Broca-do-Café: Como Fazer o Controle Eficiente e Reduzir Perdas na Lavoura

Redatora parceira Aegro.
Broca-do-Café: Como Fazer o Controle Eficiente e Reduzir Perdas na Lavoura

A broca-do-café é uma daquelas pragas que tiram o sono de qualquer cafeicultor. O motivo é simples: ela consegue sobreviver de uma safra para outra nos frutos que sobram na lavoura de café, garantindo sua presença no próximo ciclo.

O resultado desse ataque persistente pode ser devastador, com perdas que chegam a 20% do peso dos grãos na colheita, afetando diretamente a rentabilidade do seu negócio.

Por isso, neste artigo, vamos detalhar o ciclo de vida dessa praga e apresentar as principais formas de controle, com foco em métodos sustentáveis e biológicos. Continue lendo para proteger seu cafezal de forma eficaz.

A Importância de Controlar a Broca-do-Café (Hypothenemus hampei)

A broca é um dos insetos que mais causam prejuízos na cafeicultura, sendo a responsável direta por diminuir a quantidade e a qualidade do seu café.

É importante saber que existem diferenças na forma como cada tipo de café resiste à broca.

O café arábica, por exemplo, é um dos mais prejudicados. Já o café conilon costuma ser mais afetado por outros insetos, como a cochonilha e a lagarta dos cafezais (Eacles imperialis magnifica).

Ainda assim, quando a broca-do-café ataca, os prejuízos são sempre significativos. A perda de qualidade dos grãos gera diversos problemas, inclusive para exportação, onde a tolerância é de apenas 10% de grãos brocados.

Em resumo: quanto mais grãos atacados pela broca, menor o lucro da sua safra.

Danos Causados pela Broca-do-Café

A broca provoca danos diretos e indiretos na sua lavoura. Entender essa diferença ajuda a planejar o controle.

Danos Diretos:

  • Redução de peso: O ataque da praga ao grão pode diminuir seu peso em até 20%.
  • Queda de frutos: Os frutos atacados podem cair antes da hora da colheita.
  • Pior classificação: A grande quantidade de grãos brocados e quebrados rebaixa a classificação do café, diminuindo seu valor de mercado.

Danos Indiretos:

  • Porta de entrada para doenças: Os furos que a broca abre no fruto servem como porta de entrada para fungos e bactérias, que podem estragar ainda mais o grão.

Como Identificar a Broca-do-Café

A broca-do-café (Hypothenemus hampei) é um besouro minúsculo. São as fêmeas adultas que atacam os frutos, perfurando a “coroa” para depositar seus ovos.

Elas medem cerca de 1,7 mm de comprimento e 0,7 mm de largura. O ciclo de vida completo dura de 22 a 35 dias e segue as quatro fases da metamorfose: ovo > larva > pupa > adulto.

Logo após nascerem, as larvas começam a se alimentar do interior dos grãos, danificando-os ou destruindo-os por completo. Por isso, a melhor forma de quebrar o ciclo da praga é realizar uma colheita bem-feita.

O primeiro ataque da broca geralmente ocorre entre 80 e 90 dias após a floração. Nesse momento, a fêmea faz apenas um furo de marcação no fruto. Cerca de 50 dias depois, ela retorna para colocar os ovos (oviposição).

Como a broca passa quase todo o seu ciclo de vida escondida, ela é classificada como de natureza críptica: significa que a praga vive e se reproduz protegida dentro do fruto.

O acasalamento também ocorre dentro do fruto. A proporção é de aproximadamente 10 fêmeas para cada macho (10:1). Apenas as fêmeas já acasaladas saem para colonizar novos frutos.

infográfico educativo que detalha o ciclo de vida da broca-do-café (Hypothenemus hampei), uma das principais pr (Fonte: Embrapa)

Condições Ambientais que Influenciam a Praga

O clima e o ambiente da lavoura têm um papel fundamental no desenvolvimento da broca.

  • Condições Desfavoráveis à Broca: Chuvas fortes e contínuas, acima de 100 mm, ajudam a controlar a população do inseto. O clima muito seco também dificulta a infestação, pois resseca o fruto e impede a fêmea de depositar seus ovos.
  • Condições Favoráveis à Broca: Lavouras muito adensadas, com pouca ventilação e baixa entrada de luz, criam um microclima úmido e sombreado, ideal para a proliferação do inseto.

Como o produtor não pode controlar o clima, a melhor estratégia é sempre realizar o monitoramento constante da lavoura para agir no momento certo.

Como Fazer o Monitoramento Ideal

O sucesso no controle da broca-do-café depende de um monitoramento bem-feito.

A recomendação da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) é iniciar a verificação na época de trânsito, ou seja, entre 80 e 90 dias após a florada.

Siga este passo a passo para um monitoramento eficaz:

  1. Amostragem: Divida sua área (talhão ou hectare) em pontos de amostragem. Avalie de 20 a 30 plantas por ponto, caminhando em “ziguezague” para cobrir a área de forma mais homogênea.
  2. Avaliação na Planta: Em cada planta amostrada, divida-a mentalmente em três partes: terço inferior, terço médio e terço superior.
  3. Contagem: Escolha um ramo produtivo em cada um desses terços (total de seis ramos por planta). Em cada ramo, observe cerca de 10 frutos em diferentes rosetas e conte quantos estão perfurados. Anote tudo em uma planilha ou aplicativo de monitoramento.
  4. Cálculo da Infestação: Para calcular a Intensidade de Infestação (IF), some todos os frutos perfurados que você contou e divida o resultado por 18 (um fator de cálculo fixo).
    • Se o resultado for maior ou igual a 3%, o controle já deve ser iniciado.

Após a primeira pulverização (caso tenha sido necessária), continue o monitoramento, repetindo o processo a cada 25 a 30 dias.

Na segunda avaliação, além de contar, colete os frutos perfurados para abri-los e verificar a presença de brocas adultas vivas. Isso ajuda a medir a eficiência do controle.

diagrama esquemático que ilustra uma metodologia de amostragem para avaliação de uma lavoura. Represent (Fonte: Agro Bayer Brasil)

Lembre-se: se o nível de infestação continuar igual ou maior que 3%, é fundamental entrar com uma nova medida de controle.

Broca-do-Café: Formas de Controle

Controle Cultural

Os frutos que ficam nas plantas ou caem no chão após a colheita são o principal abrigo para a broca sobreviver até a próxima safra.

Por isso, a medida de controle cultural mais importante é:

  • Fazer uma colheita bem-feita, retirando todos os frutos da planta e recolhendo os que estão no chão.

Mesmo em áreas com colheita mecanizada, a prática do repasse manual é muito importante para garantir que poucos frutos sobrem na lavoura, reduzindo drasticamente a chance de sobrevivência da broca.

Controle Biológico

O controle biológico usa inimigos naturais para combater a praga. Boas opções para a broca-do-café incluem a vespa-de-uganda e o parasitoide Prorops nasuta.

Contudo, o grande destaque é o fungo Beauveria bassiana, que ataca mais de 200 tipos de insetos e ácaros.

Como funciona:

  1. O fungo entra em contato com a broca.
  2. Ele germina na superfície do corpo do inseto e penetra em seu interior.
  3. Dentro do inseto, o fungo se multiplica, libera toxinas e causa a morte da praga.

Além de controlar a broca-do-café, a aplicação de Beauveria bassiana também é eficaz contra cochonilhas e o ácaro vermelho.

Dica de aplicação: Aplique o produto em horários mais frescos, como no fim do dia, e com umidade do ar acima de 65%. Essas condições favorecem o desenvolvimento do fungo na lavoura.

composição de três fotografias (A, B, C) que ilustram os danos causados pela broca-do-café (Hypothenemus hampe A - Broca-do-café com orifício de entrada, B – Danos ao fruto, C - Beauveria bassiana infectando a broca-do-café (Fonte: Esalq/USP – Visão Agrícola)

Importante: Ao usar microrganismos como a Beauveria b., respeite o período de carência de qualquer aplicação química feita anteriormente no cafezal.

Controle com Armadilhas

Uma armadilha caseira, feita com garrafa PET, já demonstrou uma redução de até 80% no nível de infestação em algumas áreas. A cor vermelha e uma mistura atrativa atraem a broca.

Materiais necessários:

  • Garrafa PET de 2 litros
  • Tinta vermelha
  • Álcool etílico (etanol)
  • Álcool metílico (metanol)
  • Pó de café
  • Detergente e água
  • Pequeno frasco de vidro (20 a 30 ml)

Siga o passo a passo:

  1. Pinte a garrafa PET de vermelho.
  2. Corte uma abertura (uma “janela”) na lateral da garrafa. Ela será usada de cabeça para baixo.
  3. Prepare a substância atrativa: para cada litro da mistura, use 250 ml de etanol, 750 ml de metanol e 10 gramas de pó de café. Coloque essa mistura no frasco de vidro e posicione-o dentro da garrafa.
  4. No fundo da garrafa (que ficará para cima), coloque uma solução de água com detergente (1 ml de detergente para cada 200 ml de água) para capturar as brocas.
  5. Distribua as armadilhas pela lavoura, na proporção de 25 armadilhas por hectare, fixadas nas plantas a cerca de 1,5 metro de altura.

Para uma orientação mais detalhada, confira este vídeo do canal Agro Mais Unaí.

Controle Químico

O Endossulfan, que já foi o principal produto para combater a broca, foi banido em 2013 por ser extremamente tóxico.

Atualmente, segundo o manual de prevenção e combate à broca do café da Embrapa, outros princípios ativos são utilizados. Os principais grupos químicos incluem:

  • Azadiractina (tetranortriterpenóide)
  • Cyantraniliprole (antranilamida)
  • Abamectina (avermectina) + Clorantraniliprole (antranilamida)
  • Clorpirifós (organofosforado)
  • Espinosade (espinosinas)
  • Etofenproxi (éter difenílico)

Atenção: Sempre procure a recomendação de um engenheiro agrônomo. Ele indicará o produto correto, a importância de rotacionar os princípios ativos para evitar resistência da praga e a aplicação racional do defensivo. Respeite a dose recomendada e o período de carência para garantir o sucesso da sua produção e a segurança de todos.

Manejo Integrado de Pragas (MIP)

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) não é sobre usar um único método, mas combinar várias estratégias de forma inteligente e preventiva. A base do MIP é:

  1. Identificação correta da praga.
  2. Monitoramento constante da lavoura.
  3. Avaliação dos níveis de infestação para decidir se o controle é realmente necessário.

No caso da broca-do-café, o monitoramento deve continuar em intervalos de 30 dias até perto da colheita. O MIP permite que você tome decisões baseadas em dados, aplicando o controle apenas quando necessário e da forma mais eficiente possível.

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Conclusão

Como vimos, a broca-do-café é sinônimo de prejuízo, pois ataca diretamente os grãos, diminuindo o peso e a qualidade do seu café.

Agora, você tem um guia completo sobre a biologia desse inseto e as ferramentas para combatê-lo. Lembre-se que o sucesso do controle depende de três pilares: uma colheita bem-feita, um monitoramento constante e a combinação inteligente dos métodos de controle cultural, biológico e, se necessário, químico.


Glossário

  • Beauveria bassiana: Um fungo entomopatogênico, ou seja, que causa doenças em insetos. É amplamente utilizado no controle biológico da broca-do-café, infectando e matando a praga de forma natural.

  • Controle Cultural: Conjunto de práticas agrícolas que visam tornar o ambiente desfavorável à sobrevivência e reprodução de pragas. Para a broca-do-café, a principal medida é a colheita bem-feita, eliminando frutos remanescentes que serviriam de abrigo.

  • Época de Trânsito: Período específico do ciclo do cafeeiro, que ocorre entre 80 e 90 dias após a floração. É a fase ideal para iniciar o monitoramento da broca, pois as fêmeas começam a migrar para perfurar os frutos novos.

  • Hypothenemus hampei: Nome científico da broca-do-café. É um pequeno besouro de cor escura considerado a praga mais devastadora para a cafeicultura em escala global.

  • Intensidade de Infestação (IF): Métrica utilizada para quantificar o nível de ataque da broca-do-café na lavoura. O cálculo desse índice a partir da amostragem de frutos define se o nível de dano atingiu o ponto em que o controle é necessário.

  • Manejo Integrado de Pragas (MIP): Estratégia que combina diferentes métodos de controle (cultural, biológico, químico) de forma racional e sustentável. O MIP se baseia no monitoramento constante para tomar decisões e aplicar defensivos apenas quando estritamente necessário.

  • Natureza Críptica: Característica de um organismo que vive a maior parte do seu ciclo de vida de forma escondida ou protegida. A broca-do-café é considerada críptica porque se desenvolve (ovo, larva, pupa) dentro do grão de café, dificultando o alcance de inseticidas.

  • Oviposição: Termo técnico para o ato de depositar ovos. No caso da broca, a fêmea perfura a coroa do fruto para realizar a oviposição em seu interior, onde as larvas se desenvolverão.

  • Período de Carência: Intervalo de tempo mínimo que deve ser respeitado entre a última aplicação de um defensivo agrícola e a colheita. Garante que o produto final esteja livre de resíduos e seguro para o consumo.

Veja como o Aegro pode ajudar a superar esses desafios

O controle eficaz da broca-do-café depende de um monitoramento rigoroso e de ações tomadas no momento certo, mas registrar todos os dados da amostragem em papel ou planilhas pode ser um desafio. Um software de gestão agrícola como o Aegro facilita esse trabalho, permitindo que você anote as infestações direto no celular, no meio do talhão. O sistema centraliza as informações e ajuda a planejar as pulverizações de forma mais precisa, garantindo que você aplique o controle apenas quando realmente necessário.

Além de otimizar o manejo de pragas, essa organização se reflete diretamente na saúde financeira da fazenda. Ao registrar os custos de insumos e operações, você consegue visualizar o impacto que o controle da broca tem na rentabilidade final da safra, tomando decisões que protegem tanto o seu cafezal quanto o seu lucro.

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Perguntas Frequentes

Quando é o momento ideal para iniciar o monitoramento da broca-do-café na lavoura?

O monitoramento deve começar na chamada ‘época de trânsito’, que ocorre entre 80 e 90 dias após a florada do café. Este é o período em que as fêmeas adultas migram para perfurar os frutos novos, sendo a fase ideal para identificar o início da infestação e agir antes que os danos se tornem severos.

Por que uma colheita bem-feita é considerada a principal forma de controle da broca-do-café?

Uma colheita bem-feita, que retira todos os frutos da planta e do chão, é crucial porque elimina o principal abrigo da broca entre as safras. Os frutos remanescentes servem de refúgio para a praga sobreviver e se multiplicar, garantindo a infestação no ciclo seguinte. Remover esses frutos quebra o ciclo de vida da broca.

O que significa o nível de infestação de 3% e por que ele é importante?

O nível de 3% de infestação é o Nível de Controle (NC), ou seja, o ponto em que a quantidade de frutos atacados justifica economicamente a aplicação de uma medida de controle, seja ela biológica ou química. Atingir ou ultrapassar esse índice indica que, se nada for feito, os prejuízos causados pela praga serão maiores que o custo do tratamento.

Por que a broca-do-café é tão difícil de combater com inseticidas convencionais?

A dificuldade está em sua ’natureza críptica’. A broca passa a maior parte de seu ciclo de vida (ovo, larva e pupa) protegida dentro do grão de café. Isso a protege do contato direto com a maioria dos inseticidas, que são mais eficazes contra as fêmeas adultas quando elas estão expostas, procurando um local para perfurar.

Posso usar o controle biológico com o fungo Beauveria bassiana junto com defensivos químicos?

Sim, mas é preciso ter cuidado e planejamento. O fungo é um organismo vivo e pode ser inativado por certos produtos químicos, especialmente fungicidas. É fundamental respeitar o período de carência após a aplicação de defensivos para não prejudicar a eficácia do controle biológico. Consulte sempre um engenheiro agrônomo para garantir a compatibilidade e o manejo correto.

As armadilhas caseiras com garrafa PET são realmente eficazes contra a broca?

Sim, as armadilhas caseiras são uma ferramenta de controle complementar muito eficaz e de baixo custo, podendo reduzir significativamente a população da praga na lavoura. Elas funcionam atraindo e capturando as fêmeas antes que elas perfurem os frutos. Embora não substituam outros métodos, são um excelente componente do Manejo Integrado de Pragas (MIP).

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