Agroquímicos: O que São, Para que Servem e a Importância do Uso Correto

Engenheiro agrônomo, mestre e doutor na linha de pesquisa de fruticultura.
Agroquímicos: O que São, Para que Servem e a Importância do Uso Correto

Com frequência, vemos notícias sobre agroquímicos, muitas vezes com manchetes preocupantes sobre poluição e riscos à saúde. No dia a dia da fazenda, ouvimos vários nomes: agrotóxicos, defensivos agrícolas, praguicidas ou pesticidas.

Mas, afinal, o que são esses produtos? Eles são heróis ou vilões da produção agrícola? Em um mundo cheio de opiniões extremas e notícias falsas, a melhor ferramenta é a informação. Como dizia o filósofo Francis Bacon, “saber é poder”.

Neste artigo, vamos explicar de forma clara o que são os agroquímicos, por que eles são importantes para a agricultura moderna e quais os cuidados necessários em seu uso.

O que são agroquímicos? A definição oficial

Para entender o que são agroquímicos, a melhor fonte é a legislação. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Lei Federal 7.802 de 1989 define esses produtos como:

produtos ou agentes de processos físicos, químicos ou biológicos utilizados na produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, pastagem e proteção de florestas (…) cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos”.

Em outras palavras: são ferramentas que, quando aplicadas corretamente na lavoura, ajudam a proteger as plantas contra pragas, doenças e plantas daninhas, garantindo um melhor desenvolvimento e produtividade.

Além de definir o que são, essa lei estabelece regras claras para todas as etapas da vida de um agroquímico, incluindo:

  • Pesquisa e desenvolvimento;
  • Produção e fabricação;
  • Regras para rotulagem;
  • Transporte seguro;
  • Armazenamento correto.

infográfico esquemático que detalha as diferentes fases e aspectos regulatórios relacionados aos defensivos agr Disposições a respeito dos agroquímicos da Lei Federal 7.802 de 1989, regulamentada pelo decreto Nº 4074/2002. (Fonte: Mapa e Menten et al., 2011)

Agora que sabemos a definição oficial, vamos conhecer os principais tipos de agroquímicos disponíveis no mercado.

Principais tipos de agroquímicos

Como a própria definição explica, a função principal desses produtos é controlar organismos que podem prejudicar a produção. Por isso, os agroquímicos são divididos em categorias, de acordo com o alvo que combatem. Os principais são: fungicidas, inseticidas e herbicidas.

infográfico educacional que ilustra a correlação entre diferentes tipos de pragas agrícolas e os defensivos esp Principais pragas dos cultivos agrícolas e seus respectivos defensivos. (Fonte: CropLife Brasil)

Fungicidas

Os fungicidas atuam no controle e na prevenção de doenças causadas por fungos fitopatogênicos: ou seja, fungos que atacam e prejudicam as plantas. A necessidade de uso varia muito entre as culturas, pois cada planta tem um nível diferente de sensibilidade a esses patógenos. No Brasil, o clima quente e úmido favorece o desenvolvimento de fungos em quase todas as regiões, tornando os fungicidas essenciais para a maioria das lavouras.

Inseticidas

Os inseticidas são produtos que controlam a ação de insetos-praga. Eles são mais conhecidos pelo público geral, pois muitas pessoas usam versões domésticas em casa. É claro que as fórmulas, as doses e as formas de aplicação no campo são muito diferentes, mas o objetivo é o mesmo: prevenir e controlar infestações de insetos. Assim como os fungos, os insetos podem causar danos severos às plantações se não forem manejados corretamente.

Herbicidas

Junto com fungicidas e inseticidas, os herbicidas formam o trio de ferramentas mais importantes para o manejo agrícola. Sua função é o controle de plantas daninhas. Quando não são controladas, essas plantas competem diretamente com a cultura principal por recursos vitais como água, luz solar e nutrientes do solo. Essa competição reduz o potencial produtivo da lavoura.

Outros produtos (adjuvantes e afins)

Além dos produtos de controle direto, existe uma categoria de agroquímicos que melhora a eficiência das aplicações. Esses produtos incluem:

  • Óleos espalhantes e adjuvantes: Ajudam a calda de pulverização a se espalhar e fixar melhor nas folhas.
  • Antiespumantes: Evitam a formação de espuma no tanque do pulverizador, garantindo uma mistura homogênea.
  • Sequestrantes e reguladores de pH: Corrigem a qualidade da água usada na calda, melhorando a eficácia do produto principal.

Esses produtos auxiliares garantem que a aplicação seja mais uniforme e eficiente, otimizando o uso dos defensivos.

A importância do uso dos agroquímicos

O uso de produtos para proteger as lavouras não é novo. Desde o século XIX, agricultores já usavam compostos inorgânicos, como o sulfato de cobre na calda bordalesa. No entanto, o grande desafio surgiu com o crescimento da população mundial e o aumento da expectativa de vida: como produzir alimentos para todos?

Existiam duas saídas: expandir as áreas de cultivo ou aumentar a produtividade nas áreas já existentes. A primeira opção traria enormes prejuízos ambientais, como o desmatamento. A solução, então, foi focar em produzir mais no mesmo espaço.

Para aumentar a produtividade, é fundamental reduzir as perdas. Estudos e pesquisas científicas mostram que as perdas de produção causadas por pragas, doenças e plantas daninhas podem chegar a 30% ou 40%. A principal estratégia para combater essas perdas foi o desenvolvimento e o uso de agroquímicos.

No Brasil, o agronegócio é um pilar da economia, representando cerca de um quinto do PIB nacional, segundo dados do Ipea. Nossa produção é baseada em commodities como soja, milho, laranja e café, que são cultivadas em larga escala.

gráfico de pizza que ilustra a distribuição de diferentes culturas agrícolas. A maior fatia, em verde claro Principais cultivos agrícolas do Brasil em volume de produção. (Fonte: Censo Agro IBGE (2017))

Essas culturas dependem da tecnologia dos agroquímicos, especialmente por serem plantadas em grandes áreas, o que dificulta a aplicação de outros métodos de manejo. Quando usados corretamente, esses produtos são extremamente eficientes e trazem ótimos resultados.

Mas, como em tudo na vida, nem tudo são flores. O uso intensivo ou incorreto dos agroquímicos pode trazer sérios prejuízos.

Problemas relacionados ao uso de agroquímicos

Os principais problemas ligados ao uso de agroquímicos estão relacionados à saúde humana, ao meio ambiente e ao desenvolvimento de resistência nas pragas.

O uso inadequado é a principal causa desses problemas. Uma aplicação mal feita, com dose errada ou no momento errado, pode deixar mais resíduos no ambiente e nos alimentos, além de atingir organismos que não eram o alvo.

A poluição do solo e da água por agroquímicos geralmente acontece por uso exagerado ou por não seguir as boas práticas de aplicação.

três trabalhadores rurais em uma lavoura de arroz, que aparenta estar em estágio inicial de desenvolvimento Exemplo de aplicação inadequada de agroquímicos, sem o uso dos equipamentos de proteção recomendados. (Fonte: Mundo Educação)

Outro ponto crítico é a segurança do trabalhador. Não respeitar as normas de aplicação e deixar de usar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) expõe o aplicador a riscos de intoxicação.

Além disso, o uso repetido e indiscriminado do mesmo produto pode levar à resistência, fazendo com que pragas, doenças e plantas daninhas não sejam mais controladas por ele. Isso exige doses cada vez maiores para obter o mesmo resultado, criando um ciclo vicioso.

Para entender melhor, podemos fazer uma comparação: os agroquímicos estão para a lavoura como os antibióticos estão para a saúde humana.

Ambos contêm ingredientes ativos que eliminam organismos específicos. Assim como ninguém deve tomar antibióticos sem receita médica, os agroquímicos só devem ser utilizados com a orientação e recomendação de um engenheiro agrônomo.

Principais alternativas aos agroquímicos

Felizmente, a pesquisa agrícola avançou muito, e hoje a agricultura não depende exclusivamente do controle químico. Existem diversas técnicas que podem ser usadas para manejar pragas, doenças e plantas daninhas.

As principais alternativas incluem:

  • Controle cultural: Práticas como rotação de culturas e época de plantio correta.
  • Controle mecânico: Uso de aração, gradagem ou capina para eliminar plantas daninhas.
  • Controle físico: Uso de barreiras físicas ou armadilhas.
  • Controle biológico: Utilização de inimigos naturais (predadores, parasitoides) para controlar as pragas.

infográfico que ilustra o conceito de ‘Manejo Integrado’ na agricultura. No centro, um círculo laranja destaca Principais técnicas aplicadas para realização do manejo integrado. (Fonte: AMICI Mecanização Agrícola)

Quando essas técnicas são aplicadas de forma combinada e planejada, chamamos de Manejo Integrado de Pragas (MIP). O MIP não proíbe o uso de agroquímicos, mas o racionaliza, utilizando-os apenas quando estritamente necessário e em conjunto com outras estratégias. Isso torna a agricultura mais sustentável e eficiente.

Outras frentes importantes são o desenvolvimento de novas tecnologias de aplicação, que reduzem o volume de produto necessário, e a pesquisa por novas moléculas de defensivos, que sejam mais eficientes e menos tóxicas.

Esta imagem macro captura um momento crucial do controle biológico na agricultura. Vemos três pequenas vespas parasitoides, p Exemplo de controle biológico: vespas do gênero Trichogramma parasitando ovos de lagartas. (Fonte: Embrapa)

A agricultura orgânica, que não utiliza agroquímicos sintéticos, também é uma alternativa viável, principalmente para a produção de frutas e verduras. No entanto, em geral, os sistemas orgânicos produzem maior variedade, mas menor volume, e estão mais sujeitos à sazonalidade.

planilha de compras de insumos

Conclusão

Os agroquímicos são uma ferramenta essencial e fazem parte da realidade da produção de alimentos no Brasil e no mundo. Sem eles, seria muito difícil produzir na escala necessária para abastecer a população.

No entanto, o segredo está no equilíbrio. É fundamental usar esses produtos de forma correta, responsável e apenas quando necessário, sempre com a orientação de um profissional qualificado.

O futuro da agricultura está em buscar o equilíbrio entre as diferentes técnicas de manejo. Integrar o controle químico com práticas biológicas, culturais e mecânicas é o caminho para uma produção mais sustentável, produtiva e segura para todos.


Glossário

  • Agroquímico (ou Defensivo Agrícola): Termo geral para produtos químicos ou biológicos usados para proteger as lavouras contra a ação de pragas, doenças e plantas daninhas. A legislação brasileira os define como produtos que visam preservar a flora e a fauna da ação de seres vivos considerados nocivos.

  • Controle Biológico: Método de manejo que utiliza inimigos naturais, como predadores e parasitoides, para controlar a população de pragas agrícolas. É uma alternativa sustentável que reduz a dependência de defensivos químicos.

  • Fungicida: Tipo de agroquímico desenvolvido para prevenir e controlar doenças causadas por fungos que atacam as plantas (fungos fitopatogênicos). Seu uso é essencial em regiões de clima quente e úmido, favoráveis à proliferação desses organismos.

  • Herbicida: Produto utilizado para o controle de plantas daninhas, que competem com a cultura principal por recursos como água, luz e nutrientes. A aplicação de herbicidas evita que essa competição reduza a produtividade da lavoura.

  • Inseticida: Tipo de agroquímico que tem como alvo o controle de insetos-praga. Sua função é prevenir ou combater infestações que podem causar danos diretos às plantas, como a destruição de folhas, frutos ou raízes.

  • Manejo Integrado de Pragas (MIP): Estratégia que combina diferentes técnicas de controle (biológico, cultural, químico, etc.) de forma planejada e racional. O uso de agroquímicos no MIP ocorre apenas quando estritamente necessário, tornando a produção mais sustentável.

  • Plantas Daninhas: Nome dado às plantas que crescem espontaneamente em meio a uma cultura agrícola e competem com ela por recursos essenciais. O controle dessas plantas é fundamental para garantir o bom desenvolvimento e a produtividade da lavoura.

  • Resistência: Fenômeno que ocorre quando uma praga, doença ou planta daninha se torna imune a um agroquímico que antes era eficaz. É causada pelo uso repetido e indiscriminado do mesmo produto, o que seleciona indivíduos naturalmente resistentes.

Veja como a tecnologia pode ajudar no uso correto de defensivos

Gerenciar o uso de agroquímicos de forma responsável é um desafio constante. É preciso planejar o momento certo da aplicação, registrar as doses utilizadas e, ao mesmo tempo, controlar os custos para não comprometer a margem de lucro. Um software de gestão agrícola como o Aegro simplifica esse processo, permitindo o registro e planejamento de todas as atividades de manejo. Com ele, você acompanha o histórico de aplicações para evitar a resistência de pragas e controla os custos de cada insumo em tempo real, garantindo que cada decisão seja a mais rentável e segura possível.

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Perguntas Frequentes

Qual a diferença entre os termos ‘agrotóxico’ e ‘defensivo agrícola’?

Legalmente, não há diferença; ambos se referem aos mesmos produtos regulamentados pela Lei Federal 7.802/89. ‘Defensivo agrícola’ é o termo técnico preferido pelo setor, enquanto ‘agrotóxico’ é mais comum no debate público e muitas vezes carrega uma conotação negativa. Ambos descrevem produtos usados para proteger as plantas de pragas, doenças e plantas daninhas.

Alimentos produzidos com agroquímicos são seguros para o consumo?

Sim, desde que as boas práticas agrícolas sejam seguidas. O uso correto, orientado por um engenheiro agrônomo, respeita a dose recomendada e o ‘período de carência’ – o tempo mínimo entre a última aplicação e a colheita. Isso garante que eventuais resíduos estejam dentro dos limites de segurança estabelecidos pelos órgãos de fiscalização, como a ANVISA.

O que é o Manejo Integrado de Pragas (MIP) e como ele se relaciona com os agroquímicos?

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma estratégia que combina várias técnicas de controle (biológico, cultural, físico) de forma planejada. Os agroquímicos são utilizados apenas como última opção, quando o monitoramento indica que a praga atingiu um nível de dano econômico. O objetivo do MIP é racionalizar o uso de defensivos, tornando a agricultura mais sustentável e eficiente.

Por que a recomendação de um engenheiro agrônomo é obrigatória para usar defensivos?

Assim como um médico receita um antibiótico, o engenheiro agrônomo é o profissional qualificado para diagnosticar o problema na lavoura, escolher o produto correto e definir a dose e a forma de aplicação. Essa prescrição, chamada de receituário agronômico, garante a eficácia do tratamento, a segurança do aplicador, a proteção do meio ambiente e a prevenção da resistência de pragas.

É possível produzir alimentos em larga escala, como soja e milho, sem usar agroquímicos?

Atualmente, eliminar completamente os agroquímicos na produção de commodities em larga escala é um grande desafio. Esses produtos são cruciais para evitar perdas que podem chegar a 40% da produção, garantindo a segurança alimentar. A tendência atual é a integração de métodos, como o controle biológico e o MIP, para reduzir a dependência e usar os defensivos de forma mais inteligente e sustentável.

O que causa a resistência de uma praga a um defensivo agrícola?

A resistência surge com o uso repetido e indiscriminado do mesmo produto ou de produtos com o mesmo mecanismo de ação. Isso seleciona os indivíduos da praga que são naturalmente mais resistentes, que sobrevivem, se reproduzem e geram uma população imune àquele defensivo. Para evitar isso, é fundamental fazer a rotação de produtos com diferentes modos de ação.

Além de herbicidas, inseticidas e fungicidas, o que são os adjuvantes agrícolas?

Adjuvantes são produtos adicionados à calda de pulverização para melhorar a eficiência do defensivo principal. Eles não controlam pragas diretamente, mas otimizam a aplicação, ajudando o produto a se espalhar e fixar melhor nas folhas, corrigindo o pH da água ou evitando a formação de espuma no tanque. Seu uso garante que o defensivo aplicado tenha o melhor desempenho possível.

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