A brachiaria já foi vista apenas como sinônimo de alimentação para o gado. No entanto, o papel dessa gramínea vai muito além de servir como forragem para os rebanhos.
Ela é uma ferramenta poderosa para melhorar a saúde do solo e trazer um ganho real de produtividade para outras culturas, especialmente a lavoura de grãos.
Mas qual é a melhor época para semear a brachiaria? Que espécies são mais indicadas para proteção do solo, formação de palhada ou para alimentar o gado? Neste artigo, vamos responder a essas e outras perguntas importantes para o seu dia a dia no campo.
O que é uma Brachiaria?
A Brachiaria é um gênero de gramínea tropical, amplamente utilizada tanto em pastagens quanto em sistemas agrícolas para melhorar a qualidade do solo.
As espécies mais comuns, como a Brachiaria brizantha, a Brachiaria decumbens e a Brachiaria ruziziensis, são valorizadas por sua alta resistência, excelente produtividade e grande capacidade de adaptação a diferentes climas e tipos de solo.
Além disso, essas gramíneas trazem benefícios fundamentais para a sua terra:
- Ajudam na fixação de carbono no solo.
- Aumentam a matéria orgânica: que é o material de origem vegetal e animal em decomposição, essencial para a fertilidade.
- Contribuem para a recuperação de áreas degradadas.
- São peças-chave em sistemas de integração lavoura-pecuária, ajudando no controle da erosão e aumentando a produtividade geral da fazenda.
Qual a importância da Brachiaria para o agronegócio?
Introduzidas no Brasil entre as décadas de 1950 e 1960, as espécies do gênero Brachiaria são, hoje, as principais plantas forrageiras do país.
A chegada do braquiarão (Brachiaria brizantha cv. Marandu) em 1965, com sua alta persistência em solos ácidos, foi um divisor de águas, permitindo a intensificação da bovinocultura de corte no Brasil.
Originárias das savanas do continente africano, as espécies de Brachiaria se adaptaram perfeitamente ao nosso clima tropical e ao Cerrado, mostrando seu enorme potencial produtivo.
A intensificação da pecuária de corte impulsionada pela brachiaria foi impressionante, aumentando a capacidade de suporte das pastagens e elevando a taxa de lotação de 0,3 UA/ha para 1,5 UA/ha.
Esse salto de produtividade ajudou o Brasil a se tornar o maior produtor de carne bovina do mundo, com a Brachiaria ocupando cerca de 80% de todas as pastagens cultivadas no país.
Quais são os tipos de Brachiaria?
Embora existam mais de 80 espécies no gênero, quatro delas se destacam pela maior importância econômica no Brasil, representando 80% das nossas pastagens cultivadas: B. brizantha, B. decumbens, B. ruziziensis e B. humidicola.
A B. brizantha é, de longe, a mais utilizada, cobrindo 50% das pastagens brasileiras atualmente. Seus três cultivares mais consolidados são:
- Cv. Marandu: o famoso Braquiarão.
- Cv. Piatã: lançado pela Embrapa em 2007.
- Cv. Xaraés: lançado pela mesma empresa em 2003.
A espécie Brachiaria decumbens nos deu a famosa braquiarinha, o cultivar Basilisk. Importada da Austrália nos anos 60, ela dominou as pastagens até a chegada do Marandu e geralmente alcança até 70 cm de altura.
A B. humidicola se divide em três cultivares principais: o cv. Lianero, o cv. Comum e o cv. Tupi. Já a B. ruziziensis tem como destaque o cv. Kennedy e um híbrido muito popular hoje, o cv. Mulato 2, resultado do cruzamento entre B. decumbens e B. ruziziensis.
Como identificar uma Brachiaria?
A Brachiaria é uma peça-chave em áreas de pastagem e integração lavoura-pecuária devido à sua grande capacidade de adaptação.
Para identificar essas plantas no campo, é preciso observar algumas de suas características principais, como hábito de crescimento, tipo de folha e inflorescência.
- Hábito de Crescimento: Geralmente, a Brachiaria cresce em touceiras (moitas), podendo ter um crescimento ereto ou semi-ereto. Algumas espécies, como a Brachiaria decumbens, têm um crescimento prostrado: significa que se espalham pelo chão.
- Folhas: As folhas são estreitas e finas. Dependendo da variedade, suas bordas podem ser serrilhadas ou lisas. A Brachiaria brizantha, por exemplo, tem folhas mais largas e de um verde bem vivo.
- Crescimento Vegetativo: Algumas espécies, como a Brachiaria decumbens, apresentam estolões: são ramificações que crescem horizontalmente sobre o solo, ajudando a formar uma cobertura densa.
- Tamanho: A altura varia bastante. A maioria das espécies fica entre 50 cm e 1,5 metros.
- Inflorescência: As flores são pequenas e se agrupam em uma inflorescência do tipo panícula: um cacho com várias ramificações. A cor das flores varia de esbranquiçada a amarelada.
- Sementes: As sementes são pequenas, geralmente de cor marrom ou preta, com características que mudam conforme o cultivar.
Estabelecimento da forrageira após a sobressemeadura, ainda em consórcio com a soja. (Fonte: Embrapa)
A Importância da Brachiaria para o Plantio Direto
Considerando o clima tropical do Brasil, a brachiaria tem um papel fundamental para a adoção do sistema de plantio direto (SPD).
Embora não seja a única opção para produzir palha, ela se destaca pela rusticidade e pela alta produção de biomassa. Além disso, sua relação C/N: (proporção de Carbono e Nitrogênio na palha) é mais adequada para garantir que a cobertura do solo dure mais tempo.
A gramínea pode ser introduzida no sistema de produção de duas formas principais:
- Semeada em monocultivo (sozinha) após a colheita da primeira safra.
- Semeada em consórcio com a cultura da segunda safra (safrinha).
Em ambos os cenários, a semeadura da brachiaria deve ocorrer durante o período da segunda safra. Isso é importante porque, devido às suas características, ela não apresenta um crescimento significativo em temperaturas baixas.
Entre as duas formas, o consórcio é uma técnica mais elaborada, mas que gera debates. Por isso, vamos detalhá-la a seguir.
Consórcio com Brachiaria
O consórcio de forrageiras como a brachiaria com culturas de grãos começou a ganhar força com o Sistema Barreirão, desenvolvido pela Embrapa.
Originalmente, o sistema consistia no cultivo de arroz de sequeiro consorciado com a forrageira, com o objetivo de reduzir os custos de renovação da pastagem. Naquela época, o solo passava por um preparo pesado, sem os conceitos do plantio direto. A ideia era corrigir o perfil do solo em profundidade e reformar pastagens degradadas, sem necessariamente rotacionar a área com agricultura.
Anos depois, a Embrapa lançou o Sistema Santa Fé. Este sistema incorporou os princípios do plantio direto ao consórcio e passou a defender a rotação entre pastagem e agricultura na mesma área.
A partir daí, o uso de culturas como milho e sorgo em consórcio com brachiaria cresceu muito, pois diversos experimentos mostraram que era possível manter a produtividade dos grãos mesmo com a presença da forrageira.
Integração Lavoura-Pecuária (ILP)
O sistema de integração lavoura-pecuária tem ganhado cada vez mais espaço no Brasil.
Com ele, os pecuaristas conseguem reduzir os custos para renovar a pastagem. Por outro lado, os agricultores diversificam a produção da propriedade e podem até obter a renda de uma terceira safra.
Na prática, é possível ter uma safra de verão com soja, por exemplo, seguida por uma safrinha de milho ou sorgo consorciado com a brachiaria. Após a colheita da safrinha, o gado entra na área para pastar até o momento de plantar a próxima safra de grãos.
Para esse modelo, a utilização de capins mais rústicos e produtivos, como o Marandu ou o Piatã, costuma ser a melhor escolha.
A chamada “safrinha de boi” não é obrigatória. Você pode simplesmente rotacionar as áreas da fazenda, alternando entre agricultura e pecuária em diferentes anos.
Outra técnica interessante é a sobressemeadura da brachiaria na soja. Isso é feito quando a soja está entre a fase de enchimento de grãos e o início da maturação (estádios R5 a R7).
Características das Brachiarias e Manejo dos Sistemas
Cada cultivar de brachiaria tem características próprias, que definem seu uso e manejo mais adequado.
A escolha certa depende de fatores como resistência a pragas, capacidade de adaptação ao clima e solo da sua região, além da produtividade esperada e da tolerância ao pastejo. Veja os detalhes a seguir.
1. Brachiaria brizantha
A Brachiaria brizantha é uma planta forrageira perene (vive por vários ciclos) com crescimento ereto ou semi-ereto, originária da África.
Ela se adapta bem a altitudes de 80 a 2.000 metros e a regimes de chuva de 500 a 2.500 mm por ano. Além disso, tolera solos com pH entre 4 e 8, o que demonstra sua incrível capacidade de adaptação.
Introduzida no Brasil em 1967, a cultivar Marandu (braquiarão) se tornou um sucesso por sua alta produtividade, resistência à cigarrinha-das-pastagens e boa digestibilidade para o gado.
Posteriormente, novas cultivares como Xaraés (2003) e Piatã (2007) foram lançadas, ampliando as opções para os pecuaristas.
Cultivares Principais de Brachiaria brizantha | ||
---|---|---|
Marandu | Xaraés | Piatã |
Altura de 1 a 1,5 m | Crescimento ereto, altura de 1,5 m | Porte médio (0,8 a 1 m) |
Boa adaptação ao clima tropical | Alta produtividade e prolongamento do pastejo na seca | Produção entre 17 e 20 t de matéria seca/ha |
Alta produção (até 20 t de matéria seca/ha) | 20% mais capacidade de suporte que Marandu | Boa resistência às cigarrinhas |
Resistente à cigarrinha e livre de fotossensibilidade | Suscetível à mela das sementes e cigarrinhas | Tolerância moderada a solos mal drenados |
Manejo com 20 cm (pastejo contínuo) ou 25 cm/15-18 cm (pastejo rotacionado) | Manejo com 25 cm (pastejo contínuo) ou 30 cm/15-20 cm (pastejo rotacionado) | Manejo com 35 cm (pastejo rotacionado) |
As cultivares de Brachiaria brizantha são ótimas para a integração lavoura-pecuária. Quando consorciadas com o milho, a recomendação é usar uma menor densidade de plantas (6 a 12 plantas/m²) para não competir com a lavoura e evitar perdas de produtividade.
Para a dessecação: (aplicação de herbicida para matar a planta), a brizantha pode apresentar resistência moderada ao glifosato. Nesses casos, a aplicação indicada é de 3 a 4 L/ha.
2. Brachiaria decumbens
A Brachiaria decumbens cv. Basilisk (braquiarinha) é uma das gramíneas tropicais mais cultivadas desde sua expansão no Brasil entre 1968 e 1974.
Sua grande vantagem é a adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade, o que facilita seu estabelecimento e a competição com a vegetação nativa.
Possui crescimento prostrado (altura de 50 a 100 cm), alta emissão de estolões e folhas curtas e eretas. É resistente a curtos períodos de seca (exige no mínimo 800 mm de chuva por ano), mas não tolera solos encharcados.
Sua produção fica entre 8 e 10 toneladas de matéria seca/ha/ano, com 80% desse volume concentrado no período chuvoso. Um ponto de atenção é que suas sementes podem ter dormência: (capacidade de não germinar por um tempo) de até 12 meses, o que dificulta sua erradicação quando necessário.
Brachiaria decumbens e Cobertura do Solo
A Brachiaria decumbens é muito eficiente para cobertura do solo, seja em consórcio com milho/sorgo ou semeada sobre a lavoura de soja.
Contudo, sua erradicação difícil e a dormência prolongada das sementes tornam seu controle um desafio. Para a função de palhada, outras espécies como a ruziziensis podem ser mais indicadas.
Embora seu valor nutricional seja semelhante ao de outras brachiarias, a decumbens tem menor produtividade e responde menos à adubação quando comparada à B. brizantha.
Além disso, é suscetível às cigarrinhas-das-pastagens, o que pode comprometer sua viabilidade em sistemas de produção de longo prazo. Para a integração lavoura-pecuária, espécies mais produtivas podem ser alternativas mais vantajosas.
3. Brachiaria humidicola
Para terrenos mal drenados ou sujeitos a alagamentos, a principal indicação são as cultivares de B. humidicola. Elas apresentam crescimento estolonífero (se espalham pelo chão) e se adaptam bem a solos com baixa fertilidade.
No entanto, um ponto de atenção é que apenas a cultivar comum apresenta tolerância às cigarrinhas-das-pastagens. De modo geral, todas as cultivares de humidicola têm um estabelecimento mais lento, devido ao menor enraizamento dos estolões.
4. Brachiaria ruziziensis
A B. ruziziensis é a espécie mais utilizada no sistema de plantio direto na palha. Seus pontos fortes são o rápido estabelecimento e a facilidade de dessecação e controle.
Porém, ela também tem suas desvantagens:
- Baixa adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade.
- Alta suscetibilidade às cigarrinhas-das-pastagens.
- Baixa capacidade de competir com plantas invasoras.
Esses fatores limitam sua escolha na hora de implantar o sistema.
Semeadura da Brachiaria
No consórcio com milho ou sorgo, a semeadura da forrageira pode ser tardia, feita junto com a adubação de cobertura (estádios V3-V5). Essa prática diminui a competição com a cultura principal, o que, por outro lado, também reduz a produção de forragem.
Outra opção é realizar a semeadura da forrageira junto com o plantio do milho. Ela pode ser aplicada a lanço, na entrelinha da cultura, ou na mesma linha, semeada em maior profundidade.
Esse tipo de estabelecimento aumenta a produção de forragem e pode ser mais interessante quando o objetivo é usar a pastagem para a recria e engorda do gado de corte.
Para diminuir a competição inicial quando as duas espécies são semeadas juntas, você pode usar graminicidas em subdosagem, combinados com atrazina.
- O herbicida atrazina deve ser usado na dose de
1500 g i.a./ha
(ingrediente ativo por hectare), o que equivale a3 L p.c./ha
(produto comercial por hectare), para controlar plantas daninhas de folhas largas. - Já o nicosulfuron é recomendado na dose de
4 a 8 g i.a./ha
(equivalente a0,1 a 0,2 L p.c./ha
). O objetivo é controlar as invasoras e diminuir o crescimento inicial da forrageira, sem matá-la.
Comparativo Rápido: Tipos de Sementes no Brasil
Característica | Semente Certificada (C1/C2) | Semente Não Certificada (S1/S2) | Semente Crioula | Semente Pirata |
---|---|---|---|---|
Garantia de Qualidade | Alta (MAPA/Certificadora) | Média (Padrões mínimos) | Variável (Conhecimento local) | Nenhuma |
Pureza Genética/Varietal | Alta (Controlada) | Média (Menor controle) | Variável (Adaptada localmente) | Baixa / Mistura |
Rastreabilidade | Sim (Obrigatória) | Limitada | Geralmente Não (Comunitária) | Não |
Controle de Produção | Rigoroso (Todas as etapas) | Básico (Foco no produto final) | Tradicional / Comunitário | Nenhum / Ilegal |
Risco Fitossanitário | Baixo | Médio | Variável | Alto |
Legalidade (Comércio) | Sim | Sim (Dentro das regras) | Restrita (Entre grupos isentos) | Não (Ilegal) |
Potencial Produtivo | Alto | Médio / Alto | Variável (Adaptado ao local) | Baixo / Incerto |
Custo Inicial (Médio) | Mais alto | Intermediário | Baixo / Troca | Mais baixo (aparente) |
O sistema de sementes no Brasil é um dos mais avançados do mundo, especialmente para a agricultura tropical. Esse avanço é resultado direto do investimento em pesquisa e melhoramento genético, um ciclo que é sustentado pelo mercado formal de sementes certificadas.
Ao escolher sementes de qualidade e com origem garantida, você não está apenas protegendo sua lavoura e seu investimento. Você também está contribuindo para a inovação contínua que beneficia todo o agronegócio brasileiro.
Glossário
Consórcio: Prática de cultivar duas ou mais espécies de plantas diferentes na mesma área e ao mesmo tempo. No artigo, refere-se principalmente ao plantio de milho ou sorgo junto com a brachiaria.
Cultivar (cv.): Abreviação para “cultivated variety” (variedade cultivada). Refere-se a uma variedade específica de uma planta que foi desenvolvida por melhoramento genético para apresentar características desejáveis, como o cv. Marandu da Brachiaria brizantha.
Dessecação: Aplicação de herbicidas para provocar a morte e a secagem rápida de uma cultura ou planta de cobertura, como a brachiaria. Essa prática facilita o plantio da safra seguinte no sistema de plantio direto.
Estolões: Caules que crescem horizontalmente sobre a superfície do solo. Eles criam raízes e novas plantas em seus nós, permitindo que a gramínea se espalhe e forme uma cobertura densa no terreno.
ILP (Integração Lavoura-Pecuária): Sistema de produção que combina, na mesma área, o cultivo de grãos e a criação de gado, de forma rotacionada ou simultânea. A brachiaria é uma peça-chave nesse sistema, servindo tanto como palhada para a lavoura quanto como pasto para o gado.
Relação C/N (Relação Carbono/Nitrogênio): Proporção entre a quantidade de carbono e de nitrogênio na matéria orgânica, como na palha da brachiaria. Uma relação C/N alta significa que a palha se decompõe mais lentamente, mantendo o solo coberto por mais tempo.
SPD (Sistema de Plantio Direto): Técnica agrícola em que a semeadura é feita diretamente sobre a palha da cultura anterior, sem o preparo do solo (aração e gradagem). A brachiaria é excelente para formar a palhada necessária para o sucesso do SPD.
Sobressemeadura: Técnica de semear uma cultura (como a brachiaria) sobre outra já estabelecida e em fase final de desenvolvimento (como a soja). O objetivo é antecipar a formação da pastagem ou cobertura do solo.
UA/ha (Unidade Animal por Hectare): Medida padrão para expressar a taxa de lotação de uma pastagem. Uma Unidade Animal (UA) equivale a um bovino de 450 kg. O termo indica quantos animais dessa referência um hectare de pasto consegue sustentar.
Como a tecnologia simplifica a gestão da brachiaria em sistemas integrados
Implementar sistemas de plantio direto e integração lavoura-pecuária (ILP) com brachiaria traz enormes ganhos de produtividade, mas também aumenta a complexidade da gestão. Coordenar a semeadura em consórcio, a dessecação na hora certa e o manejo do pastejo, enquanto se mantém os custos sob controle, é um desafio constante. Saber se a “safrinha de boi” ou a formação de palhada estão realmente sendo lucrativas exige um controle financeiro e operacional impecável.
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Perguntas Frequentes
Qual a principal diferença entre usar Brachiaria brizantha e Brachiaria ruziziensis no sistema de plantio direto?
A Brachiaria ruziziensis é ideal para formação de palhada, pois se estabelece rápido e é fácil de dessecar. No entanto, é mais exigente em fertilidade e suscetível a pragas. Já a Brachiaria brizantha (como o Marandu) é mais rústica e produtiva, sendo excelente para sistemas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), embora seu manejo de dessecação exija mais atenção.
Por que a Brachiaria é tão importante para a Integração Lavoura-Pecuária (ILP)?
A Brachiaria é fundamental na ILP por seu duplo papel. Após a colheita dos grãos, ela se transforma em uma pastagem de alta qualidade para o gado, gerando a “safrinha de boi”. Além disso, suas raízes profundas e a grande produção de palha melhoram a estrutura e a fertilidade do solo, beneficiando a próxima safra agrícola.
É possível plantar milho e brachiaria ao mesmo tempo sem prejudicar a produtividade dos grãos?
Sim, é totalmente possível através de um manejo adequado da competição inicial. Uma técnica eficaz é aplicar herbicidas graminicidas em subdosagem (como o nicosulfuron) após a semeadura simultânea. Isso retarda o crescimento da brachiaria, permitindo que o milho se estabeleça e se desenvolva sem competição por luz e nutrientes, garantindo assim a produtividade da lavoura.
O que significa a “relação C/N” da palha da brachiaria e por que isso é importante?
A relação Carbono/Nitrogênio (C/N) indica a proporção desses elementos na matéria orgânica. Uma relação C/N alta, como a da brachiaria, significa que sua palha se decompõe mais lentamente no solo. Isso é uma grande vantagem no plantio direto, pois mantém o solo coberto e protegido contra erosão e variações de temperatura por mais tempo.
Qual a espécie de brachiaria mais recomendada para solos mal drenados ou que alagam?
Para terrenos com má drenagem ou sujeitos a alagamentos temporários, a espécie mais indicada é a Brachiaria humidicola. Suas cultivares são conhecidas pela alta tolerância a solos com excesso de umidade e baixa fertilidade, embora seu estabelecimento possa ser um pouco mais lento que o de outras espécies.
Qual a vantagem de fazer a sobressemeadura da brachiaria na soja?
A principal vantagem é antecipar o estabelecimento da cobertura do solo ou da pastagem. Ao semear a brachiaria com a soja já na fase final de enchimento de grãos (estádios R5 a R7), a forrageira aproveita a umidade e a luz que começa a penetrar no dossel para germinar. Isso garante uma cobertura vegetal formada muito mais rápido após a colheita da soja.
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