Colheita de Milho: O Guia Completo para Maximizar Seus Lucros na Safra

Fundador e CEO da Aegro, ajudando os agricultores a digitalizar a gestão e aumentar a rentabilidade das suas fazendas desde 2014.
Colheita de Milho: O Guia Completo para Maximizar Seus Lucros na Safra

Um dos pontos mais importantes para o sucesso da sua produção de milho é acertar o momento da colheita. Afinal, quanto menores forem as perdas nesse processo, maior será o seu lucro no final do ciclo.

No caso do milho, vários fatores precisam ser observados, como a umidade ideal do grão, a linha de leite e até a aparência da folhagem da planta. Todos esses são sinais que indicam a hora certa de entrar com as máquinas na lavoura.

A safra 2024/2025 tem potencial para ser grande, mas o produtor ainda enfrenta desafios importantes, principalmente relacionados ao clima e a um mercado que muda a todo momento.

Neste artigo, vamos detalhar as previsões para a colheita de milho no Brasil, explicar o que está influenciando os preços e, o mais importante, mostrar como identificar o momento exato de colher para garantir o melhor resultado. Continue a leitura!

Como estão as previsões para a colheita de milho no Brasil?

De acordo com os dados mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa para a safra total de grãos no país está projetada em 330,3 milhões de toneladas.

Focando especificamente no milho, a projeção indica uma produção total de 124,7 milhões de toneladas, somando as três safras do ciclo.

No entanto, o clima continua sendo o fator decisivo, especialmente para a segunda safra de milho (a safrinha), que representa a maior parte da produção nacional.

O começo do ano trouxe preocupação, com chuvas abaixo da média e temperaturas muito altas em áreas produtoras importantes do Sudeste e Centro-Oeste, que são regiões-chave para o sucesso da safrinha.

Felizmente, o cenário melhorou em abril. A chegada de chuvas no Centro-Sul ajudou a aliviar o estresse hídricoque é a falta de água que prejudica o desenvolvimento da planta — causado pelo tempo seco de março. Isso foi fundamental para ajudar a conter maiores perdas no potencial produtivo das lavouras.

O Boletim de abril da Conab confirmou essa situação mista:

  • Regiões com boa umidade: Norte, Centro-Oeste e Sudeste tiveram um bom volume de chuvas.
  • Regiões com problemas: Áreas de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná sofreram com chuvas irregulares e falta de água, o que prejudicou o desenvolvimento do milho segunda safra.

A previsão nacional ainda é de recorde, mas ela depende do bom desempenho das regiões com clima favorável para compensar as perdas onde o tempo não ajudou.

Como a safrinha representa mais de 70% de toda a nossa produção de milho, o resultado final da safra brasileira é muito sensível ao clima durante o outono e o início do inverno. Qualquer instabilidade pode afetar diretamente a oferta de milho no país.

Qual a importância da cultura do milho?

O milho (Zea mays L.) é uma gramínea anual, uma planta que completa seu ciclo de vida em um ano. Seu caule é do tipo colmo ereto (similar ao da cana-de-açúcar) e seu sistema de raízes é fasciculado (em formato de cabeleira).

É um dos cereais mais cultivados no mundo todo, servindo como matéria-prima para uma enorme variedade de subprodutos na alimentação, produção de bebidas e até como combustível (etanol).

O milho é cultivado para três finalidades principais: produção de grãos, produção de silagem para alimentação animal e para o consumo como milho verde. A planta pode atingir até dois metros de altura e geralmente produz de uma a duas espigas de qualidade.

A cultura do milho tem uma grande importância social e econômica para o Brasil, sendo cultivada em praticamente todo o território nacional.

O Brasil está entre os maiores produtores mundiais desse cereal. A maior parte da produção de grãos é destinada à fabricação de ração animal. O milho também é fundamental na alimentação humana, devido ao seu elevado valor nutricional.

banner promocional dividido em duas seções. À esquerda, sobre um fundo verde-azulado escuro, há um texto claro

O que influencia o preço do milho e a comercialização?

O preço do milho e sua comercialização são afetados por uma série de fatores, que vão desde o clima na sua região até negociações do outro lado do mundo.

No final das contas, muitos elementos podem impactar o valor final do grão. Vamos ver os principais:

1. Oferta e demanda

O principal motor do mercado interno é a produção de ração animal (para aves, suínos e bovinos), que consome a maior parte do nosso milho. Além disso, a crescente produção de etanol de milho também aumenta a demanda. O Brasil é um dos maiores exportadores de milho do mundo, então a demanda global, impulsionada pelo consumo de carne e biocombustíveis, também afeta os preços aqui.

Políticas de importação de grandes compradores, como a China, e a produção de concorrentes como EUA e Argentina, são fatores externos que mexem diretamente com o nosso mercado.

2. Custos de produção e logística

Os gastos com insumos (fertilizantes, sementes, defensivos) são um peso importante, e muitos deles têm seus preços atrelados ao dólar, o que impacta diretamente a sua rentabilidade.

Além disso, o preço do diesel afeta o custo do frete, seja para transportar o milho para o mercado interno ou para os portos de exportação. Esse é um componente significativo no preço final do produto.

3. Taxa de câmbio (Dólar)

A variação do dólar tem um impacto direto e forte:

  • Dólar alto: Quando o Real está desvalorizado, nosso milho fica mais barato para o comprador internacional. Isso estimula as exportações, o que pode dar suporte aos preços internos. Com mais milho sendo vendido para fora, a oferta aqui dentro diminui, ajudando a sustentar ou até a elevar os preços no mercado nacional.
  • Dólar baixo: Por outro lado, quando o real se valoriza, o produto brasileiro perde competitividade no exterior. Isso pode reduzir as exportações e pressionar os preços internos para baixo, especialmente em épocas de grande oferta.

4. Mercado global

O cenário internacional tem um grande peso na formação dos preços do milho. As cotações nas bolsas internacionais, como a de Chicago, são influenciadas por fatores como o nível dos estoques mundiais, acordos comerciais, tensões geopolíticas e políticas de incentivo a biocombustíveis.

Essas variações nos preços globais acabam impactando o mercado brasileiro, tanto nas exportações quanto na formação de preços aqui dentro, num cenário que está cada vez mais conectado.

Como o mercado tem se comportado recentemente?

Pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) indicam uma tendência de queda nos preços em diversas regiões do país. Isso aconteceu por dois motivos principais: uma maior oferta de milho chegando ao mercado com o avanço da colheita e, ao mesmo tempo, uma liquidez reduzida — ou seja, menos compradores ativos e menos negócios sendo fechados.

Essa dinâmica mostra como é importante acompanhar não apenas a sua produção, mas também o comportamento dos compradores. Mesmo com uma boa oferta, se os compradores resolvem esperar, a pressão sobre os preços pode aumentar.

Dados recentes mostram a saca de milho em Campinas (SP) cotada a R$ 82,13, enquanto no Leste de Mato Grosso do Sul, o preço era de R$ 67,28. Essa variação de mais de 22% deixa claro como os custos de frete, a proximidade de grandes consumidores (como fábricas de ração) e a dinâmica local de oferta e demanda são determinantes.

Moral da história: o preço médio nacional, que vemos nos jornais, serve como referência, mas o que realmente importa para o seu bolso é a cotação na sua região.

Planejamento da colheita de milho

Um bom planejamento de colheita começa muito antes da máquina entrar no campo. O ideal é dividir a área plantada em talhões para facilitar a movimentação das máquinas e o escoamento da produção. A partir daí, você precisa considerar os seguintes pontos:

  • Umidade do milho para a colheita;
  • Tamanho da área plantada;
  • Ciclo do milho (precoce, normal, tardio);
  • Condições do tempo previstas;
  • Janela de colheita ideal para sua região;
  • Disponibilidade de máquinas e mão de obra;
  • Tempo estimado para colher toda a área;
  • Distância entre os talhões e os locais de secagem ou armazenamento;
  • Capacidade de secagem e de armazenamento que você possui.

Desde o planejamento agrícola da safra, você já deve ter uma ideia de qual será o destino do produto que irá colher. Avalie se o milho será vendido para silagem, entregue para cooperativas ou se será seco e armazenado para venda futura.

Embora não exista uma fórmula mágica, um bom planejamento ajuda a evitar surpresas e, na maioria das vezes, garante preços melhores na venda dos grãos.

Também é fundamental acompanhar o valor da saca na sua região e ficar de olho em notícias sobre possíveis quebras de safra em outros locais, pois isso impacta diretamente o mercado.

Os preços do milho safra e safrinha variam conforme a oferta. Em anos de produção muito alta, armazenar os grãos pode ser uma ótima estratégia para vender em períodos de maior valorização.

O milho pode ser estocado por longos períodos sem perder qualidade, desde que a secagem e o armazenamento sejam feitos corretamente. No entanto, é importante calcular os custos envolvidos (energia, manutenção, defensivos de armazém) e avaliar se a armazenagem realmente compensa financeiramente.

Quando fazer a colheita do milho?

O tempo de colheita do milho geralmente ocorre entre 120 a 180 dias após o plantio, mas esse período pode variar bastante dependendo do híbrido que você escolheu.

De forma geral, as espigas estão maduras cerca de 50 dias depois da floração. Os sinais visuais são espigas secas e os “cabelos” (tecnicamente chamados de estilos-estigmas) com uma coloração marrom.

A colheita pode começar quando o grão atinge a maturidade fisiológica, que é o ponto em que ele acumula o máximo de matéria seca. No entanto, o momento certo de colher envolve equilibrar a maturidade do grão com a umidade ideal para a operação mecanizada e para o armazenamento. Vamos entender melhor:

1. Maturidade Fisiológica (Estádio R6)

Este é o ponto técnico em que o grão para de acumular peso e nutrientes, atingindo seu rendimento máximo. Isso acontece entre 50 a 60 dias após a polinização e pode ser identificado pela formação da “camada preta”: um pequeno ponto escuro na base do grão, onde ele se conecta ao sabugo.

O grande problema é que, nesse ponto, a umidade do grão ainda é muito alta, geralmente entre 30% e 38%. Colher com essa umidade dificulta o trabalho da colheitadeira e exige secagem imediata e cara para evitar que o milho se deteriore.

2. Faixas de umidade: Colheita com secagem artificial

Se você possui secadores na fazenda ou tem acesso fácil a um, pode começar a colher com a umidade entre 18% e 25%.

  • Vantagem: Permite colher mais cedo, garantindo o máximo de rendimento e liberando a área antes.
  • Desvantagem: Implica em custos mais altos com a secagem dos grãos.

3. Faixas de umidade: Colheita sem secagem artificial

Para reduzir danos mecânicos nos grãos (quebras e trincas) e facilitar o armazenamento direto, o ideal é esperar um pouco mais e colher com a umidade entre 16% e 18%.

Atenção: Colher com umidade abaixo de 16% aumenta muito o risco de quebra dos grãos na debulha. O grão fica muito seco e perde a elasticidade, quebrando com o impacto dentro da máquina, especialmente se a colheitadeira não estiver perfeitamente regulada.

4. Indicadores práticos no campo

  • Linha do leite: Além da camada preta, observar o avanço da “linha do leite” (a parte amilácea e leitosa do grão) em direção à base é um ótimo indicador do processo de maturação e secagem.
  • Teste da unha: Métodos tradicionais, como verificar a resistência do grão ao ser riscado com a unha ou pressionado com o dente, também ajudam a ter uma noção da umidade.

A decisão de quando colher o milho não é um único dia, mas uma escolha estratégica dentro de uma janela de tempo, equilibrando rendimento, custos de secagem e qualidade do grão.

close-up de duas espigas de milho maduras e viçosas, ainda no pé, vistas de um ângulo de baixo para cima

(Fonte: Governo RS)

Tipos de colheita de milho

A colheita do milho pode ser feita de duas formas: manual ou mecanizada.

A colheita manual é mais comum em pequenas propriedades. Ela tem um baixo rendimento diário e exige muita mão de obra, já que é feita sem o auxílio de máquinas.

Já a colheita mecanizada, realizada com colhedoras, apresenta um rendimento operacional muito alto. Ela exige menos mão de obra, o que ajuda a reduzir os custos de produção em grandes áreas.

Se você optar pela colheita mecanizada, é fundamental prestar atenção nos pontos a seguir para garantir um bom resultado com o mínimo de perdas.

Como armazenar o milho corretamente?

O trabalho com a colheita do milho não termina quando o grão sai da lavoura. É na etapa de armazenamento que você preserva a qualidade conquistada no campo e aumenta suas chances de uma boa comercialização. Siga este passo a passo:

1. Limpeza pré-armazenagem

Antes de secar ou armazenar, é fundamental remover impurezas como pedaços de palha, sabugo, terra e grãos quebrados. Essas impurezas geralmente contêm mais umidade que os grãos sadios, dificultam a passagem de ar durante a secagem e servem de abrigo e alimento para insetos e fungos dentro do silo ou armazém.

2. Secagem

O milho precisa atingir a umidade correta para ser armazenado com segurança.

  • Armazenamento a granel (silos): O ideal é uma umidade em torno de 13%.
  • Armazenamento ensacado: A umidade pode variar entre 12,5% e 14%.

Se a colheita foi feita com umidade mais alta, a secagem artificial deve ser realizada o mais rápido possível.

Atenção à temperatura: É comum usar ar de secagem a 90°C, mas é crucial garantir que a temperatura do grão não ultrapasse 45°C para não causar danos internos (trincas) que prejudicam a qualidade.

Se o armazenamento for feito em espigas em paióis bem ventilados, a umidade inicial pode ser um pouco maior (16% a 18%), pois a secagem continuará acontecendo de forma natural.

3. Manejo Integrado de Pragas (MIP)

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é a forma mais eficiente de combater insetos e roedores no milho armazenado. Ele combina prevenção, higiene e monitoramento constante.

As pragas mais comuns são o caruncho, a traça dos cereais, o gorgulho e roedores. A base do controle é a limpeza rigorosa de silos, armazéns, moegas e equipamentos antes de receber a nova safra.

Armazene apenas grãos limpos e secos, evite misturar safras diferentes e inspecione o armazém com frequência em busca de sinais de infestação, como insetos vivos ou mortos, teias, grãos danificados ou pontos de aquecimento na massa de grãos.

Banner planilha- manejo integrado de pragas

Qual a regulagem ideal dos equipamentos na colheita mecanizada de milho?

A regulagem correta das colhedoras é o passo mais importante para reduzir as perdas em campo. Para a cultura do milho, o cilindro de trilha ideal é o de barras.

A distância entre o cilindro e o côncavo deve ser ajustada para cada lavoura, com base no diâmetro médio das espigas.

A velocidade de rotação do cilindro depende diretamente da umidade do grão:

  • Grãos mais secos (12% a 14% de umidade):

    • Colhedoras automotrizes: rotação entre 400 a 600 rpm.
    • Colhedoras acopladas ao trator: rotação entre 850 a 980 rpm.
  • Grãos mais úmidos (14% a 20% de umidade):

    • A rotação do cilindro deve ser maior, em torno de 550 a 800 rpm.

A regra é simples: quanto mais úmido o grão, maior a velocidade de rotação do cilindro necessária para debulhar a espiga. Conforme os grãos secam, eles se soltam mais facilmente do sabugo, o que exige velocidades menores.

Fique sempre de olho na qualidade da debulha e na presença de grãos quebrados no graneleiro. O ideal é que o sabugo saia inteiro do sistema de trilha. Se ele estiver quebrando, a distância entre o cilindro e o côncavo está muito pequena.

De maneira geral, o nível de danos nos grãos de milho é sempre menor quando a colheita é feita com rotações mais baixas e com umidades abaixo de 16%.

Perdas na colheita de milho: Como evitar?

As perdas na colheita de milho podem acontecer de 4 maneiras principais. O nível de perda considerado aceitável é de até 1,5 sacos por hectare, mas o objetivo deve ser sempre trabalhar para chegar o mais perto possível de zero.

Perda de pré-colheita

Essa perda ocorre antes mesmo da máquina entrar na área. Ela está ligada a fatores como a genética da cultivar (híbridos que soltam espigas com facilidade) e a porcentagem de plantas tombadas devido à quebra do colmo por vento, pragas ou doenças.

1. Perda de plataforma

Essas perdas acontecem na “boca” da colheitadeira e estão relacionadas à altura das espigas, à porcentagem de plantas acamadas e ao quebramento de plantas. Uma dica importante é garantir que o número de linhas da sua semeadora seja equivalente ou um múltiplo do número de linhas da plataforma da colheitadeira para um encaixe perfeito.

2. Perda de grãos presos nos sabugos

Essa perda é um sinal claro de má regulagem do sistema de trilha (cilindro e côncavo). Se a folga estiver muito grande, a espiga passa direto sem ser debulhada. Se estiver muito apertada, o sabugo quebra em vez de ser debulhado. Verifique também se a velocidade de rotação está correta e se não há peças danificadas.

3. Perda de grãos soltos

Essa perda ocorre quando grãos já debulhados são jogados fora junto com a palha. Pode acontecer por vários motivos:

  • Velocidade de deslocamento muito alta, sobrecarregando o saca-palhas.
  • Ventilador com rotação excessiva, soprando grãos para fora.
  • Peneiras mal reguladas ou dimensionadas para a cultura.
  • Fluxo de plantas irregular na plataforma.

Glossário

  • Conab (Companhia Nacional de Abastecimento): Órgão do governo brasileiro responsável por gerar e divulgar dados oficiais sobre a produção agrícola, estoques e preços. Suas projeções são referências para todo o mercado do agronegócio.

  • Debulha: Processo mecânico realizado pela colheitadeira que consiste em separar os grãos de milho do sabugo. Uma regulagem incorreta deste sistema é uma das principais causas de perdas e quebra de grãos durante a colheita.

  • Estresse hídrico: Condição em que a planta sofre com a falta de água no solo, prejudicando seu desenvolvimento e reduzindo o potencial produtivo. É um dos principais fatores de risco para a safrinha de milho.

  • Insumos: Conjunto de todos os produtos utilizados no ciclo de produção agrícola, como sementes, fertilizantes, defensivos e corretivos de solo. O custo dos insumos é um dos principais componentes do custo de produção.

  • Maturidade Fisiológica: Ponto máximo de acúmulo de matéria seca no grão, quando ele para de se desenvolver. É o momento de maior rendimento potencial e pode ser identificado pela formação de uma “camada preta” na base do grão.

  • MIP (Manejo Integrado de Pragas): Estratégia de controle de pragas em grãos armazenados que combina diversas práticas, como limpeza, monitoramento e controle biológico, visando reduzir o uso de defensivos químicos.

  • Safrinha: Termo usado para a segunda safra de grãos, tipicamente de milho, plantada no Brasil logo após a colheita da safra de verão (soja). Apesar do nome, representa a maior parte da produção nacional de milho.

  • Silagem: Alimento volumoso para o rebanho, produzido a partir da fermentação da planta inteira de milho (colmo, folhas e espiga) picada e compactada em um silo. É uma forma de conservar a forragem com alto valor nutritivo.

Como a tecnologia pode otimizar a colheita e a comercialização do milho?

Lidar com os custos de produção, a volatilidade dos preços e a complexa decisão de vender ou armazenar os grãos são alguns dos maiores desafios na cultura do milho. Para navegar nesse cenário, ter dados precisos é fundamental, e a intuição sozinha pode não ser suficiente para garantir a máxima lucratividade.

Ferramentas de gestão agrícola, como o Aegro, centralizam as informações financeiras e operacionais, permitindo um acompanhamento detalhado dos custos por hectare. Saber exatamente quanto custou para produzir cada saca de milho torna a negociação mais segura e estratégica.

Além disso, ao registrar todas as despesas, desde os insumos até a colheita, o produtor consegue planejar as próximas safras com base em um histórico real, otimizando o uso de recursos e aumentando sua margem de lucro. Que tal tomar o controle total dos seus custos e tomar decisões de venda mais seguras para a sua safra de milho?

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Perguntas Frequentes

Qual é a umidade ideal para a colheita de milho para minimizar perdas?

A umidade ideal depende da sua capacidade de secagem. Para colher e armazenar diretamente, o ideal é entre 16% e 18% para reduzir danos mecânicos. Se você possui secadores, pode colher entre 18% e 25% para antecipar a operação, mas lembre-se de considerar os custos com a secagem artificial.

O que é a ‘camada preta’ do milho e como identificá-la?

A ‘camada preta’ é um pequeno ponto escuro que se forma na base do grão, onde ele se conecta ao sabugo. Ela indica que o grão atingiu a maturidade fisiológica, ou seja, seu peso máximo. Apesar de marcar o pico de rendimento, a umidade do grão nesse ponto (30-38%) ainda é muito alta para a colheita mecanizada.

De forma prática, como a alta do dólar afeta o preço que recebo pelo meu milho?

Quando o dólar sobe, o milho brasileiro fica mais barato e atraente para compradores internacionais, o que aumenta o volume de exportações. Com mais milho sendo vendido para fora, a oferta no mercado interno diminui, o que tende a valorizar os preços pagos ao produtor aqui no Brasil.

Compensa mais vender o milho logo após a colheita ou armazenar para vender depois?

Essa é uma decisão estratégica. Vender na colheita garante liquidez imediata, mas os preços costumam estar mais baixos devido à alta oferta. Armazenar permite aguardar melhores preços, porém, é crucial calcular os custos de armazenagem (energia, manutenção, defensivos) para garantir que o lucro futuro compense essas despesas.

Qual é o principal erro na regulagem da colheitadeira que causa quebra de grãos de milho?

O erro mais comum é não ajustar a velocidade do cilindro de trilha à umidade do grão. Grãos mais secos (<16%) exigem uma rotação mais baixa (400-600 rpm) para não quebrar, enquanto grãos mais úmidos (>18%) precisam de uma rotação maior (550-800 rpm) para serem debulhados eficientemente. Manter uma regulagem única para toda a lavoura é a principal causa de perdas.

Qual a diferença entre o ponto de colheita do milho para grãos e para silagem?

A diferença é o momento e o objetivo. Para grãos, espera-se a maturidade fisiológica e a secagem até uma umidade ideal (13-25%) para colher apenas os grãos. Para silagem, a planta inteira é colhida muito antes, quando o grão está no ponto ‘farináceo-duro’ (umidade de 30-35%), para garantir o máximo valor nutritivo da forragem para alimentação animal.

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