Dessecação para Soja: Guia Completo para Plantar no Limpo

Engenheiro agrônomo, mestre e doutor em Fitotecnia focado em plantas daninhas.
Dessecação para Soja: Guia Completo para Plantar no Limpo

O manejo de plantas daninhas na entressafra é, sem dúvida, um dos momentos mais importantes no sistema de produção de grãos. É nesse período que você, produtor, tem à disposição um arsenal maior de ferramentas, incluindo herbicidas com diferentes mecanismos de ação, além de técnicas de controle mecânico e cultural.

Para a cultura da soja, começar “no limpo” não é apenas uma recomendação, é uma necessidade. A lavoura de soja tolera a competição com plantas daninhas por um período muito curto. Se o manejo inicial falhar, a perda de produtividade é praticamente certa.

Então, como garantir uma dessecação eficiente para plantar sua soja em um terreno livre de concorrência? Neste guia, vamos detalhar os passos essenciais para você acertar no manejo. Confira!

Fatores Essenciais para uma Dessecação de Sucesso

Como já mencionado, a soja é sensível à competição inicial. Estudos mostram que ela tolera a presença de daninhas por cerca de 18 dias após a emergência. Em condições mais difíceis, como falta de água ou nutrientes, esse prazo pode cair para apenas 7 dias, ou até menos.

Para garantir um bom começo, vamos analisar os pontos mais importantes da dessecação pré-plantio.

1. Identificação Correta das Plantas Daninhas

O primeiro passo para um manejo eficaz e econômico é saber exatamente quais plantas daninhas estão presentes na sua área e como estão distribuídas.

É fundamental identificar as plantas daninhas enquanto ainda são pequenas, pois o controle é muito mais fácil e barato nessa fase.

Além disso, conheça o histórico da sua área para saber quais sementes de daninhas podem estar no solo (o chamado “banco de sementes”). Isso permite que você se antecipe ao problema antes mesmo que elas germinem.

Dica Estratégica: Quando sua área tiver uma infestação mista de plantas de folhas largas (como a buva) e folhas estreitas de difícil controle (como o capim-amargoso), priorize o controle das folhas largas durante a entressafra. A razão para isso é a seletividade: existem mais opções de herbicidas para controlar gramíneas (folhas estreitas) após a emergência da soja sem prejudicar a cultura.

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2. Atenção à Resistência a Herbicidas

Depois de mapear as plantas daninhas na sua lavoura, é crucial verificar se alguma delas possui histórico de resistência a herbicidas na sua região ou no país. Ignorar esse fator pode levar à aplicação de produtos que simplesmente não funcionarão, resultando em perda de tempo e dinheiro.

Para evitar a seleção de plantas resistentes na sua propriedade, planeje seu manejo com as seguintes práticas:

  • Rotação de mecanismos de ação: Alterne herbicidas com modos de ação diferentes para não pressionar sempre o mesmo ponto fraco da planta daninha.
  • Rotação de culturas: Plantar culturas diferentes a cada safra ajuda a quebrar o ciclo de vida de daninhas específicas.
  • Adubação verde: O uso de plantas de cobertura abafa o crescimento das daninhas e melhora a saúde do solo.
  • Consórcio entre culturas: Combinar culturas, como milho com brachiaria, cria uma competição que suprime o desenvolvimento das invasoras.

uma ampla lavoura de milho em estágio de desenvolvimento vegetativo. As plantas de milho, com suas folhas verdO consórcio de milho com brachiaria é uma excelente estratégia para suprimir plantas daninhas. (Fonte: FundaçãoMS)

3. O Estádio de Desenvolvimento da Planta Daninha

O tamanho da planta daninha no momento da aplicação é decisivo para a eficiência do herbicida. A regra geral é clara: quanto menor a planta, mais fácil é o controle.

  • Para folhas largas: O ideal é aplicar quando elas têm de 2 a 4 folhas.
  • Para folhas estreitas: O controle é mais eficaz com 2 a 3 perfilhos.

Atenção! Para algumas espécies de crescimento rápido, como o capim-pé-de-galinha e o caruru-palmeri, essa janela de aplicação ideal é muito curta.

close-up de uma plântula de capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), uma planta daninha comum em diversas culCapim-pé-de-galinha no estádio ideal para controle, com apenas 2 perfilhos.

uma visão macro, de cima para baixo, de uma plântula em seu estágio inicial de desenvolvimento, brotando de umCaruru-palmeri no ponto ideal de manejo, com 4 folhas. (Fonte: On Vegetables)

Quando as plantas daninhas crescem, elas desenvolvem mecanismos de defesa. A camada de cera nas folhas aumenta (como no caso da trapoeraba), dificultando a absorção do herbicida. Além disso, plantas maiores criam estruturas de reserva nas raízes, o que facilita a rebrota mesmo após uma aplicação (um problema comum com o capim-amargoso).

4. Manejo de Outono: A Estratégia de Começar Cedo

O manejo de outono, também conhecido como manejo antecipado ou sequencial, consiste em controlar as plantas daninhas logo após sua emergência. Agir cedo aproveita o estádio de desenvolvimento mais vulnerável das invasoras, tornando o controle mais fácil e eficiente.

Essa estratégia é ainda mais importante se houver plantas perenizadas na área, ou seja, aquelas que sobreviveram da safra anterior. Nesses casos, o manejo deve começar o quanto antes, pois pode ser necessário realizar aplicações sequenciais para um controle definitivo.

5. O Uso Inteligente de Herbicidas Pré-emergentes

Atualmente, os herbicidas pré-emergentes são aliados poderosos no combate à resistência. Seus principais benefícios são:

  • Controle na fonte: Atuam sobre as plantas daninhas no momento da germinação, antes que elas possam competir com a cultura.
  • Poucos casos de resistência: Para as principais daninhas, ainda há poucos ou nenhum registro de resistência a esses produtos no Brasil.
  • Menos aplicações em pós-emergência: Um bom controle inicial reduz a necessidade de pulverizações corretivas durante o ciclo da soja.

No entanto, a recomendação de pré-emergentes exige atenção a mais detalhes, como:

  • Teor de argila e pH do solo;
  • Quantidade de palha na superfície;
  • Condições climáticas (umidade);
  • Nível de infestação;
  • Período residual: o tempo que o produto permanece ativo no solo.

Confira mais detalhes neste vídeo:

É fundamental entender o alvo do pré-emergente. A buva, por exemplo, germina principalmente entre junho e setembro, em períodos de clima ameno e úmido. Já o capim-amargoso emerge durante todo o ano, desde que haja umidade no solo.

close-up de um solo de coloração avermelhada, característico de latossolos, onde diversas plântulas estão ePlântulas de buva emergindo, momento ideal para a ação de herbicidas pré-emergentes. (Fonte: Arquivo do autor)

Lembre-se que o alvo do pré-emergente é o solo. Se houver muita palha ou uma grande cobertura de plantas daninhas já estabelecidas, o produto pode ficar retido nessa massa e não atingir o solo, perdendo sua eficácia.

6. Seletividade e o Risco do “Carryover”

Ao utilizar herbicidas com efeito residual – seja ele longo (como metsulfuron, que pode durar 60 dias) ou mais curto (como o 2,4-D, com cerca de 14 dias) –, é essencial que a cultura a ser plantada em seguida seja tolerante a esse produto.

Se a cultura não for seletiva, você deve respeitar o período de carência mínimo. Caso contrário, ocorre o carryover, que nada mais é do que a fitointoxicação da cultura pelo resíduo do herbicida aplicado anteriormente.

close-up de uma planta de soja jovem afetada por uma doença, provavelmente o Mosaico Comum da Soja. As folSintomas de carryover de metsulfuron em soja, causando danos visíveis às folhas. (Fonte: AgroProfesional)

7. Tecnologia de Aplicação e Condições Climáticas

Para que a aplicação de herbicidas seja eficiente, as boas práticas de tecnologia de aplicação são indispensáveis.

  • Após um período de seca: Depois de uma estiagem prolongada, as plantas daninhas ficam estressadas. É preciso esperar alguns dias após uma boa chuva para que elas se recuperem e voltem a absorver os produtos de forma adequada.
  • Condições ideais de aplicação: Aplique os herbicidas dentro das condições climáticas recomendadas (temperatura, umidade do ar e velocidade do vento), sempre com o uso de bons adjuvantes.
  • Volume de calda: Em condições adversas, evite a baixa vazão. O mínimo recomendado é de 100 L/ha de volume de calda para garantir uma boa cobertura.
  • Manejo de plantas perenizadas: Se houver plantas daninhas grandes e resistentes na área, uma boa tática é roçá-las um pouco antes da previsão de chuva. Quando elas começarem a rebrotar com as novas folhas, aplique o herbicida. A absorção será muito mais eficiente.

pulverizador autopropelido de grande porte, da marca Jacto e de cor laranja, em plena operação numa lavouraDessecação de capim-amargoso já passado do estádio ideal exige mais cuidado na aplicação e, muitas vezes, doses maiores ou aplicações sequenciais. (Fonte: Copacol)

Principais Herbicidas para o Manejo de Entressafra da Soja

A seguir, apresentamos um resumo prático dos herbicidas mais utilizados, com suas principais características.

Herbicidas Pós-emergentes (Ação sobre plantas já nascidas)

Paraquat

  • Aplicação: Ideal para plantas pequenas (menores que 10 cm ou com até 3 perfilhos) ou em manejo sequencial para controlar a rebrota de plantas maiores.
  • Alvo: Herbicida de contato não seletivo.
  • Dose: 1,5 a 2,0 L/ha.
  • Misturas: Apresenta muitos problemas de incompatibilidade na calda. Teste antes.
  • Cuidados: Exige um bom molhamento das folhas para funcionar. Está sendo retirado do mercado por questões de toxicidade.

Chlorimuron

  • Aplicação: Usado na primeira aplicação do manejo sequencial, pois também oferece efeito residual no solo.
  • Alvo: Principalmente plantas daninhas de folhas largas (ex: buva).
  • Dose: 60 a 80 g/ha.
  • Misturas: Geralmente associado a outros herbicidas sistêmicos, como o glifosato.
  • Cuidados: Existem muitas populações de buva resistentes a este produto. Verifique o histórico da sua área.

2,4-D

  • Aplicação: Utilizado nas primeiras aplicações do manejo sequencial.
  • Alvo: Plantas daninhas de folhas largas (ex: buva).
  • Dose: 1,2 a 2,0 L/ha.
  • Misturas: Pode ser combinado com herbicidas sistêmicos (como glifosato) e/ou pré-emergentes. Atenção com a incompatibilidade no tanque, principalmente com graminicidas.
  • Cuidados: Ao usar 2,4-D perto do plantio da soja, respeite o intervalo de segurança: 1 dia para cada 100 g de ingrediente ativo por hectare.

Glifosato

  • Aplicação: Ótimo controle em plantas pequenas (até 4 folhas ou 2 perfilhos). Pode ser usado na primeira aplicação do manejo sequencial.
  • Alvo: Herbicida sistêmico não seletivo.
  • Dose: 2,0 a 4,0 L/ha.
  • Misturas: Pode ser misturado com outros herbicidas sistêmicos (2,4-D, graminicidas), pré-emergentes (sulfentrazone) ou de contato (saflufenacil). Produtos com dois sais ou em formulação granulada têm mais problemas de incompatibilidade.
  • Cuidados: Muitos casos de resistência. Sua eficiência diminui se a calda tiver pH elevado.

Glufosinato de Amônio

  • Aplicação: Eficaz em plantas pequenas (menores que 10 cm ou com 3 perfilhos) ou em manejo sequencial para controlar rebrota.
  • Alvo: Não seletivo, porém mais efetivo em folhas largas.
  • Dose: 2,5 a 3,0 L/ha.
  • Misturas: Pode ser associado a herbicidas sistêmicos como glifosato e graminicidas.

Saflufenacil

  • Aplicação: Ideal para plantas pequenas (menores que 10 cm) ou em manejo sequencial.
  • Alvo: Foco em plantas daninhas de folhas largas (ex: buva).
  • Dose: 35 a 100 g/ha.
  • Misturas: Comumente associado a herbicidas sistêmicos, como o glifosato.

Cletodim

  • Aplicação: Excelente controle de gramíneas pequenas (até 2 perfilhos) ou na primeira aplicação do manejo sequencial.
  • Alvo: Controle de gramíneas (folhas estreitas).
  • Dose: 0,5 a 1,0 L/ha.
  • Misturas: Geralmente associado ao glifosato. Se for misturar com 2,4-D, aumente a dose de cletodim em 20%.

Haloxyfop

  • Aplicação: Ótimo para gramíneas pequenas (até 2 perfilhos) ou na primeira aplicação do manejo sequencial.
  • Alvo: Controle de gramíneas.
  • Dose: 0,55 a 1,2 L/ha.
  • Misturas: Geralmente associado ao glifosato. Se for misturar com 2,4-D, aumente a dose de haloxyfop em 20%.

Lembrete: O uso de adjuvantes deve sempre seguir a recomendação da bula do produto!

uma extensa lavoura de soja em um estágio avançado de desenvolvimento, caracterizada por uma densa cobertura dInfestação de buva na soja, um sinal claro de que o manejo na entressafra falhou. (Fonte: Arquivo do autor)

Herbicidas Pré-emergentes (Ação sobre o banco de sementes no solo)

Diclosulam

  • Aplicação: Herbicida residual para controle do banco de sementes, aplicado no manejo de outono.
  • Alvo: Ótimo controle de folhas largas (buva) e algumas gramíneas (capim-amargoso).
  • Dose: 29,8 a 41,7 g/ha.
  • Misturas: Associado a herbicidas sistêmicos (glifosato, 2,4-D).
  • Cuidados: O solo precisa estar úmido para sua correta ativação.

Flumioxazin

  • Aplicação: Herbicida residual usado no manejo de outono ou no sistema de “aplique e plante” da soja.
  • Alvo: Excelente controle de folhas largas (buva) e algumas gramíneas (capim-amargoso).
  • Dose: 40 a 120 g/ha.
  • Misturas: Pode ser combinado com glifosato, 2,4-D e imazetapir.

S-metolachlor

  • Aplicação: Herbicida residual usado no sistema de “aplique e plante” da soja.
  • Alvo: Focado em gramíneas de semente pequena (capim-amargoso, capim-pé-de-galinha).
  • Dose: 1,5 a 2,0 L/ha.
  • Misturas: Geralmente associado a herbicidas sistêmicos como o glifosato.
  • Cuidados: Não deve ser aplicado em solos arenosos. O solo deve estar úmido, com boa perspectiva de chuva.

Trifluralina

  • Aplicação: Herbicida residual aplicado no manejo de outono.
  • Alvo: Gramíneas de semente pequena (capim-amargoso, capim-pé-de-galinha).
  • Dose: 1,2 a 4,0 L/ha, dependendo da daninha alvo e da cobertura do solo.
  • Misturas: Associado a herbicidas sistêmicos (glifosato e graminicidas).
  • Cuidados: Deve ser aplicado em solo úmido e sem torrões. Formulações mais antigas se degradam com a luz solar (fotodegradação), exigindo incorporação. Sua eficiência é muito reduzida em solos com muita palha ou em períodos secos.

Sulfentrazone

  • Aplicação: Herbicida residual para controle de banco de sementes, usado no manejo de outono.
  • Alvo: Ótimo controle de folhas largas e bom controle de algumas gramíneas. Excelente para áreas com infestação de tiririca.
  • Dose: Recomenda-se 0,5 L/ha, pois existe grande variação na seletividade entre as cultivares de soja.
  • Misturas: Pode ser combinado com glifosato, 2,4-D, chlorimuron e clomazone.

Importante: A recomendação de produtos fitossanitários deve ser sempre feita por um engenheiro agrônomo. No entanto, o conhecimento do produtor sobre as opções disponíveis é fundamental para tomar as melhores decisões em conjunto com o técnico.

Conclusão

Neste artigo, vimos a importância de um manejo de dessecação bem planejado e executado antes do plantio da soja. Abordamos as principais ferramentas de controle químico disponíveis para a entressafra e como posicioná-las corretamente para evitar danos à cultura e garantir máxima eficiência.

Lembre-se que o sucesso depende da combinação de várias técnicas, incluindo a identificação correta das daninhas, o respeito ao estádio ideal de controle e a aplicação das melhores práticas agronômicas.

Com estas informações em mãos, você está mais preparado para realizar uma dessecação de alta performance e começar sua safra de soja com o pé direito, livre da competição inicial das plantas daninhas.


Glossário

  • Adjuvantes: Substâncias adicionadas à calda de pulverização para melhorar a eficácia do herbicida. Ajudam o produto a se espalhar melhor sobre a folha, a penetrar na planta ou a resistir à lavagem pela chuva.

  • Banco de Sementes: O conjunto de sementes de plantas daninhas viáveis que existem no solo. Funciona como um “estoque” de futuras infestações que podem germinar assim que as condições se tornam favoráveis.

  • Carryover: Efeito residual negativo de um herbicida no solo que causa danos (fitointoxicação) à cultura plantada em seguida. Acontece quando o intervalo entre a aplicação do produto e o plantio da nova cultura não é respeitado.

  • Dessecação: Prática de aplicar herbicidas antes do plantio para eliminar completamente a vegetação existente na área. O objetivo é garantir que a cultura principal, como a soja, comece a se desenvolver “no limpo”, sem competir por luz, água e nutrientes.

  • Entressafra: Período entre a colheita de uma safra e o plantio da safra seguinte. É uma janela de tempo crucial para realizar o manejo do solo e o controle antecipado de plantas daninhas.

  • Herbicidas pré-emergentes: Produtos aplicados sobre o solo antes da germinação das plantas daninhas. Eles formam uma barreira química que impede as sementes de se desenvolverem, controlando a infestação antes mesmo que ela comece.

  • L/ha (Litros por hectare): Unidade que mede o volume de calda (mistura de água e defensivos) aplicado por hectare. Um hectare equivale a 10.000 m², área similar à de um campo de futebol oficial.

  • Perfilhos: Brotos que nascem na base do colmo principal de plantas da família das gramíneas (folhas estreitas). O controle do capim é mais fácil e eficiente quando ele possui poucos perfilhos (2 a 3), pois indica que a planta ainda é jovem.

Como a tecnologia simplifica o manejo e o controle de custos

O manejo de plantas daninhas na entressafra, como vimos, é uma operação complexa que impacta diretamente a produtividade e os custos de produção. Controlar o momento certo de cada aplicação, escolher os herbicidas adequados e, ao mesmo tempo, manter as despesas sob controle exige um planejamento detalhado.

É aqui que a tecnologia se torna uma grande aliada. Um software de gestão agrícola como o Aegro centraliza todas essas informações, permitindo que você planeje e registre cada pulverização, controle o estoque de defensivos e acompanhe os custos por talhão em tempo real. Dessa forma, fica mais fácil tomar decisões baseadas em dados, otimizar o uso de insumos e garantir que cada centavo investido no manejo retorne em produtividade.

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Perguntas Frequentes

Qual a principal diferença entre herbicidas pré-emergentes e pós-emergentes na dessecação?

Herbicidas pós-emergentes, como o glifosato, controlam plantas daninhas que já germinaram e estão visíveis na área. Já os pré-emergentes são aplicados sobre o solo e atuam no banco de sementes, impedindo que as daninhas germinem. A combinação de ambos é uma estratégia poderosa para garantir que a soja comece seu ciclo “no limpo” e com efeito residual.

O que é o efeito ‘carryover’ e como posso evitá-lo na minha lavoura de soja?

O ‘carryover’ é a fitointoxicação da soja causada pelo resíduo de um herbicida aplicado anteriormente. Para evitá-lo, é crucial conhecer o período residual do produto utilizado na entressafra e respeitar o intervalo de carência recomendado na bula antes de semear. A escolha de herbicidas seletivos para a cultura sucessora também é fundamental para prevenir danos.

Se minha área tem buva e capim-amargoso, qual devo priorizar no manejo de entressafra e por quê?

A estratégia recomendada é priorizar o controle das plantas de folhas largas, como a buva. O motivo é que existem mais opções de herbicidas graminicidas seletivos que podem ser usados para controlar o capim-amargoso após a emergência da soja, sem prejudicar a cultura. O controle da buva em pós-emergência da soja é muito mais complexo e limitado.

Por que não é recomendado aplicar herbicidas em plantas daninhas durante um período de seca?

Durante a estiagem, as plantas daninhas entram em estresse hídrico, reduzindo seu metabolismo para economizar água. Isso dificulta a absorção e a translocação de herbicidas, diminuindo drasticamente a eficácia da aplicação. O ideal é esperar por uma chuva e aplicar o produto alguns dias depois, quando as plantas estiverem metabolicamente ativas novamente.

Qual o momento ideal para controlar as plantas daninhas e garantir a máxima eficiência do herbicida?

A regra de ouro é: quanto menor a planta daninha, mais fácil e eficiente é o controle. O ideal é aplicar em plantas de folhas largas com 2 a 4 folhas e em gramíneas com até 2 a 3 perfilhos. Plantas maiores desenvolvem defesas, como cutículas mais espessas, exigindo doses maiores e, muitas vezes, não sendo controladas por completo.

É possível controlar plantas daninhas resistentes ao glifosato na dessecação para soja?

Sim, é totalmente possível e necessário. A chave é utilizar o Manejo Integrado de Plantas Daninhas, rotacionando herbicidas com diferentes mecanismos de ação. Produtos como 2,4-D, cletodim, glufosinato e pré-emergentes como o flumioxazin são ferramentas eficazes contra populações resistentes e ajudam a prevenir o surgimento de novos casos de resistência.

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