Controle de Tiririca: Guia para Identificar e Manejar as Espécies na Lavoura

Engenheira agrônoma, mestre e doutora na linha de pesquisa de plantas daninhas. Atualmente professora da UEL (Universidade Estadual de Londrina).
Controle de Tiririca: Guia para Identificar e Manejar as Espécies na Lavoura

Tiririca, junquinho, junça, tiririca-de-três-quinas… Não importa o nome, as plantas daninhas do gênero Cyperus são velhas conhecidas e muito comuns nas lavouras brasileiras.

O controle dessas invasoras é notoriamente difícil. A situação se complica ainda mais com os diversos casos de resistência a herbicidas já registrados, tornando o manejo eficaz um verdadeiro desafio. Para piorar, essa planta daninha também pode servir de abrigo para pragas importantes, como a cochonilha.

Para ajudar você a fazer a identificação correta e garantir o melhor controle da tiririca na sua lavoura, preparamos este guia completo. Vamos lá!

As Diferentes Espécies de Tiririca e Como Identificá-las

A tiririca é uma planta daninha muito prejudicial, com uma altíssima capacidade de se reproduzir. Seu controle é complicado, especialmente nas espécies que se multiplicam não apenas por sementes, mas também por estruturas subterrâneas como bulbos, tubérculos e rizomas.

Todas as espécies de tiririca do gênero Cyperus pertencem à família Cyperaceae e são facilmente encontradas nas áreas de cultivo. Abaixo, detalhamos as características para você identificar as principais delas.

Cyperus difformis

  • Nomes Comuns: Conhecida como junça, junquinho, tiririca-do-brejo ou três-quinas.
  • Características Gerais: É uma planta anual, herbácea, que cresce em touceiras (cespitosa) e se desenvolve principalmente na região Sul do país. Prefere ambientes úmidos ou alagados, como as várzeas. Seu ciclo de vida é curto, o que facilita sua propagação, feita exclusivamente por sementes.
  • Identificação Visual:
    • Caule: A parte aérea do caule (escapo) é verde, triangular (trígono), liso e não possui ramos.
    • Folhas: As folhas na base da planta são verdes e mais curtas que o eixo da inflorescência.
    • Inflorescência: No topo do caule, você verá 3 folhas modificadas (brácteas) de cor verde. Uma delas é muito longa, a segunda é de tamanho médio e a terceira é bem curta. A base dessas brácteas tem uma pigmentação avermelhada. A inflorescência começa com uma cor amarelo-pálida e se torna castanho-escura quando amadurece.

close-up detalhado da planta daninha conhecida como tiririca, provavelmente do gênero Cyperus. O foco estáCyperus difformis (Fonte: Moreira e Bragança, 2010)

Cyperus distans

  • Nomes Comuns: Junça, junquinho, tiririca, tiririca-de-três-quinas.
  • Características Gerais: É uma espécie herbácea e perene, que se desenvolve em todo o Brasil. Possui um caule subterrâneo curto, chamado de rizoma, que ajuda na sua sobrevivência e multiplicação.
  • Identificação Visual:
    • Caule: O eixo principal que sustenta a inflorescência (escapo) é verde e de formato triangular.
    • Folhas: As folhas na base da planta se originam em alturas diferentes no caule.
    • Inflorescência: No topo do caule, há duas fileiras com até 10 brácteas, sendo que 3 ou 4 delas são bem mais compridas que as outras. A inflorescência tem cor castanha.
    • Propagação: Se multiplica tanto por sementes quanto por rizomas.

composição de duas fotos que mostram em detalhe a planta daninha conhecida como tiririca (provavelmente do gênCyperus distans (Fonte: arquivo pessoal da autora)

inflorescência da Cyperus distans.Cyperus distans (Fonte: Moreira e Bragança, 2010)

Cyperus esculentus

  • Nomes Comuns: Junça, junquinho, tiririca, tiririca-amarela, tiririca mansa ou tiriricão.
  • Características Gerais: Planta herbácea, ereta e perene, encontrada em todo o país. É uma das tiriricas mais difíceis de controlar, pois possui um sistema subterrâneo complexo com bulbo, rizoma e tubérculos.
  • Identificação Visual:
    • Caule: Triangular e sem pelos.
    • Folhas: Na base da planta, há 3 folhas dispostas em formato de roseta (rosuladas), com tamanho quase igual ao do eixo da inflorescência.
    • Inflorescência: No topo do caule, existem até 6 brácteas: 2 muito longas, 1 de tamanho médio e as outras curtas.
    • Propagação: Acontece por sementes e por todas as suas estruturas subterrâneas (bulbos, rizomas e tubérculos).

close-up detalhado da planta daninha conhecida como tiririca (Cyperus rotundus). O foco principal está na sCyperus esculentus (Fonte: Moreira e Bragança, 2010)

Cyperus flavus

  • Nomes Comuns: Junça, junquinho, tiririca ou tiririca-de-três-quinas.
  • Características Gerais: É uma planta herbácea e perene, presente em todo o Brasil. Possui um caule subterrâneo (rizoma) curto e que cresce de forma radial, formando touceiras.
  • Identificação Visual:
    • Folhas: Na base, pode ter até 10 folhas em formato de roseta, que são mais curtas que o eixo da inflorescência.
    • Inflorescência: No topo, há até 10 brácteas (3 a 4 muito longas e 4 a 6 curtas). A inflorescência tem formato de espiga cilíndrica, com cor que varia de verde-amarelada a castanha.
    • Propagação: Se espalha por sementes e pelo crescimento do rizoma.

close-up da mão de uma pessoa segurando a inflorescência de uma planta daninha, popularmente conhecida comoCyperus flavus (Fonte: arquivo pessoal da autora)

close-up detalhado da planta daninha conhecida popularmente como tiririca (Cyperus rotundus). Em foco, estãCyperus flavus (Fonte: Moreira e Bragança, 2010)

Cyperus iria

  • Nomes Comuns: Também chamada de junça, junquinho, tiririca, tiririca-de-três-quinas ou tiririca-do-brejo.
  • Características Gerais: Espécie herbácea, ereta e anual, que forma touceiras de tamanho médio e se desenvolve em todo o país. Embora não tenha rizomas, possui estruturas na base capazes de originar novos brotos (perfilhos).
  • Identificação Visual:
    • Folhas: Na base da planta, você verá de 2 a 3 folhas verdes, que são mais curtas que o eixo da inflorescência.
    • Caule: O caule é triangular e liso. No topo, surgem de 7 a 8 brácteas.
    • Inflorescência: Possui cor amarelo-ferrugínea.
    • Propagação: A multiplicação ocorre apenas por sementes.

primeiro plano a mão de uma pessoa, com unhas pintadas de rosa, segurando uma planta inteira de tiririca (CCyperus iria (Fonte: arquivo pessoal da autora)

close-up detalhado da planta daninha conhecida como tiririca (Cyperus rotundus), uma das mais problemáticasCyperus iria (Fonte: Moreira e Bragança, 2010)

Cyperus odoratus

  • Nomes Comuns: Conhecida como capim-de-cheiro, chufa, junça, junça-de-ouriço, pelo-de-sapo, tiriricão ou três-quinas.
  • Características Gerais: Planta herbácea que pode ser anual ou perene, cresce em touceiras e se desenvolve nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, principalmente em locais muito úmidos. Seu rizoma é curto, grosso e exala um odor agradável.
  • Identificação Visual:
    • Folhas: As folhas da base têm tamanhos variados, e algumas chegam a ultrapassar a altura do escapo (eixo da inflorescência).
    • Caule: O caule é triangular, verde e liso, com 5 a 9 brácteas de vários tamanhos no topo.
    • Propagação: Se multiplica por sementes e pela fragmentação do rizoma.

primeiro plano uma touceira da planta daninha conhecida como tiririca (provavelmente do gênero Cyperus), emCyperus odoratus (Fonte: Moreira e Bragança, 2010)

Cyperus rotundus

  • Nomes Comuns: Conhecida como capim-dandá, junça, tiririca, tiririca vermelha ou tiririca-de-três-quinas.
  • Características Gerais: É uma planta herbácea, perene, ereta e que se desenvolve em todo o país. Possui um sistema subterrâneo robusto, com tubérculos e rizomas. De todas as tiriricas, essa espécie é a mais agressiva e de mais difícil controle.
  • Identificação Visual:
    • Folhas: As folhas da base são um pouco menores que o eixo da inflorescência.
    • Caule: O caule é triangular, liso e sem ramos. No topo, possui 3 brácteas, com uma delas se destacando por ser muito mais longa que as outras.
    • Inflorescência: Tem formato de espiga e coloração vermelho-ferrugínea.
    • Propagação: É extremamente eficiente, se multiplicando por sementes, bulbos, tubérculos e rizomas.

close-up detalhado da planta daninha conhecida como tiririca (Cyperus rotundus), uma das infestantes mais pCyperus rotundus (Fonte: Moreira e Bragança 2010)

Herbicidas Recomendados para o Controle de Tiririca

As diferentes espécies de tiririca podem infestar diversas culturas. Na tabela abaixo, listamos os principais herbicidas utilizados no controle químico, de acordo com a espécie:

tabela informativa que relaciona diferentes espécies de plantas daninhas do gênero Cyperus, popularmen (Fonte: adaptado de Guia de Herbicidas, 2018; Agrofit, 2020)

A seguir, detalhamos as recomendações para alguns dos principais produtos registrados.

Bentazon

  • Ação: Herbicida seletivo para soja, arroz, feijão, milho e trigo. Age por contato (não sistêmico) e pertence ao grupo dos Inibidores do Fotossistema 2 (impede a fotossíntese da planta daninha).
  • Aplicação em Arroz Irrigado:
    • É usado para controlar Cyperus iria, C. ferax, C. difformis, C. esculentus e C. lanceolatus.
    • Importante: As plantas daninhas devem ter no máximo 12 cm de altura.
    • Manejo da Água: A água da área deve ser retirada antes do tratamento para expor as folhas das invasoras. A irrigação pode ser retomada 48 horas após a aplicação.
    • Dose: A dose recomendada é de 1,6 L de produto comercial (p.c.) por hectare de Basagran® 600 ou 2,0 L p.c. por hectare de Basagran® 480.
    • Segurança: O intervalo de segurança para a cultura do arroz é de 60 dias.

Carfentrazone

  • Ação: Herbicida de pós-emergência, seletivo condicional e de ação não sistêmica. Pertence ao grupo dos Inibidores da PROTOX.
  • Aplicação em Arroz Irrigado: Indicado para o controle de Cyperus difformis na dose de 100 a 125 mL/ha do produto Aurora® 400 EC.

Ethoxysulfuron

  • Ação: Herbicida seletivo, que pode ser aplicado em pré ou pós-emergência para o controle de tiririca no arroz.
  • Aplicação em Arroz Irrigado: A dose recomendada é de 100 g/ha para o controle de Cyperus iria, Cyperus ferax e Cyperus esculentus quando estas estiverem no estágio de 2 a 4 folhas.

Sulfentrazone

  • Ação: Herbicida de pré-emergência, seletivo condicional e de ação sistêmica. Também é um Inibidor da PROTOX.
  • Aplicação em Cana-de-açúcar: Indicado para o controle em pré-emergência de Cyperus rotundus, na dose de 1,6 L/ha do produto Boral 500 SC.
  • Aplicação em Soja: Utilizado em pré-emergência tanto das plantas daninhas quanto da cultura. A dose máxima é de 1,2 L/ha (para solos argilosos), o que já contribui para o controle da tiririca.

Diclosulam

  • Ação: Herbicida seletivo, aplicado diretamente no solo, recomendado para o controle de tiririca e de outras plantas daninhas de folhas largas e estreitas na cana-de-açúcar. Pode ser usado tanto em cana-planta quanto na soqueira úmida.
  • Aplicação em Cana-de-açúcar: Indicado para o controle em pré-emergência de Cyperus rotundus, na dose de 126 a 231 g/ha do produto Coact.

close-up do solo em uma área agrícola, destacando uma touceira de tiririca (Cyperus rotundus), uma planta dSintomas de glifosato em Cyperus flavus (Fonte: arquivo pessoal da autora)

Como vimos, o manejo das espécies de tiririca não é simples, especialmente nas culturas de soja e milho.

Na soja, o uso de sulfentrazone em pré-emergência pode ser uma ferramenta importante no manejo. Já em pós-emergência, tanto na soja quanto no milho tolerantes ao glifosato, a aplicação deste herbicida pode ajudar no controle da tiririca.

Casos de Resistência de Tiririca no Brasil e no Mundo

Globalmente, já existem 18 casos registrados de resistência de plantas do gênero Cyperus a herbicidas. Desses, 2 foram confirmados no Brasil.

A tabela abaixo resume os casos de resistência relatados no mundo:

uma tabela informativa com um design limpo e organizado, apresentando dados sobre o controle de plantas daninh (Fonte: adaptado de Heap, 2020)

Banner de chamada para o download da planilha de cálculos de insumos

Conclusão

Neste artigo, você aprendeu a identificar as principais espécies de tiririca que mais aparecem nas lavouras.

Também apresentamos os herbicidas registrados para o controle, com recomendações específicas para algumas culturas, e alertamos sobre os casos de resistência no Brasil e no mundo.

Com essas informações em mãos, esperamos que você consiga realizar um controle de tiririca mais eficiente e manter sua lavoura livre dessa daninha tão persistente!

Referências

Lorenzi, H. Manual de identificação e controle de plantas daninhas: plantio direto e convencional. 7 ed. Nova Odessa, SP. Instituto Plantarum, 2014.

Moreira, H.J.C. Bragança, H.B.N. Manual de identificação de plantas infestantes cultivos de verão. Campinas, SP, 2010.

Rodrigues, B.N.; Almeida, F.S. Guia de Herbicidas. 7 ed. Londrina, PR. Edição dos Autores, 2018.


Glossário

  • Brácteas: Folhas modificadas, geralmente localizadas na base da inflorescência. Na identificação da tiririca, o número, a cor e o comprimento das brácteas são características importantes para diferenciar as espécies.

  • Cespitosa: Termo botânico que descreve plantas que crescem em touceiras densas, com múltiplos caules surgindo de um mesmo ponto. Esse hábito de crescimento dificulta a penetração de herbicidas e o controle mecânico.

  • Escapo: Haste ou caule floral que sustenta a inflorescência e que geralmente não possui folhas. Nas tiriricas, o escapo tem formato triangular (trígono) e sua altura é uma referência para o tamanho das folhas e brácteas.

  • Herbicida seletivo: Produto químico desenvolvido para controlar plantas daninhas específicas sem causar danos significativos à cultura principal. Por exemplo, o Bentazon é seletivo para o arroz, controlando a tiririca sem prejudicar a lavoura.

  • Inflorescência: Estrutura que agrupa o conjunto de flores de uma planta. A cor (amarelo-pálida, castanha, etc.) e o formato da inflorescência são cruciais para a identificação correta das espécies do gênero Cyperus.

  • Pré-emergência: Refere-se à aplicação de herbicida antes do surgimento (germinação) das plantas daninhas. O objetivo é formar uma camada química no solo que impeça o desenvolvimento inicial das invasoras.

  • Resistência a herbicidas: Capacidade genética de uma planta daninha de sobreviver a uma aplicação de herbicida que, em condições normais, seria letal. É um grande desafio no manejo, pois torna os métodos de controle químico ineficazes.

  • Rizoma: Caule subterrâneo que cresce horizontalmente, armazena nutrientes e emite novas raízes e brotos. É uma das principais estruturas de propagação vegetativa que torna a tiririca tão persistente e difícil de erradicar.

  • Soqueira: A parte da planta de cana-de-açúcar que permanece no campo após a colheita, incluindo a base dos colmos e o sistema radicular, e que irá rebrotar para a próxima safra. O controle da tiririca na soqueira é vital para a produtividade do canavial.

  • Tubérculo: Estrutura subterrânea de reserva de energia, semelhante a uma pequena batata, que pode dar origem a uma nova planta. A tiririca (Cyperus rotundus) produz uma cadeia de tubérculos, o que aumenta drasticamente sua capacidade de sobrevivência e infestação.

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O controle da tiririca, como vimos, é complexo e exige um planejamento cuidadoso, especialmente para evitar a resistência a herbicidas e controlar os altos custos com defensivos. Gerenciar todas as aplicações, doses e datas pode se tornar um grande desafio.

Ferramentas de gestão agrícola como o Aegro ajudam a organizar esse processo. Com ele, você pode planejar e registrar cada aplicação de herbicida no seu cronograma de atividades, garantindo o uso correto dos produtos e facilitando a rotação de princípios ativos. Ao mesmo tempo, o sistema calcula automaticamente o custo de cada operação, permitindo que você saiba exatamente quanto está investindo no manejo de plantas daninhas por talhão e tome decisões mais inteligentes para proteger sua margem de lucro.

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Perguntas Frequentes

Por que a tiririca é considerada uma planta daninha tão difícil de controlar?

A dificuldade está na sua dupla capacidade de reprodução. Além das sementes, muitas espécies de tiririca se propagam por estruturas subterrâneas como rizomas, tubérculos e bulbos. Essas estruturas armazenam energia, sobrevivem no solo por longos períodos e podem rebrotar mesmo após o controle da parte aérea da planta.

Qual é a espécie de tiririca mais agressiva e por que?

A Cyperus rotundus, conhecida como tiririca vermelha ou capim-dandá, é considerada a mais agressiva. Seu sistema subterrâneo forma uma complexa cadeia de tubérculos, onde cada um pode originar uma nova planta. Isso lhe confere uma enorme capacidade de infestação, persistência e resistência ao controle.

Existe uma forma fácil de diferenciar a tiririca de outros capins na lavoura?

Sim, a característica mais marcante da tiririca é o seu caule de formato triangular (trígono). Ao fazer um corte transversal no caule, você notará três lados bem definidos. A maioria dos capins possui caules cilíndricos ou achatados, o que torna essa uma forma rápida e eficaz de identificação no campo.

Posso usar o mesmo herbicida para controlar todas as espécies de tiririca?

Não necessariamente. A eficácia de um herbicida pode variar entre as diferentes espécies de Cyperus. Como mostrado no artigo, produtos como Bentazon são indicados para C. iria e C. esculentus em arroz, enquanto Sulfentrazone é usado para C. rotundus em cana-de-açúcar. A identificação correta da espécie é fundamental para escolher o produto mais eficiente.

Além de herbicidas, que outras práticas ajudam no manejo integrado da tiririca?

Sim, o Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD) é essencial. Práticas como a rotação de culturas, o uso de plantas de cobertura para suprimir o crescimento da tiririca e o preparo do solo em períodos de seca para expor e desidratar suas estruturas subterrâneas são estratégias complementares e muito eficazes.

O que significa um herbicida ter aplicação em pré-emergência para o controle da tiririca?

A aplicação em pré-emergência significa que o herbicida é aplicado no solo antes da germinação das sementes da tiririca. Ele cria uma barreira química que impede o desenvolvimento inicial da planta daninha, sendo uma estratégia preventiva importante, especialmente em áreas com alto histórico de infestação.

Como a rotação de herbicidas ajuda a combater a resistência da tiririca?

A rotação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação evita a seleção de plantas resistentes. O uso contínuo do mesmo produto pode permitir que indivíduos naturalmente resistentes sobrevivam e se multipliquem. Ao alternar os modos de ação, você aumenta a probabilidade de controlar toda a população, prevenindo a evolução da resistência na sua lavoura.

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