A dessecação da soja antes da colheita é uma prática comum, mas que ainda gera debates entre produtores e pesquisadores. Enquanto muitos a adotam para otimizar o processo, outros questionam se a maturação “forçada” pode comprometer o ganho final de produtividade.
Diante dessas dúvidas, preparamos este guia completo. Aqui, vamos detalhar o que deve ser feito para que a dessecação seja uma ferramenta que agregue valor e rentabilidade à sua operação, sem riscos para a lavoura. Acompanhe!
Por que Dessecar uma Plantação de Soja?
Para começar, vamos alinhar os conceitos. Dessecar, de forma direta, é o processo de secagem rápida e extrema de uma planta. O objetivo é remover sua umidade (água) para que ela seque por completo de maneira controlada.
Hoje, a propriedade rural funciona como uma empresa complexa, que produz tanto proteína vegetal quanto animal. Por isso, técnicas como a dessecação são adotadas para agilizar os processos e permitir que uma nova safra comece mais rápido, otimizando o uso da terra.
Os dois maiores produtores de soja mundiais, Brasil e Estados Unidos, reduziram a estimativa de produção total devido a fatores climáticos. Uma boa dessecação ajuda a reduzir perdas na colheita e a proteger a produtividade. (Fonte: Foto de Tarso Veloso/ARC em Globo Rural)
A necessidade de acelerar a colheita aumentou com a entrada de cultivares de soja cada vez mais precoces. Isso permite que os produtores antecipem ao máximo o plantio do milho safrinha. Toda essa estratégia gira em torno de um conceito fundamental: a janela de plantio.
Janela de plantio: é o período ideal para a semeadura em cada região, definido com base nas melhores condições de radiação solar, temperaturas e volume de chuvas.
Plantar fora dessa janela expõe a lavoura a condições desfavoráveis, o que pode impactar diretamente a produtividade da soja.
Os 3 Principais Objetivos da Dessecação da Soja
A dessecação de soja para colheita tornou-se uma prática frequente por oferecer três benefícios fundamentais para o produtor.
(Fonte: Syngenta)
1. Antecipação da Colheita
Realizar a semeadura no início da janela de plantio ajuda a reduzir riscos climáticos, como geadas ou veranicos. A dessecação complementa essa estratégia, pois permite antecipar a colheita da soja. Isso é essencial em regiões onde se planeja uma segunda safra, como a do milho.
A lógica é simples e direta: ao respeitar a janela de plantio, você desseca a área, antecipa a colheita e consegue iniciar o plantio da safrinha em melhores condições.
A antecipação da colheita pode variar de 3 a 7 dias, dependendo de três fatores:
- Momento da aplicação: a umidade do grão na hora de dessecar.
- Produto utilizado: a eficiência do herbicida escolhido.
- Condições climáticas: o clima após a aplicação do dessecante.
2. Uniformidade da Plantação
A uniformidade na maturação dos grãos é crucial para o rendimento operacional da colhedora. Quando a lavoura seca de maneira homogênea, problemas como haste verde e retenção de folhas são reduzidos.
Como resultado, a máquina embucha menos, o que diminui as perdas de grãos na plataforma de corte e garante um produto final com menor índice de impurezas.
3. Controle de Plantas Daninhas
A dessecação também funciona como uma última etapa de controle. Ela elimina plantas invasoras que não foram manejadas corretamente durante o ciclo da cultura, limpando a área e facilitando a operação de colheita.
Qual o Momento Certo para Dessecar a Soja?
Definir o momento exato para a dessecação é o ponto mais crítico de todo o processo. O ponto ideal ocorre quando a soja atinge a sua maturação fisiológica, que é quando acontece o maior acúmulo de matéria seca no grão. A partir desse estágio, a planta apenas perde água, sem ganho de peso.
Maturação fisiológica: é o ponto em que o grão atinge seu peso seco máximo e não acumula mais nutrientes.
Este ponto ocorre a partir do estádio R6.5, quando já não há mais risco de perdas de rendimento. O período mais recomendado para a dessecação é entre os estádios R6.5 e R7. Muitos produtores optam pelo estádio R7, pois é mais fácil de identificar a campo, com as folhas já mais amareladas.
(Fonte: Baseado Pedersen (2007), criado por Erin W. Hodgson (2010) publicado em Hodgson (2012))
- VE: Cotilédones emergidos
- VC: Folhas unifolioladas expandidas (bordas não se tocam)
- V1: 1ª folha trifoliolada expandida
- R1: 1ª Flor aberta em qualquer nó
- R2: Flor aberta no primeiro ou segundo nó do ramo principal
- R3: Vagens com 5 mm nos 4 primeiros nós
- R4: Vagens com 2 cm nos 4 primeiros nós
- R5: Grãos com 3 mm em um dos 4 primeiros nós
- R6: Grão verde que preenche a capacidade da vagem em um dos 4 primeiros nós
- R7: Uma vagem do ramo principal atingiu a cor de vagem madura
- R8: 95% das vagens atingiram a cor de vagem madura
5 Dicas Práticas para Identificar o Ponto Certo de Dessecação
Saber o momento ideal para dessecar é a principal preocupação do produtor. Para ajudar, listamos alguns pontos de verificação para uma dessecação segura e eficaz:
Dica 1: Umidade do Grão Os grãos de soja devem estar com no máximo 58% de umidade. Colete uma amostra representativa da lavoura e, se possível, faça um teste de umidade para confirmar.
Dica 2: Coloração das Folhas e Vagens Observe a lavoura. As folhas e vagens devem estar mudando de cor, passando do verde intenso para um tom de verde claro ou amarelado.
(Fonte: DuPont Pioneer)
Dica 3: Aspecto do Grão Os grãos devem estar passando de um aspecto esbranquiçado e opaco para um aspecto brilhoso (veja o Lado A da imagem abaixo).
Dica 4: Desligamento do Grão na Vagem Ao abrir uma vagem, verifique se os grãos estão soltos, sem estarem presos por fibras. Esse é o sinal de que “desmamaram” e atingiram a maturação fisiológica (veja o Lado B da imagem abaixo).
(Foto: Adaptado pela autora de Edson e Paulo em Informações agronômicas)
Dica 5: Cor da Vagem na Haste Principal Verifique se há pelo menos uma vagem sadia na haste principal da planta que já atingiu a cor de maturação, que geralmente é amarronzada ou bronzeada.
(Foto: Edson e Paulo em Informações agronômicas)
Principais Herbicidas para uma Dessecação Eficiente
A secagem na agricultura é feita com a aplicação de herbicidas dessecantes, que ao serem aplicados na soja, causam o mesmo efeito em plantas daninhas: secam a planta rapidamente. Com isso, as folhas caem e a planta perde água, preparando a lavoura para a colheita.
Para que os resultados sejam os esperados, o agricultor deve sempre respeitar o período de carência indicado para cada dessecante. Abaixo, listamos os herbicidas mais comuns para a dessecação da soja:
Gramoxone + Agral
- Dose:
1,0 a 1,5 l/ha
+0,1% v.v.
- Volume de calda:
150 a 200 l/ha
- Utilização: Ideal para antecipação de colheita ou em lavouras com infestação mista, mas com predomínio de gramíneas.
- Carência: Mínimo de 7 dias antes da colheita.
Reglone + Agral
- Dose:
1,0 a 2,0 l/ha
+0,1% v.v.
- Volume de calda:
150 a 200 l/ha
- Utilização: Recomendado para antecipação de colheita ou em áreas com infestação mista, mas com predomínio de folhas largas.
- Carência: Mínimo de 7 dias antes da colheita.
Gramoxone + Reglone (+ Agral)
- Dose:
0,75 a 1,0 l/ha
de cada produto (+0,1% v.v.
) - Volume de calda:
150 a 200 l/ha
- Utilização: Indicado para dessecação geral ou em lavouras com infestação mista de gramíneas e folhas largas.
- Carência: Mínimo de 7 dias antes da colheita.
É importante notar que esses produtos têm ação de contato, ou seja, eles não se movem (translocam) pela planta. A absorção ocorre em cerca de 30 minutos, o que significa que chuvas após esse período não interferem na sua eficácia. Além disso, não possuem efeito residual no solo.
Atenção: O uso desses defensivos agrícolas deve ser sempre orientado por um(a) engenheiro(a) agrônomo(a).
Outros Benefícios de uma Dessecação Bem-Feita
Além da antecipação, uniformidade e controle de daninhas, a prática correta da dessecação traz outras vantagens para o negócio:
- Venda antecipada: Permite comercializar a produção mais cedo, aproveitando melhores preços.
- Capital de giro: Agiliza o retorno financeiro para a compra de insumos da próxima safra.
- Plantio no limpo: A cultura subsequente (safrinha) é semeada em uma área livre de plantas daninhas.
- Umidade do solo: Ajuda a aproveitar melhor a umidade do solo para a safra seguinte.
- Melhor resultado na safrinha: Um plantio antecipado da safrinha geralmente resulta em maior produtividade.
- Qualidade do grão: Reduz impurezas e melhora a qualidade geral dos grãos colhidos.
- Menos perdas na colheita: Facilita a operação da colhedora, reduzindo perdas mecânicas.
(Fonte: Foto Anderson Viegas em G1 e Ponta Porã Informa)
Desafios e Riscos da Dessecação
Apesar das vantagens, o produtor precisa ficar atento ao momento correto da aplicação. Atrasos na colheita após a dessecação podem trazer surpresas desagradáveis:
- Abertura de vagens: Perdas por debulha natural no campo.
- Grãos “ardidos”: Aumento da incidência devido à exposição a condições adversas.
- Germinação na vagem: Pode ocorrer caso haja excesso de umidade por um período prolongado.
- Perda de qualidade das sementes: A dessecação pode afetar o vigor e a germinação de sementes salvas para o próximo plantio.
Além disso, se ocorrerem muitos dias chuvosos após a aplicação, a antecipação da colheita pode não ser tão significativa. No entanto, mesmo nesse cenário, a área dessecada tende a perder umidade mais rapidamente assim que a chuva cessa.
A velocidade de secagem das plantas dependerá do produto, da dosagem e, principalmente, das condições climáticas.
A Colheita Pode Ser Feita Sem Dessecação?
Sim, a colheita pode ser realizada sem dessecação. O produtor deve avaliar os benefícios da prática e cruzar essa informação com a previsão do tempo para a sua região. É uma decisão que envolve análise de risco e planejamento.
Por isso, um bom planejamento agrícola é fundamental, prevendo essas condições antes mesmo do plantio da soja.
Respeitar o momento certo da aplicação é a regra de ouro. Dessecar antes da maturação fisiológica causa perdas diretas no rendimento, pois interrompe o enchimento dos grãos. A partir do ponto recomendado, a planta já entregou todos os nutrientes e está apenas perdendo água, sendo o momento seguro para intervir.
Para garantir a segurança do processo, produtores que adotam a dessecação devem sempre seguir as orientações agronômicas de um profissional de confiança.
Conclusão
A dessecação da soja é uma ferramenta poderosa para antecipar a colheita, uniformizar a lavoura e otimizar o plantio da safrinha. Quando utilizada corretamente, no momento certo e com os produtos adequados, ela proporciona ganhos significativos ao produtor.
Neste guia, vimos as principais orientações para realizar uma dessecação eficiente. Lembre-se, no entanto, que a colheita natural (sem dessecante) continua sendo uma opção válida, especialmente em safras com previsão de chuva no período de colheita ou dependendo da sua estratégia de venda.
Avalie todos os benefícios e riscos, tome sua decisão de forma consciente e tenha uma excelente colheita
Glossário
Ação de contato (Herbicida de): Refere-se a um tipo de herbicida que age apenas nas partes da planta que ele toca diretamente. Diferente de produtos sistêmicos, ele não se move (transloca) pelo interior da planta, exigindo uma boa cobertura durante a aplicação.
Cultivares de soja: São as diferentes variedades de soja desenvolvidas por melhoramento genético para se adaptarem a distintas condições de clima e solo. Cada cultivar possui características próprias, como ciclo de maturação (precocidade), resistência a pragas e potencial produtivo.
Dessecação: Prática de aplicar herbicidas para acelerar e uniformizar a secagem da lavoura antes da colheita. O objetivo é antecipar a colheita, facilitar a operação das máquinas e controlar plantas daninhas remanescentes.
Estádios fenológicos (Ex: R6.5, R7): Fases do desenvolvimento de uma planta, identificadas por códigos visuais. Na soja, os estágios reprodutivos (R) indicam o desenvolvimento de flores, vagens e grãos, sendo cruciais para definir o momento ideal de práticas como a dessecação.
Janela de plantio: Período ideal para a semeadura de uma cultura em determinada região, definido pelas melhores condições de chuva, temperatura e radiação solar. Plantar dentro da janela maximiza o potencial produtivo da lavoura.
Maturação fisiológica: Ponto em que o grão atinge seu peso seco máximo e cessa o acúmulo de nutrientes. A partir deste estágio, a planta apenas perde água, sendo o momento seguro para iniciar a dessecação sem perdas de produtividade.
Safrinha: Segunda safra cultivada no mesmo ano agrícola, geralmente plantada logo após a colheita da safra principal de verão (ex: milho após a soja). Essa prática otimiza o uso da terra e aproveita a umidade residual do solo.
Volume de calda: Quantidade total da mistura de água com o defensivo agrícola a ser aplicada por hectare (l/ha). O volume correto é essencial para garantir a cobertura adequada das plantas e a eficácia do produto aplicado.
Como a tecnologia ajuda a otimizar a dessecação
A decisão de dessecar a soja envolve um planejamento minucioso, desde a identificação do estádio fenológico correto até o cálculo do retorno sobre o investimento. Controlar todas essas variáveis em planilhas ou cadernos pode ser complexo e levar a erros que custam caro. Um software de gestão agrícola como o Aegro simplifica esse processo, permitindo registrar as atividades no campo para acertar o timing da aplicação. Além disso, ao centralizar os custos da operação — dos herbicidas ao combustível —, fica fácil analisar se a antecipação da colheita realmente trouxe o lucro esperado.
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Perguntas Frequentes
Qual é o maior risco de realizar a dessecação da soja antes do ponto de maturação fisiológica?
O maior risco é a perda direta de produtividade. Aplicar o dessecante antes do estádio R6.5 interrompe o processo de enchimento dos grãos, resultando em sementes mais leves e menores. Isso impacta diretamente o peso final por hectare e, consequentemente, a rentabilidade da lavoura, pois o grão não atingiu seu potencial máximo.
Se chover logo após a aplicação do dessecante, eu perco o produto?
Não necessariamente. Os herbicidas de contato mais comuns na dessecação, como o Gramoxone e o Reglone, têm uma rápida absorção pela planta, geralmente ocorrendo em cerca de 30 minutos. Se a chuva ocorrer após esse período, a eficácia do produto não será significativamente afetada. No entanto, chuvas prolongadas podem atrasar a secagem da planta e a própria colheita.
A dessecação da soja afeta a qualidade dos grãos para produção de sementes?
Sim, a dessecação pode impactar negativamente a qualidade fisiológica das sementes, principalmente seu vigor e poder de germinação. O processo de secagem acelerada pode causar danos ao embrião. Por isso, para áreas destinadas à produção de sementes para o próximo plantio, a prática não é recomendada, sendo preferível a maturação natural.
Em que situações a colheita sem dessecação pode ser mais vantajosa?
A colheita sem dessecação é uma boa estratégia quando a lavoura já apresenta alta uniformidade de maturação e está com baixo índice de plantas daninhas. Também é uma opção mais segura se a previsão do tempo indicar um longo período de chuvas na época da colheita, pois a dessecação poderia expor os grãos a umidade excessiva por mais tempo, aumentando o risco de grãos “ardidos”.
Após dessecar a soja, quanto tempo tenho para realizar a colheita antes de ter perdas?
O ideal é iniciar a colheita assim que os grãos atingem a umidade adequada (geralmente entre 13% e 15%). Atrasar a operação após a secagem completa da lavoura aumenta os riscos de perdas por debulha natural (abertura de vagens no campo) e a deterioração da qualidade dos grãos por conta da exposição ao clima. A janela de colheita ótima após a dessecação é curta e exige um bom planejamento logístico.
A dessecação controla todos os tipos de plantas daninhas na pré-colheita?
A dessecação ajuda a controlar plantas daninhas presentes na lavoura no momento da aplicação, facilitando a colheita. No entanto, sua eficácia depende do tipo de planta daninha e do produto utilizado. Por exemplo, herbicidas como Reglone são mais eficazes em folhas largas, enquanto Gramoxone atua bem em gramíneas, sendo a mistura de ambos uma opção para infestações mistas.
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