% tanto no trigo quanto na cevada.
A mancha amarela é causada pelo fungo Drechslera tritici-repentis. Os sintomas começam como pequenas manchas amareladas (cloróticas) que crescem e se transformam em manchas cor de palha, com um anel (halo) amarelo ao redor.
(Fonte: Flávio Santana em Embrapa)
Medidas de manejo para a mancha amarela:
- Tratamento de sementes com fungicidas.
- Rotação de culturas para reduzir a presença do fungo na palhada.
- Aplicação de fungicidas na parte aérea das plantas.
- Eliminação de plantas de trigo voluntárias.
Septoriose
Também chamada de mancha da gluma, é causada pelo fungo Stagonospora nodorum, que sobrevive em restos culturais e sementes.
Os sintomas nas folhas são lesões ovais que parecem encharcadas (aspecto aquoso). Com o tempo, essas lesões secam e adquirem uma coloração parda.
Medidas de manejo para septoriose:
- Tratamento de sementes com fungicidas.
- Rotação de culturas.
- Controle químico com pulverizações foliares.
Brusone
A brusone ou branqueamento da espiga é causada pelo fungo Pyricularia grisea. É também uma das doenças mais importantes na cultura do arroz.
O sintoma mais claro é o aparecimento de espigas totalmente brancas no meio da lavoura. O fungo penetra na base da espiga (ráquis) e causa a morte de toda a parte acima do ponto de infecção, impedindo que os grãos se formem.
Assim como a giberela, a brusone é de difícil controle. A principal medida recomendada é o plantio precoce da cultura de trigo, para evitar que a fase de espigamento coincida com períodos de alta temperatura e umidade, que favorecem a doença.
Oídio
O oídio, causado pelo fungo Blumeria graminis f. sp. tritici, pode gerar perdas de até 60% na produção de trigo.
O sintoma é inconfundível: uma cobertura branca com aparência de pó ou talco sobre as folhas e colmos. O tecido da planta sob essa camada branca fica amarelado e, com o tempo, morre. Plantas severamente atacadas perdem vigor, produzem menos espigas e grãos mais leves.
(Fonte: Leila Costamilan em Embrapa)
Medidas de manejo para oídio:
- Uso de cultivares resistentes, que é a forma mais eficaz de controle.
- Pulverização com fungicidas específicos quando a doença começa a se manifestar.
Doenças de Culturas de Inverno: Aveia
Ferrugem da Folha
É a doença mais comum na cultura da aveia, causada pelo fungo Puccinia coronata f. sp. avenae.
Os sintomas são muito parecidos com a ferrugem do trigo: pequenos pontos ovais de cor laranja (pústulas). Com o avanço da doença, essas pústulas podem escurecer, tornando-se quase pretas.
(Fonte: Agrolink)
Medidas de manejo para a ferrugem da aveia:
- Resistência genética: opte por cultivares resistentes.
- Eliminação de plantas voluntárias que apresentam sintomas.
- Aplicação de fungicidas quando necessário.
Mancha do Halo Amarelo
Esta doença bacteriana, causada pela Pseudomonas syringae pv. coronafaciens, ocorre em todas as regiões de cultivo de aveia e é considerada a segunda doença mais importante da cultura.
Os sintomas aparecem nas folhas mais novas como manchas amareladas (cloróticas) com um halo (anel) verde-claro ou amarelado ao redor. Essas manchas podem se unir, tomar toda a folha e matar o tecido vegetal. A bactéria também pode causar sintomas no colmo e na bainha da folha.
Medidas de manejo para a mancha do halo amarelo:
- Rotação de culturas com espécies não hospedeiras da bactéria.
- Uso de sementes sadias e de boa procedência.
Helmintosporiose
Causada pelo fungo Drechslera avenae, esta doença causa maiores danos quando ocorrem chuvas frequentes perto da colheita. A umidade excessiva favorece o fungo, que ataca os grãos, deixando-os escuros e reduzindo sua qualidade.
Nas folhas, os sintomas são manchas largas de cor marrom ou roxa, que podem levar à necrose (morte) de grandes áreas da folha. O fungo pode atacar também os grãos e as sementes.
Medidas de manejo para helmintosporiose na aveia:
- Eliminação de plantas voluntárias.
- Rotação de culturas.
- Uso de sementes sadias e certificadas.
- Aplicação de fungicidas na parte aérea da planta, se a infestação for severa.
Doenças de Culturas de Inverno: Girassol
Mofo-Branco
O mofo-branco, ou podridão-de-esclerotinia, é causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum e é considerado a doença mais importante do girassol.
Se o ataque ocorrer na fase de plântula, pode causar a morte das plantas e criar falhas no estande. Os sintomas variam dependendo da parte da planta que é infectada:
- Infecção na base (haste): Ocorre do estádio de plântula até a maturação. Causa murcha da planta e uma lesão marrom, mole e de aspecto encharcado. Em alta umidade, a lesão fica coberta por um micélio: uma camada de fungo parecida com algodão branco. É comum encontrar escleródios (estruturas de resistência do fungo, duras e escuras) na área afetada.
- Infecção na porção mediana (haste): Os sintomas são parecidos com os da infecção na base. Os escleródios podem se formar dentro e fora da haste.
- Infecção no capítulo (flor): Ocorre a partir da floração. Inicialmente, surgem lesões pardas e encharcadas no capítulo, com a presença do micélio branco cobrindo partes da flor. Com o avanço da doença, o fungo destrói a estrutura floral e formam-se muitos escleródios em seu interior.
Sintomas do mofo-branco no capítulo do girassol
(Fonte: Aguiar, R; Sampaio, J; Boniatti, P. em IFMT)
Medidas de manejo para o mofo-branco:
- Rotação de culturas com espécies não suscetíveis, como milho ou gramíneas.
- Escolha da época de semeadura para evitar que a floração coincida com períodos de alta umidade.
Mancha de Alternaria
Causada pelo fungo Alternaria helianthi, esta doença é muito comum em regiões subtropicais úmidas.
A doença causa a morte do tecido foliar (necrose), o que pode levar à desfolha precoce da planta. Os sintomas iniciais são pequenos pontos necróticos (mortos) de cor castanha nas folhas, com um halo amarelado. Conforme a doença avança, as manchas desenvolvem círculos concêntricos, parecidos com um alvo, podendo levar à necrose total e queda da folha.
Medidas de manejo para a mancha de alternaria:
- Controle genético: use híbridos ou variedades resistentes.
- Rotação de culturas.
- Escolha da época de semeadura adequada.
- Ajuste a densidade de semeadura para evitar o excesso de plantas, que cria um microclima úmido favorável ao fungo.
Doenças de Culturas de Inverno: Cevada
Mancha Reticular
Causada pelo fungo Drechslera teres, esta é considerada a principal doença da cultura da cevada.
O ataque do fungo provoca manchas ou estrias marrons nas folhas. Essas manchas formam um padrão que se parece com uma rede de tecido necrosado (morto), geralmente cercada por um halo amarelo.
(Fonte: Agrolink)
Medidas de controle para a mancha reticular:
- Uso de variedades resistentes.
- Sementes sadias e tratadas com fungicidas.
- Aplicação de fungicida sistêmico na parte aérea das plantas.
Nanismo Amarelo da Cevada
Esta é uma virose (doença causada por um vírus) que também ataca aveia e trigo. O vírus, chamado BYDV, é transmitido por pulgões (afídeos), que atuam como vetores.
O principal sintoma é o aparecimento de manchas cloróticas (amareladas) nas folhas mais novas, que podem evoluir para uma coloração que vai do amarelo intenso ao roxo. A planta infectada para de crescer, ficando com um aspecto de nanismo.
Medidas de manejo da doença:
- Controle do vetor: realize o controle químico ou biológico dos pulgões.
- Tratamento de sementes com inseticidas.
Importante: Para auxiliar na identificação correta das doenças e na prescrição das melhores medidas de manejo para a sua lavoura, consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a).
Conclusão
As culturas de inverno são uma excelente estratégia para aumentar a rentabilidade e diversificar a produção na sua fazenda após a safra de verão. No entanto, o sucesso desses cultivos depende de um bom manejo
Glossário
Afídeos: Nome técnico para insetos sugadores de seiva, popularmente conhecidos como pulgões. Atuam como vetores, ou seja, transportam e transmitem vírus de uma planta para outra, como no caso do Nanismo Amarelo da Cevada.
BYDV (Barley Yellow Dwarf Virus): Sigla para o “Vírus do Nanismo Amarelo da Cevada”. É o agente causador de uma virose que afeta cereais de inverno, resultando em plantas amareladas e com crescimento reduzido (nanismo).
Cloróticas (manchas): Áreas amareladas nas folhas, que indicam a falta ou destruição de clorofila. É um sintoma comum em diversas doenças, como a mancha amarela, sinalizando que a planta não está realizando a fotossíntese corretamente naquele local.
Escleródios: Estruturas de resistência de alguns fungos, como o causador do mofo-branco. São massas endurecidas e escuras que sobrevivem no solo por longos períodos, garantindo a permanência da doença na área.
Inóculo: Refere-se a qualquer parte do patógeno (como esporos de fungo) que pode iniciar uma infecção na planta. Restos de cultura da safra anterior e sementes contaminadas são fontes comuns de inóculo.
Micélio: A parte vegetativa de um fungo, composta por um emaranhado de filamentos. No campo, é visível como uma massa de aspecto algodonoso, como o crescimento branco que cobre as partes da planta infectadas pelo mofo-branco.
Micotoxinas: Substâncias tóxicas produzidas por certos fungos, como o da giberela. Elas contaminam os grãos, tornando-os impróprios para o consumo humano e animal e reduzindo seu valor comercial.
Plantio Direto: Sistema de cultivo onde a semeadura é realizada sobre a palha da cultura anterior, sem o revolvimento do solo. Embora seja uma prática benéfica, pode favorecer a sobrevivência de fungos nos restos culturais.
Pústulas: Pequenas bolhas ou erupções na superfície das folhas, características de doenças como as ferrugens. Essas estruturas se rompem para liberar milhares de esporos, que espalham a doença pela lavoura.
Como a tecnologia simplifica o manejo de doenças
Controlar as diversas doenças das culturas de inverno, como vimos, exige atenção constante e um planejamento rigoroso. Registrar cada aplicação de fungicida, monitorar os estágios da lavoura e, ao mesmo tempo, controlar os custos de produção são desafios que podem se tornar complexos quando gerenciados apenas em planilhas ou cadernos.
Um software de gestão agrícola como o Aegro centraliza essas tarefas, simplificando a tomada de decisão. Nele, é possível planejar e registrar todas as pulverizações, criar um histórico detalhado por talhão e acompanhar os custos com defensivos em tempo real. Dessa forma, você garante que as aplicações sejam feitas no momento certo e consegue analisar o impacto financeiro do manejo fitossanitário na rentabilidade final da sua safra.
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Perguntas Frequentes
Qual é a medida preventiva mais importante para o controle de doenças em culturas de inverno?
A medida preventiva mais eficaz e frequentemente citada no manejo é a rotação de culturas. Essa prática quebra o ciclo de vida de muitos fungos que sobrevivem nos restos culturais, como os causadores da helmintosporiose e da mancha amarela, reduzindo a fonte de infecção para a safra seguinte. Combinar a rotação com o uso de cultivares resistentes e sementes sadias forma a base de um manejo de sucesso.
O sistema de plantio direto aumenta o risco de doenças? Devo abandoná-lo?
O plantio direto pode, sim, aumentar o risco de doenças que sobrevivem na palhada, como a mancha amarela no trigo. No entanto, não é necessário abandonar essa prática benéfica. O ideal é integrar outras estratégias de manejo, como uma rigorosa rotação de culturas com espécies não suscetíveis e a escolha de variedades resistentes, para mitigar o risco e manter os benefícios do sistema.
Qual a principal diferença no manejo de uma virose, como o Nanismo Amarelo da Cevada, e de uma doença fúngica?
A diferença fundamental é que não existe controle químico direto para o vírus na planta já infectada. O manejo do Nanismo Amarelo foca em controlar o inseto vetor (os pulgões) com inseticidas para impedir a transmissão. Já para doenças fúngicas, como a ferrugem ou oídio, o controle é feito aplicando fungicidas diretamente sobre o patógeno na planta.
O que são as micotoxinas mencionadas na doença Giberela e por que são um problema?
Micotoxinas são substâncias tóxicas produzidas pelo fungo da Giberela (Fusarium graminearum) que contaminam os grãos de trigo, cevada e triticale. Elas representam um grave problema porque, além de reduzirem o rendimento, tornam os grãos perigosos para a saúde humana e animal, diminuindo drasticamente seu valor comercial e podendo levar à rejeição de lotes inteiros.
Quando é o momento ideal para aplicar fungicidas contra doenças que atacam a espiga do trigo, como a Giberela?
O momento mais crítico e recomendado para a aplicação de fungicidas contra a Giberela é logo no início da floração. O fungo ataca as flores, portanto, uma aplicação protetora nesse período é crucial para impedir a infecção da espiga, evitar a morte dos grãos e a produção de micotoxinas. Agir preventivamente nesta fase é mais eficaz do que tentar controlar a doença depois de instalada.
Ferrugem e Oídio parecem comuns no trigo. Qual o sintoma que diferencia claramente uma da outra?
A diferença visual é bem clara. A ferrugem da folha se manifesta como pequenos pontos arredondados de cor laranja ou marrom-alaranjada, chamados de pústulas. Já o oídio é inconfundível por formar uma cobertura branca com aparência de pó ou talco sobre as folhas e colmos da planta.
O que são os escleródios e por que eles tornam o controle do mofo-branco tão difícil?
Escleródios são estruturas de resistência do fungo do mofo-branco, duras e escuras, que podem sobreviver no solo por vários anos. Eles dificultam o controle porque garantem a permanência do fungo na área, mesmo na ausência da cultura do girassol. Para um manejo eficaz, é essencial adotar a rotação de culturas com espécies não suscetíveis, como o milho, para reduzir a quantidade dessas estruturas no solo.
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