Cálculo de Adubação para Soja: Guia Prático para Cerrado e RS

Redator parceiro Aegro.
Cálculo de Adubação para Soja: Guia Prático para Cerrado e RS

A fertilidade do solo é um dos pilares para garantir uma boa produção de grãos. Em solos tropicais, como a maioria dos solos brasileiros, o uso de fertilizantes é essencial para alcançar as altas produtividades que o mercado exige na cultura da soja.

Por isso, um manejo de adubação bem planejado não só aumenta sua colheita, mas também pode gerar uma economia significativa, já que os fertilizantes representam uma fatia grande do custo total da lavoura.

Neste guia, vamos mostrar o passo a passo de como fazer o cálculo de adubação para soja, com exemplos práticos para solos do Cerrado e do Rio Grande do Sul.

Cálculo de Adubação NPK para Soja: Entendendo Cada Nutriente

Vamos detalhar a recomendação para Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), os macronutrientes primários da soja.

Nitrogênio (N): O Papel da Fixação Biológica

A soja é uma leguminosa, o que significa que ela tem uma grande vantagem: a capacidade de se associar a bactérias que realizam a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN).

Em outras palavras: A FBN é um processo natural onde bactérias que vivem nas raízes da soja capturam o nitrogênio do ar e o entregam “de graça” para a planta.

Por causa dessa parceria, geralmente não é necessário fazer adubação com nitrogênio para a cultura da soja. Na verdade, o excesso de N no solo pode ser prejudicial, pois inibe a formação de nódulos nas raízes e atrapalha a FBN.

  • Recomendação geral: Se for aplicar N, a dose não deve passar de 20 kg/ha.
  • Potencial da FBN: Segundo José Pereira da Silva Junior, pesquisador da Embrapa Trigo, o uso de um bom inoculante pode fornecer mais de 300 kg/ha de N para a planta.
  • Custo-benefício: O inoculante, que contém as bactérias certas para a FBN, tem um custo até 95% menor em comparação ao fertilizante nitrogenado.

close-up detalhado do sistema radicular de uma planta leguminosa, provavelmente soja, recém-retirada do sol Formação de nódulos da bactéria fixadora de nitrogênio Bradyrhizobium japonicum em raízes de soja (Fonte: Koppert)

Adubação com Fósforo (P) e Potássio (K)

A recomendação de adubo com fósforo e potássio depende de três fatores principais:

  1. Exigência da cultura: O quanto de P e K a soja precisa para produzir bem.
  2. Disponibilidade no solo: O que a sua análise de solo diz que já tem na área.
  3. Textura do solo: Se o solo é mais argiloso ou mais arenoso.

Como cada região tem suas particularidades, é fundamental saber interpretar os teores de P e K conforme as recomendações locais. Além disso, a forma de aplicação — se em área total (adubação corretiva) ou no sulco de plantio (adubação de manutenção) — também muda a dosagem.

Recomendação para Solos do Cerrado

Para os solos do Cerrado, o manejo da adubação com P e K é feito com base na disponibilidade desses nutrientes, que você descobre na análise de solo.

Para o Fósforo (P):

A interpretação dos teores de P leva em conta o teor de argila do solo, conforme a tabela abaixo:

uma tabela técnica utilizada na agronomia para interpretar os níveis de fósforo (P) no solo, correlacionando-o Classes de interpretação da disponibilidade de fósforo para solos de Cerrados, de acordo com os teores de argila (Fonte: Embrapa (2007))

Se a sua análise de solo mostrar uma disponibilidade de P “baixa” ou “muito baixa”, você precisa fazer a correção da fertilidade. Isso pode ser feito de duas formas:

  1. Aplicação em área total (adubação corretiva): Espalhando o adubo por toda a área.
  2. Aplicação gradual: Colocando o adubo no sulco de semeadura ano após ano.

As doses para essa correção estão na tabela a seguir:

uma tabela técnica detalhada sobre a recomendação de adubação fosfatada, expressa em quilogramas de pentóxido Indicação de adubação fosfatada corretiva e adubação fosfatada corretiva gradual para solos de Cerrados, de acordo com a classe de disponibilidade de P e os teores de argila (Fonte: Embrapa (2007))

Agora, se o resultado da sua análise de solo para P estiver nas classes “médio” ou “bom”, você só precisa fazer a adubação de manutenção. A recomendação é de 20 kg/ha de P₂O₅ por tonelada de soja que você espera produzir.

Para o Potássio (K):

A adubação potássica corretiva é recomendada quando o teor de argila do solo é maior que 20%. A tabela abaixo mostra as doses de K a serem aplicadas com base no que já existe no solo.

uma tabela técnica de recomendação de adubação potássica, baseada nos resultados da análise de solo. A tabela Indicação de adubação corretiva de potássio para solos de Cerrados com teores de argila maiores que 200 g kg-1, de acordo com a classe de disponibilidade de K (Fonte: Embrapa (2007))

Além da correção, no momento da semeadura da soja, você deve aplicar 20 kg de K₂O por tonelada de soja que espera colher (adubação de manutenção).

Atenção: Doses de potássio acima de 50 kg/ha no sulco de plantio podem prejudicar as sementes. Se a sua recomendação for maior que isso, você deve fracionar a aplicação:

  • ⅓ da dose na semeadura.
  • ⅔ da dose em cobertura (de 30 a 40 dias após a semeadura).

Recomendação para Solos do Rio Grande do Sul: Exemplo Prático

No Rio Grande do Sul, a recomendação de adubação para soja segue o “Manual de Adubação e de Calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina”.

Vamos usar um exemplo prático. Abaixo, temos os resultados da análise de solo de 5 áreas (glebas) diferentes. Vamos focar na Gleba 1 para fazer a recomendação.

duas tabelas detalhadas com os resultados de uma análise química e física do solo, abrangendo cinco áreas dist Resultados da análise de solo de cinco glebas de uma lavoura (Fonte: Manual de adubação)

Passo 1: Interpretando os teores de P e K no solo

Para o Fósforo (P): A classificação depende do teor de argila.

uma tabela técnica utilizada na agronomia para a interpretação de análises de solo, classificando os níveis de Interpretação do teor de fósforo no solo extraído pelo método Mehlich-1, conforme o teor de argila e para solos alagados (Fonte: Manual de adubação)

  • O solo da Gleba 1 possui 65% de argila, então ele se encaixa na Classe 1.
  • O teor de P encontrado foi de 2,0 mg/dm³.
  • Cruzando essas informações na tabela, o teor de P é classificado como muito baixo.

Para o Potássio (K): A interpretação é feita com base na CTC do solo a pH 7,0.

Para entender melhor: CTC (Capacidade de Troca de Cátions) é a capacidade do solo de reter nutrientes importantes, como o potássio. Pense nela como a “despensa” de nutrientes do solo.

uma tabela técnica utilizada na agronomia para a interpretação dos níveis de potássio (K) no solo, correlacion Interpretação do teor de potássio conforme as classes de CTC do solo a pH 7,0 (Fonte: Manual de adubação)

  • A CTCpH7,0 da Gleba 1 foi de 14,2 cmolc/dm³. Portanto, este solo se encaixa na classe com CTC entre 5,1 e 15,0 cmolc/dm³.
  • O teor de K foi de 65 mg/dm³.
  • Cruzando na tabela, o teor de K é classificado como alto.

Passo 2: Definindo a recomendação de P e K por hectare

Vamos considerar uma produtividade esperada de 3 toneladas por hectare (t/ha), que está próxima da média do Rio Grande do Sul. O sistema de rotação geralmente inclui milho ou trigo no segundo cultivo.

A tabela a seguir mostra a recomendação de P₂O₅ e K₂O:

uma tabela técnica para a recomendação de adubação com fósforo (P) e potássio (K). A tabela orienta agricultor Fósforo e Potássio por cultivo (Fonte: Manual de adubação)

  • Cálculo para Fósforo (P₂O₅):

    • O teor no solo foi classificado como “muito baixo”.
    • A tabela recomenda 110 kg/ha de P₂O₅ para uma produtividade de 2 t/ha.
    • Como nossa meta é 3 t/ha, devemos adicionar 15 kg de P₂O₅ para cada tonelada extra.
    • Recomendação final de P: 110 kg + 15 kg = 125 kg/ha de P₂O₅.
  • Cálculo para Potássio (K₂O):

    • O teor no solo foi classificado como “alto”.
    • A tabela recomenda 45 kg/ha de K₂O para 2 t/ha.
    • Para cada tonelada extra, devemos adicionar 25 kg de K₂O.
    • Recomendação final de K: 45 kg + 25 kg = 70 kg/ha de K₂O.

Lembre-se da regra de segurança: a aplicação de K no momento do plantio não deve exceder 50 kg/ha de K₂O. Como a nossa recomendação é de 70 kg/ha, será preciso parcelar a dose.

Como Escolher a Formulação do Fertilizante para o Plantio?

Para a Gleba 1, a recomendação na linha de plantio foi:

  • 125 kg/ha de P₂O₅
  • 50 kg/ha de K₂O (o restante, 20 kg/ha, será aplicado em cobertura)

Então, qual adubo formulado comprar e qual a quantidade por hectare?

O truque é encontrar a proporção entre os nutrientes. Divida a dose recomendada do nutriente em maior quantidade pelo de menor quantidade:

cálculo simplificado relacionado à formulação de fertilizantes NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio). Na par

A proporção ideal é de 2,5 para P e 1,0 para K. Uma formulação NPK comercial que se encaixa perfeitamente nisso é a 00-25-10.

  • Entendendo a fórmula: 00-25-10 significa que em cada 100 kg do adubo, temos 0 kg de Nitrogênio, 25 kg de P₂O₅ e 10 kg de K₂O. A proporção 25 / 10 é igual a 2,5, exatamente o que precisamos.

Pela legislação brasileira, a soma dos nutrientes nas formulações deve estar entre 24% e 54%. Neste caso, 25 + 10 = 35%, então a formulação é válida.

Cálculo da quantidade de adubo por hectare:

Para saber quantos quilos do adubo 00-25-10 aplicar, use como base um dos nutrientes. Usando o Fósforo:

  • Dose necessária: 125 kg/ha de P₂O₅
  • Concentração no adubo: 25 kg de P₂O₅ a cada 100 kg de produto
  • Cálculo: (125 kg desejados / 25 kg no adubo) * 100 kg = 500 kg/ha

Você precisará aplicar 500 kg/ha da formulação 00-25-10 para atender às necessidades da soja no plantio.

Fatores que Afetam a Produtividade de Grãos

O Brasil é um dos maiores produtores de soja do mundo, sempre disputando a liderança com os Estados Unidos. Para a safra 19/20, a estimativa de produção brasileira foi de 123 milhões de toneladas.

Para chegar a números tão expressivos, é preciso otimizar vários fatores. Pesquisadores da Universidade de Illinois (EUA) listaram os seis mais importantes para a produtividade da soja:

  • Clima;
  • Fertilidade do solo;
  • Genótipo/variedade escolhida;
  • Proteção foliar (controle de pragas e doenças);
  • Tratamento de sementes;
  • Espaçamento de plantio.

Um bom planejamento de safra, que inclui a correção do solo, a escolha da cultivar e o espaçamento correto, é a base para uma alta produtividade.

A Importância do Manejo Adequado da Adubação na Soja

Depois do clima, a fertilidade do solo é o fator que mais limita a produção de soja. Por isso, um manejo de adubação correto é crucial não apenas para colher mais, mas também para reduzir os custos de produção.

Em média, os fertilizantes representam 27,82% dos custos de produção de soja no Brasil, como mostra o gráfico abaixo.

gráfico de barras verticais que detalha a composição percentual dos custos de produção na agricultura. O ei (Fonte: Conab)

Análise e Correção do Solo: O Primeiro Passo

O cálculo da adubação para soja sempre deve começar com uma boa análise química e física do solo. Sem ela, qualquer recomendação é apenas um chute.

Além de adubar, é fundamental corrigir o solo para que os fertilizantes sejam bem aproveitados.

  • Calagem: A aplicação de calcário fornece Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg), corrige o pH (acidez) do solo e neutraliza o alumínio tóxico (Al³⁺). Isso aumenta a disponibilidade de outros nutrientes, como o fósforo.
  • Gessagem: O gesso agrícola é uma ótima ferramenta para solos argilosos, onde o calcário age mais na superfície. Embora não corrija o pH, o gesso fornece Cálcio (Ca) e Enxofre (S) e ajuda a reduzir o alumínio tóxico em camadas mais profundas, permitindo que as raízes da soja cresçam mais.

planejamento de safra de soja Aegro

Conclusão

Os custos com fertilizantes são altos, e um manejo de adubação bem feito pode trazer grande economia para a sua fazenda. Vimos neste artigo os pontos mais importantes:

  • A soja, por meio da FBN, consegue seu próprio nitrogênio, dispensando adubação nitrogenada na maioria dos casos.
  • A adubação com Fósforo (P) e Potássio (K) é calculada com base na análise de solo, na expectativa de produtividade e nas recomendações para sua região.
  • O Fósforo deve ser aplicado preferencialmente na semeadura para garantir um bom arranque da cultura.
  • A adubação potássica precisa ser parcelada se a recomendação no plantio ultrapassar 50 kg/ha para evitar danos às sementes.

Com estas informações, esperamos que você possa tomar as melhores decisões no manejo da adubação e alcançar excelentes resultados na sua lavoura de soja.


Glossário

  • Adubação corretiva: Aplicação de uma grande quantidade de fertilizante em área total para elevar os níveis de nutrientes do solo a um patamar adequado. É como “encher a despensa” do solo antes do plantio para corrigir deficiências severas.

  • Adubação de manutenção: Aplicação de fertilizantes em doses menores, geralmente no sulco de plantio, para repor os nutrientes que a cultura irá extrair durante seu ciclo. O objetivo é manter os níveis de fertilidade já alcançados.

  • CTC (Capacidade de Troca de Cátions): Medida da capacidade do solo de reter nutrientes essenciais com carga positiva (cátions), como Potássio (K⁺), Cálcio (Ca²⁺) e Magnésio (Mg²⁺). Solos com CTC alta funcionam como uma “esponja” mais eficiente para armazenar e fornecer nutrientes às plantas.

  • FBN (Fixação Biológica de Nitrogênio): Processo natural em que bactérias associadas às raízes da soja capturam o nitrogênio do ar e o transformam em uma forma que a planta pode absorver. Essa parceria dispensa, na maioria dos casos, a necessidade de adubação nitrogenada na cultura.

  • Gessagem: Aplicação de gesso agrícola (sulfato de cálcio) para melhorar o ambiente do solo em camadas mais profundas. O gesso fornece Cálcio e Enxofre e ajuda a neutralizar o alumínio tóxico, permitindo que as raízes cresçam mais fundo em busca de água e nutrientes.

  • kg/ha (Quilogramas por Hectare): Unidade de medida padrão na agricultura para indicar a dose de um produto a ser aplicado por área. Um hectare (ha) equivale a 10.000 metros quadrados.

  • NPK: Sigla para Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), os três macronutrientes mais exigidos pelas plantas. As formulações de fertilizantes (ex: 00-25-10) indicam a porcentagem de cada um desses nutrientes no produto.

  • P₂O₅ e K₂O: Fórmulas químicas do pentóxido de fósforo (P₂O₅) e do óxido de potássio (K₂O). São as formas padronizadas usadas para expressar as concentrações de Fósforo e Potássio nas análises de solo e nas recomendações de adubos.

Veja como o Aegro pode ajudar a superar esses desafios

Como vimos, o manejo da adubação é uma das etapas mais complexas e que mais pesa no custo de produção da soja. Controlar os gastos com fertilizantes e, ao mesmo tempo, garantir que a recomendação técnica seja seguida à risca exige uma organização que vai além das planilhas e anotações de caderno.

Um software de gestão agrícola como o Aegro centraliza o planejamento da safra e o controle financeiro em um só lugar. Com ele, você pode registrar os custos de cada insumo, acompanhar o orçamento previsto vs. realizado e gerar relatórios que mostram o impacto real da adubação na sua rentabilidade. Isso permite tomar decisões mais inteligentes, otimizar a compra de fertilizantes e garantir que o investimento na lavoura traga o retorno esperado.

Que tal simplificar a gestão da sua fazenda?

Experimente o Aegro gratuitamente e veja na prática como tomar decisões mais seguras e lucrativas.

Perguntas Frequentes

Por que a adubação com nitrogênio (N) geralmente não é necessária para a soja?

A soja é uma leguminosa que realiza a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), uma parceria com bactérias que capturam o nitrogênio do ar e o fornecem à planta. Este processo natural supre a maior parte da necessidade de N da cultura. Aplicar fertilizante nitrogenado pode até ser prejudicial, pois inibe a formação dos nódulos nas raízes e se torna um custo desnecessário.

Qual é a diferença prática entre adubação corretiva e adubação de manutenção?

A adubação corretiva é feita para corrigir deficiências severas de nutrientes em solos muito pobres, aplicando uma dose elevada de fertilizante em área total para elevar a fertilidade a um nível adequado. Já a adubação de manutenção é uma aplicação anual, geralmente no sulco de plantio, para repor os nutrientes que a soja irá consumir durante seu ciclo, mantendo os níveis de fertilidade já alcançados.

O que acontece se eu aplicar mais de 50 kg/ha de potássio (K₂O) no sulco de plantio?

Doses elevadas de potássio no sulco de plantio causam o chamado “efeito salino”, que é o aumento da concentração de sais perto das sementes. Isso pode desidratar as sementes, prejudicar a germinação e o desenvolvimento inicial das plântulas, resultando em um estande de plantas falho e menor produtividade.

Posso pular a calagem e apenas aplicar mais fertilizante se meu solo for ácido?

Não é recomendado. Em solos ácidos, nutrientes essenciais como o fósforo ficam “presos” quimicamente e indisponíveis para as plantas, não importa a quantidade de fertilizante aplicada. A calagem corrige o pH do solo, neutraliza o alumínio tóxico e “destrava” esses nutrientes, garantindo que o investimento em fertilizantes seja eficientemente aproveitado pela cultura.

Com que frequência devo realizar a análise de solo para planejar a adubação da soja?

Para um acompanhamento eficaz, a recomendação geral é realizar uma análise de solo completa a cada 2 ou 3 anos para a mesma área. No entanto, se você estiver implementando um novo sistema de manejo ou fazendo correções pesadas de fertilidade, pode ser benéfico analisar o solo anualmente para monitorar as mudanças e ajustar as doses com mais precisão.

É possível usar outra fórmula de adubo se eu não encontrar a recomendada no cálculo?

Sim. O mais importante é manter a proporção entre os nutrientes (P₂O₅ e K₂O). Se a proporção calculada foi de 2,5 para 1, por exemplo, você pode procurar outras formulações comerciais que mantenham essa mesma proporção, como 00-20-08 ou 00-30-12. Depois, basta recalcular a quantidade total (kg/ha) do novo produto para fornecer as doses corretas de cada nutriente.

Artigos Relevantes

  • O guia da interpretação da análise de solo: Este artigo funciona como o alicerce para o guia principal. Enquanto o artigo principal ensina a usar os dados para o cálculo, este explica como obter esses dados da forma correta, detalhando o processo de coleta e a importância da interpretação, garantindo que o ponto de partida do produtor seja sólido e confiável.
  • Como fazer adubação potássica em soja: Complementa perfeitamente a seção sobre Potássio (K) ao aprofundar a recomendação de parcelamento. Ele explica detalhadamente o porquê do limite de 50 kg/ha no sulco, a ‘marcha de absorção’ da soja e as estratégias de aplicação em cobertura, transformando uma regra prática do artigo principal em conhecimento técnico aprofundado.
  • Como fazer o manejo adequado da adubação fosfatada: Este artigo oferece o embasamento científico para a adubação com Fósforo (P), um dos pilares do cálculo no texto principal. Ele desvenda a complexa dinâmica do fósforo em solos tropicais (fixação, pH), explicando por que as doses são calculadas daquela maneira e ajudando o leitor a entender a ciência por trás da prática.
  • Como garantir uma melhor nutrição da soja?: Adiciona uma dimensão diagnóstica crucial que o artigo principal, focado no planejamento, não aborda. Ensina o produtor a identificar visualmente as deficiências de NPK no campo e introduz a análise foliar como uma ferramenta de monitoramento, mostrando como verificar se o plano de adubação está funcionando na prática.
  • Manual rápido de como fazer adubação de soja: Este artigo enriquece a discussão sobre o Nitrogênio (N) ao fornecer um guia prático e detalhado sobre a inoculação, processo fundamental para a FBN citada no texto principal. Além disso, amplia o escopo geográfico com tabelas de recomendação para outros estados, oferecendo um panorama mais completo da adubação de soja no Brasil.